O Despertar dos Sentimentos escrita por Luana de Mello


Capítulo 22
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Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, desculpem a demora para postar, tenho estado sem tempo nos últimos dias. Prometo tentar postar mais seguido e manter um período não muito longo entre as postagens. Bom, é isso, espero que gostem, bjus até o próximo capítulos!



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Perdido em meus pensamentos dou voltas e mais voltas, ansioso esperando por uma resposta que leva uma eternidade para chegar. Desde ontem a tarde, quando enviei o último pergaminho a Hinata, fiquei inquieto, pensando em todas as possibilidades de resposta que posso receber. Minha mente trabalha a todo vapor, criando estratégias para reconquistar Hinata, se preciso for. Todas as explicações que acho para seu comportamento, são que Hinata desistiu de mim depois de tanto tempo, que desistiu do nosso compromisso e de tudo que vivemos, e isso me causa uma enorme agonia. Penso que se isso aconteceu, deve ser minha culpa, eu que fui incapaz de perceber que ela me amava a tanto tempo, e no fim se passou tempo demais.

— Naruto, para quieto, você não vai fazer a resposta vir mais rápido. - capitão Yamato me repreende.

— Que resposta? Não estou assim por resposta nenhuma. - minto sem jeito.

— Conta outra! - Aoba zomba - A única coisa que te descontrola assim é a Hinata-sama.

— E nós sabemos que você está esperando uma resposta importante dela. - Gai-sensei se junta ao coro.

— Ta bom, ta bom! Vocês me pegaram, mas eu tenho tanto medo da resposta dela, que nem sei se quero receber uma. - confesso envergonhado.

— Tenha calma Naruto, isso não ajuda muito sabe. Você precisa ter paciência. - Yamato pede.

Decido me sentar junto a eles, é como Yamato disse, agora tenho que ter paciência, não existe muito que eu possa fazer daqui, estou a quilômetros de distância dela e de Konoha. Konoha, como sinto falta de casa, dos meus amigos, até mesmo daquela velha sem vergonha da vovó Tsunade; Konohamaru também, sinto falta daquele garoto, sinto que devo cuidar dele, fazer por ele o que o velhote Sandaime fez por mim, afinal o moleque virou uma espécie de irmão mais novo para mim; mas de todos, Hinata é quem mais me faz falta. Ela virou minha família, tudo de mais precioso que tenho é Hinata, e hoje eu vejo que sempre foi assim; todas as vezes que eu cai, Hinata estava do meu lado para me levantar, ela esteve sempre lá, ao meu lado, mesmo que fosse só para me ouvir falar besteiras; sempre que precisei de incentivo e apoio, ela me deu. Por isso me dói só de pensar que ela possa me deixar, mas se isso acontecer e for a vontade dela, eu a deixarei para ser feliz, Hinata merece ser feliz mais do que qualquer um; mas só de imaginar que ela possa ser mais feliz com outro, sinto meu peito apertar e doer, sei que estou sendo egoísta, mas é inevitável pensar assim. Decido conversar para me distrair, enquanto espero o maior dos meus medos chegar.

— Você está bem hoje, Gai-sensei? Quer dizer você não parece estar enjoado. - pergunto tentando me manter tranquilo.

— É que hoje o mar está calmo, então consigo me manter bem por enquanto. - Gai-sensei responde.

— Bom. Mas não deve faltar muito para chegarmos, não é capitão Yamato? - pergunto.

— Ah sim, digamos que daqui algumas horas estaremos na ilha. - Yamato responde.

— Acho que vou recolher minhas coisas. - Aoba se pronuncia indo em direção a cabine.

Fico novamente com meus pensamentos, parece que todos estão muito animados para chegar nessa ilha, mas eu só penso em terminar tudo e voltar para casa. Nunca para mim, foi tão difícil cumprir uma missão, parece que já se passou uma eternidade desde que sai da vila, o tempo passa lentamente e nada faz mudar essa sensação de completa apatia. Conforme a manhã vai passando, tento me ocupar e não me deixar levar pelas minhas aflições. Com os dias, aprendi um pouco sobre navios e sobre velejar, então isso é tudo que tenho para me ocupar, mas é algo que só ocupa as mãos, a mente fica livre para me atormentar criando várias especulações. Mas nada que eu possa pensar é pior que a agonia da espera, da incerteza. Me concentro em fazer nós e reorganizar as cordas do mastro principal, ajusto as velas e quando não há mais nada para fazer, começo a limpar o convés. Depois de um tempo olhando para o horizonte, na esperança de consolo na beleza a minha frente, vou em direção a cabine para arrumar minhas coisas, já não tenho outra saída. Talvez ela não me responda hoje, talvez esteja em alguma outra missão e por isso Gamachan não a encontra facilmente, é deve ser isso. Jogo minhas coisas na mochila de qualquer jeito, nunca fui muito organizado, mas ultimamente eu tenho extrapolado com esse conceito de mim mesmo.

— Naruto, você não vem almoçar? - Yamato pergunta.

— Não, obrigado, mas não estou com fome agora. - respondo sem ânimo algum.

Yamato não me contradiz, apenas faz uma negação e me deixa sozinho, é melhor assim, tudo que preciso agora é ficar quieto, e sei que com eles isso seria impossível. Deito no meu saco de dormir e decido descansar um pouco antes de me juntar aos outros. Nesses dias de espera e ansiedade, eu nem tenho dormido direito, talvez um cochilo me ajude a pensar com mais clareza.

                                                                                     ***

Não sei ao certo quanto tempo dormi, mas acordo me sentindo um pouco melhor, talvez seja o resultado de sonhos agradáveis. Me espreguiço e saio da cabine, me assusto ao descobrir que já esta entardecendo, e ao longe vejo um amontoado pontiagudo, que com certeza é a tal ilha. Vejo Yamato, Aoba e Gai-sensei jogando cartas tranquilamente, eles me acenam quando me veem, eu sento junto deles uns minutos para participar de uma rodada; que perco vergonhosamente por sinal, nunca fui bom com jogos de nenhum tipo, só sirvo para ser um ninja e pronto. Depois de ser nocauteado em um simples jogo de cartas, vou até a cabine pegar minha mochila para deixar no convés. Sinto um desanimo que não combina comigo, é como pegar uma gripe horrível e nunca se sentir bem, mas sei exatamente a razão do meu mal.

— Ei? Naruto? Vem rápido, você vai gostar disso. - Aoba me chama.

— Já vou. - respondo de má vontade.

Fico indignado com isso, como eles podem mostrar animação por qualquer coisa? Estamos nesta droga de navio faz dias, nada acontece de emocionante, tudo foi chato e fácil demais; os piratas foram brincadeira de criança, aquele peixe esquisito também, todas as paradas que fizemos foram tediosas, tirando aquela maluca que me rendeu muita dor de cabeça; aquilo sim deu trabalho, mas se um dia eu encontrar com o Ero-Sennin ele vai me ouvir. Mas para esses três o copo está sempre meio cheio, e isso é tão irritante, não entendo como alguém pode gostar de não ter o que fazer; sem falar que eles parecem estar sempre escondendo alguma coisa, sempre cochichando e se reunindo pelos cantos, tenho certeza que estão armando alguma coisa da qual eu não posso participar, mas eu vou descobrir o que é. Chego no convés com a maior cara de tédio e encontro os três com enormes sorrisos escondendo alguma coisa com seus corpos.

— Adivinha quem chegou para restaurar seu poder da juventude, Naruto! - Gai-sensei fala animado.

— Aff! Por que não me contam logo? - respondo com outra pergunta.

Então do nada, eles simplesmente me atiram Gamahin no colo. Minha reação é ficar totalmente congelado, eu realmente não espera ver ele hoje.

— Gamahin! - digo extasiado, num misto de alegria e medo.

— Fala mestre, tenho uma entrega para fazer. - ele responde me entregando um pergaminho.

Assim que o faz, o pequeno sapo some em uma nuvem de fumaça, e eu fico paralisado no meio do convés, sem me decidir entre abrir ou queimar o bendito pergaminho. Mas meu senso de dever para com Hinata, e minha recém adquirida maturidade vencem, sem falar na minha enorme curiosidade. Decidido, me sento sobre as pernas e com mãos trêmulas, um suor frio escorrendo na testa e o maior frio na barriga, abro lentamente o selo Hyuuga que lacrava o pergaminho, prendendo a respiração, estendo a página para ler e começar a desfazer todas as minhas dúvidas, e obter todas as respostas que preciso.

"Meu querido Naruto-kun

Como têm passado? Já deve estar quase chegando ao seu destino, eu suponho. Espero sinceramente que você esteja bem, querido, não sabe como me afligiu saber que estiveram em uma tempestade. Gai-sensei está melhor do seu enjoo? Lee-kun estava preocupado, segundo Neji, ele ficou desesperado ao saber do fato, e desde então fica importunando meu irmão por notícias. Mas acredito que isso não importe muito agora, já que vocês já devem estar na reta final da viagem. Mas Naruto-kun, o que deu em você para pensar eu o estou deixando? Você não deveria ter esse medo, na verdade acredito que ele é inteiramente meu. Sei que minhas atitudes estão incoerentes com o que escrevo, sei também que você me conhece bem e sabe que existe algo a mais, mas fique tranquilo, tudo será esclarecido. Mas agora, eu quero te contar mais coisas agradáveis. Nossa casa ficou tão linda Naruto-kun, combinou perfeitamente com nós, e sobre o enxoval, eu não posso dar uma opinião imparcial, então você terá de ver para saber querido. As coisas estão bem tranquilas com a vila tirando o fato de que todos estão correndo muito. Teuchi-san manda lembranças, diz que sente falta do seu cliente número um, conversei bastante com ele e com Ayame-san durante o almoço; eu estava sentindo muita falta de comer ramén. Hanabi e Neji também me acompanharam, eles sentem sua falta tanto quanto eu Naruto-kun, papai então nem se fala, ele pediu que eu lhe escrevesse um recado, disse que precisa que você saiba que não está bravo e que você não precisa se preocupar, que na verdade ele está muito feliz, e disse que enquanto você não voltar ele cuidará de mim e me manterá segura. Você deve achar esquisitas essas recomendações, mas é que aconteceu algo grandioso e que mudará tudo daqui para frente, e por mais que eu não ache que seja o momento, você precisa e tem o direito de saber. Mas antes vamos esclarecer algumas de suas questões; não Naruto-kun, eu nunca o deixaria, meu amor por você não conhece barreiras ou espaços de tempo, na verdade acredito que o amo muito mais agora. Eu é que tenho medo que você me deixe depois que souber de tudo, e por favor não se ofenda com isso, estou simplesmente muito insegura e apavorada, espero que compreenda. Desculpe se meus últimos pergaminhos o deixaram com essas dúvidas, acontece que eu ando muito sensível, agora mesmo estou lutando para manter as ideias coerentes e tentando não chorar. Chorar, tenho feito muito isso, principalmente de saudades suas, a todo momento em que algo me lembra você. Ontem peguei uma roupa sua no apartamento, usei ela para dormir e isso me acalmou, não fique bravo comigo por favor! Ah Naruto-kun, você não sabe o quanto é especial para mim, mesmo agora com minha vida de cabeça para baixo, você me mantém firme e forte e ainda me deu de presente mais um motivo para continuar lutando. Esta guerra que se aproxima têm deixado a todos nervosos, eu tenho medo pelo que virá pela frente, mas mais do que tudo, eu penso que isso será pelo bem do nosso futuro querido, e esse futuro eu protegerei  com unhas e dentes. Por favor querido, não me odeie está bem? Eu juro por Kami que não foi minha intenção, e se você não me quiser mais depois que souber, eu entenderei. Mas quero que saiba que eu não pretendia estragar sua vida ou coisa do tipo, nem mesmo cogitava que isso aconteceria, não que não soubesse que poderia, só pensei que não aconteceria. Mas enfim, não posso mais adiar, não precisa vir a vila para obter respostas, eu as darei; ainda o amo muito Naruto-kun, o motivo para estar tão é estranha, na verdade é simples e explica todos os meus medos e incoerências, todas as minhas atitudes desde então. Naruto-kun eu..."

Totalmente contrário de tudo que imaginei, essa notícia me pegou totalmente desprevenido. Mas então, quando começo a pensar em tudo que aconteceu, tudo se encaixa perfeitamente, tudo faz sentido agora. Me levanto um pouco zonzo e de pernas bambas pela novidade, sinto quando Gai-sensei me ampara, os outros dois me olham preocupados, e eu nem percebi que comecei a chorar. Então algo que não tem explicação acontece quando a realidade me bate, uma alegria imensa cresce como bola de neve no meu peito, a realização do meu mair sonho, o sonho mais secreto que nunca contei a ninguém, deixo as lágrimas caírem livremente, sem vergonha nenhuma de parecer um menino soluçando. Me pergunto se foi assim que meu pai se sentiu, imagino que deve ser a mesma sensação.

— Naruto? Está tudo bem? - Yamato questiona alarmado - Hinata está bem? Está tudo bem com vocês?

— Hinata! Eu preciso ver Hinata! - declaro jogando a mochila nas costas pronto para saltar do navio.

— Ei, espere ai um minuto. - Aoba me interrompe - Você não pode abandonar a missão assim Naruto! Tenho certeza que se vocês romperam ou brigaram, podem se acertar quando você voltar!

— Brigar? Missão? Que se exploda a missão, esse é o dia mais feliz da minha vida, e nada vai me impedir de ver Hinata! - declaro decidido.

Os três me olham assustados, sem saber como agir e aproveito para ir em direção aos botes. Mal dou dois passos e uma redoma de Mokuton me prende no lugar. Grito frustrado e começo a pensar em uma estratégia.

— Espera um minuto ai, deixe eu entender isso direito. - Yamato fala - Vocês não romperam? Então por que todo esse choro? E como esse é o dia mais feliz da sua vida?

— É que...- começo, mas paro em seguida, não sei se Hinata quer que eu conte.

— Vai me fazer arrancar informações de você igual a ANBU faz Naruto? - Yamato pergunta com sua cara assustadora, mas hoje nada me atinge - Muito bem então!

Do nada, surge uma mão de madeira e me arranca o pergaminho das mãos. Droga, por essa eu não esperava. Os três juntam as cabeças para ler e algumas vezes me olham divertidos, sem dúvidas vão fazer piadas o resto da vida. Então tenho uma ideia, mas preciso que eles se distraiam mais.

— Então o salvador da Vila da Folha tem medo de ser deixado hã? - Aoba faz troça.

Eles riem e fazem caras jocosas e enquanto isso eu invoco discretamente um sapo cabaça, sei que é arriscado, mas é minha melhor opção. Quando o sapo aparece, eu lhe faço um sinal de silencio que ele prontamente atende e o coloco escondido em minhas costas. Quando aprendi essa técnica com Fukasaku, ele me ensinou que esses sapos são especialmente cautelosos, então em uma emboscada ou em uma missão secreta, eles se saem melhor que um sapo como Gamakichi que é extremamente barulhento, visto que são bem silenciosos.

— Ah Lee, sempre um bom aluno. - Gai-sensei suspira com lágrimas nos olhos.

Conforme eles vão avançando na leitura, suas expressões mudam de divertimento para surpresa, e enquanto estavam entretidos eu expliquei meu plano ao sapo nas minhas costas.

— Naruto! Isso... Isso...- Yamato exclama  e os outros só olham assombrados.

— Agora entendem porquê preciso ver Hinata. - digo - E por isso eu já peço desculpas capitão Yamato, mas eu vou ir vê-la!

Digo e vejo suas expressões assustadas e atônitas quando o sapo cabaça aparece a minha frente, rapidamente faço o selo e num segundo estou no interior do sapo, não sei se meu plano deu certo, não consigo sentir o animal se mover, mas agora só posso esperar. Não sei quanto tempo fico na sua barriga, e nem tenho meios de medir o tempo, tudo que sei é que sinto uma ansiedade gigante me consumindo. Não sei se já cheguei ao meu destino, mas sinto uma estranha sucção me puxando para fora, e no momento seguinte estou ajoelhado no que reconheço como sendo a sala do clã Hyuuga. Me ponho em pé e olho ao meu redor procurando por alguém e vejo quatro pares de olhos perolados me fitando assustados. O primeiro a se pronunciar é o sapo cabaça.

— Missão cumprida Naruto-san, precisa de algo mais? - pergunta.

— Não, obrigado, eu o invoco se for preciso. - agradeço e ele se desfaz em fumaça.

— Na-Naruto-kun? É você mesmo? - ouço aquela voz doce que tanto senti falta e me viro para sua dona.

— Hinata! - digo e simplesmente abro os braços.

Ela não hesita, apenas vem ao meu encontro e me abraça, sinto seu pequeno corpo tremer em meio aos soluços e me deixo levar pela emoção também. Choro de saudade, choro de alegria, choro em agradecimento. Fico alheio a tudo que acontece ao nosso redor, preso ali no meu mundo encantado, mas sou tirado do meu paraíso por uma voz pastosa e irritante.

— Hiashi-sama, tivemos uma invasão no clã e ...- Tokuma fala afobado. 

— Você está atrasado Tokuma, se fosse algum inimigo a família estaria em perigo. - Hiashi repreende sério - Por sorte é apenas uma visita do meu genro. Por favor nos deixe, é um encontro de família!

Quando ele fala isso, meu peito se contrai e me sinto culpado, abaixo meus olhos envergonhado e a primeira coisa que faço é me prostrar no chão.

— Peço, não, suplico pelo seu perdão Hiashi-sama. Eu me comportei mal e envergonhei sua casa, trai sua confiança, não sou digno nem mesmo de estar em sua presença, mas se o senhor me permitir, e vou reparar meu erro e restaurar a honra a sua casa. - Falo prostrado ao chão.

Me surpreendo ao ouvir Hiashi rir, rir não, gargalhar. Em seguida ele me puxa pelos braços e me fita.

— Eu não esperava menos do filho de Minato e Kushina, realmente você tem muito dos seus pais. - ele diz calmo - Mas Naruto, isso não é necessário, já expliquei a Hinata e vou explicar a você, vocês dois não cometeram nenhum pecado punível de morte ou coisa do tipo. Eu mesmo já fui adolescente, sei como as coisas são, me casei com Harumi nas mesmas circunstâncias. Sem falar que confio na sua palavra, e como você mesmo diz que nunca volta com ela, estou tranquilo em relação a isso.

Eu o olho surpreso, sempre soube que Hiashi era um homem sensato, mas ser recibo tão amistosamente, se não com a mesma cordialidade de antes, eu não esperava.

— Naruto-kun, o que faz aqui? Você não deveria estar indo para seu treinamento? - Hinata fala preocupada.

— Depois que recebi seu pergaminho eu precisava te ver, não importava como, então fugi do capitão Yamato no sapo cabaça. -  confesso - Mas isso não importa agora, o que me interessa é você Hinata. Você está bem? Eu não entendo nada disso, mas sei que você deveria ir ao médico.

— Estou bem Naruto-kun, você devia se preocupar com seu treinamento. - ela me repreende.

— Nada disso, você é mais importante, ainda mais agora que vai me dar uma família. - respondo convicto.

— Então você não está bravo comigo? - ela pergunta receosa.

— Bravo? Hinata, eu nunca ficaria bravo com você. - respondo - Um filho Hina é motivo de muita alegria, tem noção do quanto estou feliz? Eu realmente sou o cara mais sortudo da terra!

Hinata me abraça, sinto suas lágrimas molharem minha jaqueta, vejo o quanto ela parece aliviada e suponho como os últimos dias devem ter sido angustiantes para ela.

— Eu disse que ele ficaria feliz irmã. - ouço Neji se pronunciar.

— Hinata você precisa se acalmar. - Hanabi repreende.

Eu até tinha me esquecido da presença deles, mas fico feliz de ver que Hinata esteve recebendo todo apoio da família na minha ausência.

— Naruto, me ouça meu filho, você precisa voltar para o treinamento. Agora mais do que nunca você precisa terminar logo e voltar para a vila com a missão cumprida. - Hiashi fala - Deixe que eu cuido da Hinata até você voltar, não se preocupe nada vai acontecer ao meu neto.

— Vocês ficam falando ele, ele, mas e se for menina? - Hinata pergunta mais calma.

— Não sei não irmã, eu acho que é um menino. - Neji contesta.

— Só espero que não saia ao Naruto, ou estaremos encrencados. - Hanabi faz troça e todos rimos.

Foi bom para mim ter vindo até a vila, eu precisava ver com meus olhos que está tudo bem com a minha Hina, e saber que ela está segura me dá forças para cumprir meus deveres como Shinobi. Agora mais tranquilo e mais feliz do que nunca, me sinto capaz de tudo, agora tenho uma família pela qual lutar. 


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