A difícil arte de ser eu, Harry escrita por Sangster


Capítulo 5
O amor e outras drogas




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“Sim, eu amo um homem. E sei que você não pode suportar. Mas é assim. Não é uma questão de ser gay ou não. É apenas uma questão de amor”.

Então... O jovem Laurent, protagonista do filme "Apenas uma questão de amor", armado com este único argumento, tenta, na cena final, começar a minar o irredutível preconceito de seu pai. Guardadas as devidas e muitas proporções, não tive como não me identificar com o problema que o lindinho do Laurent enfrenta. Ele é um rapaz de 23 anos que vive um namoro de fachada com a melhor amiga (Ok. Ainda não criei coragem para isso e nem tenho uma melhor amiga) para evitar que seus homofóbicos pais descubram sua sexualidade, e as coisas que pareciam já bem difíceis, ficam ainda mais complicadas quando ele se apaixona por um homem maduro e bem resolvido e que está à procura de alguém com quem possa ter uma relação honesta e verdadeira, longe de segredos e mentiras...

Acabei de assistir a essa produção francesa aqui no meu quarto, e claro, tomando todos os cuidados possíveis e imagináveis para não ser surpreendido. Não que o filme seja repleto de cenas eróticas ou recheado de conotações sexuais deixadas pelo meio do caminho em detrimento à história, como uma espécie de pornô light com trama frouxa e atuações sem talento que só existe em função de sua bilheteria, mas acontecem alguns beijos entre Laurent e o homem com quem ele começa a se relacionar, e também um ou dois takes sugerindo relação sexual entre os dois...

Dominar várias telas no meu note a fim de camuflar salas de bate papo é uma coisa, mas manipular na semiescuridão o controle da TV, onde dois homens estão em cena se beijando ou trocando carícias, é um tanto complexo, por mais idiota que isso possa parecer, acreditem, e são três da manhã e dona Joanne, que sofre da “síndrome de walking dead” somada à prerrogativa de seu Green Card materno, invade todo e qualquer cômodo do apartamento sem qualquer restrição. Não existem portas trancadas para ela, e caso as encontre, e no meu caso especificadamente, irá me submeter a um interrogatório de deixar qualquer Tribunal do Júri esgotado. Esse policiamento noturno é um paradoxo interessante considerando a falta de diálogos que temos dentro da nossa relação.

Como se já não bastasse todas as sequelas que os preparativos do casamento da Hermione estão causando em minha mãe devido à sua ensandecida dedicação para que nada, exatamente nada dê errado, para que nenhum guardanapo esteja fora do lugar, para que a ordem das entradas aconteça como combinado, as luzes, os efeitos especiais aconteçam no momento certo, cada um dos habitantes deste apartamento ainda está precisando conviver com a sua transformação em uma noctivaga de carteirinha, e eu, claro, não vou sair no meio dessa tempestade, não sou louco de contar com a sorte, afinal, até explicar, ou no meu caso literalmente tentar convencer, que focinho de porco não é tomada, estarei sendo deportado pra Sibéria.

Imagina dona Joanne descobrir que seu filho é gay? Para ela deveria ser simples, agindo inclusive com menos estranheza, pois está mais que acostumada com esse universo, até porque tem muitos amigos nessa condição (não sei bem se devo usar o termo condição), mas longe dos holofotes a socialite Joanne Katherine Rowling Potter é preconceituosa e vive disparando comentários pejorativos onde reduz os homossexuais à forma de inferioridade e anormalidade, e com isso eu não tenho dúvidas de que ela não suportaria outro “exemplar” dentro de sua família, pois já deu provas de sua intolerância a esse respeito quando ajudou a ignorar seu próprio irmão, covardemente execrado pelos meus avós ao se revelar homossexual, morrendo sozinho, desamparado, algumas semanas antes do meu nascimento.

Nenhum parente sequer jamais tocou nessa parte da história, como se a simples menção da existência desse tio fosse um sacrilégio, entretanto uma vez a madrinha do Draco, sabe-se lá por que, me contou tudo isso, ainda que de uma maneira bastante superficial, e que ele, esse meu tio, na verdade se suicidou depois de ter descoberto que havia sido contaminado com o vírus HIV.

Agora, aqui, deitado, vislumbrando a escuridão plena e absoluta do meu quarto, percebo o quão diferente poderia ter sido minha vida se esse tio estivesse vivo. Possivelmente eu teria tido uma espécie de mentor, um amigo com quem conversar sobre a minha sexualidade, talvez não me sentisse tão desolado e nem escolhesse os caminhos tortos dos quais acabei me arrependendo, afinal de contas escolhas não são fáceis e arcar com suas consequências não é algo muito agradável, ainda mais quando você se descobre de verdade e sabe que o mundo ao redor não te aceita, pelo menos não de forma igualitária...

Com certeza o meu tio não teria acreditado na aparente segurança e determinação que, todavia, me carrega de volta para um poço de incertezas depois das horas que passo em frente ao meu note, sempre às sombras, com um olhar perdido, como se tivesse vergonha de mim mesmo enquanto mantenho conversas picantes com vários homens mais velhos e os assisto tirando a roupa do outro lado da tela; tampouco não deixaria que eu me aproximasse do futuro cunhado da minha irmã e aprendesse, aos quinze anos de idade, coisas que nem sequer desconfiava que dois homens pudessem praticar juntos em uma cama e muito menos que eu me permitisse ser descartado como um trapo velho, uma experiência frívola, inteiramente sem importância... Talvez tivesse notado o meu desejo desesperado de me conectar a alguém, ou talvez não...

Inspiro e expiro ao mesmo tempo que me remexo sobre a cama sentindo o lençol e o edredom engalfinhando-se sob o meu corpo.

Será que ele, o meu tio, se arrependeu por ter exposto sua orientação sexual? Será que ele conseguiu amar alguém e foi correspondido ou viveu uma busca alucinada ao passo que tentava entender a complexidade mítica do “amor romântico”? Gostaria de ter ouvido a sua opinião a respeito do que sinto por Draco, sobre esse misto de felicidade e dor, prazer e agonia e quem sabe eu receberia um conselho que me fizesse enxergar o quão idiota e patético estou sendo enquanto imploro em silêncio por um amor que nunca será correspondido, que eu devo aceitar que não tenho o menor controle sobre isso e que o universo tem o seu próprio ritmo... Gostaria de lhe ter perguntado se é possível amar alguém até a morte, até o abandono de si mesmo.

Volto a me revirar sobre a cama. Aflição e desespero tomam conta de mim, um resultado direto da sufocante sensação de impotência e covardia por estar aqui, inteiramente esmagado, aguardando, inerte, Draco dar notícias, lembrar que eu existo. Não é justo. Eu não mereço ficar com o coração inchado de tanto amor, sem saliva, sem ar, sem vida, me sentindo ridículo por trasbordar de esperança supondo que de uma hora para outra receberei um olhar de devoção de Draco. Sinceramente não sei qual dos dois alimentar: o meu amor ou a minha revolta.

De supetão, me inclino, e apoiando o corpo sobre o braço direito tomo a direção do criado mundo e ao alcançá-lo vou apalpando sua sólida superfície até encontrar o meu celular, que não demoro muito para trazer até poucos centímetros diante do meu rosto ao passo que me deixo cair novamente estirado sobre o lençol e o edredom enquanto a luz que emana do visor do aparelho despedaça um pouco do breu que me envolve... Três e meia da manhã, consigo enxergar, mesmo com a visão parcialmente embaçada, pois estou com preguiça de procurar meus óculos. Enfim, não me surpreendo com o que encontro, ou melhor, com o que não encontro: nenhuma mensagem do infeliz do Draco, concluo arrasado depois de verificar o Whatsapp, mas ainda assim, não me dando por vencido, acesso o facebook e sem paciência para aguardar sua atualização, salto para o instagram, twitter e até mesmo o youtube (mais um youtuber lançando um livro? Aham) na esperança de obter qualquer notícia do meu amigo.

Preciso dormir, e carregado dessa convicção deixo o celular cair ao meu lado e em seguida também os meus braços, completamente abertos, e daí fecho os olhos, e como não podia ser diferente, apesar de todo o esforço, o rosto de Draco é a única coisa que consigo “ver”; recuso-me a continuar, evidente, e então abro os olhos, recolho os braços e fico rolando de um lado para o outro, indignado, até que um rompante insano dentro do estômago me obriga a considerar a hipótese de assaltar a geladeira, entretanto a fim de reconquistar (ou tentar) o equilíbrio que está me abandonando aos poucos, paro por um instante o sistema de rotação descontrolado do meu universo particular e sento sobre a cama e abraço minhas pernas utilizando-me de uma força extrema enquanto as enlaço no intuito de impedir que saiam correndo sem minha autorização, e, em seguida, eu me curvo para frente até fazer com que o queixo atinja meus joelhos.

Lidar com a compulsão está ficando cada vez mais difícil. Já estou cansado de comprar futilidades, comer sem limites, perder o sono, ficar fora de órbita... Como Deus pode permitir que um músculo que não chega ao tamanho de um punho de um homem adulto e que não pesa mais que 400 gramas, tenha tanto poder sobre a mais complexa organização de matéria que se conhece, transformando-nos em verdadeiros patetas? Um estudo de alguns anos atrás, realizado na Suíça, mostrou que os efeitos da paixão em adolescentes sãos os mesmo de uma síndrome chamada hipomania, que é considerada o primeiro estágio do distúrbio bipolar ou variação de humor e a famigerada ciência também já provou que o amor, independente da idade, age no cérebro como uma droga, pois quando estamos apaixonados o mesmo sistema neural ligado ao vício em cocaína é ativado causando a sensação de euforia, isso sem falar que nosso poder de concentração cai drasticamente e nos tornamos mais lentos e “cegos”...

Bem, diante desse diagnóstico, não há como negar que estou na merda e que necessito urgentemente de uma clínica de reabilitação, de um neuro e um oftalmologista e de uma intervenção idêntica a que a Kate Winslet se submeteu em “Brilho eterno de uma mente sem lembranças” para esquecer de vez o personagem de Jim Carrey, um tratamento experimental que retirou de sua memória os momentos vividos com ele após se ver diante do incontestável fracasso que foi o relacionamento entre ambos.

Por que não paro de pensar em tudo isso? Estou me tornado um verdadeiro filósofo de botequim, e essa linha de raciocínio pragmática não vai me levar a lugar algum além de fazer minha cabeça mergulhar ainda mais para dentro do caldeirão efervescente que está cozinhando todos os meus neurônios... Seria tão bom acordar daqui a pouco e toda esta confusão não ter passado de um mero pesadelo.

Desenlaço minhas pernas e jogo-me para trás, caindo bruscamente de costas em cima do colchão, já me preparando para dar inicio a mais um tour sobre a cama, porém o atrito entre o telefone e o meu ombro direito me faz estacionar sem demora e então trato de recolher o aparelho, aproximando-o novamente do meu rosto, mas decidido a não buscar qualquer rastro de Draco...

Então tá! Não consigo. É mais forte do que eu.

Em questão de segundos acesso o famigerado facebook, que graças aos anjos está atualizado, e daí busco a página do meu melhor amigo e começo por conferir suas publicações e também suas curtidas nas fotos de várias meninas e elas nas dele. Um bando de vagabundas, isso sim... Uma vontade absurda de chorar atravessa meu peito e sobe para minha garganta tão rápido como aqueles carros enlouquecidos em “Velozes e Furiosos”, porém não vou me esvair em lágrimas por causa do Draco e seu séquito de ordinárias. Fecho os olhos, jogo o celular para o lado e respiro fundo e forço um sorriso ao mesmo tempo que belisco o meu braço esquerdo, mordo minhas bochechas por dentro e por fim aperto a palma da minha mão com a unha, entretanto nenhum desses malabarismos surte efeito. O recalque, o ciúme, a sensação de incapacidade, a dor, não consigo subjugá-los, merda. Não me resta alternativa: abro os olhos e as lágrimas brotam e com elas a esperança de que o estresse, a mágoa e a decepção que o meu corpo está carregando, seja expulso para muito, muito longe.

“Queria ter coragem para falar deste segredo”... Um poema de Carlos Drummond de Andrade me vem à mente... “Queria poder declarar ao mundo este amor”... Eu o balbucio enquanto as lágrimas de desespero, tristeza e impotência continuam a escorrer pelo meu rosto... “Não me falta vontade, não me falta desejo”... Enquanto a imagem de Draco se forma e desta vez não faço qualquer esforço para que ela desapareça... “Você é minha vontade, meu maior desejo”... Observo sem pressa os seus lábios, sua pele, seus olhos, seu sorriso singelo e puro e sinto o meu corpo estremecer... “Queria poder gritar essa loucura saudável que é estar em seus braços, perdido pelos teus beijos”... É você, Draco, é somente você o único remédio para curar minha tristeza... “Sentindo-me louco de desejo queria recitar versos. Cantar aos quatro ventos as palavras que brotam”... Mas não o tenho e por isso estou aqui, me sentindo como um rei que perdeu o seu castelo tendo como única alternativa tombar à beira de um abismo frio e escuro... “Você é minha inspiração. Minha motivação. Queria falar dos sonhos. Dizer os meus secretos desejos que é largar tudo para viver com você este inconfesso desejo”.

Volto para o lado aonde deixei meu telefone cair, e depois de pousá-lo mais uma vez diante do rosto, acesso a tela do Whatsapp e a fico contemplando ao passo que busco me convencer do quão infantil estarei sendo, colocando os pés pelas mãos ao enviar uma mensagem para o Draco. Se ele se isolou, se ele quer distância, eu preciso e devo respeitar isso, mas até quando? Inspiro e expiro uma, duas, três vezes enquanto tento pensar em algo completamente diverso, enquanto tento encontrar dentro da bagunça da minha mente alguma lembrança que possa transformar Draco em um monstro odioso, mas a incontrolável e desgraçada vontade não passa, convertendo todos os meus esforços em vão. Infelizmente os instintos são mais fortes, puta que pariu... 

Avisa quando você estiver de volta ao planeta Terra, se não for muito incômodo!

Leio umas trocentas vezes a mensagem que acabo de escrever antes de enviá-la para Draco e ao tempo que vou enxugando a face molhada pelas lágrimas e lidando com o funga funga irritante no meu nariz, fixo com extrema obstinação a superfície fluorescente do celular ante os meus olhos para constatar que de fato ela foi entregue... Sei que Draco não vai visualizá-la agora, deve estar no décimo quinto sono, mas bem que ele poderia acordar, assim, de repente, e olhar para o telefone e ficar preocupado ao se deparar...

CHEGA!

Atiro o aparelho para um canto da cama e me viro para o outro lado e aperto os olhos já me sentindo completamente arrependido, entretanto não vou apagar o que escrevi, não vou, e para não restar qualquer sombra de dúvida de que estou tranquilo com minha consciência, irei dormir e aproveitar o tempo que me resta para descansar, e, além do mais, eu terei uma prova amanhã de manhã, ou daqui a pouco, sei lá, depende do ponto de vista. Agora só falta convencer o meu cérebro a não me deixar cada vez mais frustrado e imensamente desesperado diante dos minutos que estão passando e a hora de levantar ficando próxima.

Volto-me para a direção do teto e já com os olhos bem abertos fito novamente a escuridão e com ela as imagens de Draco espalhadas por todos os lugares, assim como seu cheiro e seu sorriso, enquanto um desejo irritado me consome ao mesmo tempo que tento ignorar a excitação que se embrenha entre as minhas pernas, deixando-me um tanto desconfortável dentro da samba canção que estou usando.

Não vou dar esse “prêmio” ao Draco, não vou. Ele não merece...

Com a respiração ofegante, luto bravamente, mas não consigo e daí meus dedos nervosos começam a passear sobre o tecido da cueca e acabo cedendo à súbita sensação de imaginar Draco com o torso nu, envolto tão somente em uma toalha lhe tapando a virilha e caminhando sem pressa diante de mim, como se estivesse em uma passarela, desfilando com seu corpo perfeito, sua pele clara e sorrindo com as covinhas se formando em suas bochechas...

Um gemido profundo escapa da minha garganta. Não estou conseguindo controlar minha mão, ela avança impaciente para dentro da samba canção e durante seus movimentos rápidos olho para frente e volto a visualizar Draco, agora parado, ao pé da cama, me afrontando com um semblante de moleque safado e com várias garotas ao seu lado. Raiva, muita raiva e também frustração tomam conta de todo o meu corpo, porém não consigo parar e então fecho os olhos e faço força para idealizar situações envolvendo prazer e luxúria entre rostos e corpos anônimos, mas é impossível ir adiante, pois cada um deles acaba se transformando em Draco... Merda, se não posso tê-lo porque continuar me alimentando com tudo isso?

Respiro um tanto sôfrego e abro os olhos ao passo que tento controlar as ondulações do meu peito enquanto me deparo com a figura de Draco, agora solitária, mas ainda parada diante de mim e tendo apenas alguns poucos centímetros nos separando. Ele me encara, firme, do alto, mantendo uma fisionomia completamente intransponível, até que se abaixa, sem pressa, alcançando a altura do meu rosto para, então, sem qualquer aviso prévio, me beijar, e eu, mesmo tendo desejado tudo isso, me retraio e faço menção em afastá-lo, porém Draco não permite e aperta com uma força absurda os meus dois braços, impedindo-me de seguir adiante e quando vou tentar argumentar ele ordena, sem titubear, para que eu tire a cueca.

Mesmo procurando me convencer de que estou em meio a um devaneio sem qualquer sentido, não sou capaz de desobedecer e depois que tenho os meus braços libertos, mal chego a arrastar a samba canção até próximo aos joelhos, pois sou surpreendido com a arrebatadora aproximação de Draco sobre o meu pau colocando-o inteiro na boca, me deixando completamente duro ao mesmo tempo que um arrepio percorre o meu corpo, um arrepio muito, muito diferente daqueles que senti, ou pensei ter sentido enquanto estava na cama com Lockhart ou quando tive minhas outras três experiências sexuais com completos estranhos que conheci na internet... Essa sensação... Parece que eu a perdi e Draco, aqui, agora, mesmo sendo fruto dos meus impulsos, está me ajudando a encontrar...

Draco! Draco! Você é perfeito!

Agora estamos deitados, nus, nos enroscando, o que é meu é dele, o que é dele é meu ao tempo que nossas bocas passeiam por toda parte de nossos corpos até que Draco, em questão de segundos, se projeta, estacionando sobre o meu tórax com as pernas dobradas, apoiando-as uma de cada lado sobre a cama...

Draco! Draco! Draco...

Tento segurar a respiração e também meus movimentos, mas meus músculos se contraem e não demoro a ser tomado por uma sensação de felicidade e alívio ímpares depois que me permito gozar, arremessando para muito, muito longe, o estresse e a ansiedade até que em seguida um cansaço, uma exaustão absurda, desestabiliza todo o meu corpo e eu tiro a mão de dentro da cueca, limpando-a no lençol de qualquer maneira enquanto sinto nojo e culpa de mim mesmo.

Estou cansado, muito cansado e mal tenho forças para erguer a cabeça a fim de averiguar se o meu quarto permanece na total escuridão. Enfim, pelo jeito dona Joanne deixou de lado a sua blitz, graças aos anjos, ou melhor, graças ao ataque de pelanca da Gina, que deve lhe ter sugado toda energia...

Deixo a cabeça cair sobre o travesseiro... Estou cansado muita coisa... Minhas pálpebras estão ficando cada vez mais pesadas... Viro para o lado... Um sono... Reparador... Eu te amo Draco... Eu te amo!

 


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