Carpe Diem escrita por Tahii


Capítulo 4
Paraíso


Notas iniciais do capítulo

OIESSSSSSS! Tudo bueno com vocês? Espero que sim ♥

A procrastinadora que vos fala passou o fim de semana estudando para a semana de provas, então não teve tempo de atualizar nada porque ontem deu 11 da noite e ela estava mortissima. Porém, o importante é o que importa: demorei, mas cheguei :P

Quero agradecer a todos que comentaram [de verdade!! vocês encheram meu core de alegria ♥] e a todos que passaram a acompanhar a fanfic. Vocês são demaissss ♥

Bom, segundo os meus cálculos [que quase nunca estão certos, inclusive], esse é o penúltimo cap. O que significa que ou o próximo é o último ou o próximo ainda é o penúltimo [?] Estou com pensamentões e o próximo cap ainda não foi finalizado & está imenso de grande, então vou ver o que faço e.e

Espero que curtam a leitura e enalteçam Scorpius Hyperion Malfoy ♥



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Depois que me sentei na poltrona do meu avô na sala, não levantei mais. Fiquei olhando para o nada e, de uma forma paradoxal, pensando em tudo. Era como se eu tivesse sido anestesiada ou, pior, como se eu estivesse acordando de uma anestesia. Não sentia minhas pernas direito, meu coração estava em uma velocidade consideravelmente anormal e minhas mãos pareciam cubos de gelo. Ah, e a minha cabeça estava tão zonza como se eu tivesse tomado uma garrafa inteira de firewhisky. A pior parte era que a minha boca estava com gosto de Scorpius Malfoy, o qual definitivamente não era o meu sabor favorito.

Minha consciência pesou um pouco nas vezes em que observei Lysander de longe. Ele era um bom menino, cheio de virtudes e esquisitices, mas… Quem eu era para apontar os defeitos dele? Ninguém! Só que minha avó já dizia: nossos corações parecem ter vida própria, saem gostando de pessoas como se fosse fácil lidar com a totalidade delas, independentemente se são ou não a “pessoa ideal”. O meu problema talvez fosse ser essa pessoa para Lysander, e ter desacreditado nesse ideal, porque eu sempre achei que Brian Wood fosse o cara. Como consequência desse desencantamento, pessoas estranhas e únicas apareceram no caminho para atrapalhar a jornada em busca de um consolo ou alguma resposta do universo.

Depois que os Scamander foram embora, subi diretamente para o meu quarto, vesti um pijama e deitei na minha cama esperando o momento em que todo o meu castelo de areia cairia de vez. Vale ressaltar que não demorou muito.

— Rosita! — exclamou uma Roxanne feliz demais, entrando no quarto e se jogando na cama ao lado da minha. Seu sorriso era de uma criança arteira e irritante. — Como você está?

— Ótima. — murmurei de braços cruzados.

— Não parece. Digo, está com uma cara de brava.

— Estou?

— Está.

— Hm. — respondi simplesmente, acompanhando com o olhar seus passos estratégicos pelo quarto. Algo dentro de mim se mexia ao ver sua expressão de paz. Eu estava em busca dela há algum tempo, mas Roxanne não permitiu a minha tão sonhada aquisição por causa de seus comentários maldosos, brincadeiras idiotas e zoações desnecessárias. Logo, eu não deveria permitir que ela desfrutasse de algo que era para ser meu, somente meu. Foi enfrentando o nó que estava na garganta que a minha voz saiu fina e absurdamente desafinada. — Posso te fazer uma pergunta?

— Não vou conseguir te convencer do contrário, pelo visto. — resmungou tirando a roupa. — Sua cara está de quem encontrou feijãozinho de meleca.

— Por que você implica tanto comigo? — ela pareceu surpresa, e só respondeu depois de alguns breves segundos de reflexão.

— Já disse que é porque te amo, Rosita, você é a minha prima favorita. — seu sorriso parecia irônico por causa da falsa animação. — A minha forma de demonstrar amor é sendo desse meu jeito.

— E por que você está agindo tão idiotamente desde aquela festa? O que você quer ouvir? — estreitei os olhos me curvando para frente. — Que eu fiquei com o Lysander?

— Seria muito engraçado se você realmente tivesse feito isso, sabe, Rosita. — ela comprimiu um riso, vestindo uma blusa. — Ele gosta de você, e isso é engraçado.

— Gostar de mim é engraçado? — argh, ela me deixava irritada demais.

— Não, cabeção, o fato do Lystranho gostar de você é engraçado. Ele é todo desengonçado e autêntico. Tenho certeza que seria você a tirar o bv dele, o que é engraçado porqu-

— Eu fiquei com o Lysander naquela festa. — disse de repente, causando um estrondo de gargalhadas. — Só você vê graça nisso.

— Qualquer um veria, Rose. Você é toda perfeccionista, seu ex namorado era tudo que você queria e em uma festa você decide ficar com o Lysander sem mais nem menos. É estranho e engraçado, porque tem tanta gente que gosta de você e… — ela não conseguia falar. — E você não enxerga.

— Não sei do que você está falando. — grunhi ríspida. — A única coisa que eu sei é que esse jantar foi a coisa mais ridícula do mundo. Primeiro porque você não parava de dar risada todas as vezes que o Lysander se aproximava de mim, e também porque eu me senti coagida a mentir para ele. Sabe o quão ruim é isso?

— Para o seu código moral deve ser péssimo. — Roxanne passou o dedo por debaixo dos olhos e se jogou em sua cama. — Qual foi a grande mentira?

— Para salvar eu e ele das suas brincadeiras idiotas, eu tive que falar sério com ele. Só que eu não tive coragem de dizer que eu não gostava dele, porque diferentemente de você, eu tenho sentimentos. Então sabe o que eu disse?

— Hm?

— Que eu gosto de outra pessoa. — ela arqueou a sobrancelha da cama onde estava. — Mais precisamente, eu disse que eu e o idiota nojento do Malfoy ficamos casualmente. E sabe o que eu tive que fazer?

— Por Merlin, Rosita, você está me assustando.

Beijar o Malfoy. — seus olhos se arregalaram, iniciando uma nova crise de risos. — E se você acha tão engraçado, Roxanne, saiba que é a segunda vez que eu beijo ele. Sim, você estava certa com suas provocações descabidas, eu fiquei com os dois. Uau. Espero que seja material o suficiente para as suas brincadeiras imbecis.

— Não precisa ficar brav-

— Preciso sim! — disse um pouco mais alto. — Não é porque você acha engraçado que eu também tenho que achar, Roxanne. É horrível fazer algo e ficar escutando piadas sobre o assunto até a próxima década.

— Rosita, você ficou com o Lystranho, isso é tipo… Um marco histórico. Não posso deixar passar à limpo. — antes que eu pudesse retrucar, a porta foi aberta por Dominique, que entrou e ficou nos encarando com um pouco de medo. — Sem contar que eu shippo vocês dois.

— Qual é o seu problema, Roxanne? — ralhei indignada. — Eu não gosto das suas brincadeiras, eu não gosto de como você perturba o Lysander e eu não estou nem aí se você shippa a gente ou não. A única coisa que eu sei é que agora não dá pra voltar atrás do que eu disse E EU ESTOU COM OS MALDITOS GERMES DO MALFOY NA MINHA BOCA E A CULPA É INTEIRAMENTE SUA PORQUE SE VOCÊ NÃO ME DEIXASSE NERVOSA EU NÃO FARIA COISAS IDIOTAS!

— Você beijou o Scorpius? — Dominique perguntou imediatamente após o meu surto.

— Duas vezes. — lembrou Roxanne, fazendo ela arregalar os olhos. — Uma hoje, uma na festa. Eu sabia que eles tinham ficado, sabia.

— Pensei que você só tinha beijado o Lysander. — franziu o cenho, provavelmente pensando o porquê de eu não ter lhe contado. — Como que isso foi acontecer?

Entrei debaixo do meu edredom e fiquei encarando as duas garotas enquanto pensava em uma resposta que eu ainda não tinha. Algumas coisas acontecem sem ter uma explicação lógica, e outras por sucessivos reforços negativos que culminam em uma besteira.

Faziam algumas semanas — duas, para ser exata — que Brian Wood estava fazendo das tripas ao coração para que eu terminasse com ele. Até que esse dia chegou, uma quarta-feira nublada. Depois que os boatos do nosso término se espelharam, as pessoas me olhavam com menos pena, mas nada que aliviasse a situação. Quando foi sexta-feira, eu estava lendo um livro no salão comunal e Roxanne chegou perigosamente sorridente, sentando-se ao meu lado.

— Rosita, vai ter uma festa hoje na sala precisa. — chiou toda alegre. Apenas virei uma página, indiferente. — E você tem que ir.

— Por que eu teria? Não gosto de festas, nem de bebidas, nem de pessoas idiotas propícias a fazerem coisas retardadas.

— Você precisa relaxar, espairecer. O Wood está pra lá e pra cá, provavelmente com a Spinnet, enquanto você está isolada lendo um livro entediante.

— Cada um com o seu lifestyle. — deu ombros. — Não vejo problema algum.

— Mas eu vejo. Você está convocada a ir nessa festa e não quero nem saber. — levantou-se determinada. — Ah, e coloque uma roupa legal, as pessoas tem que ver que você pode até ser corna, mas é uma corna feliz e estilosa.

Decidi que não iria discutir com Roxanne, principalmente pelo fato de que eu não a convenceria e pensava, bem lá no fundo do meu coração, que uma festa me faria bem. Fiz um esforço para me enfiar em um vestido preto curto e pentear meu cabelo. Fui me arrastando até a sala precisa quando era por volta das dez e meia da noite. Roxanne e Dominique haviam ido mais cedo, pra variar.

— Pessoas nervosas fazem coisas idiotas. — respondi para as duas que me olhavam. O que mais eu poderia dizer além de que muito provavelmente naquele dia a parte racional do meu cérebro não estava funcionando? — E não quero falar sobre isso.

— O dia em que quiser nos contar, estaremos dispostas a te ouvir, Rosita. Embora conseguir informações extra confidenciais do Scorpius não seja a tarefa mais difícil do mundo. — Roxanne pôs a mão no queixo, fazendo uma cara de pensativa que não estava nada convincente.

— Boa sorte. Ele quer esquecer isso tanto quanto eu.

— Deve ser por isso que ele te beijou hoje, hum? — estreitei os olhos.

— Hã?

— Só o Lystranho para cair na sua atuação péssima, Rose. Sem contar que estávamos espionando pela janela e vimos certinho a beijoca de vocês.

—  Nós vírgula, ela e Alvo. — Dominique defendeu-se, entrando debaixo de seu cobertor. — Para ser sincera, sempre achei que você e o Scorpius formariam um tipo de casal clichê, sabe, mas você e o Lysander balançam o meu coração também.

— Você é doida, Dominique, doida.

— Já que você não quer contar sobre você-sabe-o-quê, por que não conta sobre como ficou com o Lystranho? — Roxanne sugeriu inocentemente, fazendo apenas com que uma onda gelada percorresse o meu corpo. Provavelmente eram os sintomas iniciais de um possível vômito.

Considerei a sugestão enquanto pensava no que eu devia ou não contar.

Quando entrei naquela sala, completamente irreconhecível pela falta de iluminação, senti a mesma coisa que um cavalo marinho assustado: me encolhi e saí nadando em busca dos corais, mais conhecido como mesa onde estavam as comidas.

Não havia nem sinal das minhas primas, e de ninguém que eu conhecesse capaz de não dizer coisas idiotas como “Nossa! Você aqui!”. Peguei um aperitivo e comecei a olhar ao redor; eu via sonserinos, lufanos, corvinalistas, e de longe um cabelo cacheado singular. Tentei dar passos em direção à cabeleira que reconhecia ser de Roxanne, mas uma figura loira e estúpida atrapalhou o meu trajeto.

— Weasley. — a voz mole e idiota de Scorpius precedeu seu sorriso irritantemente branco. — Eu realmente pensei que você não viria.

— Não é porque houve aquele incidente que vou me trancafiar no meu dormitório, Malfoy. — ele ergueu as mãos em rendição. segurando um copo de líquido cor de rosa.

— Fico feliz por saber que seus neurônios estão em ordem, pelo menos. Mas me refiro ao fato de ser uma festa minha e até onde eu sei, você não é uma pessoa de festa.

— Não sou uma pessoa de muitas coisas.

— De sorte no amor principalmente, hum? — bebericou seu copo antes de olhar para os lados e configurar seu rosto em uma expressão maligna. — Estou brincando, Weasley. Aquele resto de vômito de hipogrifo não é lá grandes coisas de qualquer modo. E, se quer saber, nem a Spinnet.

— Realmente eu passo as suas informações sórdidas sobre ela. — cruzei os braços, irritada.

— Apenas peço para que não surte caso veja os dois aqui, o que é muito provável. — tentei focar Roxanne por cima dos ombros do animal à minha frente, cerrando os olhos para tentar dar um zoom. — Ah, e caso te interesse para alguma finalidade que desconheço — aproximou-se do meu ouvido. —, o Lystranho também ficou de comparecer.

— Contanto que eu não te veja na minha frente, Malfoy, tenho certeza que a minha noite será maravilhosa.

— Eu prezo tanto pela sua felicidade, Weasley, não sei porque me trata como se eu fosse um bruxo das trevas.

— Não te trato desse modo — suspirei falsamente decepcionada, olhando-o com uma expressão que se contorcia em busca de uma brecha para expressar toda minha raiva. —, seria muito para um idiota sem cérebro. Com licença.

— Weasley — ele insistiu, pegando o meu braço. —, por que não damos uma volta para ver se você fica mais calma?

— Estou calma.

— Não parece. — rolou os olhos. — Posso te ajudar a encontrar a Rox.

— Desde quando você chama ela de Rox? Desde quando você se propõe a me ajudar? Você está doente?  — perguntei, dramaticamente colocando o dorso da minha mão em sua testa. Foi o suficiente para ele começar a andar e me puxar junto, como se eu fosse um acessório de carroça sem freio.

— Eu sou um amor de pessoa, tão proativo e educado. É o que as pessoas dizem.

— Nunca ouvi ninguém dizer isso.

— Deve ser apenas seu filtro para possíveis causas de um ataque cardíaco. Imagino que não goste de ouvir coisas sobre mim.

— Adoraria ouvir que você despencou acidentalmente da vassoura durante um jogo de quadribol, ou que você ingeriu sem querer uma poção venenosa. — disse sorrindo, fingindo-me de animada. Ele apenas continuou andando comigo em uma volta sem fim por meio de pessoas que dançavam e conversavam em rodas. — Imagina que maravilhoso se você espetasse um dedo em uma planta mortal?

— Não seria melhor do que criar um feitiço para calar essa sua boca. — rebateu, estendendo-me seu copo. — Talvez isso funcione.

— Isso é rosa e estranho, e você está me dando. Não sou idiota nem de cheirar isso, Malfoy. — repugnei com uma careta após ter o copo encostando em meus lábios. — E onde merda você está indo? Havia visto Roxanne lá de onde estávamos.

— Viu errado.

— Claro que eu não vi errado.

— Weasley — ele virou o resto da bebida, repousando seus olhos cansados em mim. —, fique quieta, hum?

— Você é um estúpido.

— ROSITA! — o grito estridente de Roxanne me impediu de xingar até a quinta geração da família do acéfalo ao meu lado. Ele sorriu forçado, me soltando. — Te procurei por todos os lados.

— Esse imbecil me fez dar uma volta imensa para achar você.

— Tivemos que dar uma voltinha para ela se acalmar, Rox. Convença ela a beber alguma coisa para ver se fica menos insuportável.

— Por que não vai fazer algo mais útil do que ficar enchendo meus ouvidos de abobrinha, criatura?

— Se eu realmente não tivesse o que fazer — pigarreou. —, com certeza me concentraria em te atazanar pelo resto da noite. Mas não estou me sentindo disposto o suficiente.

Foi a última coisa que escutei de Scorpius Malfoy. Dali em diante, fiquei jogando papo fora com Roxanne, ela me convenceu a beber um pouco para dar uma desestressada, mas não foi algo que durou muito tempo. Minha coluna chegou a congelar quando vi Lorcan Scamander se aproximando dela. As razões? Bem, (1) eu ficaria sozinha dali em diante a não ser que achasse Dominique e (2) seu irmão poderia estar em qualquer lugar esperando a oportunidade propícia de se aproximar de mim e puxar alguma conversa.

A oportunidade surgiu, mais precisamente, no momento em que eu estava indo sentar em um sofá que havia em um canto da sala. Infelizmente, percebi que o sofá tinha outras finalidades, como suportar pessoas sem bom senso e cheia de hormônios pulsantes. E ao ver o idiota que mais cedo havia me irritado com Karen Nott, dei meia volta para pegar aquela porcaria de líquido cor de rosa que eu nem sabia o que era.

Suspirei por me render à tamanha tolice. Beber para esvaziar a cabeça? A que ponto eu havia chegado e como que eu deixei Brian Wood e a besta da Spinnet me afetarem daquele modo? Porque, claro, eu tinha certeza absoluta que me rendi àquele líquido suspeito por mera “tristeza”. Afinal, não era fácil de lidar com todo o meu plano de vida arruinado por hormônios adolescentes.

— Rose. — a voz que eu mais temia preencheu os meus ouvidos, forçando-me a sorrir sem a mínima vontade para o garoto loiro que ajeitava os óculos conforme se aproximava. — Vocè está linda hoje.

— Obrigada, Lys. — decidi, então, que era a hora de enfiar de vez minha cara naquela bebida. — Também resolveu aparecer?

— É, faz parte sair de vez em quando para dar uma refrescada na cabeça. — franzi o cenho. Já fazia cinco segundos que a conversa havia começado e Lysander não estava sendo estranho. — Embora eu te veja em qualquer lugar e vê-la pessoalmente é ainda melhor. Posso dizer, então, que a minha cabeça não está de fato arejada, apenas está passando por uma atualização para melhorar sua imagem na minha mente.

— Perfeito. — ri nervosa, não sabendo como prosseguir a conversa.

— Você está melhor?

— Em relação…?

— Ao que houve entre você e o Brian.

— Ah, sim, hm… Estou. — dei ombros um pouco desajeitada. — O importante é que ele esteja fazendo o que lhe deixa feliz, com quem lhe deixa verdadeiramente feliz.

— Mas, e quanto a você?

— Eu estou bem. Mais cedo ou mais tarde vou acabar me rendendo ao eterno ciclo de achar um novo alvo para tentar ser feliz e tudo mais. É uma coisa da vida, não?

— Deve ser. — sorriu amigavelmente, mas de verdade. As pessoas tinham a tendência de concordar comigo, principalmente depois de tudo o que houve. Só que Lysander exalava sinceridade, talvez por deixar claro o quanto gostava de mim. — Eu acho ele meio idiota, digo, a Hubi não parece ter outra qualidade além de um alto poder de persuasão. Sei lá se isso é uma qualidade, mas enfim. A minha opinião é que ele te desconsiderou totalmente.

— Hm, é. — engoli a seco com o tapa da verdade na minha cara.

— Ignorou o que vocês construíram juntos, os seus sentimentos, te jogou fora como se você fosse um nada, te humilhou de uma forma insensível e patética. — assenti concordando. — Ele é um idiota.

— Com certeza. — suspirei tomando tudo o que havia no meu copo, cerca de quase metade. — Fazer o que. Eu tenho um dedo meio podre para essas coisas.

Continuamos falando mal de Brian Wood e Hubi Spinnet por mais uns quarenta minutos, sem trégua. Lysander era bom em argumentar, e a situação apenas colaborava para que seus fundamentos parecessem cada vez melhores. Ele detestava meu ex apenas por ele ter tido o “privilégio” de respirar mais perto de mim, então era capaz de fazer uma lista de adjetivos pejorativos sobre todos os aspectos possíveis de se apontar em um ser humano.

Eu e Lysander nos conhecíamos desde sempre. Nossos pais costumavam marcar jantares, almoços e outros diversos encontros para colocarem os papos em dia; estavam nas confraternizações de fim de ano, aniversários, eventos. Seria impossível não sermos amigos. Só que esse era o problema. Eu me considerava amiga de Lysander, e ele se considerava meu amigo; a diferença entre nós era que ele queria ter algo a mais, e eu não.

Nunca tive nada contra suas esquisitices, exceto depois do quarto ano em Hogwarts quando a sua paixão platônica começou a ficar mais intensa. Não era culpa minha não sentir outras coisas por ele, e nem o culpava por sentir por mim. Mas ele sendo meu amigo, não queria causar um distanciamento por um tópico tão idiota quanto “amor adolescente”. Por isso que ele se tornou um rapaz completamente apaixonado por mim, capaz de enfrentar tudo — de azarações à piadas maldosas — e todos — Brian Wood, meus primos, Malfoy e até mesmo a Rox — para poder manter uma mínima relação comigo.

Foi seguindo essa linha de raciocínio que depois de alguns copos a mais desse líquido suspeito, mais tempo conversando, o inevitável aconteceu. Eu estava me sentindo tão bem por ele não ter me tratado como uma pobre coitada corna, que quando ele finalmente parou de falar destrambelhadamente sobre Herbologia, o clima se instalou.

Lysander, de forma alguma, era feio. Era singular, usava roupas excêntricas, mas eu considerei ele normal naquela noite. E a forma que ele me olhava era tão fofa, mas tão meiga, que não me contive em olhá-lo e sorrir, como se eu estivesse com um cupcake de amoras selvagens bem na minha frente, apenas esperando para ser devorado.

— Rose? Está tudo bem? — ele me perguntou realmente preocupado.

Foi então que eu fiz o que o meu tio Jorge um dia me aconselhou: deixe-me levar pela emoção do momento. Coloquei minhas mãos no rosto dele — lisinho, devido ao perfeccionismo de sempre deixar em dia sua barba rala —, e simplesmente encostei meus lábios. Na minha cabeça passou algo como uma forma de agradecimento pelo carinho e pela atenção. E, bom, foi um beijo tranquilo — embora levemente molhado demais. Seu toque na minha cintura era suave, não tinha nada de urgente e desesperado. Talvez se estivéssemos em uma sacada, o cenário colaboraria para que se tornasse ainda mais romântico.

O problema foi quando paramos o beijo e ele abriu a boca para dizer:

— Eu amo você.

Senti meu corpo inteiro tremer de medo. Medo porque foi como se a razão voltasse a clarear os meus pensamentos e eu me lembrasse do que eu estava fazendo: beijando Lysander Scamander em uma festa e alimentando suas expectativas em mil por cento; sendo uma pessoa horrível e injusta, aproveitadora e desonesta, que teria que arcar com o fato de que estava iludindo um amigo por causa de um beijo completamente deslocado em relação ao tempo e ao espaço.

Afastei-me um pouco abrupta, piscando os olhos em busca da luz que me levaria de volta ao mundo real e me acordaria do sonho que eu estava tornando um pesadelo.

— Pelos brincos dourados de Morgana. — praguejei olhando-o espantada. Lysander sorria, com aquele olhar doce e apaixonado. — Não era para isso acontecer, Lys.

— O destino acontece sem querer.

— Olha, Lys, eu… Me desculpe. — foi a coisa mais sensata que eu pude dizer. — Eu estou um pouco abalada ainda, pelo o que aconteceu e.. Eu não quero te ilu-

— Rose, fique calma. Foi só o primeiro beijo. — segurou meus ombros, calmo. — Mas caso esteja se sentindo indisposta, talvez seja melhor ir descansar.

Eu estava completamente zonza e, na hora, aceitei a sua sugestão de bom grado. Demos um abraço, não muito demorado em prol da minha sanidade emocional, e eu segui rumo à porta, tentando achar Roxanne para lhe avisar.

— Ahn, ele foi legal comigo e acabou acontecendo. — respondi depois de uns dez minutos encarnado um ponto fixo, provavelmente me assemelhando e muito com uma mosca. Dominique não pareceu convencida, e Roxanne soltou uma gargalhada. — Estávamos conversando sobre o Brian e, hum, eu estava tomando aquela bebida cor de rosa suspeita e… Eu pensei que seria uma boa ideia recompensar seu carinho e atenção com um…

— Beijo! Uau. Que ideia maravilhosa, Rose, acho que foi a sua melhor em tempos. — o tom de zombaria me fez sentir as minhas bochechas queimarem. — Por isso foi falar que ia descansar parecendo que tinha sido eletrocutada?

— É. — escorreguei para ficar deitada de verdade na cama. Ajeitei meu travesseiro, puxei mais o edredom. — E eu não quero falar mais sobre isso.

— O que te levou a beijar o Scorpius? — Dominique perguntou cautelosa, me fazendo bufar. Era horrível lembrar daquela noite, devido às cagadas sucessivas que tiravam minha paz de espírito. — Recompensa?

— Só vou falar isso e depois vou dormir, vocês querendo ou não. — ralhei me sentando de novo. — Eu falei com a Rox, vi o Brian dançando com a Hubi, lembrei que eu havia beijado o Lysander e a primeira pessoa que eu encontrei lá fora foi o idiota do Malfoy. Boa noite.

— Ai, Rosita, cada dia você me surpreende mais.

Encarei a última risada de Roxanne como um toque de recolher. Fechei meus olhos e pedi para que Merlin abençoasse a minha noite de sono e que fizesse com que eu esquecesse o que havia acontecido naquela maldita festa e no jantar de mais cedo.

Porém, quarenta minutos depois eu abri meus olhos em um estalo ardente ao perceber que ainda estava acordada. Talvez eu não tivesse tanto crédito assim para pedir algo para Merlin.

Todas as vezes em que eu tentava fechar os olhos e contar hipogrifos, uma parte diferente daquela noite aparecia super vívida na minha mente.

— Qualquer coisa estarei no dormitório! — gritei no ouvido de Roxanne, depois de acabado o papo com Lysander e tê-lo despistado por um tempo. Ela apenas assentiu e continuou dançando com Lorcan Scamander.

Girei meus calcanhares, em busca da saída daquele lugar barulhento. Trombei em pessoas, devo ter compartilhado germes com elas inclusive, e tentei fortemente passar pela multidão para chegar à porta. Nesse trajeto conturbado, tive a visão de Brian Wood e Hubi Spinnet exercendo a função de tornar a minha noite ainda pior. Dançavam e sorriam, juntos.

Brian nunca havia sido tão solto comigo quanto parecia ser com ela, e nem vivia sorrindo à torto e à direita. Talvez, apenas talvez, o problema do meu plano perfeito era apenas a sua idealizadora: eu.

Quantas vezes já não havia debatido com tio Jorge a importância de planejar as coisas, de seguir rotinas, regras, sem pular, sem burlar nenhuma. Eu tinha tanta razão que o beijo com Lysander poderia ter sido facilmente evitado caso eu tivesse seguido o meu bom senso que me intuiu em não pôr a cabeça para fora do salão comunal da grifinória; só que o meu tio estava tão certo, que a visão que eu tinha de Brian e Hubi era a prova de que nada que fosse milimetricamente planejado poderia ser vivido tão intensa e espontaneamente. Ele me traiu, o que foi ridículo; mas eu havia ignorado a nossa parte humana, em busca de um objetivo que não seria atingido enquanto eu continuasse com a minha irritante mania de não me permitir.

Meus olhos arderam naquele momento, em um misto de raiva deles e de mim mesma, mas foi um combustível para achar ainda mais rápido a saída. Diferentemente do que havia considerado, eu não surtei… Ou pelo menos não por meio de lágrimas e de um sentimento de vazio existencial. Muito pelo contrário. Vi-me no direito de fazer alguma loucura, mesmo que fosse idiota.

Eu provaria para o Wood, para a Spinnet, para mim e para o meu tio Jorge que eu não era uma robô chata que não aceitava sair dos padrões pré-programados.

— Weasley? — a voz do Malfoy foi detectada pela minha perfeita audição. Ele estava próximo da porta, não sabia se entrando ou saindo. — Não me diga que surtou.

— Por que merda você acha que eu surtaria, Malfoy? Por ver aqueles dois felizes? — ele não respondeu nada, apenas deu ombro de uma maneira displicente. Foi quando percebi o óbvio. — Você já sabia, não é? Que eles já haviam chegado.

— Eu sei de tudo, Weasley, e sei que você não tem controle emocional nenhum para lidar com situações onde o seu ego é furado. Só queria evitar possíveis problemas.

— Você é um egocêntrico idiota, seu hipogrifo velho. — rosnei passando por ele e, claro, fazendo questão de bater meu ombro no seu. — Boa noite para você.

— Se estou errado, imagino que esteja indo embora por outra razão.

— Razão que não é da sua conta.

— Você é tão ranzinza, Weasley, parece uma avó de noventa anos.

— Só se for a sua avó, Malfoy. — ele gargalhou na minha cara, rolando os olhos.

— Vai para o seu dormitório?

— A não ser que pense que eu durma em cima do telhado, vou. E que merda é essa? Um interrogatório?

— Credo. Está vendo como é insuportável? Nem o Wood seria capaz de te aturar por tanto tempo.

— E o que é ser suportável para você? Ser uma songa monga igual a Nott?

— Hm, além de tudo é ciumenta. — zombou. — Você é uma pessoa difícil, Weasley, muito difícil, que exige uma paciência digna de um monge. — cerrei os olhos em uma tentativa de fuzilá-lo. — Tenha um bom descanso, então. Ah, tente não se jogar da torre. — sorriu cínico abrindo a porta para mim.

Por ela eu saí, tranquila, respirando fundo o ar da liberdade. Até olhar para o lado e ainda ver a figura irritante de Scorpius Malfoy.

— Onde pensa que vai?

— Não é da sua conta, Weasley. — retrucou. — Quer que eu te acompanhe até a entrada do seu salão comunal?

— Por que você faria isso?

— Porque sou um amor de pessoa.

Dei ombros, desistindo.

Seguimos o caminho em profundo silêncio, e praticamente na ponta dos pés. Não queríamos acordar os fantasmas fuxiqueiros, e nem causar nenhum transtorno. Só que algo borbulhava no meu esôfago querendo causar qualquer problema, o que acabou não sendo tão produtivo assim.

Eu, às vezes, olhava para o lado mesmo encarando a quase completa escuridão. A única coisa que permitia a semi visão do Malfoy eram algumas velas enfeitiçadas em alguns lugares estratégicos do corredor, mas não duravam muito. E, bom, em meio a tantas coisas idiotas que já haviam acontecido, sequer me questionei sobre estar encarando-o.

— Você está definitivamente estranha hoje. — sussurrou ao virarmos um corredor, deixando um sorriso torto configurar sua expressão.

— Deve ter sido aquela bebida cor de rosa.

— Era apenas hidromel com xarope de cerveja e água de gym. — respondeu como se fosse algo tremendamente óbvio que até uma criança saberia. — E, claro, whiskey de fogo. Não me diga que está com vontade de vomitar ou algo assim!

— Está mais para vontade de fazer alguma coisa diferente.

— Diferente?

— É. — limpei a garganta, tendo a plena convicção que ele estava, no mínimo, me olhando como se eu fosse um alien. — Alguma coisa legal, sabe?

— Que tipo de coisa?

Proveniente da sensação que realmente me incomodava, mordi meus lábios inferiores tentando esconder um sorriso travesso. Seria definitivamente loucura pensar em algo relacionado ao bruxo retardado ao meu lado. Eu, na verdade, nunca tinha reparado nada demais naquele desperdício de magia. Scorpius era alto, magro, tinha um nariz reto demais e pontudo; seus olhos me davam agonia porque eram muito claros e seus cabelos obviamente eram falsos. E aqueles dentes brancos, argh, só podia ser uma dentadura. Porém, apesar de todos os contras, uma das vantagens que não saía da minha cabeça era que Scorpius Malfoy era o maior desafeto do meu ex-namorado traidor. E, bem, já que nada importava mais… Qual seria o problema de trair seus ideais — e, pelo andar da carroça, os meus próprios?

Então, antes que eu me arrependesse, estendi minha mão para alcançar o braço do Malfoy, que automaticamente parou de andar.

— Posso fazer uma coisinha? — perguntei ficando em sua frente. Percebi que ele passou a segurar a respiração enquanto tentava achar algum resquício de normalidade em mim.

— Contanto que não me mate depois. — deu ombros, umedecendo seus lábios. — Sempre soube que toda a sua raiva era amor reprimido.

— Não exagere. — pedi me aproximando de seu corpo. — Você é um imbecil, nós dois sabemos disso, mas… — ele ficou parado, como se nada estivesse acontecendo, o que me deixou tremendamente irritada. Era para ele fazer o que fazia com as outras garotas, beijar logo, dar uns amassos e sumir da minha frente. Mas não, ele ficou parado. Bufei sem paciência.

— Mas…? — tentou me encorajar, não recebendo nada como resposta. Ele deu um riso curto e irônico.

— Mas isso não importa nesse momento.

— E o que importa, cabeça de tomate?

— Que eu não ouça a sua voz.

— Hum. — analisou olhando para o teto. — Se eu também não ouvir a sua, está tudo certo.

— Está?

— Claro que está. — sorriu. — Sair da rotina para você é beijar o seu inimigo mortal?

— A sua existência não me afeta em nada, Malfoy, é tão indiferente que nem te considero um inimigo.

— Seu ex estúpido considera.

— Ele tem seus motivos.

— Óbvio — riu colocando as mãos em minha cintura. —, eu sempre acabo tendo as coisas que ele não pode ter, inclusive suas namoradinhas vingativas.

— Como você é insuportável. — rolei os olhos dando um passo para trás.

— E você é tremendamente irritante — apertou suas mãos no meu corpo e andou para frente, causando o contato entre a parede do castelo e as minhas costas. —, mas está sexy nesse vestido.

Scorpius afastou meu cabelo do pescoço e curvou-se para distribuir o que eu identifiquei ser mordidas; seu perfume impregnou todas as minhas vias respiratórias e como um tipo de alucinógeno, alguns segundos depois eu sentia a sensação da taxa de adrenalina alta se espalhar por todo o meu corpo. Encostou-nos mais quando voltou com o seu rosto para em frente ao meu. Beijou-me depois de sorrir maldoso, e mordeu meus lábios duas ou três vezes antes de tirar as mãos da minha cintura e passá-las pelas minhas pernas e costas.

Embora não conseguisse chegar a nenhuma conclusão naquele momento, eu sabia que a matéria prima da situação não era a mesma que havia embasado meu beijo com Lysander. Era elétrica, absurdamente intensa e de tirar o fôlego. Eu sentia o gosto de whisky em sua boca, seu calor, e a linha quente que deixava por onde ousava passar suas mãos curiosas. E deveria dizer, como uma inútil que só conseguia segurar seus ombros e fazer um esforço danado para não soltar nenhum som comprometedor, que aquele beijo estava sendo o melhor de meses.

Nos separávamos por dois segundos, o suficiente para encher os pulmões de ar, e nos entrelaçávamos outra vez, só que mais forte. O maior período foi o que Scorpius utilizou para segurar minhas pernas, me impulsionar para cima e colocá-las em volta de sua cintura. Consequentemente, meu vestido subiu e senti um potencial volume encostar-se em mim.

— Malfoy, por Merlin. — disse não querendo quebrar nosso contato. — Estamos em um corredor.

— É a única coisa que me impede de fazer uma verdadeira loucura, Weasley. — respondeu estendendo um de seus braços para apoiar-se na parede. — Como eu quero tirar esse seu vestido. — arfou olhando para baixo, tendo a vista das minhas pernas desnudas. Ele pressionou mais seu corpo contra o meu, e apertou minhas pernas que estavam em sua cintura.

— Tira. — suspirei encostando minha cabeça na parede, tentando acalmar meu pobre coração sedentário. O Malfoy me olhou perigosamente. Senti seus dedos deslizarem por debaixo da minha coxa e subirem pela lateral do meu corpo, por debaixo do vestido.

— Você perdeu o juízo mesmo. — constatou ao encontrar a minha calcinha. Ele pôs sua mão embaixo dela para tocar a pele do meu quadril. — Levaríamos no mínimo uma expulsão. — riu, avançando para tocar a parte inferior da minha barriga, que, inclusive, estava parecendo um congelador. — Rose Weasley expulsa por indecências nos corredores de Hogwarts.

— Por que não voltamos ao que estávamos fazendo ao invés de jogar conversa fora? — sugeri envolvendo sua nuca com os meus braços, e apertando-o mais contra mim. — Combinamos de ficar calados.

— Você não tem cumprido o acordo. Já ouvi alguns sons pelo menos quinze vezes.

— Idiota.

— Irritante.

Suspirou dolorosamente — nunca soube o fundamento disso, até o presente momento —, e voltou a me beijar.

Foi algo terrível depois que voltamos para a festa, porque… Sim, voltamos para a festa e eu vi a oportunidade perfeita de participar de competições de quem bebia mais whisky de fogo, dancei como nunca antes — talvez porque nunca havia gostado de dançar — e no fim da noite lembro-me bem de voltar para o dormitório me arrastando junto com Roxanne, ou sendo arrastada por ela enquanto dizia para os quatro ventos:

— Me leva de volta para paraíso, Roxanne, ainda aguento mais doses de xixi rosa de unicórnio.  


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Notas finais do capítulo

Fica no ar a localização desse paraíso da Rose aí [-qq]

Me contem o que acharam do capítulo, o que pensam que irá acontecer no próximo, se estão gostando, etc. Gosto muito de ler os coments de vocês ♥

O próximo cap só sairá daqui duas semanas mais ou menos, o que significa que será por volta do dia 9 ou 10 de dezembro. Por que? Porque eu estarei bem enrolada com provas, trabalhos, estágio, relatórios e o próximo cap ainda não está finalizado. Como eu disse lá em cima, não sei se esse é ou não o penúltimo :)

Bjs no core de vocês ♥

Ps. Tem uma mensagem no meu perfil, deem uma passadinha lá para me desafiarem ♥



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