Carpe Diem escrita por Tahii


Capítulo 1
O lifestyle de Horácio


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas, tudo certo? ♥

Sim, cá estou eu com uma short scorose enquanto deveria estar escrevendo Legami Di Amore porque... Sim, foi o que eu fiquei fazendo nesses dois meses longe... Hehe :P

Queria dizer que essa short é muito amor ??” o Scorpius está sendo mais amorzinho que o normal (mentira, não muito) ??” e que eu espero que vocês gostem ♥

Ela vai ter cinco capítulos, que serão postados a cada dez dias mais ou menos... Além disso, quero que todos abram os olhos para enxergar a mudança de pensamento da Rose durante a história; e tentem ver o lado bom dela também ??” todos nós erramos, hum?

Bom... Eu deixei o link da playlist lá no disclaimer, caso queiram ouvir uma musiquinha enquanto leem.

Boa leitura ♥



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Eu sempre fiz muitos planos, porque sempre acreditei que a vida tem de ser planejada para dar certo. Se as regras, as normas, os planos e a própria lógica existem, é porque devem ser aplicadas mais cedo ou mais tarde. Essa sempre foi a minha filosofia, e ela pareceu dar certo por dezessete anos.

Porém, sempre teve alguém para discordar do meu, então, lifestyle com argumentos que eu nunca dei muito crédito por serem fundamentados no tal “carpe diem”. A primeira pessoa que me apareceu com essa história sem pé e nem cabeça foi o Teddy, namorado da minha prima Victoire, logo após que eles engataram em um romance. Eu era pequena, na época, e decidi pesquisar o que significava. Encontrei que carpe diem é uma expressão que significa “aproveite o dia”, com o sentido de aproveitar o máximo o agora e apreciar o presente. Quem escreveu isso foi um poeta trouxa, Horácio, em um livro onde Leucone era aconselha com a frase “carpe diem, quam minimum credula postero”, ou seja, colha o dia de hoje e confie o mínimo possível no amanhã. Para mim isso nunca foi uma opção, nunca, sempre fui metódica o suficiente para planejar desde o meu primeiro minuto acordada até o meu último instante consciente antes do sono — e ninguém pode garantir que até os meus sonhos não eram controlados.

Um dia meu tio Jorge me perguntou qual era a vantagem de ter tudo planejado, já que não haveria surpresas, emoções e nada que pudesse me fazer sentir coisas diferentes (vale ressaltar que eu não entendi a colocação de coisas diferentes, porque não faziam parte do meu repertório). Eu respondi que a vantagem era não ser surpreendida com coisas ruins e persuasivas à loucura, e ele apenas deu risada, como sempre. Nunca fui levada a sério com as minhas paranóias, embora estivesse certa na maioria das vezes. Como, por exemplo, da vez em que Alvo surgiu com a ideia de pintar um corredor de Hogwarts de verde para celebrar a vitória da sonserina e eu disse que era uma má ideia. Realmente foi, a sonserina perdeu trinta pontos e a corvinal acabou ganhando a Taça das Casas naquele ano. Também teve a ocasião em que Dominique foi a um encontro com Brad Goldstein mesmo eu dizendo que era muito estranho ele, de repente, chamá-la para sair em um dia dos namorados; Dominique disse que era obra do acaso e foi, mas descobriu que a intenção dele era fazer ciúme na ex-namorada (coisa que ele realmente conseguiu e provocou uma leve perseguição obsessiva da garota por algumas semanas). Não vou nem levar em consideração às vezes em que estava certa sobre as burrices de Hugo e Lily Luna.

Ou seja, apesar de eu sempre ter sido focada em fazer as coisas milimetricamente perfeitas — incluindo relacionamentos, refeições e estudos — eu sempre tive fatos comprovados pela minha ciência para continuar me incentivando a ser como sempre fui: metódica, organizada, perfeccionista e contra obras do acaso. Foi por esse motivo que nunca quis participar das aulas de Adivinhação. Mas por puro azar, Roxanne participava e era considerada muito boa com essas coisas, o que gerava comentários aleatórios em conversas que despertavam um interesse repentino. Quem não queria saber do futuro, não é? Todo mundo menos eu, Rose Weasley, porque ele sempre esteve planejado. Eu me formaria em Hogwarts, conseguiria um emprego no Gringotes, me casaria com Brian Wood e teria dois filhos: Joshua e Elizabeth. Tão simples, nunca entendi por que as pessoas faziam disso um drama.

O que mais me incomodou nisso tudo foi que eu não previ erros, imprevistos ou acaso, como Dominique chamaria, não previ variáveis que estragariam o plano inteiro e me forçariam a fazer um B, C, Z, simplesmente porque eu não acreditava que aconteceria algo que tiraria Rose Weasley do xeque-mate da vida.

Eu sempre considerei que os meus dezessete anos foram bem vividos, pois conquistei tudo o que a maioria das pessoas gostariam. Sempre fui a primeira da sala, sempre tive bons relacionamentos com os professores, tinha duas melhores amigas incríveis, um namorado maravilhoso, a melhor família do mundo e, ainda por cima, tinha conquistado o cargo de monitora no quinto ano e lutaria para ser monitora-chefe no sétimo ano que se iniciaria em algumas semanas. Claro que a intenção nunca foi me gabar da minha vida maravilhosa, por isso sempre contei para as pessoas os problemas que eu enfrentava: Hugo estava em uma fase rebelde demais e eu acabava me responsabilizando por tirar ele das encrencas, os Estudos Avançados em Aritmancia estavam realmente difíceis e eu ainda tinha que suportar Scorpius Hyperion Malfoy me enchendo o saco todo santo dia naquele castelo. Apesar de tudo, não era fácil ser eu.

Para que a minha tese pudesse ser comprovada, as forças que regulavam o universo decidiram se mover para que eu não passasse pelo desgosto de ser contrariada. A vida realmente ficou um pouquinho mais difícil depois do último jogo de quadribol da temporada, que foi entre sonserina e grifinória. O meu, então, namorado, Brian Wood, era o goleiro do time, que teve uma performance brilhante ao não permitir que a grifinória levasse um gol sequer dos artilheiros da sonserina. Mesmo com o meu primo Alvo pegando o pomo, a sonserina perdeu de lavada. O que veio após tudo isso foi uma grande festa no salão comunal da grifinória, esse tipo de festa adolescente proibida que leva os jovens a fazer coisas impensadas como beijar uma garota na frente da namorada só porque foi considerado um “ídolo” pelo tamanho talento e está com o ego nas galáxias. Foi exatamente isso que Brian Wood fez, beijou uma simpática garota chamada Hubi Spinnet na frente de toda a grifinória. Vexame e humilhação foram palavras leves para expressar o que eu senti naquele dia e nas semanas seguintes.

As pessoas nem olhavam na minha cara direito, porque era muito constrangedor até para elas. Estávamos juntos há dois anos e ele parecia gostar verdadeiramente de mim — eu não considerei colocar ele na posição de marido perfeito do futuro à toa e sem critérios —, mas o tal acaso provou que não. Ele pediu desculpas e disse que era inaceitável o que havia feito, praticamente me convencendo a terminar com ele. Foi o que aconteceu um certo tempo antes das férias de verão. Setembro já estava quase chegando e os boatos que corriam era que Brian Wood estava com Hubi Spinnet, estava ficando sério. Não que eu me importasse, afinal, tive que passar dias e dias constrangida depois do “incidente” e não me abalaria tanto o fato deles estarem juntos. O importante era que ele estivesse feliz com alguém que considerasse melhor do que eu — não que eu realmente acreditasse na possibilidade desse alguém existir.

— O Wood está mesmo com a Spinnet. — comentou Dominique no dia que chegamos à Toca. Era a primeira semana de Agosto. — A Alice contou para o Al que a Lily contou para ela que a Megan afirmou com todas as letras que viu a Spinnet e o Wood em uma festa no mês passado e que eles estavam juntos de verdade.

— Que bom. — disse mexendo nas mechas do meu cabelo. As sensações de ser trocada, traída e diminuída já estavam quase desaparecendo da memória. Se ele queria ficar com ela, que ficasse! Se nem uma namorada foi impedimento, quem dirá o acaso. — Eles ficam tão bem juntos.

— Ah, claro, um traidor e uma falsa, perfeitos. — a loira zombou rolando os olhos. — Como consegue ficar tão calma sabendo disso, Rose? Eu com certeza teria quebrado a cara dela no meio naquele dia.

— Estresse dá rugas precoces e eu não tenho força para bater em alguém, Domi, sem contar que poderia manchar o meu lindo histórico de vida. Apoio causas pacificadoras, não posso sair batendo nas pessoas.

— Nunca vou ser capaz de ter o seu autocontrole.

— É algo que a gente adquire com o tempo.

E não era falta de modéstia, era realidade. Se não fosse Hugo me tirando do sério com suas traquinagens, Alvo enchendo minha cabeça com coisas inúteis e Scorpius Malfoy sendo idiota o tempo todo, provavelmente eu passaria longe de estabilidade. Porque sim, até esse papo com Dominique eu me considerava super estabilizada emocionalmente, controlada e super pé no chão. Apesar de tudo, eu não guardei rancor dos dois palhaços, porque minha avó Molly sempre disse que devíamos liberar o perdão e tudo mais. Então tudo estava tranquilo, partindo da ideia de que Brian Wood deveria se manter distante e não tentar nenhuma aproximação que pusesse em risco a minha sanidade mental.

Ou seja, tudo estava sob controle.

O plano de emergência que estruturei foi de manter a calma, liberar o perdão, evitar conversas relacionadas a esse assunto e me ocupar planejando o que eu faria para achar o próximo candidato à vaga de marido perfeito, acrescentando o critério de não ser um mentiroso egoísta e cínico. Durante as férias me ocupei em ler novos livros, pensar sobre novas questões, refletir sobre o sentido da vida, e no começo de agosto fui para a casa dos meus avós para encontrar com os meus primos, era a nossa tradição.

Eu me lembrava muito bem de ter ido dormir cedo na quinta-feira à noite devido à uma enxaqueca depois de passar horas ouvindo Dominique e o seu pré-surto ao saber que James também iria passar um tempo na Toca o que, novamente, eu alertei ser uma má ideia. Só que se antes eu não estava com muita moral, depois do trágico acontecido muito menos.

Na sexta-feira eu fui a primeira a acordar, ou pelo menos achei. Como sempre, arrumei minha cama, calcei meu chinelo e andei em direção ao banheiro para lavar o rosto e escovar os dentes. Quase me assustei ao ver o meu reflexo no espelho: cara redonda, olhos inchados, cabelo “preso” no que deveria ser um rabo de cavalo e parecia que as minhas sardas haviam se multiplicado, o que era terrível porque poderiam ter ficado em um número ímpar. Parei de escovar os dentes ao escutar um barulho lá embaixo, e saí com minha escova roxa na boca para ver se tinha alguém acordado.

Nunca antes eu havia saído do banheiro enquanto escovava os dentes, muito menos toda esquisita e descabelada, mas naquele dia a lâmpada que iluminava a parte metódica do meu cérebro pareceu estar desligada e eu decidi me aventurar pelo mundo da espuma de pasta de dente escorrendo pelo canto da boca. Conforme eu descia as escadas, duas vozes masculinas que sussurravam pareciam ficar cada vez mais altas. Quando cheguei à cozinha, dei um leve pulinho ao ver o meu pior pesadelo na minha frente — e não, não era Brian Wood ou Hubi Spinnet.

— Bom dia, Weasley, adorei o pijama combinando com a escova. — a voz irritante de Scorpius Malfoy finalmente preencheu meus ouvidos de uma forma concreta. Tirei a escova da boca, encarando tediosamente o seu sorriso que quase rasgava o rosto.

— O que você está phasendo atchim? — pude ver como prendeu uma risada ao ouvir minha voz embolada por causa da espuma, o que serviu apenas para me deixar mais brava. Olhei para o meu primo que estava encostado na pia. O fato de Scorpius não me entender não estava ligado à espuma, provavelmente, mas sim a sua incapacidade de lidar com pessoas inteligentes.

— Ele vai ficar aqui nesse final de semana e eu realmente espero que vocês não encham o meu saco brigando. O que inclui respostas mal educadas, comentários irônicos, sorrisos cínicos e provocações descabidas. — listou contando nos dedos. — Estou falando sério.

— Provocação descabida é a sua prima tentar me seduzir logo de manhã com esse projeto de pijaminha — sorriu abertamente, encarando-me de baixo para cima daquele jeito que ele sabia que me irritava. O que, aliás, não me irritava quando o sujeito ativo era ele? —, e ainda combinando com a escova. Por Merlin, Weasley. — ele idiotamente arfou, fingindo uma possível parada cardíaca (não que fosse uma má ideia).

— Mantenha seu abligo longe de blim. — fitei Alvo ignorando totalmente a risada irônica, algo que já ia contra um dos critérios do meu primo, do garoto. Ele não resistiu a acompanhar o amigo com um esboço de sorriso, mas assentiu para mim.

Simplesmente girei meus calcanhares e subi às escadas.

Não precisava ficar dividindo o oxigênio com ele. Na verdade, eu não precisava de muitas coisas, e a maior parte delas incluía os sobrenomes Wood, Spinnet e Malfoy. Quando cheguei no último degrau da escada ouvi sua gargalhada extremamente irritante de lá de baixo, torci para que se engasgasse e tivesse que parar no St Mungus. Talvez meu irmão estivesse certo no final das contas, eu era potencialmente maldosa quando queria, só que isso não me incomodava nem um pouco.

Mediante as novidades da estadia do Malfoy na Toca, decidi que seriam dias relaxantes de isolamento no meu quarto com exemplares novinhos de Tolstói. Por isso me sentei na minha cama, encostei minhas costas na cabeceira e abri o livro, sorrindo embriagada com seu cheirinho de novo, que era tão maravilhoso quanto os de Jane Austen. Como a felicidade dura pouco e a paz menos ainda, antes que eu pudesse terminar o primeiro parágrafo fui interrompida por uma batida na porta. Eu poderia simplesmente gritar “entra”, mas acordaria Lily e Dominique que dormiam nas camas ao lado da minha e eu realmente não queria atrasar a minha diversão.

Era Roxanne, minha outra prima, com sua velha mochila de acampamento.

— Você podia ter me poupado de levantar, Roxanne. E nem invente de armar um escândalo, as meninas estão dormindo e eu pretendo que elas continuem assim. — grunhi mediante um sorriso desafiador. A melhor coisa que poderia acontecer era ter Roxanne e a lagartixa albina na mesma casa, ambos intencionados a me infernizar.

— Escândalo? Tenho cara de quem arma escândalos? — estendeu a mão sobre o peito, dramática, e passou por mim apossando-se da minha cama maravilhosamente intacta. Fechei a porta e fitei ela com um sorriso tedioso e falso. — Aliás, por que eu armaria escândalos?

— É a sua principal habilidade.

— Papai sempre disse que a minha maior habilidade é ter um coração puro. — tirou os sapatos, colocou os pés imundos na minha colcha limpa e os braços atrás da cabeça, sorrindo mais ainda. — E fazer travessuras com quem amo.

— Contanto que não me envolva, Roxanne… — dei ombros andando em sua direção para lhe enxotar da minha cama.  — Não faz diferença.

— Mas eu te amo tanto, prima, quero te ver feliz igual você estava na festa do Scor-

— Não sei do que está falando. — menti, claro que sabia. Ela deu uma risada alta quando a fiz levantar. — E espero que não continue com essa história sem cabimento.

— Eu não vou continuar com nada. — ergueu as mãos. — Só espero que até domingo você não se distraia tanto, ou tenha outra crise existencial e encarne a doida varrida que nós sabemos que você é. — voltei ao meu lugar, bufando, e abri o livro na tentativa de mostrar para Roxanne que eu não queria ser incomodada com sombras do passado retardadas. — Vou ver se tem algo para comer, estou com tanta fome e a companhia lá embaixo parece tão agradável, sabe, para por os papos em dia.

Com um sorriso maligno ela fechou a porta. Eu fiquei olhando fixamente para lá por alguns instantes, mordendo meus lábios com raiva e balançando o meu pé idiotamente. Forcei-me a olhar para aquela página amarelada, só que não foi preciso sequer dois segundos para eu perceber que não iria para o meu paraíso se não tivesse certeza que Roxanne ficaria com aquela língua grande dentro da respectiva boca.

Soltei todo o ar dos pulmões e pressionei os olhos com força em busca de uma paciência extraordinária que infelizmente não fazia parte do meu currículo impecável. Desci as escadas tentando mostrar uma falsa calmaria, e me aproximei de onde Roxanne estava com Alvo e o seu projeto de lula gigante.

— Decidiu se juntar ao lado negro da força, Rosinha? — ela sorriu, fazendo-me querer enfiar facas em seus olhos para parar de sorrir daquele jeito idiota. — Estávamos falando exatamente de você.

— Não acho que eu seja a melhor pauta para a reunião de vocês. — cruzei os braços, me apossando do lugar no sofá ao lado do meu primo. Scorpius Malfoy estava na poltrona a frente, e me olhou com aqueles olhos esbugalhados de assombração. Desviei o olhar para Roxanne, que me encarava como se quisesse realmente destruir a minha vida. — Embora eu seja muito interessante, claro.

— Estávamos falando de como você ficou mais solta naquela festa na sala precisa. — explicou ela, fazendo gestos com a mão. — E de como Scorpius precisa dar outra para continuarmos na mesma vibe.

— Eu sou solta, Roxanne-

— Com whiskey de fogo, muito. — comentou Scorpius me fazendo sentir que seria melhor ficar reclusa no meu quarto até domingo.

— Você bebeu alguma coisa que não fosse suco de laranja, Rose? Uau. — Alvo fez uma cara de surpreso. — Como eu pude perder isso?

— Eu não tanto whiskey assim, óbvio. — forcei-me a me defender, já que Roxanne não parecia estar disposta a isso. — E você não perdeu nada.

— Você não perdeu nada, Alvo. A Rosinha simplesmente desapareceu.

— Hmm. — riu em um tom maliciosamente estúpido. Ele me cutucou com o braço esquerdo e arqueou as sobrancelhas. — Não me diga que estava fazendo coisas proibidas pelo seu Código de Moralidade?

— Não, eu não estava.

Sei. Não faz mal, Rose, precisa dar um troco naquele Wood imbecil. — Alvo deu ombros, desmanchando o sorriso. — Um troco bem dado.

— Concordo! — Roxanne disse animada. Minha cara, provavelmente, era tão desgostosa quanto a de um dragão feroz. — Mas, afinal, com quem você sumiu? — ela abriu a boca, em um falso suspense, e olhou para os dois rapazes, que riram. — Não me diga que foi com o Lysander.

— Não foi com o Lysander.

— Então você realmente estava com alguém?

— Por Merlin, Roxanne. — joguei minha cabeça para trás, fechando os olhos. — Me deixa em paz.

Scorpius, você que era o anfitrião, viu ela com alguém? — insistiu Roxanne, causando uma gargalhada.

— Não. Eu costumo estar ocupado o suficiente para não me importar com a cabeça de tomate, sério. A minha única preocupação tinha nome, e não era Rose Weasley. — sua expressão indiferente não era tão desafiadora quanto ele achava que era.

— Não que Karen Nott seja um nome muito melhor, mas cada um com suas preferências, hum? — retruquei na lata, fazendo-o chacoalhar a cabeça e rir.

— Embora seu time não seja esse, saiba que ela é gostosa. — suspirou Alvo repousando a cabeça em meu ombro. — Já olhou os peitos dela?

— Nem pretendo.

— Ela é linda demais. Não sei o que vê nesse palhaço.

— Tenho um poder de atração que a sua mente primitiva nunca vai compreender, Potter, sinto muito. — o babaca passou a mão nos cabelos e sorriu.

— Então quer dizer que está apaixonadinho pela Nott? — resmungou Roxanne, com a mão no queixo.

— Não disse isso.

— Você disse que a sua preocupação era ela, logo…

— No momento, Weasley, no momento.

— Hm. — ela cruzou os braços, lançando um olhar travesso para mim. — Acho que você deveria dar outra festa, Malfoy, ponto final.

— Quem sabe, talvez. — deu ombros. — Tenho medo que a sua prima pimenta acabe com o estoque de bebidas.

— Vocês são tão criativos com apelidos, sabiam? — perguntou Roxanne suspirando. — De onde surgiu pimenta? Acho que nunca tinha ouvido antes e-

— Ela não é um pouco estressada demais? — questionou Scorpius, fazendo meu primo assentir.

— Um pouquinho, mas… Pimenta também é bem ardida, né? Chega a dar até um calor. Não gosto muito das pimentas que o tio Carlinhos trás da Romênia. — comentou ingenuamente. O idiota do Malfoy deu uma tossida.

— Vou chamá-la então de Rose Pimentão, parece mais o feitio dela. — revirei os olhos ao ouvir as risadinhas. — Quer dizer, não que esse seu pijama não seja tremendamente sexy, Rose Pimentão, mas você não pode ser considerada uma pessoa inteiramente sexy, hum?

— E você não pode ser considerado sequer uma pessoa. Está mais para uma lesma sem cérebro. — devolvi levantando-me. — Minha cota diária de abobrinhas já deu, com licença.

Uma certa tranquilidade contaminou a minha corrente sanguínea enquanto eu voltava para o meu Éden. Eles não tinham seriedade o suficiente para ter uma conversa com conteúdo realmente perigoso, nem informações. Ou seja, não eram um motivo de preocupação, o que significa que eu poderia realmente me concentrar em fazer coisas mais interessantes do que ficar pensando nas trapalhadas do trio da morte.


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Notas finais do capítulo

A Rose não é nem um pouco convencida, né? Ainda bem, imagina se fosse... A Roxanne dessa fanfic está um pouco irritante, mas faz parte para treinar a nossa paciência ??” e a da Rose. E o Brian Wood continua sendo o idiota da história ♥

Me contem o que acharam, se gostaram, e tudo mais ♥

O próximo cap vai sair entre o dia 10 e 11 desse mês, beleza?

Um beijão no core de vocês ♥
Ps. Qualquer coisa, me gritem lá no twitter @itstahii



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