Sophie já não sabe mais o que é natal.


[Oneshot - 01]

Nos frenéticos anos oitenta, a jovem e disciplinada Amélia se contenta com uma vida medíocre imposta por sua mãe. O que ela não imaginava, porém, era que uma noite incomum a faria ser refém de Fernando, um músico inconsequente que havia acabado de cometer um grave crime.

Louna Benoit vive presa em uma rotina maçante. Todos os dias trabalha longe de casa, ouve as mesmas músicas e nunca atende um cliente mais de uma vez. No entanto, um dia, um cliente em especial chama sua atenção. Ele conta que seu nome é Adrien, e que chegou à cidade em busca de uma garota que viu em seus sonhos. Dias depois, Louna aceita sair com Adrien, entretanto ele parece não a reconhecer, mesmo que tenha praticamente contado sua vida inteira a ela. No dia seguinte, Louna lembra-se de ter tido um encontro. Ela lembra-se de tudo, desde o ambiente até os diálogos, mas seu cérebro se recusa a dizer seu nome ou mostrar seu rosto. Ninguém no trabalho parece ter notícias do garoto misterioso. Qual era o nome dele mesmo?

Elise Davies é a típica dama da burguesia vitoriana: educada, pacífica, recatada, elegante, bem nascida e prendada. Para qualquer um, a jovem Davies é uma perfeita opção para um bom casamento. Ao menos à primeira vista.
Em verdade, Elise não poderia se sentir em maior desarmonia das notas que ditam as convenções sociais, as quais é obrigada a passar pela boa imagem da própria família, aprisionada a interações mecânicas e vazias.
Presa no tédio de mais um evento social, a dama depara-se com William Edwards, um ator de brilho irônico no olhar e único que parece achar graça de uma sociedade tão maçante.
Nos passos tão marcados do bailar da sociedade, Elise encontra alguém disposto a tirá-la para dançar a música que seu coração deseja seguir.

No fundo do mar, sem muito o que fazer, Catarina observava o movimento e imaginava como seria a superfície.


[Catarina e o Mar - 01]

Samantha é uma das organizadores da agência de casamentos "Não se divorcie, pois a festa foi cara" (abreviada por uma sigla tão grande que é melhor pronunciar o nome completo), a qual realiza os eventos mais surreais possíveis, desde cerimônias em perigosas montanhas-russas em movimento até festas onde os convidados pulam de bungee jump. Em meio a tantos casamentos, Samantha procura lidar com seus relacionamentos frustrados e focar em um jeito de arrumar sua vida.

Com o primeiro choro de cada criança para ela é designado um bicho-papão – alguns desses temíveis monstros vagam a Terra a incontáveis eras e gerações tendo dezenas, centenas ou milhares de anos de experiência em assustar e amedrontar... Papão, por outro lado, nasceu hoje e – como um bicho-papão de primeira viagem – não tem a mínima ideia do que está fazendo.
Papão só sabe que, talvez, não queira assustar ou apavorar essa criança.

"Se houvesse um prêmio para o azar, Charlie ganhá-lo-ia por unanimidade. Essa categoria disparava na frente das outras em matéria de má sorte. Por quê? A única garota que já gostara – e que, inclusive, tivera a sorte de aceitá-lo como namorado – era apaixonada por outro. E, pior: quando a mãe da garota se casou com seu pai, ela automaticamente se tornou sua irmã postiça.
Tudo estaria quase sob controle se 'o outro' não fosse seu pai."

[Spin-off Drabbles 2019]

Ninguém sabe o que aconteceu no mundo. Só se sabe que as pessoas agora vivem em cápsulas, onde uma realidade virtual acalenta suas existências. Algumas poucas pessoas libertas disso criaram sua própria realidade virtual, chamada Noite, um paraíso de jogos.

Uma dessas pessoas se chama Asterisco, um punk que tem como melhor amigo um ciborgue chamado Machine. Os dois vivem na pobreza de um metrô abandonado, tentando fugir da ilusão das cápsulas. Mas quando uma ativista chamada Lorelei cruza seus caminhos, o seu isolamento é ameaçado, e eles caem na mira de um fantasma chamado Dústria.

“Se eu beber hoje eu vou te ligar e duvido que você não vem. Eu tento te esquecer, mas confesso a você não dá. Eu te procuro e não encontro em ninguém. Tudo tão falso, fictício. Eu minto pra mim mesmo desde o início. Eu escondo meus sentimentos tão fácil. Será que eu faço tudo ser mais difícil? Eu vou vivendo morto de saudade, sempre lembro e sofro. E é crueldade comigo mesmo, mas eu não consigo superar.” Murilo.

“Faria tudo pra te ver dizer que por mais que não pareça, eu tenho coração. Eu sei que não fui a pessoa mais verdadeira, mas fiquei a noite inteira pensando em como pedir perdão. Se o mundo não acabar hoje eu vou te buscar pra ver o sol nascer enquanto eu consigo te abraçar talvez pela última vez. Eu vou tentar. E no fim eu entendo você não querer retroceder. Mas ainda sinto que nunca vai existir nada igual a nós dois.” Kevin.

“Noites em claro, lembranças que se tornaram fantasmas que vem de um passado antigo. Nem tudo na vida se resolve só com perdão. Eu quase sempre tenho a sensação de estar perdido. O que eu faço com esse vazio? Eu vivo buscando razões pra continuar, mesmo quando perco o caminho, mesmo quando não tenho razão pra amar. E por mais que você me peça não consigo dizer que te amo, por favor, entenda.” Arthur.

“Deixo na mão do destino, cansei de abrir mão das coisas que eu vivo pra estar contigo e te ouvir dizer que não confia em mim. Tudo que vivemos foi tão natural, embora eu nem saiba mais se foi legítimo. Quanto tempo nós estamos nesse jogo? Diz que vai embora e some, volta como de costume pedindo desculpa. É sempre sobre como você não viu o quanto é incrível que não passasse pela mente, arriscar me perder por causa de uma ocasião, tudo se resolveria numa conversa sem forçar esse enorme desentendimento.” Alice