Adeus Olimpo escrita por Anne Claksa


Capítulo 2
A volta- China


Notas iniciais do capítulo

Conheça a primeira nação de Hera



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Finalmente Hera chegou a Chiny, depois de muito tempo longe das terras, ela percebe o quanto o lugar está diferente desde a última vez que estivera por lá.

— Irei levar vocês ao palácio onde irão ficar. – Disse o pequeno homem de voz fina, chamado Fin Liang.

— Fin gostaria de lhe perguntar, o que aconteceu por aqui durante a minha ausência? – Perguntou Hera curiosa.

— Bom, depois que você foi embora, uma grande seca se abateu por aqui, tudo o que foi feito foi perdido, a única coisa que sobrou de sua passagem foi o castelo imperial. A Sheng Yong disse ser um sinal que um dia você iria voltar.

— Sheng. Lembro-me dela, sempre foi muito boazinha comigo. – Hera disse um pouco emocionada. — O que aconteceu com ela?

— Ela teve uma grave doença, não resistiu e acabou falecendo. Ela queria permanecer viva para ver a sua volta, mas, infelizmente não foi possível.

— Nossa, a Sheng era tão feliz, cheia de vida, é uma pena que tenha falecido. – Lamenta Hera.

Fin parou e anunciou:

— Chegamos! Bem-vinda de volta, Heryna, ao palácio imperial.

Hera ficou encantada com o palácio, era um lugar grande e bonito. Com paredes vermelhas, muros altos, muitos jardins e pátios, telhados com um formato diferente.

— Me lembro deste lugar, não posso acreditar que ainda está de pé. – Disse Hera deslumbrada.

— Minha nossa, mãe, você morava aqui? – Perguntou Ares, fascinado

— Sim, e por dentro é mais bonito ainda. – Hera respondeu abrindo as portas do palácio.

Hera tinha razão, por dentro o palácio era deslumbrante, colunas de marfim, lindas pinturas, uma arquitetura diferente e inspiradora. Ilítia, que adorava jardins, ficou fascinada com um deles, havia uma imensa quantidade e variedade de flores.

— Que lugar lindo. – Disse Ilítia encantada. – Mãe, os jardins são lindos, adorei.

— É, e aqui é tão grande. Os cômodos são grandes, imagino que o meu quarto seja também assim, grande. – Ares falou com muita empolgação.

Hera ficou feliz quando percebeu que os filhos gostaram do castelo, pois, iriam morar ali a partir de agora.

— Sabia que iriam gostar, isso me deixa muito contente. Vamos ver nossos quartos?

Ilítia e Ares ficaram boquiabertos com o tamanho de seus quartos, Chronos também gostou de seu quarto, Ixião mal podia esperar, pois, pensava que dormiria no mesmo quarto que Hera. Ela abriu as portas do cômodo e disse:

— Este é o seu quarto, Ixião

— E seu também, não é? – Perguntou, ansioso.

— Não, o meu quarto fica do outro lado. – Responde deixando-o desanimado.

— Mas pensei que finalmente ficaríamos juntos, você disse que eu te ajudaria, mas como?

— Não temos uma ligação para que possamos dormir juntos, mas, em breve teremos.

Isso acendeu uma esperança em Ixião, que deu um sorriso de leve.

Após acomodar seus familiares, Hera foi se encontrar com os cidadãos e saber como estava sua terra. Um dos homens se apresentou:

— Olá, Heryna, seja bem-vinda, meu nome é Tshong Yngshay, sou líder de minha aldeia, venho prestar meus serviços e estarei disponível para o que precisares. – Disse o homem fazendo uma reverência, em seguida outros fizeram o mesmo.

— Obrigada, sei que passei muito tempo longe daqui, e muitos devem estar um pouco desconfiados, mas peço que me ajudem a construir Chiny, vamos fazer isso juntos. Já percebi que este lugar apresenta muitos problemas, as cidades estão em ruínas, agricultura foi prejudicada pela seca, dentre outros problemas. Vim para fundar Chiny, vou ajuda-los a construí-la e fazer dela uma grande nação. Preciso da ajuda de vocês para que possamos tornar isso realidade. – Hera falou de modo inspirador.

— Mas, será que vai dar certo? Tem muita coisa a se resolver – Disse uma cidadã preocupada.

— Por isso preciso de vocês, conhecem cada canto dessa terra, posso dar ideias, ajuda-los a projetar e fazer de Chiny um lugar melhor. – Hera percebe que acalmou a cidadã com suas palavras.

Todos comemoram muito, ficaram felizes por saber que alguém se preocupa com eles e vai lhes dar um novo lar, nova cidade e uma nação. Vendo a empolgação do povo lhes pergunta:

— Então, vamos começar?

...

Enquanto isso, no Olimpo, Zeus está trancando no quarto em que passara noites e noites ao lado de Hera. Ele deitou do lado que pertencia a ela da cama, sentiu seu perfume sobre o travesseiro e chorou durante um longo tempo, não queria acreditar que ela foi embora, talvez fosse uma brincadeira e que a qualquer momento sua amada iria aparecer na porta e se jogar em seus braços. Hebe foi até o quarto para ver como estava seu pai e viu um Zeus triste, magoado e sem vontade de viver, não parecia nem de longe o homem que via tantas vezes, forte, determinado, corajoso, agora é como se ele fosse um mortal afundado na própria tristeza.

— Pai... – Perguntou Hebe.

Zeus vagarosamente levanta a cabeça com os olhos vermelhos de tanto chorar.

— Vim ver como o senhor está, estou preocupada com você. Está precisando de algo? – Pergunta Hebe se aproximando do pai

— Ah! Minha filha, muito obrigado pela preocupação – Zeus diz acariciando o rosto da filha. — Ainda não consigo acreditar que sua mãe foi embora, o que eu mais quero agora é tê-la ao meu lado outra vez.

— Foi um choque para mim também, mas, podia sentir que um dia isso ia acontecer, você sempre ausente, junto de outras mulheres e ela aqui, sozinha, sentindo raiva, ciúmes e tentando entender o porquê de estar sendo traída. Ela sempre te dedicou o amor dela e o senhor meu pai, não demonstrou interesse. – As palavras de Hebe fizeram Zeus questionar a filha:

— Como assim? Eu a amei intensamente, sempre fui apaixonado por ela, só por ela. Você diz que eu não demonstrei interesse pelo amor dela, mas, sempre que tínhamos uma briga, preocupei-me em consertar a situação e voltávamos a nos amar de novo.

— Se reconciliavam. Pouco tempo depois, o senhor se apaixonava por uma mortal, tornava a traí-la novamente e começava tudo de novo. – Hebe foi enfática na sua resposta.

Zeus ficou sem palavras, sabia que, no fundo, sua filha tinha razão, Hera sempre lhe dedicou um imenso amor, mas devido a suas “paixões fulminantes”, viviam discutindo, brigando e o amor ficava em segundo plano. Ele percebera só agora e mentalmente repetia para si mesmo “estúpido, idiota, como pude perdê-la assim? ”. Hefesto entra no quarto e avisa que os outros deuses retornaram, com um salto, Zeus levantou da cama com a esperança de que alguém tivesse encontrado Hera, ou melhor, a própria estaria na sala o esperando. Ele entrou na sala com um sorriso esperançoso, mas, os rostos de seus pares não eram animadores.

— Zeus, meu irmão, não tenho boas notícias. Não conseguimos encontrar Hera, ela não estava nos templos, nem em Samos, nem nas montanhas, nem em sua casa antiga. – Disse Poseidon.

A notícia fez Zeus desanimar outra vez, ele agradeceu a ajuda e voltou para seu quarto, tirou a aliança de Hera que havia guardado, olhou para ela e disse:

— Onde você está, Hera?


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