Uma nova Saga escrita por s2R


Capítulo 12
Capítulo 12. Precipício


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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"Eu estou arruinando as suas férias de primavera", Jacob se acusou enquanto caminhávamos pela praia de La Push.

"Tudo bem...Eu não tinha outros planos. " E realmente não tinha, há muita coisa acontecendo. Coisas essas,  que exigiam minha total atenção.

" E seus amigos que você foi visitar?" Estranhei Jacob falar dos meus amigos de Mystic Folls.

" O que tem eles?" Estranhei .

" Você não fala muito deles!" 

"Jake"

" O que foi? Oh, você já falou de quase tudo da sua vida p/ mim, até dos Cullens, mas nunca deles." O analisei.

" O que você quer saber?" O olhar dele ficou vago por um tempo.

" Sei lá...  como eles são?"

" Legais"

"Ah, qual foi Bella, você consegue fazer mais que isso"

" Que interesse repentino é esse, Jacob?"

" Nada, eu só estou precisando conversa..."

" Jacob, na hora certa" Vi a frustração atravessar seu olhar. Está aí uma frase, que eu ... passei a falar muito p/ ele , depois da minha suposta "descoberta" dos lobos.

"Desculpa, mas é  que.... É estranho"

" O que é estranha?"

" Você .... As vezes, pareci que você sabe mais de mim do que eu mesmo, e isso me faz sentir estranho . .."

" Onde está querendo chegar?"

" Bom, pode ser paranóia da minha cabeça confusa e instável, mas pareci que você me esconde coisas. Coisas que eu deveria saber ... Não é querendo te precionar mas, você tem me ajudado muito com essa coisa de lobo, e  eu me conheço o suficiente p/ sabe que SE não fosse por você, eu JÁ teria surtado. Eu quero um dia poder retribui."

Apenas sorri agradecida pelo reconhecimento,  dando o assunto por encerrado.

VoltAmos a andar.

Naquela tarde, conversamos sobre o bando e sobre a família quileute... recentemente fui convidada à uma cerimônia da lua cheia e lá conheci os  outros anciãos. Charlie foi apresentado ao novo bando como o mais velho ancião quileute ... muitos não entenderam por que charlie era um quileute e como Charlie possuía uma aparência jovem, sendo o mais antigo. Então ele explicou sua linhagem mágica e parte de sua intervenção aos lobos, de como a sua magia os protege e os faz mais fortes.

   O que despertou dúvidas dentre os lobo, sobre mim, mas preferi permanece nas sombras, então aos olhos dos quileutes, eu sou um mistério a ser desvendado.

 O que incentivou Jacob a soltar alguns questionamentos ao acaso.

Mas sinto que isso está acabando, que todo este segredo será  revelado e pela primeira vez, durante toda a minha vida, nunca me importei tao pouco com a exposição como agora.

"Tá ok. Amanhã eu vou tirar a manhã de folga. Os outros podem correr sem mim. Nós vamos fazer alguma coisa divertida". 

" Algo Divertido?" 

"Diversão é exatamente o que nós precisamos. Hmm..." ele olhou para as ondas escuras, pensando. Enquanto os olhos dele olhavam para o horizonte. 

"Já sei!", ele anunciou, enquanto eu o encarava confusa. "Outra promessa a cumprir". 

Ele soltou a minha mão e apontou na direção da costa oeste da praia. Eu olhei, sem  compreender. 

"Eu não prometí que te levaria pra mergulhar nos penhascos?" 

" Hm ." Acenei que sim com a cabeça. 

"Então vamos?"

A água escura não parecia convidativa, e, por esse ângulo, os penhascos pareciam ainda mais altos que antes. 

Mas já faziam dias que eu não ouvia a voz de Edward. 

Isso era provavelmente parte do problema. Eu estava viciada no som das minhas alucinações. As coisas pioravam se eu passava muito tempo sem ouví-las. Pular de um penhasco certamente ia remediar essa situação. 

"Claro, eu estou a fim. Diversão". 

"Amanhã então.", ele disse, e passou o braço ao redor dos meus ombros. 

"Ok - agora vamos fazer você dormir um pouco". Eu não gostava do jeito como os círculos embaixo dos olhos dele pareciam estar grudados permanentemente na pele dele. 

Eu acordei cedo na manhã seguinte e carreguei uma muda de roupas comigo para a caminhonete. Eu tinha a sensação de que Charlie aprovaria os planos de hoje tanto quanto ele aprovaria as motos que comprei recentemente.

A idéia de distração quase me deixou excitada. Talvez fosse divertido.  

Eu esperei que Jacob esperasse por mim na frente, do jeito que ele sempre fazia quando meu Impals anunciava a minha chegada. Quando ele não apareceu, eu imaginei que talvez ele ainda estivesse dormindo. Eu ia esperar - deixar ele descansar o quanto pudesse. Ele precisava do sono, e isso ia dar tempo pro dia esquentar mais. No entanto, Jake estava certo sobre o tempo; ele havia mudado durante a noite. 

Uma grossa camada de nuvens se apertava na atmosfera agora, deixando ela quase abafada; estava quente e aconchegante em baixo do cobertor cinza. Eu deixei meu suéter na caminhonete. 

Eu batí baixinho na porta. 

"Entre, Bella", Billy disse. 

Ele estava na mesa da cozinha, comendo cereal frio. 

"Jake tá dormindo?" 

"Er, não", ele abaixou sua colher, e suas sobrancelhas se apertaram. 

"O que aconteceu?" Eu quis saber. Eu podia dizer pela expressão dele que alguma coisa havia acontecido. 

"Embry, Jared e Paul cruzaram numa trilha fresca essa manhã. Sam e Jake foram ajudar. Sam estava esperançoso - ela está indo na direção das montanhas. Ele acha que eles têm uma boa chance de acabar com isso". 

"Ok... Eu vou estar na praia, tá?", eu disse pra Billy, e corrí para A porta, após ele ter confirmado com a cabeça.

A floresta parecia estranhamente vazia enquanto eu caminhava na direção da praia. Eu não vía os animais - nada de pássaros, nada de esquilos. Eu também não ouvia os pássaros. 

O silêncio era melancólico; não havia nem o som do vento nas árvores. 

Eu sabia que isso era só um produto do tempo, mas isso acabou me deixando nervosa. A pressão pesada, quente da atmosfera era perceptível para os meus sensos híbridos, e isso significava algo.

  

Assim que eu cheguei na praia, eu desejei não ter vindo - eu já tinha aguentado esse lugar o suficiente. 

Eu havia estado aqui quase todos os dias, sozinha. Será que isso era tão diferente dos meus antigos pesadelos? Mas onde mais eu poderia ir? Eu me abaixei para a árvore de salgueiro, e me sentei no seu fim Pra poder me encostar nas raízes emaranhadas. 

Me lembrei da carta dos meus irmãos ... não como algo para chorar mas como motivação para seguir ... Eu nunca conseguirei esquece lo... e irei permanecer amando ele, mesmo depois DE tudo. Por que sou uma sádica, apaixonada e burra.

Eu não posso ficar mais assim, melhorando meu estado emocional  e do nada surtar. Me fiz uma promessa ... e tenho o dever sw cumprir. Por todos que um dia amei. É, talvez seja a hora de voltar a me aceitar como o ser sobrenatural que sou. Os lobos estão cuidando de mim mesmo sem me conhecer de verdade, assim como os Cullens. Não vou cometer o mesmo erro.

Pulei pra fora do tronco. Eu não podia ficar apenas sentada, isso era pior que ficar vagando. 

Essa será a última vez que irei escutar a voz de Edward. Não posso continuar com isso, se quero melhorar. Tenho a eternidade para o nosso reencontro. E quero estar 100% quando acontecer. E quando EU saltar daquele precipício, que seja um adeus. Que seja A morte de Bella Swan a menina humana de forks e quando EU emergir das águas, que seja o símbolo do meu renascimento. 

Por que sou Isabella Mary Swan Mikaelason... e agors EU quero pular daquele penhasco.

......

Eu sabia o caminho para a rua que passava mais próxima dos penhascos, mas eu tive que fazer um pequeno desvio para o caminho que me levaria á beira deles. 

Enquanto eu seguia por aí, eu procurei por retornos ou encruzilhadas, mas o caminho acabava numa única linha fina na direção dos penhascos me deixando sem opção. 

Eu não tinha tempo pra procurar outro caminho pra baixo - a tempestade estava se movendo mais rapidamente agora. 

O vento finalmente havia começado a me tocar, as nuvens se aproximando ainda mais do chão. Assim que eu cheguei no fim do caminho de terra que levava ao precipício de pedra, as primeiras gotas começaram a cair e bater no meu rosto. 

Não foi muito difícil me convencer de que eu não tinha tempo pra procurar outro caminho - eu queria pular do topo. Essa era a imagem que havia ficado grudada na minha cabeça. Eu queria a longa queda que faria parecer que eu estava voando. 

Esse pensamento me fez sorrir. A dor já estava se acalmando, eu me sentia nova.

O oceano parecia muito distante, de alguma forma mais do que antes, quando eu estava passeando perto da árvore. 

O vento estava mais forte agora, soprando a chuva como um redemoinho ao meu redor. 

Eu pisei na beira do precipício, mantendo meus olhos no espaço vazio á minha frente. Meus pés seguiram em frente cegamente, acariciando a margem da pedra quando a encontraram. Eu respirei fundo e segurei a respiração. 

"Bella" 

Eu sorrí e exalei. 

Sim? Eu não respondí em voz alta, com medo que o som da minha voz, o fizesse desaparecer. Ele parecia tão real, Tão próximo. 

"Não faça isso", ele implorou. 

Eu preciso, eu vou ficar bem!

"Por favor. Por mim". Senti meu peito doer.

 SÓ uma última vez.

"Por favor", era só um sussurro na chuva forte que soprava os meus 

cabelos e encharcava as minhas roupas - me deixando tão molhada 

como se eu estivesse dando o segundo mergulho do dia. 

Eu rolei nos calcanhares. 

"Não, Bella!", ele estava com raiva agora, e a raiva era tão adorável. 

Eu sorrí e ergui meus braços pra fora, como se eu fosse mergulhar, 

levantando o meu rosto para a chuva. 

" Adeus!"

E me joguei no penhasco. 

O vento resistiu, tentando inutilmente lutar contra a invencível gravidade, se empurrando contra mim e me girando em espirais como um foquete caindo na terra. 

Sim! A palavra ecoou na minha cabeça enquanto eu entrava cortando na superfície da água. Ela estava mais fria, mais gelada do que eu temia, e mesmo assim o frio só aumentou a adrenalina. 

Eu estava orgulhosa de mim mesma enquanto mergulhava mais Fundo na água negra congelante. Eu não tive nenhum momento de terror - só pura adrenalina. Realmente, a queda não foi nem um pouco assustadora. Onde estava o desafio? 

Foi aí que a corrente me pegou. 

Eu estive tão preocupada com o tamanho dos penhascos, com o óbvio perigo da sua altura, das suas faces afiadas, que eu não havia me preocupado nem um pouco com a água negra esperando ou as ervas que haviam a sua volta.

Verbena .

 Eu nunca sonhei que a verdadeira ameaça estivesse embaixo de mim, embaixo da maré alta. 

Eu sentí que as ondas estavam brigando comigo, me jogando pra frente pra trás, como se estivessem determinadas a se juntarem pra me partir ao meio. A queimação na minha pele não me ajudava a raciocinar, sabia que estava ficando em carne viva. Tudo doia. 

Eu sabia o jeito certo de evitar a maré cheia: era melhor nadar paralelamente até a praia do que lutar pra chegar na praia. Mas esse conhecimento não ajudou muito já que eu não sabia pra que lado a costa estava. 

Eu nem sabia dizer pra que lado estava a superfície. 

A água raivosa era preta em todas as direções; não havia nem um brilho pra me guiar. A gravidade era toda poderosa quando lutava com o ar, mas ela não era nada nas ondas - eu não conseguia me sentir sendo puxada pra baixo, ser guiada em nenhuma direção. 

Eu só podia sentir o banho das correntes de sal e verbena,  que me jogavam pra lá e pra cá enquanto rasgavam minha pele, como um ácido, ali eu era uma boneca de pano. 

Eu lutei pra manter pelo menos o meu ar dentro, pra manter os meus lábios selados na minha última reserva de oxigênio.

Não me surpreendeu que a minha ilusão de Edward estava lá. Ele me devia muito, levando em consideração que eu estava morrendo. Eu estava supresa de ver o quanto esse conhecimento era certo. Eu ia Me afogar. Eu estava me afogando. 

"Continue nadando!" Edward implorou urgentemente na minha cabeça. 

Pra onde? Não havia nada além da escuridão. Não havia nenhum 

lugar pra nadar 

"Pare com isso!", ele ordenou. "Não se atreva a desistir!" 

Eu nem sentia mais as ondas batendo. Agora era mais como uma vertigem, como um rodopio sem esperança na água. 

Mas eu escutei ele. Eu forcei meus braços a continuarem avançando, minhas pernas a chutarem com mais força, apesar de estar indo para uma direção diferente a cada segundo. Isso não estava levando a nada. Qual era o ponto? 

"Lute!", ele gritou. "Droga, Bella, continue lutando". 

Queimando, eu estava queimando debaixo d'água.

"Não! Bella, não!" 

Meus ouvidos estavam cheios da água gelada, mas a voz dele estava mais clara que nunca. 

 

A corrente ganhou nesse momento, me jogando abruptamente contra alguma coisa dura, uma rocha invisível na escuridão. solidamente no meu peito, me atingindo como uma barra de ferro, e então o ar foi roubado dos meus pulmões, escapando com uma grossa nuvem de bolhas prateadas. 

A água entrou pela minha garganta, me engasgando e queimando. A barra de aço parecia estar me arrastando, me puxando pra longe da vida, mais profundamente para a escuridão, para o fundo do oceano. Todos estavam na minha mente, todos que um dia amei! Minha família, meus amigos, Meu amor!

 E a imagem deles foi meu último pensamento.


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