Uma nova Saga escrita por s2R


Capítulo 10
Capitulo 10. Lembre


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♡



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Alguma coisa arranhou a minha janela de novo com o mesmo barulho alto.

 

Confusa e lerda com o sono, eu me arrastei p/ fora da cama e fui para a janela, bocejando no caminho.

 

Uma enorme sombra escura se moveu erraticamente do lado de fora da minha janela, se lançando na minha direção como se fosse se jogar p/ dentro. 

Imediatamente reconheci o cheiro de Cachorro. O que um lobo faz na minha janela?

 

E aí uma voz familiar,  me chamou vinda da figura escura.

 

— Bella — ele assobiou. — Droga, abra a janela! 

 

Eu levei dois segundos p/ me livrar do sono antes de conseguir me mexer, mas depois eu me arrastei até a janela e abri o vidro. As nuvens deixavam uma luz fraca passar por entre elas, luz suficiente p/ que eu pudesse identificar as formas.

 

— Mas o que diabos você está fazendo? — eu exclamei, enquanto observava a cena que se desenrola a minha frente.

 

Jacob estava se pendurando cuidadosamente no topo da árvore que crescia no meio do quintal na fachada de casa.

 

O peso dele havia feito a árvore se curvar na direção da casa e agora ele estava se balançando - as suas pernas estavam se balançando a vinte metros do chão - a menos de um metro de mim.

 

— Eu estou tentando manter... —  ele bufou, inclinando seu peso enquanto o topo da árvore balançava com ele  — ...minha promessa.

 

Eu pisquei confusa com os meus olhos turvos, e de repente eu tinha certeza de que estava tendo um sonho muito estranho.

 

— Quando foi que você prometeu se matar caindo de uma árvore na frente da casa do Charlie?

 

Ele bufou, balançando as pernas p/ manter o equilíbrio.

 

— Saia do caminho — ele ordenou.

 

— Como é?

 

 Ele balançou as pernas de novo, p/ frente e p/ trás, aumentando o ritmo. Foi aí que eu me dei conta do que ele estava tentando fazer.

 

— Jake!- Eu iria o repreender, mas eu me desviei para o lado, porque já era tarde demais.

 

Com um grunhido, ele se lançou em direção a minha janela aberta.

 

Ele se balançou agilmente p/ dentro do meu quarto, aterrissando nos calcanhares com um estrondo baixo.

 

Nós dois olhamos para a porta automaticamente, segurando a respiração, esperando para ver se o barulho havia acordado Charlie.

 

Mais um breve momento se passou em silêncio, e depois nós ouvimos o som abafado do ronco de Charlie.

 

Um grande sorriso atravessou o rosto de Jacob; ele parecia extremamente satisfeito consigo mesmo. Aquele não era o sorriso que eu conhecia era um sorriso novo, um que era mais uma piada ácida da sua antiga sinceridade, no novo rosto que pertencia a Sam.

 

Isso é um pouco demais pra mim.

 

Eu me preocupei com esse garoto. Ele deixou um novo pesadelo, as atitudes dele foi como uma infecção num inchaço - um insulto depois do ultraje. E agora ele estava aqui no meu quarto, sorrindo p/ mim como se nada tivesse acontecido. Pior que isso, mesmo a chegada dele tendo sido estranha e barulhenta, ela me lembrou do jeito como Edward costumava se enfiar pela minha janela de noite, e essa lembrança cutucou maldosamente nas minhas feridas quase curadas.

Tudo isso, acumulado ao fato de que eu estar cansada feito um cão, por que consideravelmente, hoje o senhor Charlie Swan, inventou de querer treinar comigo feitiços de defesa: Ele me atacava, eu me defendia... tudo com a desculpa de que: EU precisava  melhorar o meu desempenho... As vezes, acho que  Charlie se esquece que sou mais velha que ele !

E agora esse lobo novato, ingrato, filho da mãe, vem a minha janela me acordar de madrugada sendo que estou moída de sono!

Tudo isso não me deixou com um humor muito amigável.

 

— Se manda! — eu assobiei, colocando tanto veneno no sussurro quanto pude.

 

Ele piscou, o rosto dele ficando apático com a surpresa.

 

— Não — ele protestou. — Eu vim pra me desculpar.

 

— Eu não aceito suas desculpas, agora vaza.- Falei enquanto me afastava dele.

 

Ele se inclinou p/ mim, tão grande que ele bloqueou a janela, sem saber o que falar pela minha reação furiosa.

 

De repente a coisa toda era mais do que eu podia aguentar - era como se todas as noites que eu fiquei sem dormir estivessem se jogando em cima de mim juntas. Eu estava tão brutalmente cansada que eu pensei que podia cair bem ali no chão. Eu balançava instável, e lutava p/ manter meus olhos abertos.

Aí você me pergunta: Vampiros cansam?

Cansam sim, nos cansamos mais ainda de amigos Filhos da puta! Que nos acordam de madrugada sabe se lá p/ Que! 

 

— Bella? — Jacob sussurrou ansiosamente. Ele agarrou meu cotovelo quando eu balancei de novo, e me guiou de volta para a cama. Minhas pernas desistiram quando eu alcancei a beira, e eu me deixei cair com tudo no colchão— Ei, você tá bem? — Jacob perguntou, a preocupação começou a crescer no rosto dele.

 

Eu olhei pra ele.

 

—Eu to com sono! Então é óbvia que não estou bem!

 

A angústia foi substituída por um pouco de acidez no rosto dele.

— Certo — ele concordou, e respirou fundo. — Merda. Bem... Eu lamento muito, Bella — As desculpas foram sinceras, sem dúvida, apesar de ainda haverem algumas pontas de raiva espalhadas pelo rosto dele.

 

— Porque você veio aqui? Eu não quero desculpas de você, Jake.

 

— Eu sei — ele cochichou. — Mas eu não podia deixar as coisas do jeito que estavam essa tarde. Aquilo foi horrível. Me desculpe.

 

Eu balancei minha cabeça cautelosamente. Ainda estava lerda por conta do cansaço.

 

— Eu não entendo nada.

 

— Eu sei. Eu quero explicar — Ele parou de repente, quase como se alguma coisa tivesse cortado o ar dele. Então ele sugou o ar com força. — Mas eu não posso explicar — ele disse ainda com raiva. —Eu queria poder.

 

Eu deixei minha cabeça cair nos meus braços. Minha pergunta saiu abafada pelo meu braço.

 

— Por quê?

 

Ele ficou quieto por um momento. Eu virei minha cabeça para o lado - cansada demais p/ segurá-la p/ cima - p/ ver a expressão dele.

 

Ela me surpreendeu. Os olhos dele estavam apertados, seus dentes trincados, a testa dele enrugada com o esforço.

 

— Qual o problema? — eu perguntei. JÁ acordando o resto do meu cérebro.

 

Ele exalou pesadamente.

 

— Eu não posso fazer isso — ele murmurou, frustrado.

 

— Fazer o que, Jake? Eu quero dormi- Eu choraminguei

Ele ignorou minha pergunta.

 

— Olha, Bella, será que você nunca teve um segredo que não podia contar p/ ninguém?

 

Ele olhou p/ mim com olhos sábios. Eu esperava que a minha expressão não estivesse muito culpada.

 

— Alguma coisa que você sentia que tinha que esconder de  Todos...? — ele pressionou. — Uma coisa que você não falaria nem comigo? Nem mesmo agora?

 

Eu senti meus olhos se estreitarem. Eu não respondi a pergunta dele, apesar de saber que ele consideraria isso uma confirmação.

 

— Será que você pode entender que talvez eu esteja na mesma... situação? — Ele estava lutando de novo, parecendo batalhar p/ encontrar as palavras certas. — Às vezes a lealdade fica no caminho das coisas que você quer fazer. Às vezes, nem é o seu segredo.

 

Eu não podia discutir com isso. Ele estava exatamente certo - eu sempre tive que guardar segredos alguns não eram meus e outros eram; e todos EU sentia que eram segredos dos quais eu deveria proteger. Segredos de familiares.... Segredos de amigos... Segredos de amor.... Segredos proprios... Ai me peguei perguntando o que aconteceria se os Cullens soubesse desses segredos, será que teriam ido embora? Será que me aceitariam? Bom, não sei se um dia vou saber. Vivi guardando segredos... Séculos de segredos!

Segredos sobre o qual, de repente, ele pareceu saber algo.

 

— Eu não sei o que você veio fazer aqui, Jacob, que tal ao invés de soltar enigmas você me dar respostas diretas- Fui direta, nunca gostei de rodeios e não será hoje que vou começar.

 

— Me desculpe — ele sussurrou. — Isso é tão frustrante.

 

— Jacob, Desenvolve. - Ele suspirou passando a mão nos cabelos.

— A parte que me mata — ele disse de repente. — É que você já sabe. Eu já te contei tudo.

 

— Do que é que você tá falando? - Agora eu fui pega desprevenida.

 

Ele sugou o ar alarmado, e então se inclinou na minha direção, o rosto dele passou de desesperançoso para brilhante de intensidade em um segundo. Ele me olhava com uma intensidade ardente nos olhos, e a voz dele estava mais rápida e mais ansiosa. Ele falou as palavras diretamente.

 

— Eu acho que vejo um jeito de ajeitar as coisas, porque você já sabe disso, Bella! Eu não posso te dizer, mas se você adivinhasse! Isso não estaria me envolvendo!

 

— O que você quer que eu adivinhe? Adivinhar o que, Jake? FALA logo.

 

— O meu segredo! Você consegue, você sabe a resposta!

 

Eu pisquei duas vezes, tentando limpar minha cabeça. Sério que Jacob estava esse tempo todo tentando me falar que é um lobo?

Ele viu minha expressão vazia, e o rosto dele ficou tenso com o esforço de novo.

 

— Caramba, deixa eu ver se consigo te ajudar — ele disse. 

 

— Ajuda? — eu perguntei, tentando acompanhar.

Minhas pálpebras queriam se fechar, mas eu as forcei a ficarem abertas.

 

— É — ele disse, respirando com força. —Como pistas.

 

Meu Deus, eu SÓ queria dormir! Isso é pedir muito???

 

— Se lembra do dia em que nos conhecemos na praia em La Push?

Jacob, Pelo amor ... que você tem ao seu bando, me deixa DORMIR!

 

— Lembro Jacob, Lembro.- Falei impaciente.

 

— Me fale sobre ele.

 

Eu respirei fundo e tentei me concentrar. Esse garoto não tem amor a vida!

 

— Você me perguntou sobre a minha caminhonete...

 

Ele balançou a cabeça, com pressa de que eu continuasse.

 

— Nós falamos sobre o Rabbit...

 

— Continue, Bella continue

 

— Calma...Nós fomos andar pela beira da praia...

 

Ele estava balançando a cabeça, ansioso por mais.

 

Minha voz estava quase sem som.

 

— Você me contou histórias assustadoras... lendas Quileute.

 

Ele fechou os olhos e os abriu de novo.

 

— Sim .

 

A palavra era tensa, fervente, como se ele estivesse à beira de alguma coisa vital. Ele falou lentamente, tornando cada palavra distinta.

 

—Você se lembra do que eu disse?

 

Mesmo no escuro, ele deve ter sido capaz de ver a mudança na cor do meu rosto. 

 

Ele olhou para mim com olhos que sabiam demais.

 

— Pense bastante — ele me disse.

 

— Sim, eu me lembro — respirei.

Jacob grunhiu e pulou da cama. Ele pressionou os punhos na testa e respirou rápido e com raiva.

 

— Você sabe, você sabe — ele murmurou pra si mesmo.

 

— Jake? Por favor, Jake, eu estou exausta. Eu não estou muito boa para isso agora. Talvez amanhã de manhã...

 

Ele deu um respiro para se acalmar e balançou a cabeça.

 

— Talvez as coisas voltem para você. Eu acho que posso entender porque você só se lembra de uma história — Ele acrescentou num tom sarcástico, ácido. Eu vou dá na cara desse moleque. Ele se sentou de volta no colchão perto de mim. — Você se importa se eu fizer uma pergunta sobre isso? — ele perguntou, ainda sarcástico. 1...2....3.... — Eu estive morrendo para saber.

 

— Uma pergunta sobre o que? — eu perguntei tentando me acalmar

 

— Sobre os vampiros da história que eu te contei.

 

Eu encarei ele com olhos reservados, incapaz de responder. Ele fez a pergunta do mesmo jeito.

 

— Você honestamente não sabia? — ele me perguntou, sua voz ficando áspera. — Fui eu quem te contou o que ele era?

 

Eu o encarei de volta, sem nenhuma intenção de responder. Ele podia ver isso.

 

— Está vendo o que eu disse sobre lealdade? — ele murmurou, ainda mais áspero agora. — É o mesmo para mim, só que pior. Você não pode imaginar o quanto eu estou envolvido...

 

EU posso imaginar! 

Agora os ombros dele estavam tremendo. Ele respirou fundo. — Olha, eu tenho que ir.

 

— Por quê?

 

— P/ começar, parece que você vai desmaiar a qualquer segundo. 

 

— Ah isso e verdade!- Jake riu do meu drama. Ficamos em silêncio por um tempo.

 

— Você vai descobrir tudo, Bella. Você precisa, por favor! Preciso de minha amiga - ele falou tudo num sopro. 

 

— Não é mais fácil você me contar? - Tentei convencê lo... Não é como se eu não tivesse entendido a situação dele, mas a minha também não é muito favorável! Este segredo é de Charlie, não meu!

 

— Não posso! - Afirmei com a cabeça

 

— Bom. E por que mais?

 

Ele fez uma careta.

 

— Eu tive que escapar, eu não tenho permissão de ver você. Eles devem estar imaginando onde eu estou — A boca dele se contorceu. — Eu acho que devo ir e contar para eles.

 

— Você não precisa contar nada para eles — eu assobiei.

 

— Mesmo assim, eu vou.

 

A frustração passou por mim com força.

 

— Que ódio!

 

Jacob olhou para mim com os olhos arregalados, surpreso.

 

— Não, Bella. Não odeie os caras. Não é culpa de Sam e nem de nenhum dos outros. Eu já te disse antes - sou eu. Sam é na verdade... bem, incrivelmente legal. Jared e Paul são ótimos também, apesar de Paul ser meio... e Embry sempre foi meu amigo. Nada mudou aí - a única coisa que não mudou. Eu realmente me sinto muito mal pelas coisas que eu costumava pensar sobre Sam...

 

— Sam é incrivelmente legal — eu olhei para ele sem acreditar, mas deixei passar— E então por que é que você não pode mais viver em sociedade?— eu quis saber.

 

— Não é seguro — ele murmurou, olhando p/ baixo. Se você soubesse, Jacob! 

— Se eu achasse que era muito... muito arriscado — ele sussurrou. — Eu não teria vindo. Mas, Bella — ele olhou p/ mim de novo. — Eu te fiz uma promessa. Eu não tinha ideia de que seria tão difícil cumpri-la, mas isso não significa que eu não vá tentar- Ele viu a incompreensão no meu rosto— Depois daquele filme estúpido — ele me lembrou. — Eu prometi que nunca te machucaria... Então eu realmente estraguei tudo, não foi?

 

— É você estragou - Ele olhou p/ baixo por um instante- Mas, eu entendo!- Ele me olhou surpreso, enquanto tentava encontrar algum vestígio de maldade oculta!

 

— Obrigado, Bella!

 

— Sabe Jacob, você não é o único que tem segredos e não estou falando deles- Eu vi o olhar curioso de Jacob sobre mim- Não posso contar tudo mas espero que saiba que entendo e respeito sua lealdade! Prometo dar um jeito nisso tudo, não quero perder meu amigo!- Falei, JÁ planejando uma conversa séria com Charlie mais tarde.

 

— Ia ajudar muito se você pudesse descobrir isso sozinha, Bella. Se esforce muito pra isso- Eu fiz uma careta fraca. Será que ele não entendeu o que eu quis dizer?!

 

— Eu vou tentar.- Falei achando melhor encerra este assunto por agora.

 

— Eu vou tentar te ver logo — Ele suspirou. — E eles vão tentar me convencer a não vir. Venha e me diga assim que você descobrir — Alguma coisa ocorreu a ele nessa hora, alguma coisa que fez as mãos dele tremerem. —Isso se... isso se você quiser.

 

— Por que eu não iria querer ver você?-O rosto dele ficou duro e ácido. Aquele rosto pertencia cem por cento á Sam.

 

— Oh, eu posso pensar numa razão — ele disse num tom áspero. — Olha, eu realmente tenho que ir. Você pode fazer uma coisa por mim?

 

Eu só acenei com a cabeça, sentido o sono voltar.

 

— Pelo menos me ligue se não quiser me ver de novo. Me deixe saber se for assim. Só me deixe saber. 

 

Ele se levantou e foi para a janela. Precebi a intenção dele.

 

— Não seja idiota, Jake — eu reclamei.- Use a porta. 

 

— Eu não vou me machucar — ele murmurou, e eu tive que morde a língua para não dizer: Eu sei idiota! 

— Durma um pouco, Bells. Você precisa fazer sua cabeça trabalhar. Você precisa entender. Eu preciso de ajuda, Bella. Preciso da minha amiga!

 

Ele estava na porta num piscar de olhos, abrindo-a quietamente, e então desaparecendo por ela. Eu escutei para ouvir ele pisar no primeiro degrau da escada, e logo chegou a porta.

 

Eu fiquei na minha cama,com cara de tacho. Eu estava cansada demais, desgastada demais. Eu fechei meus olhos, apenas p/ ser tragada pela inconsciência tão rapidamente que fiquei desorientada.

Eu realmente precisava dormir!

 

.................

 

De repente, eu estava com uma pressa frenética. Eu olhei para o relógio - era cedo demais e eu não me importava. Eu tinha que ir à La Push agora. 

 

Eu me vesti  a combinação de roupas que havia separado antes do banho rapidamente e desci as escadas dois degraus de cada vez com as chaves em mãos. 

 

— Caiu da cama? Onde você está indo? — Charlie me perguntou, tão surpreso por me ver quanto eu estava por ver ele saindo da cozinha em direção a sala, com uma cabeça de café nas mãos e o jornal dobrado na outra. — Você sabe que horas são?

 

— É, eu sei- Charlie me olhou com uma sombrancelha levantada- Eu tenho que ir ver Jacob- Vi Charlie tomar fôlego e SE sentar no sofá.

 

— Bella de um tempo p/ ele! Ele está aprendendo sobre si mesmo, está sendo doutrinado as antigas lendas quileutes. Nem eu que sou um ancião da tribo tenho contato com ele.- Então eu parei.

 

— Por que você não está tendo contato com ele, sendo que você praticamemte, faz parte do que ele é ?!

 

— Billy me pediu um tempo, disse que Jacob não está aceitando bem as coisas- Respirei pesada me sentando.

 

— É eu percebi isso ontem!- Charlie me olhou confuso- Jacob esteve aqui ontem- Charlie se acomodou no sofá da sala- Ah, ele queria se explicar sobre a clareira e tudo mais... pelo menos foi o que me pareceu- Franzi a testa.

— Algo mais...? - Ele perguntou. Forcei a memória .

— Ele parecia desorientado, como você disse! Ele estava praticamente me implorando p/ "descobrir/relembrar", sobre as histórias que me contou em Lá push! Charlie ele me pediu ajuda!- Charlie pareceu pensar em tudo o que eu disse- Você acha que eu devo contar p/ ele que eu sei? - Perguntei sincera.

— Bom, não é como se ele tivesse quebrado alguma regra, uma vez que você já sabe! - Charlie estava com o olhar vago, ele parecia em um embate consigo mesmo enquanto me respondia- E outra, o Rapaz precisa de ajuda e os quileutes, mesmo sendo da mesma raça que a dele, estão encontrando certa dificuldade em guia lo- Eu acenei que sim com a cabeça enquanto eu pensava no que Charlie falará - Mas eu só tenho uma pergunta a fazer, Bella -O olhei intrigada- O que você sente pelo Jacob? - Estranhei a pergunta no começo, mas não demorei a entender onde Charlie aueria chegar.

— Não sinto nada romântico por ele, Charlie!

— Mas sente algo?

— Sim- Ele me olhou esperando minha conclusão- Relaxa... O que sinto por Jacob.... É algo mais maternal ... Algo que me faz olhar p/ ele e ver um amigo & irmão... sabe? - Charlie pareceu analisar o que disse por um tempo.

— Sei sim! - Ele concordou sorrindo, parecendo aliviado.

— Mas, porque me perguntou isso agora? Você sabe que Edward é meu companheiro.

— Sim EU sei é SÓ que... Vocês passavam muito tempo junto e essa sua preocupação repentina por ele... desculpa mas, eu achei que você estivesse tendo algo com Jacob! - Fechei a cara instantaneamente p/ Charlie.

— Credo Charlie, não.

— Relaxa Bella, eu entendo! SÓ foi um deslize.....- Charlie falou envergonhado

— Um grande deslize!!- Franzi a testa.- Entenda uma coisa, Charlie: Jacob é um amigo que estava me ajudando mesmo sem eu pedir, e que agora está me pedindo ajuda...

— Você sabe que ele sente algo por você neh?

— ELE está confundindo as coisas! Eu nunca dei esperança p/ ele, muito pelo contrário sempre deixei claro que nunca vou ter nada com ele!- Charlie respirou aliviado- Mas ele não entende! E isso me deixa frustrada.

— Você realmente simpatizou com o menino não é? - Concordei com a cabeça, Jake virou meu irmãozinho caçula, mas essa " paixão" por mim se tornou algo mais que inconveniente- Talvez agora ele te entenda, com essa coisa de imprinting- Olhei confusa p/ o Charlie .

— O que é imprinting?

— Resumindo, é a mesma coisa que você senti pelo Edward!  E os lobos ,nomeam a companheira de alma deles como imprinting.

— Sabe Charlie, você nunca me falou muito sobre a Cultura quileute.

—É que antes você não tinha interesse em ouvir- Rimos juntos.

 

— Bom, então estou indo. JÁ que tenho sua permissão p/ falar com jake e ajudá lo - Charlie riu.

— Claro... Claro...- Ele abanou as mãos no ar- Mas não acha que está muito cedo?— Ele fez uma careta quando a minha expressão não mudou. —Vem tomar café da manhã, primeiro.

— Não estou com fome!

— Isabella...

Charlie fez uma careta.

— Eu levo algo! - Fui insistente. 

Charlie suspirou desistindo.

— Bom EU ia pedir uma carona a você!- Estranhei a frase.

— Está com planos de ir a La Push?- Ele acenou que sim com a cabeça.- Por que?

— É só que... bem, houve outro ataque. Dessa vez foi bem perto do resort da estrada Oeste, perto das piscinas quentes houve uma testemunha dessa vez. A vítima só estava a doze metros da pista quando desapareceu. A esposa dele viu um enorme lobo cinza apenas alguns minutos depois, enquanto ela estava procurando por ele, e correu pra pedir ajuda.

 

— Mas os lobos são pacíficos.

 

— Sim eu sei, mas... entenda Bella, já houve outros lobos no passado, que se deixaram dominar pelo seu lado animal! — O rosto de Charlie demonstravar indignação— Os patrulheiros estão saindo armados, e levando voluntários também armados. Tem um monte de caçadores que estão loucos p/ se envolver  tem uma recompensa sendo paga pela carcaça de  um lobo. Isso significa que vai haver muitos disparos na floresta, os quileutes serão caçados! —Me espantei.  Ele balançou a cabeça— Quando as pessoas ficam muito excitadas, acidentes acontecem...

 

— Eles vão atirar nos quileutes ? Charlie você não pode fazer nada? - Ele respirou frustrado.

— Eu tento ajudar aquelas crianças! Mas fica dificil com eles agindo de forma irresponsável, se mostrando por ai. À imagens deles em tudo quanto é canto! Reclamei com os lideres e eles também estão insatisfeitos... Sam e um bom rapaz, mas um pecimo alfa! Ele nem deveria ser nomeado alfa p/ começo de conversa! — ele desabafou, seus olhos tensos.  

 

— Nós nascemos nessa terra Charlie, descendemos daqui! O sangue desses lobos corre em nossas veias...  Essa terra é mais nossa do que de qualquer outro morador desta cidade. E nosso dever proteger nossa casa, e se à algum lobo ou vampiro ameaçando nossa casa, eu quero que prometa que não exitara em pedir minha ajuda! Somos família!Antes de tudo, nós sempre seremos família!  

 

— Eu sei, Bella! Mas me diz, como vou colocar eles na linha, sozinho caramba?- Charlie me perguntou mais frustrado ainda. SÓ então percebi o qual alheia eu estava em  minhas próprias preocupações. Estava agindo de forma egoísta!

Charlie estava carregando o segredo de todos incluindo o meu, nas costas! Ele estava tentando cuidar de todas as espécies que vivem em Forks, e tudo por baixo do pano;

Tudo sem ajuda alguma & sem cobrae ou reclamar!

Me coloquei no lugar dele por um enquanto o mesmo massageava as têmporas e por um instante admirei Charlie pela sua compaixão e lealdade, ele estava tendo uma atitude nobre, honrando os que confiaram  Seus segredos a ele. E sem pedir nada em troca, tudo movido por sua lealdade e caráter.

E tudo que eu consegui sentir foi orgulho do meu pai postiço!

Sorri com isso e me aproximei dele, chamando sua atenção.

 

— Você não está sozinho, seu tolo! - Eu sorri p/ ele, mostrando minha solidariedade. Ele sorriu de volta e me abraçou!

 

— Obrigado filha- Devolvi o abraço.

 

— Vamos tomar café! - Falei me separando dele-  E você vai me contar o que está acontecendo com nossa cidade e vamos decidir no que posso te ajudar - Vi ele abrir a boca p/ reclamar - E nem pense em me contrariar. Vamos? - ele bufou derrotado. 

 

— Vamos!

.......

 

Eu estava dirigindo pela pista cercada de floresta à caminho de La Push.

 A conversa com Charlie foi prazerosa e necessária, tomamos várias decisões cruciais para a nossa realidade.

Eu não entendia porque minha vida tinha que  ser tão dramática.

Sempre resolvendo problemas...

 Jake é SÓ uma criança perdida em um novo mundo, um mundo do qual ele nem sabia que fazia parte.

Me lembro de como fiquei quando descobri o que EU era, um cifao. 

Os cifaos, naquela época,  normalmente eram banido aos 12 anos! 

Eu fui banida aos 9, não achei que duraria mais de dois dias, em uma floresta deixada para ser caçada por lobos e morta! 

Não me lembro muito de minha infância antes de ser expulsa do clã , mas me lembro da cabana na floresta, da criança que achei chorando perto das árvores! Da morena que me acolheu como parte da família dela, no começo acreditava mas palavras de consolo e na "boa intenção" da bruxa, até perceber o que ela tentará me fazer. Nunca fui muito boa com poções mas reconheço  sangue desde minha época humana! Meu paladar sempre foi muito aguçado, quando me machucava brincando ou me cortava, costumava sugar a ferida na intenção de estancar o sangramento, o que me faz familiarizar com o gosto e com o cheiro.

 Então não foi muito difícil reconhecer o gosto de sangue que a bruxa colocava em minhas bebidas! O sangue dela estava retardando meu envelhecimento, ela estava se ligando a mim... o por que eu nunca soube. Mas depois que descobri suas ações passei a procurar meios de desfazer este elo. 28 anos tentando de tudo p/ me liberta. P/ liberta minha amiguinha do qual achei na floresta chorando. 28 anos vendo a bruxa louca ficar cada vez mais louca... até que um dia, ela decidiu adormecer e consequentemente, nós adormeceriamos com ela. Pelo menos era o que a tola acreditava que iria conseguir... ou talvez a tola tenha sido eu por acreditar ter salvo não só a mim mas minha amiga também!

 Ela adormeceu junto a Bruxa louca! Ela tinha algo mais que apenas um feitiço de ligação, havia um pacto estabelecido ali, um juramento que nunca consegui quebrar! E quando entrei na mente de Minha amiga pela última vez, ela me pediu p/ esquece la! 

 

" Se realmente me considera, então vá. E viva por nós duas!"

E durante anos a dor dela foi meu martírio, eu nunca mais a vi. 

 

Não havia reparado que já estava parada na frente da casa dos Black com os lábios pressionados numa linha dura. Vi a sombra de Billy Black na janela, ele não estava prestando atenção em mim... pela sua sombra, parecia divagar.

 

A casa estava escura, não havia luzes nas janelas, mas eu não me importava de acordá-lo. Meu punho bateu na porta com a energia da raiva; o som ecoava nas paredes.

 

— Pode entrar — eu ouvi Billy chamar depois de um minuto, e uma luz se acendeu.

 

Eu girei a maçaneta; ela estava destrancada. Billy estava inclinado na abertura de uma porta bem do lado de fora da cozinha, um roupão de banho nos ombros, ainda não estava na sua cadeira. Quando ele viu quem era, seus olhos se arregalaram brevemente, e depois seu rosto ficou estóico.

 

— Bem, bom dia, Bella. O que é que você está fazendo acordada tão cedo?

 

— Oi, Billy. Eu preciso falar com Jake  onde ele está?

 

— Hmm... eu realmente não sei — ele mentiu, na cara dura. Ta ok, já passou da hora de colocar ordem nessa bagaça! 

 

— Você sabe o que Charlie está fazendo essa manhã? — eu perguntei, cansada de tanta enrolação.

 

— Eu devia?

 

— Ele e metade dos homens da cidade estão na floresta com armas, caçando lobos gigantes- A expressão de Billy mudou, e depois ficou vazia— Então eu gostaria de falar com o Jake sobre isso, se você não se importa — eu continuei.

 

Billy apertou seus lábios finos por um longo momento.

 

— Eu aposto que ele ainda está dormindo — ele finalmente disse, acenando com a cabeça em direção ao pequeno corredor fora da sala. — Ele tem ficado fora até tarde esses dias. O garoto precisa de descanso, você não devia acordar ele.

 

— Bom... É minha vez — eu murmurei por baixo do fôlego enquanto me mandava pelo corredor. Billy suspirou.

 

O pequeno armário que era o quarto de Jacob era o único quarto que havia no corredor. Eu não me importei de bater. Eu abri a porta; ela bateu na parede com um estrondo.

 

Jacob ainda usando apenas as calças pretas que estava usando na noite passada estava jogado na diagonal no beliche que tomava todo o espaço no seu quarto deixando apenas alguns centímetros sobrando nas paredes. Mesmo sendo grande, ela não era grande o suficiente; os pés dele ficavam de fora de um lado e a cabeça ficava de fora do outro. Ele estava dormindo pesado, roncando suavemente com a boca aberta.

 

O som da porta não fez nem ele se mexer.

 

O rosto dele estava em paz com o sono pesado, todas as linhas de raiva haviam se suavizado. Havia círculos embaixo dos olhos dele que eu não havia notado antes. A despeito de seu tamanho ridículo, ele parecia muito cansado. A piedade me chocou.

 

Eu dei um passou pra trás, e fechei a porta silenciosamente atrás de mim. Respirei fundo, tentando acalmar minha impaciência.

 

— Crianças- Sussurei p/ mim mesma. Billy me encarou com olhos curiosos, guardados enquanto eu caminhava lentamente de volta pra sala de frente — Olha! — eu disse, quebrando o silêncio perturbador. — Eu vou ficar na praia por um tempo. Quando ele acordar, diga que eu estou esperando por ele na praia, ok?

 

— Claro, claro — Billy concordou.

 

Eu me perguntei se ele realmente diria. Bom, se ele não dissesse, eu tentei, não foi?

 

Eu dirigi até a praia e estacionei.

 

Ainda estava escuro - o pré- nascer do sol de um dia nebuloso - e quando eu desliguei os faróis ficou difícil de enxergar. Eu deixei meus olhos se ajustarem antes de poder encontrar a trilha que guiava pela alta cerca de ervas. Estava frio lá, com o vento vindo das ondas pretas, e eu afundei minhas mãos no fundo dos bolsos da minha jaqueta de inverno. Pelo menos a chuva havia parado.

Eu caminhei na praia no caminho da parede marinha do norte. Eu não conseguia ver St. James e nem as outras ilhas, só a vaga forma da beira da água. Eu segui o meu caminho cuidadosamente pelas rochas, prestando atenção em alguma onda que pudesse me derrubar.

 

Eu encontrei o que estava procurando antes que eu me desse conta de que estava procurando. Eu materializei por entre a neblina quando estava apenas alguns metros de distância: Uma longa árvore de salgueiro branca feito osso que estava enfiada no fundo das rochas.

 

As raízes se entrelaçavam no mar, com centenas de pequenos tentáculos. Eu não podia ter certeza de que essa era a mesma árvore onde Jacob e eu havíamos tido a nossa primeira conversa uma conversa que havia iniciado tantas linhas diferentes, enroladas da minha vida, linhas que me levavam ao Edward!

  Mas parecia ser o mesmo lugar. Eu sentei onde havia me sentado antes, e olhei para o mar invisível.

 

Ver Jacob daquele jeito vulnerável enquanto dormia havia dissolvido toda a minha indignação.

 

Jacob era meu amigo e ele precisa de ajuda... Quer os quileute concorde ou não! 

 

 

— Oi, Bella. Eu caminhei na praia no caminho da parede marinha do norte. Eu não conseguia ver St. James e nem as outras ilhas, só a vaga forma da beira da água. Eu segui o meu caminho cuidadosamente pelas rochas, prestando atenção em alguma onda que pudesse me derrubar.

  

Eu podia ver a silhueta dele vindo na direção contrária à do sol.

 

— Jake?

 

Ele ficou a vários passos de distância, mudando seu peso de um pé para o outro ansiosamente.

 

— Billy me disse que você apareceu, não te levou muito tempo, não foi? Eu sabia que você ia descobrir.

 

Mal sabe ele, que eu sempre soube o que ele é!

 

— É, eu me lembro da história certa agora — eu menti.

 

Tudo ficou quieto por um longo momento, e mesmo estando escuro demais para ver o seu rosto direito, minha pele fez cócegas como se ele estivesse vasculhando o meu rosto. Devia haver luz suficiente pra ele ler a minha expressão, porque quando ele falou de novo, sua voz estava repentinamente ácida.

 

— Você devia só ter ligado — ele disse duramente.

 

Eu balancei a cabeça.

 

— Eu sei.

 

Jacob começou a andar pelas rochas. Se eu prestasse bastante atenção, eu podia ouvir o leve som dos pés dele se arrastando nas rochas por trás do som das ondas. 

 

— Por que você veio? — ele quis saber, sem parar a sua caminhada raivosa.

 

— Eu achei que um cara a cara seria melhor.

 

Ele bufou.

 

— Oh, muito melhor.

 

— Jacob, eu tenho que te avisar...

 

— Sobre os patrulheiros e os caçadores? Não se preocupe com isso. Nós já sabemos.

 

— Não se preocupe com isso? — eu quis saber sem acreditar. — Jake, ele estão armados! Eles estão plantando armadilhas e oferecendo recompensas e...

 

— Nós podemos cuidar de nós mesmos — ele grunhiu, ainda andando. —Eles não vão pegar nada. Eles só estão dificultando as coisas eles vão começar a desaparecer logo também.

 

— Jake! — gritei.

 

— O que? É só um fato.

 

Minha voz estava pálida de revolta.

 

— Como é que você pode... se sentir assim? Você conhece essas pessoas. Charlie está lá!— Não é como se Charlie não soubesse se defender, eu sei muito bem que ele pode. Mas lobos são irracionais e como eu não sei até onde o pacto de Charlie os mudou.

 

Ele parou abruptamente.

O sol deixou as nuvens com uma cor rosa acinzentada acima de nós. Eu podia ver a expressão dele agora; ele era de raiva, frustração, de traição.

 

— Você podia... bem tentar não ser um lobo? — eu sugeri sem esperança.

 

Ele jogou as mãos para o ar.

 

— Eu não tenho escolha! — ele gritou. — E como se isso ajudasse em alguma coisa, se você está preocupada com as pessoas que estão desaparecendo.

 

— Eu não te entendo.

 

Ele olhou pra mim, os olhos se apertando e a se contorcendo em um rugido.   

 

—Você sabe o que me deixa com tanta raiva que me dá vontade de cuspir?

 

Eu me virei da expressão hostil dele. Ele parecia estar esperando uma resposta, então eu balancei minha cabeça.

 

— Você é uma hipócrita, Bella, aí está você, aterrorizada de medo de mim! Como é que isso pode ser justo? — As mãos dele tremiam de raiva.

 

— Hipócrita? Como é que temer um lobo me transforma numa hipócrita?

 

— Ugh! — Ele rugiu, pressionando os punhos nas têmporas e fechando os olhos com força. — Será que dá pra você se escutar?

 

— O que?

 

Ele deu dois passos na minha direção, se inclinando p/ mim e brilhando de fúria.

 

— Bem, eu lamento que não possa ser o tipo certo de monstro p/ você, Bella. Eu acho que não sou tão bom quanto um bebedor de sangue, sou?

 

Eu pulei p/ ficar de pé e encarei de volta.

Ok, ele está sendo ousado demais. Dane-se o veneno do lobo, eu morro mas minha dignidade  Não!

 

— Não, você realmente não é! — eu gritei, devolta. — Não é o que você é, seu idiota, é o que você faz!

 

— O que é que isso significa? — Ele grunhiu, todo o seu corpo tremendo de raiva.

 

Eu fui pega inteiramente de surpresa pela voz de aviso de Edward.

“Tome cuidado, Bella”, sua voz aveludada me preveniu. “Não o pressione demais. Você precisa fazê-lo se acalmar”.

 

Nem a voz na minha cabeça estava fazendo sentido hoje.

 

No entanto, eu ouvi ele. 

 

— Jacob — eu tentei me acalma, fazendo o tom da minha voz macio e uniforme. — É realmente necessário matar as pessoas, Jacob? 

 

Ele se estendeu com um impulso, como se as minhas palavras tivessem mandando uma corrente elétrica pelo corpo dele. As sobrancelhas dele pularam pra cima, e ele me encarou com os olhos arregalados.

 

— Matar pessoas? — ele quis saber.

 

— Do que você pensava que estávamos falando?

Ele já não estava mais tremendo. Ele olhou pra mim com uma descrença meio esperançosa.

 

— Eu pensei que estávamos falando sobre o seu desgosto por lobisomens.

 

— Não, Jake, não. Não é que você é um... lobo. Com isso tudo bem — eu prometi, eu sabia enquanto falava as palavras que eu estava falando sério. Eu não me importava se ele havia se tornado um lobo Grande.... Qual é eu tenho vários amigos lobos... Pelo amor ... meu irmão é um híbrido, metade lobo. — Se você pudesse apenas encontrar um jeito de não machucar as pessoas... é isso que me aborrece. Eu sei que você é  novato.... mas, Essas pessoas são inocentes, Jake, pessoas como Charlie, e eu não posso simplesmente olhar para o outro lado enquanto você...

 

— É só isso? Mesmo? — ele me interrompeu, um sorriso brotando no seu rosto. — Você só está assustada porque acha que sou um lobo assassino? Essa é a única razão?

 

— E não é razão suficiente?

 

Ele começou a rir, eu fechei a cara.

 

— Jacob Black, isso não é engraçado!

 

— Claro, claro — ele concordou, ainda sorrindo.

 

Ele deu um longo passo e me agarrou em outro apertado abraço de urso.

 

— Você realmente, honestamente não se importa que eu me transforme num cachorro gigante? — ele perguntou, a sua voz estava alegre no meu ouvido, com uma pontada de alívio... eu reconheci esse sentimento.

 

— Não, seu tolo!— eu sorri p/ ele quando o mesmo me soltou.

 

— Eu não sou um assassino, Bella- Eu demorei um minuto p/ entender

 

— Então você ... tipo...consegue se controlar?

 

— Claro que sim, posso me transforma em um lobo, mas não sou um bicho irracional!

 

Eu estudei o rosto dele, e estava claro que era verdade. O alívio pulsou pelo meu corpo.

 

— Mesmo? — eu perguntei.

 

— Mesmo — ele prometeu solenemente.

Eu respirei aliviada, rindo.

 

— Me perdoe por ter te chamado de hipócrita — ele se desculpou.

 

— Me desculpe por ter te chamado de assassino.

 

Ele riu.

 

Nessa hora eu pensei em uma coisa!

 

— Sam e os outros?

 

Ele balançou a cabeça, sorrindo como se um grande peso tivesse sido tirado dos seus ombros.

 

— É claro que não. Você lembra do que nós nos chamamos?

 

A memória estava clara com as palavras de Charlie.

 

— Protetores?

 

— Exatamente.

 

— Mas eu não entendo. O que realmente está acontecendo na floresta? 

O rosto dele ficou sério, preocupado na hora.

 

— Nós estamos tentando fazer o nosso trabalho, Bella. Nós estamos tentando protegê-los, mas estamos sempre um pouco atrasados.

 

— Protegê-los do que? - Perguntei JÁ sabendo a resposta.

 

— Bella, nós só protegemos as pessoas de uma coisa o nosso único inimigo. Essa é a razão pela qual existimos, porque eles existem.

 

Eu o encarei com uma expressão vazia.

Ele balançou a cabeça.

 

— Eu pensei que você, entre todas as pessoas, entenderia o que está acontecendo.

 

— Frios — eu senti a irá

 

Jacob piscou duas vezes, e deixou sua cabeça cair pro lado.

— Espera ai Jake, Mais cedo, enquanto estávamos " discutindo" você pareceu estar querendo controlar sua raiva, mais do que o normal.- Eu mudei de assunto e ele desviou o olhar envergonhado. Então uma pergunta se formou na minha cabeça— Jacob... O que aconteceria... se você ficasse bravo demais? — eu sussurrei.

 

Houve um silêncio . Encarei Jacob mais de perto.

 

— Eu ia me transformar num lobo — ele sussurrou de volta. 

 

— Oh, entendi! - O silencio volto e eu não conseguia parar de pensar que com Uma mordida dele,  EU estaria morta.

 

Jacob estava me avaliando e sinceramente não estou afim DE controlar minha expressão... logo ele suspirou, sério de novo.

 

— Você não precisa ficar tão estressada, Bells. Nós vamos cuidar disso. E vamos manter os olhos especialmente em Charlie e nos outros não vamos deixar nada acontecer com eles. Confie em mim.

 

Havia algo muito, muito óbvio que eu JÁ havia reparado e discutido com Charlie antes, mas eu estava tão distraída com a idéia de Jacob e seus amigos brincando na floresta, que eu deixei passar na hora.

 

Isso me ocorreu agora, quando Jacob usou o tempo presente de novo.

 

Nós vamos cuidar disso.

 

 

— Laurent está morto — eu relembrei dela, logo a irá subiu novamente

 

— Bella? —Jacob perguntou ansiosamente.

— Não está? - Jacob me olhou, confuso.

 

— Sim está!

 

— Se Laurent morreu... há uma semana atrás... então outra pessoa está matando as pessoas agora.

 

Jacob acenou com a cabeça, seus dentes trincados, e ele falou por entre eles.  

 

— Havia dois deles. Nós achamos que a parceira dele ia querer lutar com a gente nas nossas histórias, eles geralmente ficam fora de sério quando matam os parceiros deles mas ela só fica correndo da gente, e depois volta de novo. Se nós pudéssemos descobrir o que ela está procurando, seria muito mais fácil de rastreá-la. Ela fica escapando pelas beiradas, como se estivesse testando as nossas defesas, procurando por um jeito de entrar mas entrar onde? Onde é que ela quer ir? Sam acha que ela está tentando nos separar, pra ter uma chance melhor...

 

A voz dele foi sumindo até que ficou parecendo que ele estava falando de dentro de um túnel; eu não conseguia mais individualizar as palavras. 

Ódio, meu sangue fervia! 

Meu coração bombeava sangue descontroladamente... essa merda de fria ruiva, desgraçada! 

O céu começou a escurecer, as ondas SE agitavam! 

A magia estava fluindo de mim como água! Minha mente estava uma neblina e ventos começavam a varrer as areias da Praia, ouvia chingamentos de Jacob ao fundo... comentando a mudança do tempo! 

Mas não me importava, queria usar essa magia nela! Queria mostrar a ela que ninguém vive após ameaçar quem amo! 

 

Victoria estava aqui. Estava confirmado, procurando por mim. Matando estranhos na floresta. A floresta onde Charlie estava procurando... Ela queria fazer Edward sofrer.

 Mil vezes desgraçada!

— Bella! Qual é o problema?

 

— Victória — eu senti a acidez Na Ponta de minha língua escorrer como veneno, o nome dela era uma ofensa p/ mim.

Na minha cabeça, a voz de Edward rosnou furiosa. 

Trovões.

 

 

— Mas que merda.—Jacob exclamou assustado olhando para o céu. — Você consegue me ouvir, Bella? Bella?

 

— Ela não era parceira de Laurent — eu constei, tentando controlar a raiva.— Eles só eram velhos amigos...

 

— Você precisa de algo. Me diga o que fazer, vamos lá Bella. Precisamos entrar! — ele pediu, frenético. Me controlei um pouco ao perceber a bagunça que estava fazendo. E o vento diminuía... 

 

— Eu não estou doente, eu preciso me acalmar — eu expliquei num sussurro. 

 

Jacob me olhou confuso.

 

— Com medo dessa Victória?

 

Eu o olhei indgnada. Minha irá quase aumenta novamente! Jacob recuo perante meu olhar! Respirei fundo.

 

— Então, ahm- ele tociu- Victória é a fêmea de cabelos vermelhos?

 

— Sim.- Falei ainda respirando.

 

— Como é que você sabe que ela não era a parceira dele?- Respirei mais longamente.

 

— Laurent me disse que James era o parceiro dela — eu automaticamente flexionei a mão com a cicatriz.

 

Ele se aproximou interessado.

 

— Ele te disse mais alguma coisa, Bella? Isso é importante. Você sabe o que ela quer?

 

— É claro — EU falei exaltada, mas já no controle —Aquela vadia desgraçada, quer a mim.

 

 

..............

 

— Eles não vão ficar com raiva se eu estiver com você?— eu perguntei.

 

Ele fez uma cara.

 

— Provavelmente.

 

— Talvez eu não devesse...

 

— Não, está tudo bem — ele me assegurou. — Você sabe uma tonelada de coisas que podem nos ajudar. Você não é como uma outra humana ignorante. Você é como uma... eu não sei, espiã, ou uma coisa assim. Você esteve atrás das linhas inimigas.

 

Eu fiz uma carranca p/ mim mesma. E sério isso? Agora estou sendo usada como informante, que queda brusca em meu status, Klaus ficaria decepcionado! Ri com esse pensamento!

Provavelmente ele transformaria todos em híbridos!

— Como aquela história do bebedor de sangue que lê mentes — ele continuou, inconsciente do meu devaneio. — Aquele é o tipo de coisas que precisamos saber. Realmente é um saco que aquelas histórias sejam verdadeiras. Isso torna tudo mais complicado. Ei, você acha que essa Victoria tem alguma coisa especial?

 

— Além da tendência a suicida dela?!  Não!

 

Nós estávamos na pequena estrada de terra onde Jacob havia me ensinado a andar de moto. E Jacob como um bom tagarela, não para de falar sobre as novidades de ser um lobos, não reclamo! A coisas que ela havia soltado sobre a alcateia que chamaram minha atenção, coisas como o elo deles Etc!

Eu encostei e desliguei o motor.

 

Ele balançou a cabeça.

 

— É, eu passei por dificuldades escondendo o meu segredo de você por duas semanas. 

 

— Imagino — eu comentei.

 

Jacob sugou o ar com um som cortante.

 

— Eles estão aqui. Vamos lá.

 

— Você tem certeza? — eu perguntei enquanto ele abria a sua porta— Talvez eu não devesse estar aqui.

 

—Eles vão saber lidar com isso — ele disse.

 

— Isso não ajuda muito- franzi o senho e ele deu uma risada.

 

— Quem tem medolobo mau, lobo mau, lobo mau... - O idiota começou a cantarolar enquanto saía da caminhonete.

 

— Ha Há — eu disse o seguindo, me apressando p/ ficar perto de Jacob. 

 Bom este é meu primeiro encontro oficial com os quileutes depois de décadas. 

Olhei para onde se ouvia os passos pesados dos lobos...  Ok neh!

— Aqui vamos nós.


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