Desejo Oculto - TDA escrita por Débora Silva


Capítulo 4
《 Número quatro 》


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores ♥



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— Eu queria ser beijada por um príncipe, mas ele é um sapo! - até ele teve que rir do que dizia junto aos dois que o contagiaram com a risada alta que se ouvia até mesmo do lado de fora da sala. - Não ria que é muito serio isso! - começou a pegar os papeis do chão quando ouviram uma voz imponente vindo da porta.

— Boa tarde!

Os três olharam rapidamente para ele e Victória sentiu seu coração gelar e respirou diferente sem saber o porquê dele depois de tanto tempo estar ali em sua porta novamente, quis fugir e Pepino a olhou sabendo como ela ficava depois daqueles encontros e ele quis falar, mas ela disse primeiro.

— O que está fazendo aqui, papai? - os dois quase se duelavam naquele olhar que era somente dos dois e idêntico. Pai e filha estavam ali um de frente para o outro depois de meses de ausência e ela nem sabia que rumo teria aquela conversa.

— Peça que eles saiam! - foi rude com as mãos no bolso. 

Heriberto no mesmo momento olhou para ela e percebeu que algo tinha e tocou em suas costas dando apoio a ela e ao que viria dali a diante, não tinha gostado nada do modo como o homem falava e esperou. Pepino também ficou ao lado dela todo armado de valor para aquele momento, sabia que Afonso não era boa pessoa e que sempre fazia Victória chorar.

— É você quem tem que sair daqui! - falou logo. - Não tem nada para você aqui! - queria que ele sumisse logo dali.

— Temos que conversar e não saio daqui até que o façamos! - entrou mais ainda e foi a cadeira sentando. - Mande que eles saiam! - fez um gesto com a mão em deboche.

Victória suspirou e olhou para Pepino e pediu com os olhos que ele se fosse, mas ele negou no mesmo instante, não iria sair e deixar que aquele homem a destruísse mais uma vez com suas palavras.

— Victória, o que está acontecendo? - Heriberto perguntou ainda a mantendo em seus dedos.

Ela o olhou.

— Está tudo bem! - suspirou. - Me esperem lá fora por que quanto mais rápido eu ouvir esse senhor mais rápido ele vai embora!

— Qualquer coisa é só chamar! - ela assentiu e num gesto natural Heriberto beijou seu rosto saindo com Pepino.

Victória esperou a porta se fechar e então o olhou e com a mão na cintura esperou que ele falasse o que de fato estava querendo ali, mas ela já sabia o motivo de sua "visita". Ele ficou novamente em pé e sorriu a meses não a via pessoalmente, apenas pelas revistas de fofoca.

— Vejo que se deu bem nesse negocio... - olhava em volta ao falar.

— Não se faça de rogado porque já esteve aqui antes pra pedir dinheiro! - foi rude. - Conhece muito bem tudo que tenho e se está aqui é porque seu dinheiro acabou! - falou sem a menor paciência para ele.

Afonso suspirou e começou seu discurso.

— Victória, você é minha filha e eu me preocupo com você! - falou com cinismo porque queria apenas dinheiro. - Quero estar perto de você novamente mesmo não aceitando seus caminhos quero ser um pai de verdade! - sabia que ela era uma mina de dinheiro e que tê-la junto a ele era mais proveitoso do que mantê-la longe.

Ela sorriu com ódio passando a mão na testa para não chorar e andou pela sala. Era sempre a mesma “cantaleta” quando se tratava de um cheque gordo e robusto para saciar seus dias.

— A 10 anos você me renega somente por eu não ter escolhido a profissão de seu gosto! - sorriu com deboche. - Se é que pode se chamar de profissão ficar enfiada dentro de uma casa servido marido com uma penca de filhos nas costas!

— Mulher só serve para isso e você só se jogou nessa vida pra ter machos entre suas pernas e se acha digna de qualquer coisa? Eu arrumei um marido bom pra você e você fugiu levando o pouco dinheiro que sua mãe tinha escondido de mim e que era meu por direito, fez essa faculdade de puta somente pra satisfazer seu desejo por macho entre as pernas!

Victoria respirou tão pesado ao ouvir aquela afronta que não pensou apenas avançou nele sentando tapa em sua casa, era seu pai mais não permitiria que ele dissesse semelhante barbaridade sobre sua profissão porque ela nunca tinha se quer aperto as pernas para alguém a fim de lucrar.

— Maldito! Infeliz! - o empurrou que nem se mexeu a queria daquele modo descontrolada assim assinava o cheque mais rápido. - Eu odeio você e não sei como minha mãe ainda está casada com um homem tão nojento como você!

— Sua mãe é mulher direita e sabe o lugar dela, você deveria ter nascido homem e não essa decepção que se tornou! - era a verdade porque ser mulher para ele era um prejuízo.

— Saia daqui! - gritou. - Saia que não vai ter mais nenhum centavo do meu dinheiro. Você não merece nada meu se eu sou a sua decepção! - respirava pesado com lágrimas nos olhos. - Você nunca mais terá o que é meu porque não precisa de dinheiro sujo que eu vendo meu corpo como diz! - foi a porta. - Saia daqui!

— Não acabamos ainda, Victória! - foi rude. - Eu, não saio daqui sem o que vim buscar! Você me deve por todos os anos que te criei!

— Pepino? - ela gritou e ele de imediato apareceu. - Chame os seguranças, por favor. - não iria dar nada mais aquele homem.

Pepino que já estava pronto pra qualquer coisa apenas chamou os homens que entraram na sala esperando as ordens dela.

— Tirem esse homem daqui! - falou com ódio.

— Victória... - ele falou em tom de ameaça e os homens se aproximaram dele. - Não me toque! - gritou.

— Suma daqui! - esbravejou e ele começou a caminhar com os homens ao lado dele e parou frente a Victória.

— Isso não vai ficar assim! - era uma clara ameaça. - Você me deve e irá me pagar!

Ela sorriu como se tivesse o controle de tudo e disse:

— Eu não te devo nada! - se afastou e ele saiu cuspindo fogo e ela se encostou-se à parede sentindo seu corpo fraquejar e foi amparada não por Pepino mais sim por Heriberto que nem pensou apenas foi a ela e a agarrou em um abraço a fazendo chorar mais ainda.

Heriberto podia sentir que ela tremia em seus braços e a apertou mais beijando seus cabelos e ombro, ela era tão pequena e cabia tão bem em seus braços que ele nem percebia que dedicava carícias como se fosse o homem dela. Heriberto não podia descrever mais em apenas um dia ela tinha tomado sua vida para si de tal forma que ele não saberia o que viria dali a diante, mas sabia que ele estava perdido e seria capaz de qualquer coisa sem pensar em nada e nem ninguém apenas nele e em Victória...


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