Desejo Oculto - TDA escrita por Débora Silva


Capítulo 35
《Capítulo trinta e cinco》




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— Mamãe...

No mesmo momento Julia se soltou de Ângelo com os olhos empapados de lágrimas e ela a pegou nos braços e foi abraçada.

— Eu sou sim a mamãe! - falou toda emocionada.

— Mamãe! - ficou repetindo e rindo enquanto Julia de desmanchou em lágrimas.

Era sua filha e seria para sempre porque ela não iria desistir de sua menina e eles ficaram rindo e brincando ali com ela por um longo tempo até que ela pegou no sono e era hora de ir, mas com a promessa de que viria buscá-la para levar para casa...

(...)

DIAS DEPOIS...

Os dias que se passaram foram corridos para todos, Victória não contou da visita do pai e nem da forte quantia que tinha dado a ele e também não contou da gravidez, pois via o quanto a mãe estava angustiada e pensou que assim era melhor naquele momento. Heriberto não estava de acordo, mas a respeitou e deixou que fosse no momento dela mais seguia apaixonado pela ideia de ser pai e sempre estava sorrindo pelos cantos e quando estava com seu amor fazia dos momentos inesquecíveis e ela amava.

Afonso descontou o cheque e ela esperou pelo que ele iria fazer, soube que ele buscou esteve no fórum, mas ainda não tinha nenhum resultado da adoção de Hanna e o prazo que tinha dado a ele já estava por se esgotar. Naquela manhã ela despertou bem enjoada, vomitou o que não tinha no estomago por duas vezes e voltou para a cama, respirou fundo tocando a barriga e o celular tocou, não tinha vontade de atender mais ao ver o nome de seu amor ela o atendeu.

— Bom dia, amor! - falou todo lindo. - Como amanheceu? Já tomou seu café? - a encheu de perguntas como fazia todos os dias.

— É o medico falando? - tentou brincar e respirou fundo.

— O seu amor também! - sorriu.

— Eu não estou bem e... - sentiu o vomito vir e levantou de imediato largando o telefone e foi para o banheiro novamente.

— Amor? Victória? - chamou preocupado e olhou para ver se a chamada havia sido encerrada mais não.

Victória ficou ali por alguns minutos e quando voltou pegou o telefone para ver se ele estava ali e a ligação já tinha sido encerrada. Ela retornou para ele e deitou na cama esperando que ele atendesse.

— Amor, o que aconteceu? - já estava dirigindo para casa.

— Gravidez! - o respondeu com a voz fraca e ele riu.

— Estou indo até ai, você me deixou preocupado.

— Me trás um lanche? - estava sentindo fome mesmo sabendo que poderia vomitar tudo.

— Meu amor, não é melhor uma fruta?

Ela respirou fundo.

— Os dois... - falou manhosa.

— Ta bom! - riu. - Até daqui a pouco!

— Te amo! - ouviu ele retribuir e eles desligaram.

Ele passou no mercado e depois comprou o lanche onde ela mais gostava e foi para casa, ele entrou e foi direto a cozinha, fez uma linda bandeja para ela e subiu para o quarto. Ele entrou e a encontrou enrolada nas cobertas e aparentemente dormia, sorriu para a linda imagem dela e deixou a bandeja sobre a mesa que ali tinha e foi até a cama, deitou e começou a beijar onde conseguia e ela levou a mão ao pescoço dele e deixou que ele a enchesse de beijo.

— Vomitou novamente? - ela negou com a cabeça se agarrando mais a ele. - Então vamos comer!

— Primeiro me da amor... - o puxou para que ficasse debaixo da coberta e ele riu.

— Pra isso não está passando mal? - deixou que ela tirasse sua gravata.

— Lá embaixo está tudo perfeito! - sorriu de leve o olhando nos olhos.

Heriberto gargalhou e a trouxe mais para ele sentindo seus beijos e ela passou a perna por cima de seu corpo, queria que aquele mal-estar fosse embora de seu corpo e assim achou que seria mais fácil, mas seu celular começou a tocar e ela parou o encarou e o pegou colocando no ouvido.

— Oi?

— Rainha não vem para o trabalho hoje? - a voz de Pepino soou.

— Não estou me sentindo bem e...

— O que tem? Quer que eu vá até ai? - nem deixou que ela terminasse de falar a fazendo ir.

— Não se preocupe que é só um mal estar e a tarde estarei por ai!

— Não minta pra mim, meu amor!

— Eu estou bem e se não acredita, fale com Heriberto! - passou o telefone para ele.

— Agora está explicado o porquê de não vir trabalhar cedo! - falou rindo e Heriberto o acompanhou.

— Não se preocupe que sua rainha está bem e mais tarde a levo para o trabalho!

— Cuidado para não fazerem um filho! - brincou e ele gargalhou desligando.

— Ele disse pra gente tomar cuidado para não fazer um filho! - gargalhou.

— Esse forno já está ocupado! - sentou na cama e olhou seu lanche. - Pega pra mim comer?

— Já passou a vontade de comer outra coisa? - mostrou como estava excitado dentro da calça.

— Sim, perdi a vontade! - deu de ombros e ele riu a puxando para um beijo.

— Não vai escapar!

Ela riu.

— Eu não penso fugir nunca! - mordeu o lábio dele e seu telefone voltou a tocar. - Hoje não é o dia mesmo! - atendeu. - O que foi Oscar?

— O juiz reconsiderou junto à assistente social e a guarda provisória foi dada a seus pais! - falou de uma vez.

Victória deu um sorriso lindo e olhou para o seu amor que trazia sua bandeja.

— E você já contou a ela?

— Não, eu achei que quisesse fazer isso!

— Não, eu não quero! - falou decidida. - Diga você!

— Victória, eu sei que foi você quem fez algo porque o juiz estava irredutível e eu soube que seu pai voltou ao fórum.

Ela sorriu.

— O mal se paga com o bem! - falou com certeza. - Ligue para ela e diga para que o espere no orfanato e lá de a noticia!- pediu e ele confirmou, se despediram e ela desligou.

— O que aconteceu?

Ela comeu as frutas e o beijou na boca.

— Mamãe ganhou a guarda de Hanna! - comeu mais um pouco.

— E você fala assim nessa calma toda? - se arrumou na cama. - Deveríamos ir até lá!

Ela sorriu.

— Não encaixamos nesse momento! - falou com certeza.

— Victória, eu não acredito que você está com ciúmes!

Ela sorriu e negou com a cabeça.

— Pela primeira vez não! - limpou os lábios. - Eu já fiz demais por eles e acho que precisam desse momento que é deles dois!

— Tem certeza disso? - ela assentiu.

— Absoluta certeza! - sorriu.

Victória queria deixar que aquele momento fosse somente dos pais, eles estavam esperando tanto por esse momento que ela não queria estar, não era por ciúmes ou algo do tipo. Ela apenas queria que aquele momento fosse dos três e sabia que logo eles estariam ali em sua porta para contar a novidade e assim ela poderia comemorar junto a eles como se deveria e quem sabe contar do bebê que esperava, mas o que tinha certeza era que não queria disputar felicidade.

Ela comeu tudo que tinha na bandeja enquanto conversavam e depois ela o chamou para tomar um banho junto, ele não se negou e ali fizeram amor como gostavam. Depois se arrumaram e eles saíram de casa, deixou Victória no trabalho e voltou ao hospital com um lindo sorriso no rosto. Ângelo ligou para ele contando a novidade e pediu que ele levasse Victória a noite para comemorassem juntos e ele disse que lá estaria para comemorar aquela linda noticia. E assim o dia se foi...

(...)

NOITE...

Victória e Heriberto passaram em casa, trocaram de roupa e ela se irritou por alguns de seus vestidos já não fechar e ele riu pedindo paciência que as roupas dela iriam ficar pequenas mesmo, ela bufou e conseguiu entrar em uma saia e uma blusinha e então conseguiram sair de casa. O caminho todo foi com ela comendo chocolate e ele rindo da cara emburrada dela e ela bufando por já estar ficando sem roupa, mas ao pensar que era por comer tudo que via a sua frente, ela largou o chocolate e logo o pegou novamente o fazendo gargalhar.

— Eu vou dar na sua cara! - ela falou irritada.

— Eu também te amo gordita!

Ela o beliscou e ele gargalhou mais ainda e parou o carro no sinal e a encheu de beijos, ela virou o rosto mais logo cedeu a ele e as buzinas vieram os fazendo voltar assim e não demorou nada para que chegassem ao apartamento de Ângelo. A campainha tocou e Julia atendeu com a pequena Hanna nos braços e um enorme sorriso no rosto, Victória sorriu para as duas e deu dois passos pegando a irmã nos braços que a abraçou gostosamente a fazendo rir com seu jeitinho meigo.

— Que gostosa da irmã! - a cheirou e ela gargalhou com as cosquinhas.

Heriberto cumprimentou Julia e entregou a ela o presente que tinha comprado e ela agradeceu dando espaço para ele entrar e olhou as filhas que já estavam sentadas no sofá brincando, Ângelo veio da cozinha e sorriu para eles, cumprimentou primeiro Heriberto e logo foi até sua filha, mas ao chegar perto de Victória, ela o afastou de imediato levando a mão a boca.

— Que cheiro horrível! - fez ânsia e deixou Hanna no sofá já levantando.

— O que é isso minha filha?

— Amor, vem! - Heriberto chamou e ela negou com a cabeça e foi correndo para o banheiro.

Ele foi atrás dela e segurou seus cabelos a ajudando naquele momento, ela respirou pesado e depois de alguns minutos ficou de pé e foi até a pia, lavou o rosto e sentiu as pernas fraquejar e ele a sustentou em seus braços.

— O que ela tem, Heriberto?

Heriberto olhou seu amor e ela respirou fundo.

— Victória está grávida!

Os olhos dela se arregalaram e de imediato ela olhou para Victória que estava branca, ele a segurou em seus braços e caminhou para sair do banheiro.

— Grávida? - ainda estava surpresa. - Quando descobriu?

— Quase dois meses que descobrimos! - Heriberto respondeu.

— E não me contaram por quê? - cobrou.

— Porque estava muito ocupada com a adoção! - Victória a respondeu e ela não gostou do tom. - Me leva pro sofá, por favor! - se agarrou mais nele sentindo uma fraqueza horrível.

Heriberto a pegou nos braços e a levou para o sofá, ela fechou os olhos sentindo tudo rodar e ele a deitou, Ângelo veio com sua maleta e sentou ao lado dela para medir a pressão e disse todo amoroso.

— Já troquei a camisa, meu amor!

Ela abriu os olhos e deu um meio sorriso para ele e Julia ainda estava sentindo as palavras dela a incomodar.

— Me desculpe, papai, você sempre foi tão cheiroso, mas entrei num estagio que tudo me enjoa!

— Meu neto vai ser bem cabeludo! - falou apaixonado pela ideia de ser avô.

Ela sorriu mais para ele e deixou que ele conferisse sua pressão e Hanna se jogou para ir ao chão e Julia a soltou. Hanna foi até a irmã e pediu colo, Victória deu a ela e ela deitou em seu peito.

— Os antigos diziam que quando um bebê se apegava a uma mulher gravida era porque o sexo era oposto! - riu.

— Então vamos ter um menino? - Heriberto falou rindo.

— Minino... - Hanna repetiu e riu mostrando todos os dentinhos e eles gargalharam.

Julia se aproximou deles e disse bem seria.

— Me deixem sozinha com Victória!

Eles a olharam e estranharam aquele tom, mas logo os dois homens saíram e mesmo querendo levar a pequena, ela não foi. Victória olhou a mãe e respirou fundo com ela se aproximando mais.

— Agora somos nós duas, mocinha!


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