Desejo Oculto - TDA escrita por Débora Silva


Capítulo 23
《 Capítulo vinte e três 》


Notas iniciais do capítulo

Segura o forninho ♥



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Ela era turrona e cabeça dura, mas sabia que não podia ficar sozinha mais mesmo assim se soltou dele e virou de costas abraçando o travesseiro. Ele deu um meio sorriso e com calma se aproximou e beijou o ombro dela.

— Eu estou aqui pra você e vou esperar o tempo que precisar até que você queira conversar. - colocou seu corpo no dela para que ela se sentisse acolhida. - O meu desejo no momento é apenas que fique bem!!! - deu mais uns quantos beijinhos no ombro dela e se ajeitou melhor na cama e nada mais disse apenas ficou ali fazendo carinho em seus cabelos...

(...)

LONGE DALI...

Ângelo entrou na casa onde tinha deixado Osvaldo amarrado e ele arregalou os olhos se desesperando, começou a se debater enquanto dizia palavras que não eram entendidas por ele, nem sabia como tinha chegado ali e muito menos quem era aquele homem. Ângelo se aproximou e tirou a mordaça de sua boca e Osvaldo já gritou.

— Me solta seu maldito!! - ofegava pelo esforço que tinha feito e Ângelo sorriu por seu desespero.

— Eu vou te soltar, mas antes vamos conversar. - deixou uma pequena bolsa sobre a mesa e a abriu. - Me diz como seria a carreira de um ator com o rosto deformado? - o olhou de lado deixando todo seu equipamento cirúrgico sobre a mesa era apenas um jogo para que ele aprendesse a nunca mais bater em mulher.

Osvaldo ofegou mais e mais sentindo o medo dominar todo seu corpo, não podia ser machucado, não naquele momento em que estava escalado para um grande papel na televisão, sua imagem era tudo e ser machucado não estava em seus planos. Ele se perguntava quem era aquele homem e porque estava tomando as dores de Victória, seria mais um amante dela? Ainda estava nervoso com o que tinha presenciado mais o medo de ser machucado era maior.

— O que pensa que está fazendo? Quem é você? - falou morto de medo. - Você sabe com quem está mexendo?

Ângelo o olhou e pegou um bisturi e ele começou a se debater para tentar se soltar viu que a coisa era certa e não adiantaria quem ele era ou deixava ser aquele homem estava disposto a tudo.

— Você é o tipo de homem que é valente somente com mulheres né? Pouco me importa quem você é!!! - se aproximou mais dele com desdém. - Eu poderia fazer apenas um corte no qual seu rosto ficaria marcado para sempre, um corte no qual não daria para suturas e você precisaria de meses para se recuperar e nunca mais conseguiria nenhum trabalho com sua imagem!!! - passou o lado de trás do bisturi em seu rosto.

— Sai de perto de mim!!! - gritou em completo desespero.

— Eu vou te dizer apenas uma vez!!! - Voltou a ficar frente a ele apontando o bisturi. - Não volte mais a se aproximar de Victória ou eu vou acabar com sua raça!!!

Osvaldo sentiu ódio apenas em ouvir o nome dela e disse sem pensar nas consequências de suas palavras.

— Deve ser mais um dos amantes daquela vagabunda... - rosnou tentando mais uma vez se soltar.

Ângelo nem pensou apenas socou a cara dele por duas vezes fazendo com que a cadeira dele fosse ao chão e ele gritou de dor por suas mãos serem apertadas. Ele não era um homem violento e muito menos resolvia as coisas daquele modo, mas era sua filha e ele não estava raciocinando mais apenas queria que ele pagasse pelo que tinha feito.

— Você é um porco e vai pagar por isso!!! - o pegou de qualquer jeito e começou a arrastá-lo para fora da casa e ele gritava por ajuda, mas era em vão.

Ângelo o jogou dentro do carro e dali saiu direto para a delegacia, ameaça somente não iria funcionar, ele era um maldito que não tinha escrúpulos então iria acabar com a carreira dele de outro modo. Quando chegou ele o arrastou para dentro da delegacia e pediu que chamassem seu amigo delegado e rapidamente os homens fizeram o que ele pediu.

— O que está acontecendo aqui Ângelo? - falou preocupado com o que via assim que abriu a porta de sua sala.

— Esse maldito bateu na minha filha!!! - bufou de raiva.

— É mentira!!! - Osvaldo gritou. - Esse louco me pegou e me levou não sei pra onde, me bateu e agora me arrastou até aqui. -Ângelo ia sentar um chute nele mais o delegado não permitiu.

— Não se complique mais. - disse com firmeza. - Vamos fazer as coisas dentro da lei.

Ângelo respirou fundo para não se complicar e passou as mãos no cabelo.

— Eu quero esse maldito preso!!! - estava furioso. - Não vai encostar na minha filha e em mulher nenhuma.

— Eu nem sei quem é a filha dele!!! - Osvaldo se defendia como podia jogado ali no chão.

Ângelo o olhou e gritou com ele.

— Victória Sandoval te lembra alguém?

Nesse momento Osvaldo arregalou os olhos e temeu tudo que viria dali e nada mais disse apenas se encolheu no chão. O delegado pediu que dois dos policiais levassem Osvaldo dali e levou Ângelo para sua sala.

— Eu preciso que me ajude!!! - estava tão nervoso com toda aquela situação. - Ou eu mesmo vou resolver.

— Eu vou te ajudar, mas ela vai precisar vir aqui para prestar queixa!!! - falou com calma porque ele estava muito nervoso.

— Hoje eu não consigo trazê-la, mas amanhã eu a trago. - respirou fundo. - Ela teve muitas emoções por hoje e eu não vou conseguir nada com ela e muito menos que ela venha aqui!!

— Me conte certinho o que aconteceu? - pediu.

Ângelo narrou tudo que tinha acontecido naquele final de tarde e deixou que algumas lágrimas rolassem por seu rosto e foi confortado por seu amigo que explicou tudo que ele deveria fazer e o mandou para casa para que ele descansasse um pouco e garantiu que ele cuidaria pessoalmente de Osvaldo. Ângelo o agradeceu e deixou que ele fizesse seu trabalho e foi pra casa mesmo sentindo vontade de voltar a casa de Victória e implorar para que ela o ouvisse ou simplesmente que li dedicasse mais um olhar, mas não o fez e foi pra casa...

(...)

NA CASA DE JULIA...

Afonso entrou primeiro em casa e Julia o seguiu sabia que a coisa ali iria ser difícil, mas mesmo com medo ela sentou frente a ele e esperou que ele dissesse algo. Ele estava sério e sentindo que poderia cometer todas as besteiras possíveis naquele momento somente pelo que tinha visto.

Julia sabia que as coisas seriam muito complicadas depois que revelasse a verdade e que estava ali pronta para receber as consequências de seus atos mesmo sabendo que o marido era violento e que poderia levar a pior naquele momento de raiva. Mas era a hora da verdade e ela precisava se liberar daquele peso que carregava a tanto tempo.

— O que pensa que estava fazendo? - falou depois de um longo silêncio. - Você acha que eu sou trouxa? Acha que eu vou perdoar o que está fazendo comigo?

— Não vamos trabalhar com meias palavras, Afonso. - estava cansada daquela situação toda. - Sei o que deve ter visto e eu estou cansada de mentir. - o olhava nos olhos.

Ele riu em deboche e ela ficou de pé para começar a narrar, tinha o coração acelerado, mas ia em frente. Seus pensamentos estavam em Ângelo e no que ele poderia fazer de cabeça quente, mas o pior mesmo era o olhar de Afonso naquele momento. Ele sabia que o que viria dali seria um tiro em seu ego e ele não sabia se estava mesmo pronto para tanta verdade. Julia respirou junto e começou.

— Eu tenho um amante e eu o amo!!! - falou direta e o rosto dele mudou totalmente para um ódio mortal não esperando que ela contasse a verdade. - Eu dividi minha vida inteira com os dois e hoje... - respirou fundo e travou quando ele ficou de pé e foi a ela. - Não ouse me tocar!!! - falou sabendo o que viria dali em diante.

— Você acha mesmo que vai me contar uma coisa dessas e eu vou sorrir? - gritou com ela a sacudindo. - Eu não nasci pra ser corno e você vem me dizer que me trai a vida inteira? - levantou a mão e acertou o rosto dela com tanta força que ela caiu no sofá. - Ta aí quem a vagabunda da sua filha puxou. - estava vermelho de ódio. - Eu deveria te matar!!! - avançou nela que não ficou parada e o acertou também, mas ela não tinha nem chance já que ele era maior.

Julia sentia o rosto arder com aquele tapa, mas não iria apanhar sem se defender ou pelo menos tentar, ele era grande mais ela ainda o acertou por várias e várias vezes com ele a segurando forte.

— Me solta!!! - gritou se debatendo. - Me bater não vai mudar o que aconteceu, não vai fazer as coisas mudarem. - o arranhava onde conseguia. - Eu fiquei com você por culpa, por não ter coragem de me separar de você depois de tudo!!!

Afonso a segurava com força enquanto ouvia todas aquelas palavras querendo mesmo matá-la. Julia não deixava de lutar para se soltar mesmo já perdendo as forças, as respirações em alta e um sentimento pior que o outro se passando dentro de Afonso e de Julia.

— Você é uma maldita!! - gritou em cima dela.

— Eu sou sim, eu sou e você é mais desgraçado ainda por ser essa pessoa. Eu pensei que te amava, mas é e sempre será pena porque você não sabe amar ninguém!!! - gritava sem medo. - Minha filha já sabe de toda a verdade... - falou entre dentes.

— A verdade que você é uma vagabunda como ela? Que se deita com dois homens ao mesmo tempo? - foi empurrado por ela que conseguiu se livrar dele. - Tal mãe tal filha mesmo. - estava transtornado.

Julia o olhou do outro lado da sala sabendo que aquele tiro que daria nele seria mortal e que ele acabaria com ela, mas tinha que contar, tinha que dizer a ele tudo e depois seria o que Deus quiser.

— A verdade de que você não é o pai dela!!!! - e tudo ficou negro...


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