— Osvaldo, a surpresa pode esperar...

— Meu amor, não pode não!!! - sorriu e foi a ela novamente. - Eu trouxe o juiz para que ele nos case hoje mesmo!!!

E ela arregalou os olhos com aquela informação assim como Heriberto no banheiro que se preparou para sair de lá... Victória estava tão atordoada com aquela informação que não conseguiu dizer uma palavra se quer e Heriberto no banheiro pensou em algo rápido e foi até a descarga e a apertou.

Osvaldo no mesmo momento estranhou e Victória sentiu o coração disparar porque ele iria sair e ela não sabia qual seria a reação dos dois já que Osvaldo tinha trocado soco com, ou melhor, tinha socado Heriberto por nada. Ele saiu do banheiro com uma cara bem feia e a mão na barriga como se tivesse acontecido algo e olhou os dois.

— Victória... - respirou. - Não vá lá! - e no mesmo momento ela mordeu o lábio para não rir.

— Está melhor? - entrou no jogo de palavras.

Osvaldo olhou os dois e lembrou-se das palavras do pai de Victória.

— O que está fazendo aqui? - falou rude se alterando.

— Cagando? - o encarou com raiva não ia deixar Victória casar com aquele merda. - Não ficou claro? Acho que deveria interditar o andar. - se aproximou. - Vamos sair daqui, não está sentindo o cheiro? - fez outra cara feia e Victória virou de costas para os dois segurando o riso.

— Eu já estava saindo pra uma reunião. - falou com muito custo e foi até sua bolsa e seu casaco.

— Victória, nós dois... - Osvaldo tentou falar.

— Me dá uma carona? Vou ao hospital não aguento essa dor. - fez cara de sofrido.

— Você está nos atrapalhando e acho melhor sair daqui que temos que conversar!!! - Osvaldo se tremeu todo e a veia de seu pescoço saltou.

— Osvaldo, não seja mal educado que ele está passando mal e eu vou somente dar uma carona para ele e depois conversamos sobre essa loucura que você estava pensando em fazer. - caminhou até Heriberto. - Consegue andar?

Ele suspirou e assentiu e ela olhou para Osvaldo que bufava.

— Você está me trocando por esse cara? O que vocês têm? - não conseguiu controlar seus ciúmes.

— Amizade!!! - Heriberto o respondeu e foi caminhando para a porta com calma como se de fato estivesse mal.

— Depois conversamos e sério!!! - ela foi a ele e beijou seu rosto. - Jantamos mais tarde!!!

Heriberto a olhou no mesmo momento negando aquele jantar como se ele fosse o noivo dela e Victória caminhou para sair da sala deixando Osvaldo com as flores nas mãos. Ele sentiu tanto ódio por ser deixado ali que nem conseguiu reagir ou se quer ir atrás de Victória e Heriberto.

Já no elevador Victória entrou em total silêncio e Heriberto parou ao lado dela respirando fundo com as mãos no bolso esperando a reação dela e não demorou muito para que ela o olhasse e caísse em uma gargalhada que ele não conseguiu segurar e riu junto a ela. Era uma coisa tão inusitada para ela, mas ele não iria aceitar perder aquela mulher que ele sentia que era a certa para ele.

Ele segurou a mão dela e eles saíram do elevador indo para o carro dela, riam ainda e ele a parou a prendendo contra o carro e a olhou nos olhos tocando seu rosto e ela soltou ainda um riso sentindo seu corpo tremer com toda aquela adrenalina. Era tão bom viver aquela loucura, mas ela sabia que era errado e ele não disse nada apenas tomou seus lábios em um beijo.

— Heriberto... Aqui não... - o empurrou com calma para que se afastasse um pouco mais não muito. - Alguém pode nos ver!!!

— Eu não resisto a você!!! - beijou o pescoço dela a fazendo arrepiar. - Você tem tempo livre? - a olhou.

— Sim... - falou suspirando.

Heriberto sorriu e pediu a chave do carro que ela deu a ele e os dois sumiram dali o mais rápido possível. O elevador se abriu e Osvaldo saiu dele procuramos pelos dois, mas o único que viu foi a traseira do carro sumindo e ele pegou o telefone ligando para Afonso.

— Vamos matá-lo!!! - falou com ódio.

— Tudo no seu tempo, enquanto isso tente ser um homem para ela ou seu padrinho irá vencer!!! - falou com deboche e desligou o deixando ainda mais puto da cara.

Osvaldo não iria ficar ali "chupando manga" enquanto Victória colocava chifre nele e foi pensando nisso que ele saiu dali com um único destino e de pernas bem torneadas e grandes para o seu tamanho...

(...)

Heriberto entrou primeiro na loja e foi direto conversar com a dona e a gerente do lugar enquanto Victória observou a todas aquelas lindas lingeries, se perguntou o que ele faria ali e o observou conversar com as duas mulheres e logo voltou a olhar para as lingeries. Era uma mais linda que a outra e sorriu com uma coisa que passou em sua cabeça.

Ele voltou a ela depois de minutos e a abraçou por trás a vendo com uma preta na mão, ela respirou fundo sentindo seu corpo tremer e ele sorriu sabendo o efeito que tinha sobre ela e beijou seu pescoço dizendo.

— Quero que prove essa pra mim!!! - sorriu sentindo mais uma vez seu perfume.

Victória o afastou um pouco e o olhou sem sair de seus braços.

— A gente compra e eu provo pra você!!! - falou com calma.

Ele negou com a cabeça.

— Vai provar essa e outras mais aqui pra mim!! - falou com um sorriso safado e ela virou para olhá-lo e viu as mulheres se preparando para deixar a loja.

— O que fez? - o encarou.

— Paguei duas horas pra escolher as minhas lingerie que vai usar. - sorriu ainda mais safado.

Victória naquele momento sentiu um estalo em suas costas e se afastou dele, como assim tinha pagado duas horas em uma loja pra que escolhesse lingerie? Como ele poderia conseguir algo desse tipo? Será que já tinha trazido outras mulheres ali? Muitas perguntas vieram em sua cabeça enquanto ela o encarava com a cara fechada e disse:

— Como pode me trazer em um lugar como esse e fazer comigo o que já fez com outras? Quantas já trouxe aqui pra fazer isso, Heriberto? - o rosto ficou completamente vermelho de raiva e ciúmes.

Heriberto arregalou os olhos no mesmo momento com as palavras dela e Victória não obtendo resposta de imediato virou as costas pra sair dali, não ia ficar naquele lugar que ele tinha feito coisas com outras mulheres e queria fazer com ela também. Ela se sentiu uma idiota por achar que era especial, mas era apenas mais uma para Heriberto.

— Victória... - ele a chamou rapidamente.

— Não me procure mais, isso acabou!!! - falou seria se retirando, mordida de ciúmes...