Harry Potter e o Novo Destino escrita por Only Stark


Capítulo 6
Capítulo 6 - Dezesseis Anos


Notas iniciais do capítulo

Olá :3



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16 Anos

 

Mais uma manhã de aula normal em Hogwarts, mais uma aula de Poções onde os alunos queriam correr para as colinas para não ter que enfrentar Severo Snape em toda a sua glória.

— O que devemos fazer para a poção finalmente atingir seu ponto perfeito, senhor Potter? — Ele perguntou, praticamente lançando adagas com o olhar para o filho praticamente dormindo.

— Ah... — Harry fingiu que ia dizer algo, procurando algo que o respondesse no quadro, mas sem sucesso. — Não sei, professor Snape.

— Menos 5 pontos da Sonserina por dormir no meio da aula, e mais cinco por não responder. — Severo falou, continuando a falar.

Harry foi chutado por Blaise e Draco por baixo da mesa, gemendo baixinho.

Severo podia ser pai de Harry e o professor responsável pela Sonserina, mas não perdia a chance de pegar Harry de surpresa, tirando pontos – claro que poucos, queria fazer o filho prestar atenção, não perder a Copa das Casas – da Sonserina.

No começo foi bem difícil, os alunos diziam que Harry era o queridinho do representante da casa só porque era filho dele, diziam que ele iria tirar “O” em todos os testes de Poções e que não iria fazer praticamente nada.

Ledo engano, era aí que lhe era tirado o couro (sentido figurado, por favor). Severo exigia respostas e notas altas de Harry, que se sentia meio perdido nas aulas e não conseguia gostar de Poções, em que momento da sua vida escolheu ser um medimago? Maldita seja Poções e Draco Malfoy, a primeira por existir, o segundo por incentivar.

Harry não era o cara popular, pelo menos não voluntariamente. Ser o-menino-que-sobreviveu lhe dava fama o suficiente por várias gerações, ainda mais depois de ser criado por Snape e ter ido para a Sonserina, todos esperavam uma pequena cobrinha. Devem ter ficado decepcionados as perceber que ele era um garoto normal como qualquer outro de Hogwarts, apesar de estar frequentemente se metendo em encrencas – Severo culpava o sangue Potter e a influência de Sirius –, era apenas diversões leves. Ele também não tinha restrições de amizade por causa de casas diferentes, era amigo de Hermione, Gina, Fred, George e Rony da Grifinória, e também Luna da Corvinal. Tinha Pansy, Blaise, Theodore e, obviamente, Draco na Sonserina, mas gostava de não ter que se restringir a uma casa por algo tão antigo e bobo como rivalidade. Quando Snape ouvia isso dizia algo como “sangue Grifinório”, mas tinha orgulho de Harry ser assim, sem preconceitos.

O único momento que ele levantava a rivalidade era no Quadribol, onde ocupava a posição de apanhador, o melhor da Sonserina pelo que dizem. Ele insistiu dias, tardes e noites até que Draco tentou entrar como atacante no time, não deixando de pedir um favor em troca quando conseguiu.

Severo percebeu que ultimamente Harry estava mais desleixado e aéreo, então mandou que ele ficasse na sala. Os outros alunos saíram dando pêsames, Blaise disse que prepararia um caixão para Harry, que anotou mentalmente que deveria fazer algo com ele, enquanto guardava seus materiais lentamente.

— Então? — Severo falou, assim que estavam sozinhos.

— Então o quê? — Harry perguntou, um pouco temeroso.

— Harry Tiago Potter. — Severo falou pausadamente, fazendo Harry engolir em seco. — O que está aprontando? Eu percebi que está diferente.

— É a preocupação com os NOM's. — Ele respondeu, mas Severo percebeu que não.

— Eu sei que você andou mexendo na minha sala atrás dos testes, que eu guardei bem, diga-se de passagem, mas sei que não é isso.

Harry suspirou, procurando alguma saída e sentiu Severo se aproximar.

— Sabe que apesar de eu ser um pouco exigente...

— Pai, o maior medo de Neville era você no segundo ano, lembra? — Harry interrompeu, viu que era má ideia quando Severo estreitou os olhos.

— Como eu ia dizendo, eu sou exigente mas é porque quero o seu bem. Quero que se quiser mesmo ser um medimago, mostre para todos eles que tem competência, mostre que não está ali por ser Harry Potter, mas porque merece e conquistou seu lugar com mérito. Não um desmiolado.

— Eu sei, e agradeço muito. — Harry disse, abraçando Severo.

Ali, nos braços do seu pai se perguntou se não era essa a coragem que estava procurando. Precisava matar um pouco da saudade de Severo, não do Professor Snape.

— Eu e o Draco estamos namorando. — falou de uma vez.

O silêncio dominou a sala e ele não foi capaz de se afastar um milímetro para ver o rosto de Severo, era um bom Sonserino medroso, apesar de muitas vezes ter seus momentos de coragem Grifinória.

Ele ficou perdido mesmo quando escutou o som raro que era o riso de Severo, quando era criança e era só os dois ele escutava muito, mas com o tempo diminuiu, e ele gostava de ver o pai nesses momentos que se parecia apenas humano.

— Por isso jogou aquele feitiço de furúnculo no Zacharias Smith? — perguntou divertido.

— Nunca foi provado que eu fiz alguma coisa. — Harry respondeu, cruzando os braços.

— A sopa misteriosa que caiu na cabeça de Parvati Patil? — Severo questionou, levantando as sobrancelhas.

— Eu nunca faria isso. — Harry falou com tanta seriedade que se Severo não tivesse criado o sonserino não saberia que era mentira.

— O balaço na cabeça de Lino Jordan?

— Okay, eu entendi, estava óbvio. — Harry resmungou, fazendo Severo rir novamente.

— Eu sabia que tinha sido você, não sabia por que, mas vendo o histórico de admiradores de Draco tudo faz sentido. Você é um sonserino nato, ninguém conseguiu provar que foi você.

— Eu tenho meus meios. — Harry respondeu, dando de ombros.

Ele não esperava essa reação de Severo, sinceramente. Quase não dormia se preocupando com a reação do pai. Estava esperando feitiços e xingamentos, então ele vocalizou o pensamento.

— O senhor não vai defender a minha honra de único descendente dos Potter e dos Snape?

— Não soe tão escandalizado, Harry, tenho certeza que Lúcio tem mais direito a reclamar sobre honra, se é que existe. — Severo zombou, arrumando seu material para ir para seu quarto, Harry o seguiu.

— Isso não é verdade, é mais fácil Draco estar se aproveitando de mim. — Harry respondeu, ultrajado.

— Eu vi algumas manchas vermelhas escapando da capa de Draco, sabe? Não vejo tantas em você. — respondeu simplesmente, deixando um Harry chocado para trás.

Ele adorava ter a oportunidade de provocar o filho, estava jogando verde, mas parece que era verdade. 

(...)

O café da manhã estava bem barulhento no dia seguinte, todos conversavam animadamente sobre o jogo Sonserina versus Grifinória que teria mais tarde.

Severo viu que Harry tentava a todo custo se aproximar mais de Draco, que parecia estar irritado com algo. Se perguntou o que poderia ser, Harry falou algo para Draco que arregalou os olhos assustado, quando reagiu era tarde de mais, Harry já havia subido na mesa da Sonserina puxando atenção para si, enquanto Draco tentava fazê-lo descer.

— Pessoal, quero dizer para vocês que o Draco e eu estamos namorando! — falou bem alto, enfim se deixando abaixar, recebendo um soco de Draco.

— O padrinho tem razão, você no fundo é um leão desmiolado! — Ele disse, saindo irritado do salão com Harry atrás.

Severo riu dos dois, recebendo olhares de repreensão dos outros professores e um de compreensão de Remo Lupin.

 

 

 

Severo estava se divertindo com Harry e Draco juntos, sabendo o quanto iam importunar um ao outro.


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Notas finais do capítulo

O Remus é o professor de DCAT, por isso ele não visitava muito o Harry mas em Hogwarts teve uma aproximação. Haha
O plano era fazer o tio Sev explodir Hogwarts de indignação porque o afilhado tava pegando o filho dele, mas na hora da escrita ele agiu assim. :v
Sério, ele mesmo decidiu o que achava da situação, totalmente voluntário. Kkkkk
Obrigada pelos 47 favoritos! E também todos os comentários, dá uma coisinha boa no coração. :3
Bjs ♥



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