Lionheart escrita por Carol


Capítulo 4
Capítulo 4




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— Lene, anda logo! – Lily puxou Marlene pelo braço, tentando fazê-la levantar da cama.

— Não, eu vou ficar aqui o resto da minha vida.

— Para com isso Marlene! Você quer, por favor, me explicar o que está acontecendo?

— O que está acontecendo é que minha vida acabou, Lily! – ela gemeu, afundado seu rosto no travesseiro.

A ruiva suspirou e se sentou no espaço vazio na cama da garota.

— Você está sendo dramática! – afastou o rosto da amiga do travesseiro, fazendo-a olha-la. – Anda logo Mckinnon, me conta o que houve! Tem algo a ver com o beijo que você deu no Sirius ontem?

— Também... – ela respondeu se encolhendo.

Desde os últimos acontecimentos da tarde anterior, a loira estava evitando não só sua melhor amiga, como também todo o resto.

Depois de ter se jogado em cima do Black em um momento de surto por causa do Matt, ela correu para o dormitório feminino da Grifinória, e fora lá que ficou desde então. Suas amigas até tentaram conversar, mas a garota não deu abertura, desconversando o assunto a qualquer custo.

Soube por Lily que Sirius havia perguntado por ela, assim como Matt. Porém ela não fazia ideia de o que fazer quando os encontrassem, por isso estava os evitando.

Tinha agido por total impulso quando beijou Sirius, e se o moreno já estava achando que ela sentia algo por ele, depois daquela cena ele deveria estar com plena certeza.

Ela de fato havia nutrido sentimentos pelo garoto. Sirius sempre fora muito bonito e charmoso, e quando ele e James viraram amigos, passaram a ser inseparáveis, o que fizera com que Marlene tivesse de conviver com ele por causa de James. E em algum ponto ela passou a sustentar certa uma paixonite por ele, e fora tão intensa quanto às coisas aos doze anos poderiam ser. Em um momento ela tinha a absoluta certeza que ele era o grande amor da sua vida e que nunca iria supera-lo, e em outro estava se perguntando como pudera ter se apaixonado por alguém tão irritante quanto Sirius era naquela época.

Entretanto, Sirius nunca havia ficado sabendo dos sentimentos de Marlene e se dependesse dela, nunca teria tido conhecimento. Afinal, para ela não tinha sido nada que devesse ser levado a sério, logo ela superou e ele voltou a ser visto apenas como o melhor amigo idiota do James. Seja lá o que tenha sentido, ficou no passado. Poderia afirmar com toda a certeza do mundo que já não sentia mais nada pelo garoto, e o pensamento dele andando por aí achando que ela estava caidinha por ele a tirava do sério.

Porém, a situação com Sirius não chegava nem perto da vergonha que estava sentindo por saber que Matt havia recebido sua carta também.

O relacionamento deles não durara muito, mas durante todo o tempo que esteve com ele, Marlene tinha se sentindo nas nuvens. É claro que não se tratava só de flores e de bons momentos, mas ela se sentia tão apaixonada que nada importava muito. E talvez eles tivessem estado juntos por muito mais, se o garoto não tivesse terminado com ela com a desculpa de que precisava de um tempo, para menos de uma semana depois ser visto por todos os cantos do castelo com a ex, como se fossem o casal mais perfeito do mundo.

Na época, Marlene tinha se sentindo como se seu mundo inteiro tivesse caído aos seus pés, nunca se sentira tão magoada antes. Ela não o culpara por ainda se sentir ligado a sua antiga namorada, afinal, ninguém podia controlar esse tipo de coisa, mas o que mais a tinha ferido fora a falta de sinceridade vinda dele. As coisas haviam mudado de cenário em uma velocidade absurda, em um instante ele estava a jurando amor eterno e no outro estava terminando com ela para voltar com outra.

Isso sem contar os boatos que rolavam de que os dois começaram a se encontrar novamente ainda quando ele e Marlene estavam juntos. Ela não poderia afirmar que a história era real, no entanto, sentia que sim.

De todo modo, Marlene já tinha superado tudo o que aconteceu entre eles, os dois até mantinham uma relação quase de amizade. Ele havia pedido às devidas desculpas e ela tinha seguido em frente, não ficava remoendo o passado. Contudo, por melhor que fosse a relação deles pós-término, não era nada legal que o garoto tivesse conhecimento das coisas que ela havia escrito para ele no auge de seu sofrimento por ter tido o coração partido.

O conteúdo da carta era pessoal, e algo que dizia respeito somente a ela. Não tinha sido escrita com o intuito de ser lida por alguém, eram só momentos de desabafos. E agora se sentia envergonhada por saber que elas tinham sido lidas por quem ela jamais desejaria que o tivesse feito.

— Você está me ouvindo Marlene? – Lily perguntou estalando os dedos na frente da garota.

A loira suspirou.

— Desculpa, estava distraída.

— Estava dizendo que seja lá o que aconteceu, ficar aqui escondida não vai adiantar nada.

Marlene fez uma pequena careta para a ruiva, antes de começar a falar.

— Eu tinha escrito umas cartas, sabe? – começou, brincando com o cobertor em suas mãos. – Cartas para todos os garotos que já gostei, não tinha intenção de entrega-las algum dia. Eu só gosto de escrever e era uma maneira de descarregar meus sentimentos. Mas ontem eu descobri que de alguma forma, Sirius e Matt receberam as deles, e eu não sei se eles foram os únicos ou se todas foram entregues.

— Eu não sei o que me deixou mais chocada nessa história, mas acho que o fato de você ter escrito uma carta de amor para o Sirius é algo difícil de superar.

Lily tinha os olhos levemente arregalados.

— Eu a escrevi quando éramos crianças! – Marlene retrucou na defensiva. 

— Isso não torna menos surpreendente! Passei todos esses anos ouvindo você reclamar dele, saber que em algum momento rolou uma paixão é um pouco inacreditável.

— Eu sei – ela resmungou. – Mas todo mundo tem momentos de fraquezas.

Marlene respondeu e a ruiva gargalhou.

— Você nunca me contou desse seu momento de fraqueza. Ou das cartas.

— Isso do Sirius era o tipo de coisa que eu desejava que ninguém além de mim soubesse. É vergonhoso demais – a loira respondeu dramática.

— Ah, para com isso! Se quiser saber minha opinião, acho que vocês dois formariam um belo casal – a ruiva riu com o olhar que recebeu da amiga. – Não adianta me olhar com essa cara. Você já parou para pensar no quão parecido são? Praticamente almas gêmeas.

Marlene bufou e jogou um travesseiro na amiga.

— Para com isso Lily!

— É verdade! E agora que ele está solteiro... – ela deu um sorriso sugestivo. – Você deveria ter me dito que sente algo por ele.

— Eu não sinto! – exclamou esganiçada.

— Então porque o beijou?

— Eu não sei, não pensei antes de fazer. Só fui lá e fiz! – não era de todo uma mentira. – E os lances das cartas eu não falei porque não era para ser nada demais.

— Você acha que todas foram entregues? – perguntou.

— Eu não sei, mas acho que sim. Porque iriam entregar só as do Matt e do Sirius, se poderiam me envergonhar ainda mais? – respondeu com certa irritação na voz.

— Para quem mais você escreveu?

— Teve o John Wood – Lily soltou uma risadinha.

— Você sempre afirmou que não gostava dele. Você é uma mentirosa McKinnon!

— Eu sempre neguei que caía de amores por ele – corrigiu a garota, com um sorriso maroto. – Mas ele era um gato e eu gostava do que tínhamos. Falei sobre isso na carta. Não foi como uma declaração de amor.

A ruiva sorriu, e murmurou algo sobre a amiga não valer nada.

— Eu só gosto de aproveitar as oportunidades que a vida me dá!

John Wood era um ex-aluno da Grifinória, dois anos mais velho que Marlene. Ele costumava ser o goleiro do time de quadribol da casa, e por conta disso, ele e a loira tinham se aproximado quando ela também entrou para a equipe. Wood sempre fora muito galanteador e sabia como fazer uma garota cair no seu papo. Claro que seu sorriso perfeitamente branco e os olhos verdes eram ótimos atributos ao seu favor, sem citar o pequeno topete castanho sempre impecável! Depois de algum tempo, ele e Marlene resolveram evoluir a amizade para alguns encontros casuais. Não eram como namorados e nem pretendiam ser, se gostavam como amigos, porém não podiam negar a atração que sentiam um pelo outro.

— Nós passamos bons momentos juntos – a loira disse, saudosa.

Lily deu risada do olhar sonhador da amiga.

— Bom, pelo menos ele não estuda mais aqui. Se tiver recebido a carta não vai ser tão ruim assim, não é?

— Sim, poderia ser pior – ela concordou. – Pelo menos, dois dos cinco que eu escrevi as cartas, não estudam mais aqui.

— Cinco, hein? – Lily falou e Marlene deu os ombros.

— Nós não temos muito que fazer no tempo vago aqui, não é?

— E quais foram os outros?

— Além do John, teve também o Elliot Greengrass que se formou quando estávamos no terceiro ano.

— Marlene! Ele era bem mais velho que a gente.

— Só três anos, Lily! E eu apenas admirava de longe de qualquer maneira.

— James sabe que você andou tendo uma queda por um cara da Sonserina? Você sabe como ele é com essas coisas.

— Não sabe e nem vai!

— Ele iria surtar, com toda certeza.

— Mas o Elliot era um gato, até mesmo James teria que concordar com isso.

 Durante os anos de esteve em Hogwarts, Elliot chamara muita atenção. Seus cabelos muito escuros contrastando com a pele clara, os olhos verdes e o corpo definido pelo quadribol, formavam um conjunto que arrancava suspiros por onde passava. Marlene era uma das vitimas, apesar de não ter tido qualquer contato com o garoto.

A ruiva riu, sabendo que nem em sonhos mais loucos James concordaria com o que quer que fosse envolvendo sonserinos.

— E teve o Henry também.

— Que Henry?

— Henry Cohen – ela respondeu num fio de voz.

Lily gargalhou.

— Você sabe que ele é gay, né?

— Hoje em dia eu sei – Marlene respondeu de má vontade por causa do ar risonho da amiga.

— Por Merlin, Marlene, você arruma cada uma! – a garota ainda ria. – Mas olha pelo lado bom, Henry é legal, se ele tiver recebido a carta não vai ser tão constrangedor assim, e o John e o Elliot você nem vê mais.

— Eu sei! O problema aqui é o Sirius e o Matt. O Sirius por ser o Sirius.  Ele já tem o ego do tamanho do mundo, não precisa de mais para amacia-lo – ela revirou os olhos. – E o Matthew por todas as coisas que a gente viveu. O que eu escrevi naquela carta eu nunca disse para ninguém, sabe? Já foi ruim o bastante passar por tudo aquilo, e agora saber que ele leu algo tão... Meu! Eu nem sei como vou olhar na cara dele.

Lily deu um pequeno suspiro, e apertou os ombros da garota em apoio. Também se sentiria chateada se acontecesse algo parecido com ela.

— Você não faz nem ideia de quem possa ter entregado as cartas?

— Não! Elas estavam escondidas no meu quarto. Ninguém sabia aonde.

— Estranho... E porque entregaram só agora? Quer dizer, você nem está em casa. Quem poderia ter mexido nas suas coisas?

— Eu não sei! Pensei até que pudesse ter sido meu irmão, você sabe que o Thomas faz umas brincadeiras idiotas às vezes – falou. – Mas ele quase nem tem ficado em casa por causa do trabalho no Ministério, e tem passado a maior parte do tempo livre com a namorada.

Lily assentiu com a cabeça.

— Acho que você deveria conversar com Sirius – ela sugeriu.

Marlene negou veemente com a cabeça.

— E você pretende continuar se escondendo até quando?

— Não sei, o máximo que conseguir! Quem sabe assim esqueçam essa história.

***

Marlene até que conseguiu fazer seu plano de fugir dos garotos funcionar. Depois de ser arrastada para fora da cama por Lily, levou seu dia “normal”. Ou o mais normal que poderia ser para alguém que estava na espreita, se escondendo. Compareceu as aulas sendo a ultima a chegar e a primeira a sair. Fez suas refeições nos horários quando o salão principal era mais vazio, e no jantar, quando não tinha como escapar, se sentou o mais distante possível de onde os Marotos estavam. Com total ciência de que tinha todos os seus movimentos observados por Sirius.

Entretanto, ela sentiu na pele o ditado que dizia que não se deve comemorar as coisas antes da hora.

Apesar de ter resolvido acordar mais cedo, Marlene se sentia mais animada do que no dia anterior. Era sábado, e se tinha conseguido evitar os dois garotos na tarde antecedente, mesmo sendo um dia normal de aula, no final de semana seria moleza. Ou pelo menos era isso que ela achava.

Tomou seu café da manhã, feliz por não ter esbarrado com ninguém, afinal de contas, naquele horário tinham pouquíssimas pessoas acordadas. E se encaminhou para o lado de fora do castelo.

Estava sentada na grama de olhos fechados, aproveitando o sol agradável que estava fazendo, quando sentiu uma presença ao seu lado.

— Você resolveu se empenhar mesmo nesse lance de fugir, hein? Está até acordando cedo – ela deu um pequeno pulo ao ouvir a voz do Sirius. 

— Você quer me matar de susto? – ela praguejou.

— Não era minha intenção, não.

— O que você quer, Sirius?

— Você não acha que eu mereço pelo menos uma explicação depois de ter sido agarrado daquela maneira? – perguntou se sentando ao seu lado. – Não que eu esteja reclamando.

Ela rolou os olhos e suspirou.

— Eu agi por impulso.

— Eu sei que eu sou difícil de resistir – começou, fazendo graça. – Mas vou ser sincero com você, não quero magoar seus sentimentos e apesar de o beijo ter sido bom, o que eu disse sobre não te ver dessa maneira continua de pé.

Marlene bufou.

— Você não vai magoar meus sentimentos porque eu não sinto nada por você – ela retrucou.

— Jura? Porque não foi o que pareceu quando você se jogou em cima de mim. E ainda teve aquela carta...

— Aquilo foi um ato impensado.

— E você também disse para o seu ex que nós estamos juntos.

Ela sentiu seu rosto esquentar.

— Não disse, não!

— Você é uma péssima mentirosa, McKinnon.

— Não estou mentindo. Eu disse que estava namorado, mas em momento algum citei seu nome – ela respondeu, fitando o lago a sua frente.

Estava evitando encarar Sirius. Primeiro pela vergonha, e segundo  porque se ela continuasse vendo o sorrisinho zombeteio que ele tinha nos lábios por muito mais tempo, iria acabar o azarando.

— Bom, acho que a maneira como você me atacou foi bem autoexplicativa – ele riu.

— Vai continuar aqui torrando minha paciência por quanto tempo?

— Você me usa como seu namorado de mentira e ainda me trata desse jeito? Alguém está precisando te ensinar boas maneiras, garotinha – ele sorriu com malícia.

 – Ah, cala a boca, Black – ela revirou os olhos.

— Mas e aí, você vai me contar por qual motivo mentiu para o Matt? – ele perguntou olhando-a de lado.

— Isso não é dá sua conta, é?

— Você me usou nessa sua historinha, acho que tenho direito de saber – ele rebatou,.

Ela expirou tentando manter a calma.

— Porque fiquei nervosa com ele me questionando sobre a carta que recebeu – ela respondeu a contra gosto.

— Espera, ele também recebeu uma carta? Pensei que eu fosse especial – o garoto fez cara de indignação.

— Bom, foram cinco cartas. Não se sinta nada especial!

— Você escreveu cinco cartas de amor? – ele assobiou. – Por Merlin, McKinnon, que safada!

Marlene teve que reprimir a risada que ameaçou sair ao ouvir ao que ele disse.

— Quais são os outros? – Sirius perguntou curioso.

— Isso definitivamente não é da sua conta.

O garoto rolou os olhos.

— Que diferença isso faz? Você já está na merda mesmo – respondeu.

Ela soltou uma exclamação pela audácia do garoto.

— Você é inacreditável!

— Estou errado? – ela não negou.

— Além de vocês dois, escrevi para o John Wood, Elliot Greengrass e o Henry Cohen.

Ela mencionou o nome do Henry em um tom de voz mais baixo, na esperança que o moreno não ouvisse, pois sabia que ele iria tirar uma com sua cara.

— Você e o Henry, hein? Que belo casal seria! – riu. – Ele tem até os mesmos gostos que os seus – zombou.

— Na época eu não sabia que ele era gay – se defendeu.

Sirius gargalhou. 

— Agora o Wood não é surpresa, vocês viviam nos amassos por aí. Mas o Greengrass... Que mau gosto McKinnon! – ele fez uma careta.

A garota pediu a Merlin para que a agraciasse com paciência.

— Enfim, como é que você sabe sobre que ter dito ao Matt que estava namorando?

— Porque depois de você ter saído correndo, ele veio me perguntar o que estava rolando entre a gente.

— E você falou o que? – ela perguntou incerta.

— Eu nem tive tempo de responder, a Valerie chegou bem na hora e começou a fazer a maior cena.

Valerie Seymour era uma garota lufana, do mesmo ano que eles. Era muito bonita, alta, os cabelos castanhos que iam até a altura dos ombros e olhos azuis. Sempre foi alvo de interesse de muitas pessoas na escola. Sirius, que não era bobo nem nada, não demorou a jogar seu papinho mole para cima da garota, que é claro, não resistiu. Os ficaram juntos por um bom tempo, e haviam terminado poucos dias antes do sexto ano acabar e entrassem de férias. E como ele mesmo definia, “estavam enrolados”.

— Sinto muito. Devia ter pensado antes de ter feito aquilo, não queria ter causado problemas a você! – Marlene disse com sinceridade. – Prometo que irei consertar tudo e desmentir essa história com o Matt.

— Ou a gente pode os deixar acreditando que estamos juntos. Não só a Valerie e o Matt, mas todo mundo.

— Você está sugerindo que nós finjamos um namoro falso?

— É...

— Por quê? – ela perguntou desconfiada.

— Para livrar sua barra. Você sabe o que dizem, é sempre bom fazer caridade para mantermos nosso lugar no céu – riu.

— Vai à merda, Black. – ela retrucou pronta para se levantar.

Porém, Sirius não a deixou concluir o ato e puxou-a de volta para o gramado.

— Estou brincando! Você está muito estressada, Marlene. Só estive pensando que a gente poderia fazer isso por algum tempo. Sabe, a Valerie ficou maluca com aquilo – ele sorriu. – Não vou negar que gostei da cena. E vai ser bom para você, que está nessa tentativa de fingir para o Matt já o superou.

Ela grunhiu de irritação e deu um tapa no braço do garoto.

— Se tem alguém que não superou o término aqui, esse alguém é você! Todo mundo sabe que a Valerie te tem nas mãos. Eu até achava que as coisas não eram bem como dizem, mas visto o seu desespero por um pouco de atenção dela... Tudo isso é porque ela está saindo com aquele colega dela da Lufa-Lufa?

— Não estou desesperado, e muito menos me importo com quem ela saí ou deixa de sair! – ele retrucou. Nada convincente na opinião de Marlene. – Nem vem tentar jogar as coisas para o meu lado! Se não gosta mais dele, por que inventou essa história? – perguntou sarcástico. – Se você não sentisse nada, não estaria se importando tanto.

— Porque aquela carta continha coisas pessoais! – ela respondeu irritada. – Nosso termino já foi uma merda, e agora ele sabe TUDO o que eu senti, coisas que eram só minhas! Não preciso dele pensando que sou uma coitada, que ainda está apaixonada e sofrendo por ele.

Sirius ficou calado a observando por um momento.

— Ok! Você não quer seu ego ferido e eu também não. Não quero a Valerie achando que me tem quando bem entender – ele falou sincero.

— E você quer me usar para isso? O que aconteceu com o papo de não ferir meus sentimentos? – perguntou com ironia.

— Eu estava sendo sincero, mas agora que já sei que você não está apaixonada, não tenho com o que me preocupar, não é? E Nem adianta fazer essa cara de indignação! – disse.  – Você me usou primeiro! E é uma maneira de nós dois conseguirmos o que queremos.

— Boa tentativa, no entanto, eu não vou fingir um relacionamento de mentira com você. É humilhante! – ela decretou.

— Humilhante? Você vai ter a oportunidade de namorar o cara mais legal e bonito de toda Hogwarts.

Marlene bufou indignada.

— Não namoraria com você nem nos seus sonhos, Black! Sendo de mentira ou não – afirmou levantando-se, e caminhou de volta ao interior do castelo.


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Notas finais do capítulo

Olá, gente. Tudo bem??
O quarto capítulo está aí para vocês, eu espero que curtam.
Mais uma vez obrigada a quem está acompanhando e as garotas que comentaram, fico muito feliz!!!
Se quiserem, me digam o que estão achando, criticas são bem vindas também!
Beijos ♥



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