Lionheart escrita por Carol


Capítulo 10
Capítulo 10




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Marlene desceu ansiosa as escadas para o salão comunal, encontrando o motivo de sua empolgação sentado em um dos sofás, aparentemente a esperando.

— Bom dia – desejou animada se jogando ao lado do garoto.

— Bom dia – Sirius riu, franzindo as sobrancelhas. – Aconteceu alguma coisa? Ou essa alegria toda é só por me ver?

A loira sorriu mais ainda, estendendo um pacote na direção do moreno.

— Feliz aniversário! – sua voz saiu levemente estridente por causa do entusiasmo.

Marlene amava aniversários! Amava quando  era o seu próprio, mas amava ainda mais comemorar o das outras pessoas, dar presentes, e tentar de alguma maneira tornar o dia do outro especial.

— Você está saindo melhor que a encomenda, até se lembrou do meu aniversário! – ele falou com uma voz estranha, pegando desconfiado o pacote que lhe era dado.

— Eu convivo de perto com você desde meus onze anos, então sim, eu me lembro. Nós só não tínhamos intimidade antes – ela deu os ombros. – Você pode abrir, não tem uma bomba nem nada do tipo!

Sirius a obedeceu, desfazendo o laço mal feito por ela (que não tinha qualquer tipo de talento com essas coisas) sorrindo logo em seguida.

— Um guia para motos, um firewhisky e um saco de doces? – ele falou divertido.

Marlene mordeu os lábios, passando a se sentir insegura sobre a escolha dos presentes. Quando a ideia lhe surgiu, pareceu maravilhosa, entretanto, olhando na hora, ela se sentiu um pouco idiota por não ter procurado algo mais legal.

— Ah, quando eu pedi ajuda a James ele disse que você está montando uma moto, então eu queria dar algo que pudesse ser útil. Eu pensei em dar alguma coisa que fosse te ajudar diretamente, mas eu não entendo nada disso, então eu pensei que o guia seria uma boa escolha, tem até algumas fotos bem legais. Quando eu ganhei um sobre vassouras eu fiquei bem feliz, mas parando para pensar, você já deve ter pesquisado tudo sobre isso, foi meio inútil, não é? – ela fez uma careta. – Você ainda pode aproveitar o firewhisky e comer os doces, são os seus preferidos.

Sirius ouviu toda a falação da loira com um pequeno sorriso no rosto.

— Respira McKinnon, ou você vai explodir – ele disse rindo.

— Desculpa, eu estou nervosa!

— Eu te deixo nervosa? – sorriu torto.

— Não seja idiota! Eu só não tinha muita noção do que te dar. E eu queria que fosse algo que você gostasse.

— Bom, você acertou em cheio, eu adorei os presentes! Obrigado!

— Você não precisa dizer isso só para me agradar – ela respondeu emburrada.

— Eu não estou! Realmente gostei, ao contrario do que você disse, eu não sei tudo sobre motos ainda, eu li um pouco, é claro, mas informação nunca é de mais e eu adoro essas coisas – ele disse apontando para o guia. – E eu adoro firewhisky e doces também – ele sorriu.

— Certo...

— Anda, desfaz esse bico – Sirius sorriu e deixou um beijo na bochecha da garota. – Obrigado pelos presentes, eu gostei de verdade. Vou até te levar para dar uma volta quando a minha princesa estiver pronta! – a loira deu risada.

— Você sabe que os trouxas precisam de uma licença para usar essas coisas, não é? – o sorriso de Sirius aumentou ainda mais.

— Não vai ser uma moto trouxa, eu quero enfeitiça-la para voar. Acho que consigo terminar no recesso de natal. Nós vamos poder dar uma volta na neve, bem romântico, hein?

Marlene arregalou os olhos e negou com a cabeça.

— Eu passo. Sou muito nova para morrer, ainda mais morrer porque estava andando num trambolho voador com você! 

— Ei, um pouco mais de respeito, por favor! Não é um trambolho, é a maquina mais linda que você um dia vai pôr os olhos – ele suspirou. – E nós vamos dar uma volta sim McKinnon! Você deveria estar se sentindo honrada na verdade.

— Sem chances alguma disso acontecer, ainda tenho meu juízo em perfeito estado!

— Para de ser medrosa Marlene, é como voar de vassoura!

— Como você pode ter tanta certeza se ainda não voou com a moto? – ela rebateu arqueando as sobrancelhas.

Antes que ele pudesse responder, James se aproximou com Lily.

— Feliz aniversário, Black! – ela o cumprimentou sorrindo.

— Obrigada Evans!

— Quando é que vocês vão parar de se tratar pelo sobrenome? – Marlene perguntou franzindo a testa.

— Isso é um problema? Porque ele te chama pelo sobrenome e vocês são namorados! – Lily falou.

— É porque eu acho McKinnon muito sensual – ele respondeu com um sorriso malicioso.

— Céus, você é tão babaca! – a loira disse rindo.

James rolou os olhos sorrindo e mudou de assunto:

— O que é que vocês estavam discutindo?

— Marlene está recusando meu convite imperdível de voar comigo quando a baby estiver pronta – Sirius respondeu como se aquilo fosse inacreditável.

A garota soltou um riso anasalado ao ouvir o apelido idiota que o garoto dera para a moto.

— Que diabos é baby? – Lily questionou confusa.

— É a moto que Sirius está construindo – James respondeu rindo.

— Uma moto que voa? – Lily disse abismada. – Marlene está certa em não querer andar num troço desses.

James e Marlene gargalharam ao ver a cara de ofendido que Sirius fez.

— Não vou discutir com você. Vocês duas claramente não sabem apreciar qualquer coisa aqui!

A loira se aproximou do moreno, dando um leve aperto em seu ombro.

— Eu vou te dar total apoio, porém, muito segura com meus pés no chão. Mas prometo estar totalmente a postos para te socorrer se necessário – ela sorriu.

— Não vou precisar de socorro nenhum porque ela vai voar muito bem, porque você sabe, eu sou um gênio!

— Ok, gênio. Vai logo guardar essas coisas antes que a gente se atrase para o café da manhã – Marlene disse e Sirius assentiu com a cabeça, se levantando.

— Ele gostou dos presentes? – James perguntou à amiga.

— Ele disse que sim.  Você e os garotos já deram os parabéns, né?

— Claro que sim! Nós fizemos nosso ritual de acorda-lo a forças e depois de um pouco de gritaria generalizada, entregamos os presentes – as garotas fizeram uma careta.

— Ai que horror, James!

— Nós fazemos isso todos os anos, lírio. E não sinta pena, ou você acha que ele faz diferente quando é o aniversário de um de nós?

Lily revirou os olhos, dando um mini sermão de como aquele tipo de brincadeira não tinha graça alguma. Marlene apenas observava a cena, rindo baixinho o cara que James fazia. 

Quando Lily finalmente pareceu se lembrar que a amiga ainda estava ali, ela se virou para ela perguntando:

— Mas como foi que você conseguiu essas coisas Lene? – a ruiva falou confusa.

— Eu pedi para minha mãe me enviar pela coruja.

— Sua mãe está sabendo do nosso namoro? – Sirius perguntou surpreso.

— Sim, já que James deu com a língua nos dentes – ela fuzilou o amigo.

— Você contou? – ele falou indignado. – Caramba Prongs, você é um fofoqueiro.

— Como eu iria adivinhar que era para manter segredo? – James respondeu. – Alias, porque vocês queriam manter em segredo?

Marlene mordeu o lábio inferior antes de falar.

— Não é isso James, é só que eu ainda estava pensando na melhor forma para contar – mentiu.

A verdade era que nem ela e muito menos Sirius queriam que a história do namoro saísse de Hogwarts. A última coisa que Marlene queria era sua família envolvida naquela mentira, ela só não contava com o fato de que James, empolgado de mais com a ideia dela e Sirius juntos, fosse contar em uma carta para os seus pais sobre o feito. E a notícia que era para Euphemia e Fleamont, acabou chegando aos pais da loira. A garota tinha até recebido um berrador de sua mãe muitíssimo chateada que ela tivera que saber por outras pessoas que sua filha estava namorando.

— Mamãe disse que ela e sua mãe estavam até vendo de fazer a ceia de natal juntas lá em casa, para que seus pais pudessem conhecer direito o Sirius – James disse animado.

— Ah é? – Sirius engoliu em seco. – Meu Merlin!

— Por que você está fazendo essa cara? – Marlene perguntou risonha.

— Seu pai... Ele é meio sério né? – ele deu um sorrisinho amarelo. – E seu irmão, eu tinha a impressão de que ele não ia muito com a minha cara, quando ainda estudava aqui.

— Não era impressão, ele realmente não ia – Marlene respondeu, segurando o riso.

— Para com isso, Lene! Você está o assustando! – Lily repreendeu também segurando a risada. – Eles são uns amores Sirius, tenho certeza que vão gostar de você!

— Quem garante? James disse que eles ficaram possessos quando souberam do Matthew!

Marlene fez um pequena careta por descobrir que James costumava falar esse tipo de coisa para Sirius, se perguntando o que mais o garoto andou contando.

— Eles ficaram possessos quando descobriram que o Matthew foi um idiota – James corrigiu. – Você não é um!

— Não é isso que algumas pessoas falam, inclusive a Marlene!

A garota riu.

— Relaxa Sirius, a ideia do jantar nem é certeza ainda, e se acontecer eu prometo que você vai sair intacto! Juro proteger meu prometido. 

James e Lily explodiram em risada, e Sirius resmungou que aquilo não tinha a menor graça.

Depois de acalmarem Sirius do pequeno surto, os quatro descerem para a primeira refeição do dia.

***

— Eu juro que se você continuar de gracinha eu vou embora – Marlene falou irritada – Você praticamente me obrigou a te ajudar com esse dever de poções, o mínimo que deveria fazer é prestar atenção!

— Tudo bem, não precisa se estressar! Você não poderia simplesmente me passar as suas anotações para eu copiar? – Sirius sorriu torto.

Já era noite e os dois estavam sentados no chão do salão comunal, enquanto Marlene lutava para conseguir que o garoto mantivesse o foco nela e não em qualquer coisa que se mexesse ao redor deles.

— Não, não poderia!

— Nossa, mas porque tanto egoísmo Lene?

— Se você não estivesse agindo feito um trasgo, eu até pensaria no seu caso.

— Eu sou seu namorado, você vai mesmo me deixar levar uma advertência do Slughorn e ainda por cima perder possíveis pontos para a Grifinória?

— Por que você não pensou nisso antes e fez seu dever a tempo?

— É meu aniversário! – ele mudou de assunto e fez cara de sofrido. – Você poderia me dar essa alegria.

— ‘Tá, saco! Você é insuportável sabia disso? Essa foi a primeira a última vez, ouviu?

— Sim, claro! – ele sorriu. – Agora vem aqui.

Ele puxou a garota para mais perto.

— O que você está fazendo? – ela questionou.

— Valerie me procurou hoje para pedir desculpa por ter sido estúpida aquele dia e para me dar parabéns, James e Remus estavam passando na hora e nos viram juntos.

— Vocês estavam se pegando? Porque se eu ficar com fama de corna por sua causa, arranco isso que você tem no meio das pernas – ela o olhou de forma ameaçadora.

— Claro que não! A gente só conversou! Mas o James ficou me fazendo perguntas, mesmo eu explicando a situação, Remus ficou meio assim também. Então só quero demonstrar que eu e você estamos muito bem.

— Ok! – ela deu um selinho no garoto.

— Fala sério, McKinnon!

A garota bufou.

— Me desculpe se eu não sinto vontade de te beijar.

— Não era o que dizia na carta que eu recebi - ele provocou e ela o olhou irritada. – Um beijo sem graça desses só vai servir para eles chegarem na conclusão de que estamos prestes a terminar.

Marlene rolou os olhos e aproximou seu rosto ainda mais do de Sirius, fazendo com que suas respirações se misturassem. A garota roçou seus lábios nos dele, deixando uma leve mordida em seu lábio inferior.

— Você quer um beijo de verdade Sirius? – ela murmurou quase inaudível.

Sirius não respondeu, deu um pequeno sorriso de lado antes de colar seus lábios novamente. Ele levou uma das mãos para a coxa de Marlene enquanto a outra foi para o rosto dela. Marlene passou a língua nos lábios dele, que rapidamente os abriu para que ela pudesse aprofundar o beijo. A garota teve o corpo puxado para mais perto, colando seu tronco ainda mais a Sirius, o máximo que era possível visto que os dois estavam sentados. Ela sorriu entre o beijo e agarrou os cabelos da nuca dele com uma das mãos, puxando-os. Sirius suspirou e fez mais pressão na mão que estava pousada na coxa dela.

— Se vocês continuarem se engolindo desse jeito aqui, vou ser obrigada a dar uma advertência aos dois.

Marlene se afastou rapidamente ao ouvir a voz de Lily.

— Você deveria estar fazendo o mesmo com o Prongs, ao invés de vir aqui estragar o momento – Sirius falou, sorrindo para ela.

A ruiva corou, porém se manteve firme.

— Vocês podem ter esse momento em outro lugar! Nós ainda estamos no salão comunal!

— Não dá ideia Lily, quero o dormitório livre! – James falou.

— Tudo bem, tudo bem! Nós já paramos, ok?

— Paramos? – Sirius perguntou maroto.

Marlene engoliu uma risada.

— Sim, você ainda tem que terminar o dever de poções, esqueceu?

— Fica meio difícil lembrar de qualquer outra coisa agora.

— Ai, vocês são nojentos! – Lily fez uma careta.

— Aposto que o Prongs não parece nojento para você, não é ruiva?

— É melhor você fazer seu namorado calar a boca antes que eu coloque ele em detenção, Marlene!

— Ela estava fazendo exatamente isso a um minuto atrás.

— Termina logo esse dever fica quieto Padfoot! – James falou, tentando fazer sua voz soar séria e em um tom de repreensão.

Sirius riu, mas não disse nada, resolvendo obedecer Lily antes que ela se irritasse de verdade. 


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Notas finais do capítulo

Oiii gente, mais um capítulo com esse casal maravilhoso que é Blackinnon hahaha
Desculpem por possíveis erros, qualquer coisa é só me falar.
Se quiserem, comentem! E obrigado a quem está lendo, espero que estejam gostando!
Beijosss ♥



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