Uma das melhores coisas que já aconteceram a Adrien foi ter sido escolhido para portar o miraculous da destruição. Aquele anel permitia que ele se transformasse no herói Chat Noir e então poderia ser livre, finalmente. Seu pai o obrigava a fazer muitas atividades e não permitia que ele saísse. Sentia-se preso. Mas Chat Noir era livre, e por isso amava ser ele.
Na verdade, isso era só um bônus. O que ele realmente amava em ser o Chat Noir era poder aproveitar a companhia de Ladybug. Ela era a portadora do miraculous da criação e sua parceira heroína. Era forte, inteligente e determinada. Sempre pensava nos outros antes de si, como uma verdadeira heroína. Ele a amava, mesmo sem saber quem ela era por trás da máscara.
O único problema era que Ladybug não o amava. Chat Noir já havia declarado seu amor para ela muitas vezes e ela sempre dizia que amava outro garoto, mas isso nunca o abalou. Ele sempre permaneceu fiel a ela, esperando o momento em que ela viesse a gostar dele.
Ele se lembrou do dia em que Ladybug o salvou de Gorizila. Ladybug pediu para que ele pulasse da mão que antes o prendia e caísse metros e mais metros em direção ao chão. Ele hesitou no início, não podia se transformar na frente de tantas testemunhas, era morte certa. Mas então Ladybug disse: “Você vai ter que confiar em mim.” e ele respondeu antes de pular: “Sempre”
Ele sempre confiaria em Ladybug.
...
Naquele dia Marinette estava decidida. Ela finalmente declararia seu amor para o Adrien. Sentia que era o momento certo e não poderia jogar sua coragem fora. Tikki, sua kwami (ser ligado aos miraculous), lhe deu vários conselhos e incentivos. Ela faria aquilo naquele dia.
Quando chegou na escola e contou a Alya, sua amiga simplesmente não acreditou. Marinette já havia tentado declarar seu amor algumas vezes antes, nunca conseguiu. Ela já enviou cartões que esqueceu de assinar, gaguejou na hora H...
Mas Marinette sentia que era o dia, simplesmente era impossível que ela não fizesse isso. Assim que a aula acabou, Marinette pediu para falar com Adrien, em particular. Precisava fazê-lo antes que sua coragem fosse embora.