Capítulo 25 –

POV Felicity

Eu nem sei descrever o que senti com toda essa loucura de ser namorada dele, quer dizer eu era namorada de um príncipe? O quão louco era isso? Eu queria gritar pro mundo esses sentimentos, mas minha parte racional tomou o controle ainda bem. Precisávamos ter calma nesse começo, se ficasse tudo só entre nós seria muito melhor, precisávamos de espaço afinal agora éramos um casal.

Trocamos mais alguns beijos até que ele precisou ir, segundo ele hoje teria a sanção de uma nova lei para energia limpa. Assim que ele saiu eu me deitei no sofá suspirando e me belisquei, sim precisava saber se isso era real ou uma invenção da minha cabeça.

—Felicity?- Olho pra porta e vejo Thea entrando

—Ei pequena- eu digo me sentando no sofá

—Aconteceu alguma coisa?- ela está desconfiada eu conheço a Thea

—Nada não, relaxa- eu disse dando de ombros- Então algo que a traz aqui?- ela mordeu os lábios e veio se sentar do meu lado

—Sabe Felicity hoje na hora do intervalo as meninas começaram a me fazer algumas perguntas de computação- eu assenti- E eu soube responder todas menos uma- eu franzi o cenho

—Qual?

—Era sobre a Deep Web- eu presei meus lábios

—E você sabe o que é isso?- sondei o terreno

—Na verdade eu meio que sabia por cima, mas depois da pergunta eu fiz uma pesquisa na internet mesmo, mas só serviu pra me deixar mais confusa.

—Bom me fale o que quer saber- Era normal essa curiosidade com o desconhecido, ainda mais sobre a deep web

—Me fala o que ela faz por exemplo? Oque ela é direito- Eu suspirei

—Bom você deve imaginar que eu sou uma hacker sim?- ela assentiu- E como uma boa hacker é claro que eu já fui nas profundezas da internet e deve dizer que ela é assustadora Thea- eu disse- Cada país tem a sua, porém todas podem se juntar, ela é confusa e é sinal encrenca mocinha.

—Me conte Felicity quero saber- Eu suspirei, iria lhe dizer o básico, Thea ainda não tinha cabeça pra compreender esse mundo totalmente.

—Thea a deep web é onde acontece as coisas ilegais digamos assim perturbadoras. Vão infelizmente desde o tráfico de pessoas a venda de armas e tanques- ela abriu a boca

—Porque não denunciam isso?- eu neguei

—Não é tão fácil Thea, quando você entra nela já se torna cumplice e existe o rastro digital como eu te expliquei, eu sou uma das melhores mais ainda assim corro risco de deixar algum rastro e seria também uma questão de lealdade- ela faz uma careta.

—Como assim?- eu suspirei

—Seria uma espécie de lealdade com quem criou esse mundo, com as pessoas. Veja bem ela não é inteiramente ruim, é lá os hackers se encontram e lutam contra o sistema, por mais complicado que seja acreditar existem pessoas boas nessa rede.- eu tentei explicar do melhor jeito que pude. Thea ficou alguns segundos e silêncio e der repente se levantou indo até a mesa pegando um notebook e se sentando atrás dela.

—Vem aqui- ela pediu e eu fui até ela, na verdade fiquei atrás dela.- Eu quero entrar Felicity- eu ri negando

—Não não Thea, eu te contei o básico e outra você ainda não tem o conhecimento necessário para invadir uma rede- ela se virou e levantou

—Então me ensina, eu quero saber desse mundo- eu neguei veemente

—Não! Você é uma princesa Thea não pode se colocar em qualquer coisa que deixa risco a você ou a sua imagem

— Felicity me intenda- ela respirou fundo me olhando- É por eu ser uma princesa que quero entrar. Quero sair desse mundinho quero ver as coisas que o cercam, o lado ruim do país porque eu sei que tem. Eu confio em você- eu respirei fundo passando as mãos pelo rosto- Por favor? Você irá me orientar corretamente eu tenho certeza.- Suspirei

—Tudo bem, mas intenda que algo sério e siga as minha orientações sim?- ela assentiu e se sentou, eu puxei uma cadeira e me sentei ao seu lado- Se lembra da aula de análise comparada?- ela assentiu- Ótimo- eu respirei fundo antes de orienta-la a entrar- Thea? Nada de contar a ninguém, nem as suas amigas, eu sei que isso é um crime federal aqui sim?- ela assentiu

—Você pode ter certeza que não contarei a ninguém, tem a minha palavra- eu assenti e comecei a orienta-la. Assim que ela entrou deu de cara com o enigma

—Solucione usando a análise comparada- eu disse e ela demorou uns 10 minutos o que me surpreendeu pra conseguir entrar, Thea foi rápida e logo apareceram os sistemas- Use programação linguística inglesa, aqui no seu país eles tem poucas palavras originais- eu disse e dessa vez ela demorou um pouco mais porém eu fui a ensinando como não deixar rastros visíveis.

—Consegui!- ela disse quando entrou na primeira parte, na mais básica digamos assim.

—Ótimo agora pode pesquisar o que quiser- eu disse e ela começou por armas

—Oh meu Deus! Tem um tanque de guerra?- eu assenti- Um caça!- eu sorri, isso era tão básico mas ficava feliz em ver as suas descobertas

—Thea existe até armas biológicas- eu disse e ela abriu a boca e foi para o mercado de falsificações.

—Bolsas?- eu ri, isso era o básico. Perdi a noção de quanto tempo ela ficou no mercado de falsificados- Como que se paga?- eu sorri

—Ou com uma conta em algum paraíso ou com dinheiro virtuais como Bitcon- eu disse e ela assentiu

—E me deixa adivinhar os hacker gostam de bitcon?- eu assenti

—Sim, sim senhorita. É uma moeda que dá um pouco de trabalho para manipula-la mas é como tudo funciona na internet- eu disse.

—Eu quero sair agora- eu assenti e fui a orientando como sair e apagar os seus rastros.

—Você foi muito bem Thea- eu disse com orgulho? Ela sorriu

—Obrigada Felicity, eu sei que não foi fácil pra você decidir sobre entrar e pode ter certeza que honrarei sua confiança- eu me emocionei. Thea era minha pupila eu via um caminho lindo para ela.

— Que isso Thea, você é ótima no que faz e tenho certeza que será uma cientista e tanto- eu pisquei e ela suspirou

—Sabe eu gostaria de fazer a faculdade aqui porém não somos tão fortes assim nesse aramo- eu tive que concordar- Mas eu sei assim que formar quero tomar conta desse ministério e mudar isso, quero que Irlanda se torne formadora de cientistas e analistas da comunicação e assim quero até que tenha bons hackers- eu sorri com essa última parte

—Você irá conseguir tudo isso- eu disse piscando e nos despedimos pra ir jantar mas eu ainda fiquei na sala. Não me intendam mal eu confiava na Thea mas tive que ligar o notebook de novo e apagar alguns pequenos rastros que ela tinha deixado.

—Ei- Olhei pro Oliver e sorri- O que faz aqui?- eu mordi os lábios

—Estava terminando alguns planos de aula- eu disse dando de ombros me levantando e ele me beijou, ah como eu adorava esses beijos.