Clary despertou no chão de uma masmorra olhando em volta ao colocar seus pensamentos em ordem.

Frio.

Medo.

Confusão. 

 Era tudo que ela sentia nesse momentos, além da fome. Sem entender o que teria acontecido com ela.

"Você não tem idéia do que tirou de mim. Minha mãe. A avó dos meus filhos. Alguém para me segurar quando estou com medo e para me chamar quando estou sozinha. Os primeiros olhos que vi. A minha melhor amiga!" disse Hope.

Clary sentou encostada na parede para processar a cena á sua frente; Roman estava preso por correntes.

"Eu entendi, ok?" disse Roman. "Eu realmente sei como é".

"Não, você não!" Hope respondeu, levantando a voz. "Você não pode!"

"Hope, eu perdi minha mãe também!" disse Roman.

Hope olhou para ele com fúria. "O que você acabou dizer?" Ela levantou a mão magicamente sufocando Roman. "Sua mãe não era nada como a minha!"

"Não foi isso que eu quis dizer." disse Roman.

"Isso foi exatamente o que quis dizer!" Hope gritou. 

Hope ficou brava e pegou a faca, levantando para esfaquear Roman. 

"Hope, pare!" Clary finalmente pronunciou-se.

A raiva de Hope desapareceu instantâneamente ao ouvir a voz familiar. Lentamente, ela se virou e seus olhos se arregaralam em choque.

"Clary?" Hope perguntou. 

(...)

Hope olhou para a menina mais nova em choque, depois descrença e raiva. "Como veio parar aqui?"

"Eu não faço idéia!" disse Clary. "Acordei aqui."

Hope abaixou a faca e depositou-a no chão. 

"Você está com raiva, Hope, mais ferir esse garoto não irá trazer sua mãe de volta." disse Clary.

Hope cerrou os punhos. "Não. Mas me faz sentir melhor." Clary levantou do chão. "Vá embora!"

"Sabe, eu realmente não queria te deixar", Clary confessou. "Sua tia Freya me fez pensar que devia."

"Está jogando a culpa e o arrependimentos pelos seus erros na minha família!" Hope acusou.

Roman tentou olhar para trás, tentando enxergar o rosto da terceira pessoa na masmorra, mas não conseguia ver ninguém de onde estava contido.

"Não, claro que não." Clary negou. "Roman não teve culpa de ter Greta como mãe. Mas castigá-lo por suas ações não irá diminuir sua dor."

"Mas..." Hope parou. "As vozes..."

"O Hollow pode ser poderoso, assim como você. Não deixe esse poder te destruir, eu confio em você para lutar contra a escuridão, Hoopey Doopey." disse Clary com um pequeno sorriso.

"Para todo o sempre." disse Hope. Ela ergueu o braço e torceu o pulso, magicamente fazendo a alucinação de Clary desaparecer na sua frente.

(...)

Escola Salvatore, Mystic Falls

Lizzie entrou correndo em um quarto. "Clary? Onde está você?" Ela se aproximou da cama e puxou as cobertas para fora. Clary estava suando, muito pálida e sangue escorria do seu nariz. "Papai!"

Alaric correu para dentro do quarto. "Elizabeth. O que está acontecendo?"

"É a Clary, ela não está bem." Explicou a sifão.

Os dois observaram a pequena bruxa começar a tremer com convulsões e respirar com dificuldade.

"Parece magia negra." Lizzie sussurrou, escondida atrás do pai dela.

As flores nos vasos estavam morrendo. A luz do quarto piscou e um frio tomou conta do local.

"Ela precisa de Hope." disse Alaric.

(...)

Klaus se aproximou de Hope. "Vá em frente, querida. Deixe tudo sair."

Hope olhou para os vampiros, seus olhos brilhando em azul. Os vampiros cambelearam de medo. A tríbida soltou um grito enorme, emitindo uma forte quantidade de magia enquanto a energia azul do Hollow emanava de suas mãos. 

Todos os vampiros caíram no chão, mortos.

A energia azul desapareceu quando Hope finalmente se acalmou.

(...)

Josie, Lizzie, Penelope e Alaric estão em volta da cama de Clary. Eles não sabiam o que fazer.

"E se ela estiver morrendo?" Josie perguntou, preocupada. 

Penelope agarrou a mão dela para conforta-lá.

"Não diga isso!" Lizzie repreendeu, tensa.

Alaric interviu. "Todas, por favor, se acalmem."

Na cidade de Nova Orleans, Hope acabou de emitir a energia do Hollow. Clary parou de respirar por um momento. Lizzie e Josie ficaram estáticas.

"Oh deus", Lizzie sussurrou, abismada.

Penelope colocou a mão em volta de Josie e a Saltzman começou chorar baixinho. Mas, Clary voltou a respirar com dificuldade. A cor retornou ao seu rosto, a coloração corada assumindo suas bochechas rosadas. O sangue estava seco em seu nariz. 

Clary abriu os olhos, respirando pesadamente ao sentar na cama, notando as pessoas em volta ao redor de sua cama.  "Uh, estou encrencada?"

Alaric estava aliviado. Josie e Penelope sorriam e o impensável aconteceu; Lizzie Saltzman pulou na cama para abraçar Clary Le Fay.

(...)

Hope estava sentada nos degraus da sacristia. Ela gemeu de dor e caiu de joelhos. Hope olhou para cima, seus olhos brilhando em ouro.