Stupid Cupid escrita por Melshmellow


Capítulo 8
Capítulo 7 - Naked


Notas iniciais do capítulo

Helloooooo criaturinhas!!!
Não me matem! Eu sei q já faz um mês que não posto, mas o carregador do meu note n funciona mais e eu tive o maior trabalho pra passar os capítulos pra o celular. Mas agr deu certo e eu vou postar sempre que puder. E agr q estou de férias tá bem tranquilo. Anyway... Vamos ao capítulo.
Obs: se a formataçao tiver estranha me avisem q eu vou corrigir.



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Meg se deixou ser abraçada por Damon por um tempo por estar estática com o ato do vampiro, mas acabou quando ela levou um susto ao perceber que Kai não respirava, o que apenas poderia significar três coisas; um, uma nova habilidade de não precisar respirar; pouco provável. Dois, ele era um ótimo ator. Ou três, ele estava realmente morto.
    A cupido rezou para que não fosse a última opção e se desvencilhou do abraço do Salvatore mais velho, que era extremamente mais alto do que ela, mas um pouco mais baixo do que Kai.
    A garota andou em direção ao corpo sangrando no chão, deitado de bruços, lentamente.
       Meg se ajoelhou ali e segurou a mão de kai, a apertando levemente, para que ele desse um sinal de que não estava realmente morto, que última chance dela de ficar em Claride ainda estava viva e, ela poderia nunca admitir isso em voz alta, mas porque se preocupava com a vida de Kai também.
    Ele não apertou de volta.
    A respiração da cupido acelerou, mas antes que ela pudesse entrar em pânico, ele apertou a sua mão de volta, na mesma intensidade que Meg.
    Mesmo que ela soubesse que ele só estava demorando para apertar sua mão de volta para a assustar, Meg suspirou de alívio e quase abraçou o herege, mas desistiu assim que se lembrou que ele era Kai Parker, e que se ela o fizesse, ele iria lembrá-la daquilo a cada dois segundos.
    Meg se levantou do chão enquanto Damon a encarava com algo como tristeza alheia no olhar. Ele deveria pensar que a garota estava se despedindo de seu amor de infância, enquanto ela estava apenas confirmando que seu protegido estava vivo.

    — Ele não te merece. — ele observou.
    — Eu sei… E você não merecia ter perdido Elena da forma que perdeu. — ela falou de volta, ele a lançou um olhar questionador. — Kai me conta tudo. Menos sobre Theo. Quem é esse? — Meg se fez de desentendida como ainda não soubesse que era o namorado da garota da boate que Kai havia matado; Crystal.
    — Ele é humano, mas sabe sobre o mundo sobrenatural, quando sua namorada foi assassinada não foi difícil para que ele encontrasse o assassino já que ele tem… muitos contatos. Quando descobriu quem foi, ele me chamou e me deu a honra de matar Kai novamente.

    — Você o matou da última vez?! — ela exclamou como se acabasse de perceber. — Claro! Você é Damon Salvatore! Kai me contou sobre você.

    — E o que ele disse? — perguntou o moreno, despreocupado.

    — Não muito, só… uma coisa: — ela fez uma pausa. — Que você era um um vilão fingindo ser um dos mocinhos. — Megan disse apenas para ver a reação de Damon.

    — Nisso ele estava certo. Mas… Elena conseguia me fazer uma pessoa melhor.
    — Ela deveria ser uma mulher incrível. — A cupido disse sinceramente. — E você parece ser uma pessoa incrível; com ou sem ela.
    Damon desviou o olhar por um segundo e em seguida disfarçou com uma piada.

    — Você está flertando comigo falando sobre a minha namorada? Porque sabe, isso não é a melhor técnica.

    Meg riu.

    — Tem razão. Vou mudar minhas técnicas, vamos falar do tamanho do pacote.

    Damon sorriu divertido.

    — Na frente do corpo do seu ex? Muito brochante.

    — Quem sabe na próxima. — Meg disse.

    — Próxima o que?

    — Na próxima vez que salvar a minha vida.

    — De jeito nenhum. Da próxima vez que eu morrer você é quem terá que me salvar.

    — Trato fechado.

    Eles apertaram as mãos, e, enquanto se encostavam, Meg disse:
    — Acredite quando eu digo que a sua história vai ter uma final feliz. Eu prometo. — Meg disse olhando em seus olhos enquanto criava um laço entre ambos, exatamente como havia feito com Kai.
    Agora, ela tinha uma missão nível Red no meio de uma missão nível Black, mas a cupido não ligou, apenas queria ajudar aquele homem; ele merecia ser feliz.
    Damon apertou os lábios até estarem em uma linha reta e em seguida sorriu, mudando de assunto.
    — Você quer uma ajuda com o corpo? — Ele perguntou.
    — Não. Eu tenho meus contatos. — Meg deu de ombros.
    — Tudo bem. Se precisar de algo, ou se ele voltar a te atormentar pedindo que o traga de volta, me ligue, aqui está o meu número. — ele tirou um papel do bolso e me entregou. — Eu tenho uma amiga bruxa que faz milagres..
    — Certo… Ok, eu preciso perguntar, você sempre guarda um papelzinho com o seu número de telefone no bolso para dar pras garotas desesperadas? — Damon apenas sorriu e se virou para ir embora. — Espera! — ela segurou a manga da camiseta do moreno e pegou seu bloco de notas e uma caneta, logo escrevendo o número de seu celular pessoal ali. Ela rasgou e entregou o papel ao vampiro. — Apenas do caso de você morrer e precisar voltar.

    Damon assentiu e saiu da casa em sua velocidade sobrenatural, direto para o seu carro. Meg apenas ouviu o barulho do motor ficando mais baixo enquanto o vampiro se afastava.
    Meg se virou, dando de cara com Kai já em pé, com sua camiseta branca manchada de sangue.
    — Quantas vezes eu vou ter que te comprar roupas novas, e quantas vezes você irá sujá-las de sangue? — Meg pergunta bufando.
    Kai revirou os olhos, um clássico ato que ambos faziam constantemente quando permaneciam tempo demais no mesmo cômodo.

    — O foi aquilo? — Kai perguntou.

    — O que?

    — “Sua história terá um final feliz.” “Você é uma pessoa incrível”. — ele repetiu alguns trechos da conversa da cupido com o Salvatore. — Você flertando com ele. Achei que odiasse humanos.

    — Eu odeio você. — ela alfinetou. — Senti pena dele. Apenas isso. — Megan explicou.

    — Claro! — ele respondeu irônico. — Então foi lá, tocou nele e conversaram sobre o “tamanho do pacote”. Você estava definitivamente flertando com ele! — ele a acusou, como se dissesse que cometeu um crime, o que de fato era, afinal era um crime gravíssimo flertar/ter casos/namoros/quedas por protegidos.

    — Nós apertamos as mãos! E como você sabe disso? — Meg perguntou cruzando os os braços, sabendo que ele havia aberto os olhos. — Não acredito que fez isso! Podia ter estragado o plano!

    — Tenho certeza de que ele estava entretido demais para me notar. — Kai retrucou.

    Megan suspirou, tentando manter sua calma, lembrando do tratado de paz que haviam feito algum tempo atrás.

    — E agora? O que fazemos? — perguntou Kai, também lembrando da trégua.
    — Arrumamos a bagunça. — Meg responde e logo em seguida estala os dedos, limpando a mancha de sangue do carpete e alguns móveis que estavam fora do lugar. — Pronto. Agora eu relaxo na banheira. — a cupido diz, indo em direção às escadas.
    — Nem pensar! — Ele exclamou.
    A garota não teve tempo pensar sobre a ideia, quando se deu conta, Kai já havia passado como um furacão por ela, por causa de sua velocidade anormal, e já estava no final das escadas.
    — Hey! — Meg gritou em vão. — Isso não foi justo! — então se teletransporta para o andar de cima, ganhando uma vantagem.
    Ambos correm praticamente lado a lado, até o banheiro, sem super velocidade ou teletransporte, uma corrida justa. Ou nem tanto, pois ele era obviamente mais rápido do que Meg.
    Kai entrou no banheiro e fechou a porta, com Meg chegando 3 segundos após ele fechar e trancar a porta. A cupido bateu na porta com força, mas como soube que não adiantaria nada, bufou e desistiu, indo para a sala de estar do andar de cima.
    Aquela sala era um pouco diferente da outra, esta possuía apenas um sofá enquanto a outra possuía dois. Mas fora Isso, ambas eram quase iguais.
    Meg se sentou no sofá e, com um movimento da mão, ligou a Loview a sua frente. A cupido possuía duas delas, uma no andar de cima e outra no de baixo.
    Ela fez um gesto de como se estivesse chamando a televisão para se aproximar, e milhares de opções saíram da televisão, se espalhando pela sala de estar aleatoriamente.
    Megan procurou o que queria e encontrou a opção "chamada de vídeo ao vivo, com entrega e teletransporte". Escolheu essa opção e então uma lista de contatos apareceu em sua frente, com um holograma de cada um de seus amigos.
    Ela não demorou para encontrar quem estava procurando, Scott, o escolhendo e todo o resto desapareceu apenas deixando um holograma do loiro parado a sua frente ela apontou para o botão vermelho que significava emergência e de repente o holograma começou a desaparecer. E ela logo conseguiu ver um holograma ao vivo de Scott dançando uma música qualquer, desajeitadamente. E cantando também.  
    Megan se manteve quieta por alguns segundos, tentando não rir da cena a sua frente, Scott claramente não havia visto que Meg havia chamado-o.

    Meg esperou que ele se virasse para a Loview, e visse que ela se encontrava em forma de holograma em sua sala de estar.
    Quando Scott finalmente percebeu que ela se encontrava ali, ele arregalou os olhos.
    — Não quis atrapalhar. — Meg diz, rindo. — Eu ignoro o que eu acabei de ver se você me fizer um favor.
    O loiro revirou os olhos.
    — Você tem que parar de clicar emergência para nada Meg. O que você quer? — ele perguntou mal humorado.
    — Quero que analise essa amostra de sangue de Malachai. Quero ter certeza de que tipo de ser sobrenatural ele é. — Meg responde, decidida ao tirar o vidrinho com um pouco do sangue do moreno do bolso de sua saia. — Sim, um herege. Mas eu apenas preciso ter certeza, quer dizer, ele morreu e voltou, não é? Além do sangue de cupido consumido nos últimos dias.
    — E por que você acha que eu sei como analisar sangue? A única médica de nós é Adaline. — Scott disse. Sempre que eles diziam “nós”, significava o seu pequeno quarteto.
    — Mas você trabalhou em um laboratório quando foi juntar seu último casal, não foi? — Meg pergunta, se lembrando de quando ele aparecia em Clarinde com um jaleco azul com o nome Robert McHunter bordado nele.
    — É, Meg. Eu trabalhei em um laboratório. Eu limpava o laboratório de ciências de uma escola pública. — ele explicou, e Megan se lembrou de que além de chegar vestido com o jaleco, sempre estava meio sujo.
    — Oh. — foi a única coisa que a garota disse.
    — Mas felizmente para você, eu tenho meus contatos. — ele disse sorrindo docemente e Meg sorri de volta.
    — Pega! — exclama, jogando o pequeno frasco com o líquido escarlate em direção a Loview.
    Foi uma cena estranha, pois o frasco atravessou o holograma, entrou pela loview, e Meg pode ver o holograma de Scott segurar o frasco.
    Ela ignora e diz obrigada, antes de desligar o aparelho eletrônico à sua frente.
    Coisas humanas como televisores, celulares, e notebooks, eram eletrônicas, mas cupidos são mais avançados, pois não usavam aparelhos eletrônicos, criados pela mente humana com estudos e lógica. Seus aparelhos eram feitos com mágica, o que também exigia lógica, afinal, como cada feitiço é criado se não por experimentos feitos de forma lógica?
    Não é obviamente fácil de se fazer, porém é mais fácil do que ter que pensar em tudo como humanos fazem, em cada detalhe.

                                       ***
    Até dia seguinte, felizmente, nada interessante havia acontecido.
    Por incrível que pareça, morar com Kai não havia sido tão ruim quanto Meg pensou. Ambos deveriam dormir na mesma cama, porque Caitlin simplesmente não podia ter dado uma casa daquele tamanho com dois quartos a Meg. Óbvio que não.
    — Megan! — Kai chama, e a garota vai até a porta do banheiro, descobrir o que ele queria.

    Ao dividir uma casa com Kai, Meg havia descoberto que ele já havia se apaixonado; pela sua banheira.
    Aquele garoto tomava pelo menos dois banhos por dia, no mínimo.
    — O que? — Pergunta quando já se encontrava de frente a porta.
    — Não tem toalha aqui. — Ele diz.
    Meg fica confusa com a afirmação e com o estranho tom que havia sido usada na sentença.
    — Desculpe?
    — Eu disse que não tem uma toalha aqui. — Ele exclamou um pouco mais alto.
    — Aham, eu ouvi. — responde.
    — Será que você poderia fazer o grande favor de buscar uma toalha? — Kai exclamou, irritado.
    — Por que você não pega? — pergunta Meg, ofendida pelo seu tom de voz.
    — Você quer me ver pelado? — ele perguntou ironicamente.

    Magan se questiona sobre isso. Gostaria ela, de ver Kai Parker sem roupas?
    Ela faz uma careta com a possibilidade, mas uma hora ou outra ela deveria ver se ele era bonito, ou se algo precisava melhorar. Fazia parte de seu trabalho.
    Ninguém gostaria se ele encontrasse o amor de sua vida e ela não o quisesse pois ela viu ele sem camisa, e descobriu que ele era gordo. Era o que a garota pensava, sem saber que não fazia a menor ideia do que o amor significava.
    — Na verdade, parte do meu dever é saber se está tudo no lugar. — responde a garota, tranquila.
    — O que? — Kai grita horrorizado. — Você só pode estar brincando comigo!
    — O que foi, Parker? Não se garante com o seu corpo? — Meg o desafia.
    — Cala a boca! — ele exclamou e ela ri. — Eu não sei exatamente como funciona a sua floresta mágica dos cupidos. Mas aqui, não é normal um cara hetero ficar nu na frente de uma garota hetero! — ele explicou como se fosse óbvio, o que não era para Meg.
    — Por que? Eu não tenho nenhum desejo sexual por você. Então não vejo problema.— responde a garota.
    — Olha. Você apenas precisa saber que eu não vou deixar você me ver pelado! — ele exclamou. — Agora, será que você pode, por favor, pegar uma toalha seca pra mim?
   Eh revira os olhos e saiu em busca de uma toalha seca.

    Ele acha que era só dizer uma frase com um ponto de exclamação no final e eu abaixo a cabeça e concordo? Não. Eu tenho um plano. Meg pensava sorrindo. E ela realmente tinha um plano, que, infelizmente, não saiu como o esperado.

    Meg dá a toalha seca a Kai, e espera que ele saia do banheiro, para ir se trocar no quarto, já que suas roupas se encontravam lá. Quando o moreno fechou a porta, que havia sido consertada por Meg com magia, um dia atrás, Meg espera alguns segundos até que resolvesse entrar no quarto que ela sabia que não havia tranca, foi a única coisa que não pode resolver.
    Megan abre a porta e encontra um Malachai a encarando surpreso, claramente não esperava aquilo dela, mas apenas revirou os olhos. O moreno já estava de cueca, mas essa era a única peça de roupa que ele usava.
    — O que você está fazendo? — Kai perguntou irritado.
    — Eu disse que precisava ver a mercadoria primeiro. — responde Meg, observando cada pedaço do corpo do moreno, lá ele não poderia fugir dela.
    — Você é maluca! — ele continua, revirando os olhos e observando o olhar da garota em seu corpo.
    Kai possuía belos músculos, e um corpo definido, o que era bom, belas pernas, e o máximo que ele precisaria era de uma depilação, na opinião de Meg nem isso.
    Megan pensou estar errada com o que viu, mas então percebeu que na verdade era real. Kai Parker havia corado. levemente, mas não muda nada.
    A garota pensou no livro que havia lido há dois anos. Ele mostrava informações sobre humanos, que eles, cupidos, não sabiam. Era interessante para a garota.
    Meg se lembrou de um parágrafo que dizia: "Se sua missão é muito tímida para tomar a iniciativa, e não consegue dizer nada para seu "crush" sem corar (quando as bochechas de um humano ficam vermelhas por estarem com vergonha de algo), diga para ele imaginar todas as pessoas no cômodo sem roupa. É um truque infalível."
    — Já sei. — a cupido solta um gritinho empolgado. — Me imagine nua. — disse pra ele sorrindo. Porém teve uma ideia melhor, e passou a tirar seu vestido.
     — Eu não acho que isso será uma visão tranquilizadora. — Kai disse distraído, então reparou no que Meg estava fazendo. A garota já havia subido o vestido até o umbigo. Que foi quando ele a parou.
    — O que você está fazendo? — ele perguntou tentando abaixar o vestido dela novamente.
    — Pra que me imaginar sem roupa se eu posso apenas tirá-la? — pergunta a cupido sorrindo. — Espera! O que você quis dizer com "não será uma visão tranquilizadora"? — ela  pergunta ofendida. — você disse que eu sou feia?
    — Se a carapuça serve. — Kai sorriu ironicamente, mas não era o que ele pensava.

    Qualquer um que pudesse enxergar veria que a garota era bonita, mas ele apenas queria provoca-la um pouco, o que, na maioria das vezes, não era difícil.
    — Eu não sei o que isso significa. Mas eu não sinto que seja algo bom, então peça desculpas! — ela grita com o moreno.
    — Foi mal, princesinha. Mas não vai rolar. — Kai sorriu daquela forma novamente, com o sorriso irônico em seus lábios e o olhar provocativo. Meg odiava aquela expressão.
    Ela se solta das mãos do herege e, antes que ele pudesse a impedir, a cupido puxa o vestido para cima, para mostrar que ele estava errado.
   Todo cupido tinha que ser perfeito. Não podiam ter cicatrizes, por isso se curavam. Não adoeciam, e não precisávamos de maquiagem. Apesar de muitos, como Meg, gostarem de usá-la. Qualquer corte, ou cor de cabelo ficava lindo, era quase impossível os deixar feios.
    Megan sorri quando viu Kai a observar de baixo ao topo.
    — Agora diga-me, Malachai. Quem é feia? — pergunta a cupido, sorrindo presunçosa.
    Kai piscou, como se voltasse a realidade e voltou a interpretar seu papel, revirando os olhos e pegando o vestido da garota do chão e colocando-o em frente ao corpo dela, a tampando.

    Meg o observou novamente, reparando na leve coloração rosa que ainda estava em suas bochechas.
    — Por que você ainda está corando? O livro dizia que imaginar o resto das pessoas apenas com a roupa de baixo faria a vergonha ir embora. — Megan murmurou confusa.
    — Em que livro isso estava escrito? — Kai perguntou, a olhando como se fosse maluca.
    — Um livro de Clarinde que contava sobre os humanos.
    — Isso é ridículo, e nem um pouco original. Acho que essa ideia de imaginar os outros de roupas íntimas é um episódio de Bob Esponja. — o moreno retrucou como se estivesse a aconselhando.
    — Bob... Esponja? — pergunta Meg, confusa.
    — Deixa pra lá. — ele respondeu.
    — Ok. Mas eu ainda não o perdoei por ter dito que eu era feia! — a cupido grita com ele, e passa a estapear o herege pela segunda vez em sua vida. As unhas de Megan provavelmente deixariam marcas, mas ela não se importou.
    — Você já me provou que eu estava errado. — Kai tentou se defender, e começou a dar passos para trás.

    Megan não para de bater no moreno, até o desastre acontecer.
    Kai, por estar andando de costas, tropeçou no pé da cadeira, e, numa tentativa frustrada de se manter em pé, se segurou a Meg, esquecendo-se de que era pesado demais para os inexistentes músculos da cupido. Com isso, ambos caíram no chão, com ele por baixo.

    Meg não havia sentido muito do impacto, mas sabia que ele havia.
    E foi assim que, pela primeira vez, Magan acaba, seminua, em cima de um Malachai Parker também seminu, e passa o maior constrangimento da sua vida.

    Ele gemeu pelo impacto de suas costas com o chão duro, e pelo peso da cupido em cima dele.

    Meg se sentou imediatamente, tão assustada com a possibilidade de seu protegido ter sido danificado permanentemente a ponto de não se importar em sentar no colo de Kai, colocando suas pernas uma de cada lado da cintura do moreno.

    Ela arregalou os olhos, levando suas mãos a frente da boca entreaberta de susto.
    — Meu Deus, você está bem? — Meg pergunta desesperada. — No livro dizia que cadeirantes, tem 5% a menos de chance de encontrar o amor.

    Kai não pode evitar se sentir irritado com aquilo. Aquela era uma das coisas que mais o fazia bravo com os humanos. Quer dizer, havia vampiros e lobisomens que pensavam da mesma forma, com preconceito contra qualquer tipo de pessoa diferente deles, mas o que ele quis dizer fora as coisas que mais o faziam ficar bravos com o resto do mundo, com as pessoas com sentimentos.
    — Isso é tão ridículo! É preconceituoso e nojento da parte de vocês! — ele exclamou, irritado de uma forma que Megan nunca viu. — Além disso, aquele livro não está com nada. Deve ter sido escrito por um cupido que nem ao menos deve ter vindo para a Terra uma vez na vida! Não aprenda com esses cupidos idiotas que só se importam com a aparência. Aprenda sozinha, pois você é muito melhor do que todos eles.

    Megan ficou surpresa pelo tom de voz do moreno se encontrar tão raivoso no início e tão sincero no final, sem um pingo de ironia. Aquele tom que ela não se lembrava de ter escutado vindo dele aqueceu seu coração de uma forma que ela nunca havia sentido antes. Havia algo estranho crescendo em seu peito, mas mesmo assim era uma sensação boa, e a garota apenas parou ali, observando os olhos azuis do moreno que pareciam a hipnotizar.
    — Ai meu Deus! — ambos ouviram a familiar voz vinda de algum canto do quarto, e no mesmo momento se levantaram. Meg constrangida por saber de quem era a voz, e Kai um pouco confuso, mas não demonstrou.
    — Sabem, quando eu disse que não esperava vocês juntos, havia sido apenas provocação. — Agora fora Adaline que falava. Sua voz soou enjoada. — Eu não queria aparecer na casa da minha melhor amiga e vê-la quase transando com meu irmão. E a propósito, isso foi traumatizante. — A morena disse apontando para os dois com cara de nojo.
    — Adaline tem razão.— Scott concordou ao seu lado, fazendo uma careta.
    — Eu acho que isso foi totalmente... Ownt. — Maurren disse sorrindo e batendo palmas, com uma cara muito feliz de "Eu shippo!".
    — Amiga, isso é contra as regras. Sabe os guardiões fariam se te pagassem tendo um caso com um humano? — Adaline perguntou, parecendo preocupada.
    — Não é nada do que vocês estão pensando. — Meg explica rapidamente.
    — É. Não tá rolando nada entre a gente, sem chance de eu e ela acontecer. — Kai disse tentando provocar um pouco Meg, o que funcionou, e a garota o olhou ofendida. — o que vocês viram aqui, é um grande mal entendido. — Kai continuou tranquilamente.
    — Exatamente. Ele seria a última pessoa que eu ficaria. — Meg provocou de volta.
    — Eles são tão perfeitos. Estão até terminando as frases um do outro. — Maureen diz sonhadora.
    — Nós não estamos juntos! — Megan e Kai exclamaram juntos, irritados. A cupido fechou os olhos com força, sabendo o que viria a seguir.
    Maureen soltou um gritinho de felicidade, com os olhos brilhando.
    — Ah... Então não havia nada acontecendo entre vocês quando chegamos aqui? — Scott perguntou, desconfiado.

    — Não. O que aconteceu era que eu estava no banho, e queria toalha, mas ela queria me ver pelado, eu disse que não, mas quando eu fui pro quarto ela entrou e ficou me olhando e depois tirou a roupa falando alguma coisa sobre um episódio de Bob Esponja, e eu chamei ela de feia, ela me bateu e eu tropecei e assim vocês nos encontram daquela forma constrangedora. — Kai explicou resumidamente, mas obviamente ninguém ali, inclusive Meg, entendeu o que ele havia dito.
    — Olha... Eu tenho certeza que a Megan nunca assistiu nenhum episódio de Bob Esponja, maninho. — Adaline disse, meio incerta.
    — Oh, verdade. Você nos disse que ele era seu irmão, eu tinha esquecido. — Maureen disse se aproximando de Kai e o abraçando amigavelmente.

    Megan mordeu o lábio inferior, tentando segurar uma gargalhada ao ver a expressão de Kai com o abraço, ele parecia confuso sobre o que fazer, era como se nunca tivesse sido abraçado.

    A Carter parou por um segundo, se perguntando se sua última afirmação poderia ser verdadeira. O Parker já havia recebido um abraço em sua vida toda? Quer dizer, ela sabia que a família do garoto não era muito amigável com ele, e ele claramente não era amigável com eles, mas… ele poderia nunca ter tido um amigo sequer?

    Maureen soltou um Kai estático e voltou para o lado dos amigos. A ruiva era sempre muito amigável, e nem ao menos havia percebido que ele usava apenas uma peça de roupa.
    — Interessante, então se eu usar o medidor de tensão sexual, e porcentagem de química, vai cair tudo no zero? — perguntou Adaline sorrindo malignamente.

    Adaline poderia não gostar muito da ideia de ter de ver seu irmão e sua melhor amiga se pegando, mas não gostava quando mentiam para ela.

    Megan quase entrou em pânico, afinal, ela estava, sim, sentindo uma certa atração pelo moreno, ele era muito bonito, mas nunca admitiria isso em voz alta.

    Meg decidiu que a melhor coisa a se fazer era não demonstrar reação e se manter calma, então ela disse:
    — Óbvio que vai. — ela afirma, sorrindo confiante.
    — Ok. — Maureen pegou o medidor, ajudando Adaline e o sorriso de Megan se desmanchou no mesmo momento.
    Mas, felizmente, antes que Meg tivesse a chance de fazer algo para impedir, Kai pegou o medidor da mãe da ruiva e jogou no chão com sua super força, além de logo em seguida, pisar nele, até que não sobrasse nada além pedaços de plástico rosa no chão, e uma nuvem de poeira brilhante.

    Os aparelhos dos cupidos não possuíam energia, ou cabos, apenas uma pequena quantidade de magia dentro, essa magia que aquele momento estava estava flutuando acima do aparelho destruído em forma de uma fumaça cintilante
    Todos olharam para o herege surpresos e querendo uma explicação.
    Kai deu de ombros e disse a pior desculpa que o mundo poderia ter ouvido:
    — Tinha uma aranha.
    — Tenho certeza que tinha — Scott concordou, irônico. — enfim, eu só vim aqui entregar o resultado da análise do sangue dele, que surpreendentemente não mostrou nenhum problema mental. — ele disse sorrindo.
    — Nossa, você foi rápido. — Meg elogiou.
    — Bom, resumindo, ele é um herege. Mas o sangue de Crystal, que era uma ex cupido, fez com que ele ficasse, não só mais forte e mais rápido que um vampiro normal, mas com menos fome. — Adaline explicou, paciente.
    Kai trocou um olhar com Meg, ele havia bebido o sangue dela, o que significava que ele ainda estava com aquele mesmos efeitos. Mas se ele parasse de beber, iria voltar a ser normal.

    O que significa que o fato de ele não ter morrido quando Damon arrancou seu coração devia-se ao fato de que ele tomou o sangue de Meg, então se tentassem matá-lo de novo, provavelmente daria certo.

    — Tudo bem. — Kai disse, pegando algumas roupas. — Agora eu vou sair daqui e vestir umas roupas antes que isso fique mais estranho. — Então ele saiu.

    — Acho que ele reagiu bem. — Maureen diz, satisfeita.

    Antes de ele sair, Meg observou que Kai estava tão distraído, provavelmente pensando em como a convenceria a dar mais de seu sangue a ele, que estava levando duas calças e nenhuma camiseta.

    A Carter riu.
    — É melhor vocês irem agora. — ela olhou para Scott e Maureen. — Obrigado. E Adaline, você deveria falar com o seu irmão, e dizer a ele que o nosso sangue não é um brinquedo. Tenho certeza que ele está planejando como conseguir mais.
    — Você está certa, nós já estamos indo. — Scott sorriu gentilmente, puxando Maureen para que eles se teletransportassem juntos.
    — Espera! Já estamos indo? Por quê? — perguntou Maureen confusa, ao ser levada por Scott até finalmente desaparecer.
    — Vamos atrás do meu irmão então.
    Megan pega uma camiseta, e vai atrás da amiga.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Comentem please, assim eu fico mais feliz e talvez poste mais rápido...
OBS: Acabei de ver a notícia de que a Julie Plec quer q o Kai apareça em Legacies(se vc n sabe é o Spin-off de TVD e TO.) Eu n cheguei a assistir mas se o Kai aparecer eu vou ver tudo de uma vez pq... Né?
Anyway... Bjsss



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