Stupid Cupid escrita por Melshmellow


Capítulo 5
Capítulo 4 - Adaline


Notas iniciais do capítulo

OI GENTEM, VOU POSTAR RAPIDO AQUI PQ TENHO Q IR DORMIR PQ TENHO AULA AMANHA, BJSS.
OBRIGADO A QUEM ESTA ACOMPANHANDO!!
:D



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     Lá estava ele novamente, naquele casamento. Aquele maldito casamento. O corpo de sua irmã estava no chão, no altar. Seu vestido branco estava manchado de sangue na barriga, ele sorriu ao ver aquilo. Uma de suas muitas obras de arte. As janelas já estavam quebradas, outro ato seu. A maior parte dos convidados do casamento estava no chão, desmaiados ou machucados. Inclusive certa bruxinha Bennett. Ele olhou para ela divertido, apesar de ter um mau pressentimento de que algo ruim aconteceria logo, logo, mas mesmo assim, mesmo que já houvesse passado por aquela situação antes, não lembrava o que estava prestes a acontecer, então apenas continuou. Até algo o surpreender e o moreno se encontrar sem cabeça, morto.

     Após estar morto, ele esperou acordar no inferno, mas apareceu em um lugar totalmente diferente. O quarto de Meg. Ele olhou ao redor e se perguntou o que fazia ali, e sua resposta veio, sem demora.

     Duas crianças apareceram à sua frente, duas garotinhas gêmeas vestidas de branco com olheiras abaixo dos olhos, às dando uma aparência de filmes de terror.

     — Por quê? — ambas perguntaram ao mesmo tempo.

     — Desculpe? — Kai perguntou de volta, não entendendo o que elas quiseram dizer com aquilo.

     — Por que, tio Kai? — elas perguntaram novamente e ele entendeu. Era as gêmeas de Jo, sua irmã. — Podíamos ser uma família. Todos iriam te perdoar. Você poderia até ser aceito como o líder do clã.

     Elas disseram e o quarto sumiu, mostrando outro cenário. Havia uma grande mesa de jantar, com diversos pratos diferentes espalhados por ela. Mas o que chamava atenção eram as pessoas. Lá estava presente, Kai, na ponta da mesa. Ao seu lado Jo, com seu marido, Alaric. Do outro lado, Liv, com Luke e Tyler. E de cada lado vinham mais pessoas. Seus pais, Bonnie, Elena, Stefan, Damon, Caroline, Matt, seus outros irmãos que haviam sido mortos pelas mãos de Kai anos atrás Will, Lillian, Mylah, etc. Assim como tios distantes e provavelmente todos que Kai já conhecera em sua vida inteira, até mesmo doutores que o atenderam, barmans como Elliot e muitos outros. E assim a mesa se estendia infinitamente.

     Kai observou a mesa, todos pareciam felizes, e nem ao menos pareciam notar sua presença ali. Ao menos foi o que ele achou, até perceber uma coisa; haviam notado. Apenas não se importavam que ele estivesse ali com eles, dividindo uma refeição, rindo das piadas e parecendo… feliz.

     Ele piscou, a forma como o ele que estava sentado naquela cadeira se movia, sorria, simplesmente parecia… diferente, não se parecia com ele. E Kai não sabia como se sentia sobre isso.

     Logo as gêmeas apareceram novamente, porém agora pareciam mais vivas. Elas corriam ao redor da mesa e brincavam com outras crianças.

     — Por quê? — outra voz se fez presente, uma voz profunda, e sombria.

     Kai se virou para a voz, e ali estava a garota loira da boate “Casa do diabo”. Ela estava na mesma situação que as gêmeas estavam, segundos atrás, e trouxe um teor muito obscuro para um jantar que parecia tão feliz. Era como se as cores se desbotassem e ficassem cinza, tudo ficava em câmera lenta, até estar totalmente parado. E então as luzes apagaram e ele ouviu gritos, e quando foram acesas, eles estavam todos com os rostos caídos nos pratos vazios ou em cima da cadeira caída. Não havia nenhum sangue, mas eles não respiravam. Estavam mortos. Ele sabia reconhecer um corpo muito bem.

     Por quê? Agora a voz soou diferente. Mais intensa, e era como se estivesse dentro de sua mente. E logo Megan estava a sua frente. Ao invés de estar vestida de branco como os outros, ela vestia vermelho e o encarava sem emoção. Ele a observou bem, e logo percebeu que ela não estava vestida de vermelho, estava vestida de branco, assim como os outros, mas seu vestido estava todo manchado de vermelho, sangue. Ele a encarou confuso e viu sangue escorrer de seu pescoço, Meg passou a mão por ali, confusa, até sua cabeça cair do pescoço e ele soltar uma exclamação.

     A primeira coisa que Kai sentiu foi algo frio contra seu rosto.

     O moreno abriu seus olhos imediatamente, dando de cara com a Megan colorida de sempre, sem olheiras ou vestidos manchados de sangue, e definitivamente, com cabeça, pois seu rosto demonstrava uma expressão preocupada.

     O herege sentiu algo escorrendo de seu rosto e tocou ali, era apenas um líquido transparente. E foi então que percebeu que Megan estava com um copo vazio em mãos.

     — Você jogou água em mim? — Ele perguntou mais alto do que pretendia.

     Ela revirou os olhos com as palavras do rapaz, e respondeu:

     — Você estava tendo um surto aí! O que você queria que eu fizesse?

     Kai se sentou na cama em quanto Megan choramingava por ter molhado sua preciosa cama. Dessa vez fora ele quem revirou os olhos.

     Ele respirou fundo e se levantou.

      — Se vista! Hoje nós vamos visitar uma amiga minha.

     — Eu realmente não estou muito afim de ir com você para visitar essa sua "amiga". — Kai disse se levantando da cama e procurou algo para se secar.

     — Pare! Esta molhando o carpete! — Meg o repreendeu e jogou uma toalha em sua direção. — E sim. Você vai. Não posso mais te deixar trancado desde que eu descobri que você pode quebrar as trancas e sair assassinando garotas as quais eu vou ter que esconder o corpo.

     — Sério? Isso de novo? Qual é? Já faz umas 12 horas, deixa isso no passado. — o moreno disse com tédio na voz, mas na verdade estava um pouco encucado com aquele pesadelo.

     Megan não respondeu, e sorriu empolgada quando se lembrou do presentinho que havia pegado no caminho para Kai. Ela não havia dormido a noite toda, e quando ela não tinha nada para fazer, ela comprava coisas novas, desde bijuterias, a móveis para sua casa.

      Meg pegou seis sacolas de lojas e as jogou todas em cima da cama. Kai as abriu, curioso, e encontrou diversas roupas masculinas de todos os tipos.

      Ele apenas pegou a primeira calça e camiseta que encontrou dentro da sacola e um tênis.

     — Nas outras tem mais roupas, e coisas básicas como: desodorantes, escova de dente, cuecas, pentes, gel, que irá precisar muito porque esse cabelo não para quieto, não é?  — Megan comentou tentando puxar para trás uma mecha do cabelo de Kai que estava caindo na testa, mas ela acabava sempre voltando.

     — Eu gosto do meu cabelo, muito obrigado, Megan. — o outro respondeu, tirando a mão da cupido de seu cabelo, e pegando suas roupas, indo em direção à porta, à procura do banheiro.

     O corredor da mansão era Rosa com detalhes formando espirais aleatórias em preto. Deveria ter pelo menos um vaso de flores a cada dois metros, o que fazia Kai querer sair daquele lugar o mais rápido possível.

                                                                                                    *****

     Após Kai sair do banheiro, vestido, Megan olhou para ele com desgosto, e fez um grande discurso de como seu "senso de moda" era o pior que ela já havia visto em toda a sua existência, palavras da mesma, e Kai tentar revidar dizendo "Diz a garota com o cabelo de duas cores, não acho que isso esteja na moda, estilista." O que desencadeou uma discussão sobre estilo e moda, assuntos sobre os quais Kai não sabia nada e acabou perdendo, mesmo que nunca assumisse.

     Meg obviamente o forçou a mudar de roupa e a esperar que ela tivesse terminado a maquiagem, para finalmente dizer que estavam indo.

     Ela vestia uma regata branca com uma saia cós-alto, também branca, com alguns desenhos infantis na barra, e deixou de cabelo solto. Também era visível uma tatuagem em seu braço, dois corações, um azul e um rosa, a cima do antebraço direito. Uma tatuagem um tanto infantil para uma aparente adolescente.

     Diferente do dia anterior, na boate, Meg segurou o braço de Kai, por cima da blusa, ao invés de segurar sua mão, mas mesmo assim, ele não pode evitar fazer uma piada. Uma levezinha, apenas para irritá-la, estava se tornando um de seus passatempos preferidos.

     — Sabia que você tinha uma quedinha por mim. Eu tenho esse efeito nas mulheres.

     — Você é um bastardo narcisista, sabia disso? — Ela retrucou.

     — Diz a garota que tem um espelho a cima da banheira. — ele disse tranquilo. — Como é? Você fica se olhando enquanto relaxa durante o banho e pensa "Eu sou incrível.", Estou certo?

     Meg apenas revirou os olhos e logo após, os fechou. Sua testa franziu enquanto ela se concentrava. De repente, Kai sentiu a sensação agonizante de quando se está em uma montanha russa. Ele sentiu o chão sumir debaixo de seus pés, era como se estivesse flutuando no espaço, sem gravidade, no escuro. Então ele sentiu a mão de Meg em seu braço, o puxando para a Terra novamente.

     Kai abriu os olhos, e a sua primeira visão foi uma parede Verde. Ele olhou para os lados, e viu lá, várias portas de diferentes cores, era como um hotel, onde cada andar possui várias portas com diferentes números, para identificar o seu, porém esse parecia ser usado um sistema, não de números, e sim de cores.

     — Wow, que lugar é esse? — Kai perguntou a Meg, que estava parada ao seu lado.

     — O Apartamento onde Adaline mora. — ela respondeu como se fosse óbvio.

     Ele ignorou o tão familiar nome e perguntou:

     — Sinto muito em lhe dizer, mas isto é muito pequeno para ser um apartamento, está mais para um hotel.

     — Você não entende nada sobre cupidos Malachai. — ela murmurou e passou a o puxar, lhe arrastando pelos corredores.

     Após pelo menos de cinco minutos andando por aquele labirinto de portas coloridas, corredores e escadas, eles chegaram a uma espécie de lanchonete, onde Meg fez Kai se sentar ao seu lado no balcão.

     Ela pediu um bolo ao balconista e perguntou educadamente se o herege queria alguma coisa, ele negou com a cabeça, enjoado apenas de pensar em comida, o que não era de seu feitio, mas sabia que era a parte vampira falando.

     Kai observou as pessoas ao seu redor. Todos eram diferentes. Todos tinham estilos próprios, usavam roupas diferentes e criativas, faziam o cabelo de Megan, que, na Terra, sempre chamava atenção por onde quer que ela passe, fosse apenas mais uma obra de arte em meio a tantas outras.

     Ele observou seus comportamentos como se fosse um especialista tentando entender uma espécie totalmente nova, e tecnicamente era exatamente o que fazia. Alguns comiam sozinhos, outros conversavam em algumas mesas espalhadas em volta do balcão, nada memorável.

      A garçonete voltou, trazendo o pedido de Megan.

     Observando ela fincar o garfo no bolo delicadamente e levar a boca, despertou uma pequena curiosidade no herege.

     — Você come coisas normais? — Ela franziu o cenho, confusa. — Digo, você se alimenta do mesmo que humanos?

     — Oh, bom, mais ou menos. Sabe... Eu não nasci cupido. Nasci meio humana com sangue de cupido, e não fui a primeira a isso. Quando eu completei 13 anos e me tornei cupido, eu perdi totalmente a capacidade de amar, e grande parte da intensidade de meus sentimentos. Após isso, todo o gosto da comida desapareceu. Eu comia e não sentia gosto, para sentir, eu teria que comer ou tomar algo muito forte. E isso, são os doces, eu só me alimento de coisas doces. Óbvio que posso comer outras coisas também, mas prefiro sentir o gosto, então... Doces.

     — Você não pode amar. Mas tem que fazer os outros amarem? É. Faz todo sentido. — ele comentou sarcástico.

     — Apenas faço o meu trabalho. — fora a única coisa que ela disse, e voltou a comer.

     — Ok. Então você pode simplesmente me trazer aqui, no seu reino sagrado dos bebês com arco e flecha, e ninguém vai se importar?  — ele perguntou tentando puxar assunto, não queria ficar calado.

     — Não tecnicamente, mas quem vai me dedurar? — ela perguntou sorrindo delicadamente, como se desafiasse alguém a dedurá-la.

     — Legal. — Ele disse e novamente, eles ficaram silenciosos. — Então você não tem sentimentos?

     Kai não conseguia ficar quieto, era chato, enquanto Megan parecia apreciar o silêncio.

     — Não me confunda com os filhos de Clarisse, eles nascem cupidos e não tem sentimento nenhum, não sentem o gosto de nada, não tem piedade, e não amam ninguém. — ao finalizar a frase. Kai percebeu um sentimento de mágoa ali, ela parecia estar falando de alguém específico.

     — Um desses filhos de sei lá quem partiu seu coraçãozinho de pedra? — ele perguntou. Dessa vez sem querer irritá-la, apenas estava curioso para saber.

     Sua resposta foi ignorar a frase e comer outra garfada de bolo.

     — Qual era o nome dele? — Kai insistiu, não imaginando a reação que ela teria a seguir.

     — Não é da sua conta! Eu não fico lhe perguntando sobre as suas ex! Há é mesmo, porque você não tem nenhuma. Estava ocupado demais assassinando sua família para ser um adolescente normal.

     Kai se assustou com a reação dela, e ficou confuso por um segundo. Megan deveria saber tudo sobre ele, então como ela não sabia sobre... o herege mordeu a língua. Talvez Megan não fosse tão esperta quanto achava que era.

     Kai disfarçou um sorriso e resolveu fingir que havia ficado com raiva, apenas para ver se a cupido caia em sua atuaçao. Ele se levantou e passou a andar para longe da lanchonete, porém Meg o seguiu e parou em sua frente, impedindo que o moreno pudesse passar.

     — Me desculpe. Tá legal? Eu não deveria ter falado dessa forma, eu só… não gosto de falar sobre meu passado amoroso, então eu só falei a primeira coisa que veio a minha cabeça.

     — Como sabe que não tive namorada? — ele perguntou, desviando o olhar para que Meg não pudesse ver seu olhar vencedor ao descobrir que poderia enganá-la tão facilmente.

     Demorou alguns longos segundos até que ela o respondesse.

     — Bom... Eu tinha que saber sobre a sua antiga vida amorosa, tinha que saber que tipo de garota você gostava para encontrar alguém que o fizesse se apaixonar. Então eu fiz uma pesquisa.

     Kai não quis perguntar como ela pesquisou, afinal, sabia que o mundo havia evoluído muito no tempo em que havia ficado preso, mas não era apenas digitar Malachai Parker no Google e então você encontra todas as ex-namoradas dele, achava deveria ter sido algum apetrecho específico para tal, algo de... Cupidos. E estava certo. Mas, aparentemente, o apetrecho de Meg não estava muito preciso.

     Meg se aproximou de Kai e segurou sua mão cuidadosamente. Ele sentiu como se levasse um leve choque e se afastou na mesma hora. Ele a encarou confuso, pedindo respostas.

     — Isso é normal, é parte da conexão que eu criei entre nós quando aceitei a missão de fazê-lo encontrar o amor. — Megan explicou como se lesse seus pensamentos. — Não se preocupe, não é como o choque que sentimos quando encostamos em alguém pelo qual estamos apaixonados. — Ela sorriu.

     — Porque eu não senti isso nas últimas vezes? — ele perguntou confuso.

     — A conexão costuma funcionar desde o início, mas conosco é diferente, pois não gostamos um do outro. Ela funciona quando o cupido e seu protegido são… mais próximos. Não necessariamente amigos! Já que com certeza não somos. Mas… quando não se odeiam.

     — Wow. Então isso foi um “Eu não te odeio”. E eu achando que era o romântico.

     Meg não pode evitar rir, e Kai sorriu com aquilo. Era a primeira vez que a garota ria de uma de suas piadas, e ver Megan rindo por causa dele causava um estranho orgulho no moreno.

     — Bom... Nós viemos aqui para ver uma amiga sua, certo? Onde está ela? — ele mudou de assunto, disfarçando o sorriso de lado, mas não antes de Meg vê-lo, e estranhamente, a garota sabia que ele era sincero.

     A cupido logo repetiu as palavras de Kai em sua mente, e arregalou os olhos. Havia esquecido totalmente o motivo de terem ido lá e lembrado apenas naquela hora, quando Kai mencionou.

     — Era para nos encontrarmos na lanchonete. Precisamos descobrir o porquê de ela não ter aparecido!

     Ela pegou a mão de Kai novamente, dessa vez ele não recuou com o choque. Apenas a deixou o guiar novamente por aqueles compridos corredores e longas escadas.

     Logo eles chegaram a uma porta Verde pistache, e, sem ao menos bater, Meg girou a maçaneta e entrou, puxando Malachai consigo.

     Não era um apartamento como o moreno imaginava, era uma coisa totalmente diferente, quando eles passaram pela porta, foi como passar por um portal, do outro lado havia uma casa, mas eles não estavam dentro dela, estavam no quintal. A sua frente, havia uma pequena e simples casa de madeira, que, apesar de parecer ordinária, não perdia o charme.

     A casa possuía um longo gramado. Ele parecia totalmente bem cuidado, com um canteiro de flores dividido da grama verde por uma cerca de madeira pintada de Branco.

     A casa continha, primeiramente, um hall de entrada de madeira, segurado por seis pilastras do mesmo material, duas segurando o lado esquerdo, duas o lado direito, e duas de ambos os lados da pequena escada de três degraus que levava ao hall, que possuía várias gardênias, essa flor Kai conseguiria reconhecer em qualquer lugar.

     Ele olhou para trás, tentando encontrar a porta pela qual haviam passado. Ele não sabia exatamente o que imaginar. Talvez uma porta parada no meio do nada? Qualquer que fosse seu pensamento naquele momento, não foi o que viu quando se virou; nada. Não havia porta ou portal, nenhum rastro de que um dia algo existiu ali. Apenas uma árvore com um balanço de pneu pendurado.

     Quando Meg e Kai entraram na casa, não havia nada de muito chamativo, os móveis da sala, o primeiro cômodo da casa, se resumiam a um sofá marrom, uma televisão de LED, de mais ou menos 40 polegadas, e uma mesinha cuidadosamente posicionada no centro da sala, a cima de um tapete Branco felpudo, com detalhes em Preto.

     Havia alguns retratos em cima da estante em que a TV ficava e outros na mesinha.

     Havia três. O único que estava na mesinha, mostrava uma garota de cabelos negros, pele alva e olhos azuis piscina. Ela usava um vestido Preto e Rosa que chegava até um palmo a cima do joelho, e a foto não mostrava seus pés. Ela estava de costas para um penhasco, o vento soprava seus longos cachos negros para trás e ela olhava para a câmera, sorrindo enquanto abria os braços, como a cena do famoso filme Titanic, a diferença era que a garota estava em um penhasco e estava sozinha, exceto por quem quer que tenha tirado a foto. Essa deveria ser Adaline.

     Na outra foto, dessa vez, que estava na estante, não continha apenas ela. Lá também estavam, Meg, e os amigos da mesma; Scott e Maureen. Na foto, todos sorriam e, com uma mão, seguravam um colar com um símbolo do infinito, cada um com o seu em seu pescoço, os exibindo para a câmera, exceto por Scott, que tinha colocado no pulso, e mostrava dali o seu cordão com uma careta.

     Na terceira e última foto, continha Adaline, ela estava num balanço de pneu, o mesmo que estava lá fora, pendurado na árvore, ela sorria, sendo empurrada por um garoto, ele parecia ter a mesma idade que ela, o que deveria ser entre 16 e 18 anos. Ele era levemente asiático, usava roupas casuais, como uma calça jeans e uma camiseta com uma gola V. Enquanto Adaline usava um short jeans com uma camiseta branca solta e um colete também jeans, ela se encontrava descalça, e parecia não conseguir parar de rir, assim como o garoto que, na posição que estava parado, parecia a empurrar no balanço. A foto havia sido tirada de longe, os dois nem deveriam ter percebido que estavam sendo fotografados.

     A casa silenciosa pareceu quase tremer de susto quando o grito estridente de Megan soou pelas paredes de madeira, ou talvez tenha sido apenas essa a reação de Kai quando a ouviu exclamar de repente "Adaline!".

     Por sorte, ela não pareceu reparar na reação do moreno, ou ele provavelmente estaria sendo o alvo de piadas da cupido.

      Passos e rangidos vieram da escada, anunciando a chegada da dona da casa.

     Quando ela entrou na sala, arrumando a saia de cós alto Preta, e se desculpando por ter se atrasado, Kai sentiu um nó no estômago. Não sabia o porquê, apenas sentiu aquela sensação ali, o consumindo e, de repente, não se sentia confortável ali.

     — Eu sinto muito, eu tinha me esquecido. Apenas me lembrei agora... — ela parou e falar ao perceber a presença de Kai ali. — Quem é esse?

     — Adaline, conheça a minha missão. — Meg indicou Kai, como se estivesse apresentando um grande mágico a uma plateia.

     Adaline arregalou os olhos e antes que Kai pudesse fazer qualquer coisa, ela já estava em sua frente, o analisando como se ele fosse um extraterrestre, e ela uma cientista, tentando o entender.

     — Ele é humano? Totalmente humano? — Adaline perguntou, ainda na minha frente, virando meu rosto para olhar para ambos os lados dele. — Ele parece exatamente como nós! — ela exclamou surpresa.

     — Óbvio que sim, nascemos como eles, lembra? — perguntou Evelyn, confusa. — E além disso você sabe que ele não é totalmente humano, e é por isso que ele está aqui.

     — É só que... eu me lembrava de eles serem diferentes. — ela murmurou.

     — Ok. O show acabou. — Kai perdeu a paciência e tirou as mãos de Adaline de seu rosto.

     — Então... Adaline, conheça Malachai Parker. — Megan disse, com a empolgação de volta em sua voz.

     No mesmo momento em que a frase saiu de sua boca, Adaline arregalou os olhos e colocou uma mão na frente da boca, numa óbvia reação de surpresa.

     — O que foi agora? Você lembrava dos nomes deles serem diferentes também? Porque…

     Antes que Kai pudesse terminar a frase, Adaline já havia depositado um tapa no rosto do herege, o assustando.

     — Eu sei bem quem ele é. — Adaline disse dando alguns passos para trás e cruzando os braços enquanto olhava para o rosto perplexo de Kai.

     — Você é maluca! — ele exclamou exasperado.

     — Eu sou maluca? Você que matou sua família toda por que estava com medo de ser substituído! — ela exclamou alto e ele sentiu a familiaridade em sua voz, a reconhecendo. — Você matou todos os seus irmãos e irmãs, e depois de anos, matou aqueles que sobreviveram também!

     Megan estava confusa com toda aquela situação. Ela nunca soube do passado de Adaline, ela não gostava de falar no assunto.

     — Alguém pode me dizer o que está havendo? — Meg perguntou tentando entender o porquê de Adaline odiar tanto Kai. Não era apenas por ele ser um sociopata, e sim algo pessoal, disso Megan tinha certeza.

     Kai riu irônico.

     — Megan. Eu lhe apresento, minha irmã; Adaline Parker


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Notas finais do capítulo

Confusos? Vou explicar tudo no próximo
Qualquer erro me avisem! Duvidas podem perguntar nos comentários!
please comentem pra mim saber se estão gostando, pq eu n sei se tá boa ou n, e me deixa meio pra baixo né, maas...
Então até o proximo!!!
:))



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