Contos 50 Shades of Grey escrita por Mary Kate


Capítulo 3
Conto 3 - Doce Encontro.


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas queridassss!!!
Ai que saudade que eu estava de escrever!
Agora estou super cansada por isso vou só postar esse novo conto
que eu espero que vocês gostem e comentem!
Desculpem qualquer erro, não tive tempo de corrigir
(depois eu vou fazer isso ^^)
Logo mais eu conto o motivo da minha falta aqui...
Excelente leitura ;*



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Conto de Anastácia e Christian.

POV – Ana

Lá vão elas voando livremente. Penso comigo olhando as gaivotas que voam em direção ao horizonte a minha frente. O sol vai se pondo e eu observo a natureza para tentar me abster dos meus problemas. Algumas lágrimas rolam por minha face e sinto meu coração pesado bater compassadamente, passo as mãos no rosto para secas os rastros molhados.

— Dia difícil? – Ouço uma voz masculina ao meu lado, grave, forte e bonita. Olho com as sobrancelhas franzidas, pronta para dar uma resposta atravessada, afinal aqui nesse ponto da baia de Seattle é bem tranquilo, não esperava ser interrompida e muito menos questionada. Mas ao encarar o estranho fico sem graça em ser grosseira, pois é um homem extremamente bonito. De olhos verdes acinzentados e cabelos acobreados ondulados, é bem mais alto do que eu e me olha com ternura.

— Um pouco. – Me limito a dizer e volto a minha atenção para a luz que aparece em rajadas laranjas, com tons de rosa e amarelo intenso.

— Sei como é, as vezes eu venho aqui para pensar também. Desculpe se te importunei! – Fala mais uma vez do mesmo jeito carinhoso, ele passa tanto afeto ao falar que é quase como se já nos conhecêssemos. Respiro fundo e o olho novamente.

— Não, tudo bem. Está tendo um dia desses? – Pergunto tentando entender o que o traz aqui e também o levando a pergunta que me fez para fugir da minha resposta. Ele sorri lindamente e eu quase perco o ar, engraçado estou fascinada por um desconhecido, logo eu que tenho dificuldade em gostar das pessoas. Ele está vestido com jeans, camisa azul e um sobretudo preto por cima que está aberto, por isso vejo o restante de suas roupas. Eu estou com jeans, camiseta polo branca e sobretudo bege por cima, amarrado em minha cintura.

— Não exatamente, algo me trouxe aqui hoje, nem tanto por mim. Mas estava afim de conversar com alguém, o que acha de um café?! – Fala um pouco evasivo, não consigo entender nada e então ele me faz um convite, acho estranho e olho para ele e depois para frente sem saber o que responder.

— É só um café, não precisamos casar e ter filhos! – Fala com bom humor, dando uma pequena risada no final o encaro com os olhos arregalados, ele para de sorrir e me olha com o sorriso no olhar. – Algum problema? – Pergunta.

— Não, é que... deixa para lá! – Tento falar, mas balanço um pouco a cabeça desanuviando os pensamentos, afinal essa é uma frase que eu uso sempre com minha irmã, achei impressionante ele a usar tão espontaneamente, logo o meu próprio conselho. – Tudo bem, tem um café aqui ainda em frente a baia uns duzentos metros a nossa esquerda. – Sugiro e ele continua me olhando daquela mesma forma afetuosa e quase curiosa eu diria, o que me intriga, mas ao mesmo tempo sua presença me dá paz e conforto de alguma forma muito estranha.

— Então vamos! Eu sou o Chris, prazer! – Fala estendendo sua mão para mim, me viro para ficar de frente para ele e estendo minha mão me apresentando com simpatia, pelo menos acho que estou sendo.

— Sou Anastácia, mas só Ana está bom para mim! – Apertamos a mão um do outro e sinto algo especial, diferente que não sei explicar ao apertar a mão dele, é uma energia boa e serena, é como estar em volta em um abraço, algo que parece loucura e nunca senti antes. Ele sorri mais uma vez com grande afeição me olhando nos olhos e assim sorrio para ele também, com timidez. Ele me olha com profundidade e me sinto conectada a ele de alguma forma, é como se já tivéssemos nos visto antes, é como se sentisse algo profundo por ele que ainda não descobri. Uma criança passa correndo com a mãe atrás gritando para que ela pare e com isso saiu do meu pequeno transe e soltamos a mão um do outro. Me viro para começar a caminhar passando a mão em meus cabelos tentando ser mais racional como é de costume, o lindo homem logo está ao meu lado e caminhamos rumo ao café. Andamos em silêncio, talvez ele sinta o mesmo que eu e assim tenha ficado sem graça e sem saber o que falar. Depois de andarmos alguns metros ele pergunta.

— Você já foi a esse café? – Olho para o lado, ele me encara com tranquilidade.

— Na verdade já tomei algumas bebidas de lá, mas sempre para viagem nunca me sentei no local. – Explico esfregando as mãos que agora estão um pouco frias, o sol já se pôs quase totalmente e a temperatura caiu bastante.

— Está com frio? Eu tenho um par de luvas no bolso do meu casaco. – Pergunta ao mesmo tempo em que já pega as grandes luvas pretas de couro do bolso e as estende para mim. O encaro de novo, fico em dúvida, um pouco apreensiva, não costumo confiar nas pessoas e nem já ir aceitando nada delas assim de cara. Ele me olha sorrindo com ternura, nem sei como pode isso, então fico sem graça e estendo as mãos para pegar as luvas. Quando estendo ele repara em minha mão esquerda e pergunta no mesmo tom de antes. – É uma marca de nascença? – Diz alisando levemente o dorso da minha mão, onde uma mancha leve e rosada, fica bem no centro em formato que parece um meio coração, pelo menos é o que minha irmã diz. Para mim é mais para um formato de gota. Seguro as luvas logo para desfazer o contato, não gosto disso, contato físico em demasiado.

— Sim, é de nascença. – Me limito a responder, não vou começar a contar tudo sobre mim assim, mesmo me sentindo tão atraída e confortável na presença dele. Ele dá um risinho e eu o encaro que ainda ri um pouco. – O que foi?! – Pergunto um pouco braba.

— Você não é de muitas palavras né?! – Fala bem-humorado me olhando de lado. Abro a boca para responder, depois fecho, respiro fundo e faço uma pequena careta, então dou de ombros.

— É que não sou uma pessoa muito sociável. – Digo meio sem graça, o encaro e ele balança a cabeça em afirmação, sorrindo sem mostrar os dentes, como se mostrasse que me compreende. Já estamos a poucos passos do café e assim chegamos e nos encaminhamos para uma das mesas. O local é como um quiosque, as mesas ficam todas ao ar livre, mas há um toldo cobrindo uma área, esse café só funciona até o começo do outono o que é algo bem singular, o tornando mais atrativo e especial quem sabe.

— Aqui está bom? – Me pergunta em frente a uma mesa que não é coberta.

— Sim, por mim tudo bem. – Respondo, então ele puxa uma cadeira onde me sento, logo se senta de frente para mim. Uma garçonete logo chega a nossa mesa, ela é caucasiana, baixa, de olhos e cabelos castanhos escuros e um largo sorriso simpático no rosto.

— Boa noite, bem-vindos ao BS Coffe! – Fala e nos dá os pequenos cardápios em material plastificado.

— Eu quero um chay por favor, com pouco açúcar. – Já faço meu pedido, é o que geralmente peço quando estou com frio.

— Qual tamanho? – A moça me pergunta.

— O médio, em embalagem para viagem. – Peço assim porque se a conversa ficar estranha ou chata, pego meu chá e vou embora.

— E o senhor? – Pergunta olhando para o belo homem que me observava com atenção.

— O mesmo que a senhorita, por favor. – Fala com educação, a moça anota e diz que já volta com as nossas bebidas.

— Desculpe ter pedido para viagem, é porque assim é mais fácil para beber por ser uma bebida quente. Prefiro em xicaras só na minha casa. – Explico para que ele não pense que eu sou uma chata maluca. Apesar de que eu nem sei porque me importo com o que ele possa achar de mim.

— Compreendo. Você costuma pedir sempre bebidas de outros países? – Pergunta com curiosidade e me olhando com atenção. Acho interessante ele saber do que se trata o que eu pedi, afinal seria meio ridículo ele pedir o mesmo que eu sem nem conhecer só para fazer charme, ou sei lá.

— Eu gosto muito de chay e nunca bebo café, eu não gosto. Conhece a bebida Chris? – Questiono sem dar muitas explicações só para ver se ele realmente conhece.

— Sim, eu gosto bastante da cultura Indiana! Gosto de culturas diversas no geral, eu sou artista plástico então sou ligado em diversidade. – Fala com satisfação, balanço a cabeça sorrindo, gostei dessa informação. – E você, trabalha com o que? – Agora ele é quem pergunta.

— Sou médica, trabalho no Hospital de Seattle principalmente. Mas já viajei uma época com a cruz vermelha e ficamos um período na Índia, o que me fez ficar familiarizada e apaixonada pela cultura. Sou cirurgiã cardiologista. – Ele me olha com admiração, posso perceber que ele está fascinado.

— Que incrível! E você gosta do que faz? – Pergunta interessado.

— Sim amo! A medicina me preenche por completo. E você gosta do que faz? – Ele sorri enorme para mim, nossa conversa é tão boa e descontraída, é como se estivéssemos ligados e mesmo falando de assuntos corriqueiros é muito gratificante estar aqui com ele.

— Sim demais! Eu amo pintar, fazer peças de arte de materiais diversos, a arte é tudo na minha vida! – Fala com paixão, é quase palpável. Vou fazer outra pergunta, mas a garçonete chega com a bandeja. Coloca a minha bebida a minha frente e um pratinho com dois cookies no centro da mesa, são de cortesia de praxe do local. Mas então quando ela vai colocar o copo do Chris na mesa em frente a ele, um copo cheio de água vira na bandeja e cai na frente da camisa dele toda.

— Ai meu Deus!!! Senhor eu sinto muito, muito!!! É só água, era para mesa ao lado da dos senhores. – Ela diz extremamente sem jeito e eu acabo rindo da cara que ele faz, que é um misto de careta, confusão e alivio. Acho que por ser só água e não nada quente.

— Tudo bem, não se preocupe! Pelo menos foi só água! – Ele fala com humor, mas a moça parece nervosa ainda.

— Está tudo bem, você consegue umas toalhas de papel para gente? – Digo para tentar acalma-la, que me encara ainda aflita, mas sorri.

— Claro, um segundo! – Ela fala colocando o chay dele em sua frente, secando a mesa e correndo para dentro do quiosque. Logo ela volta, o tempo só foi suficiente para que nós dois nos olhássemos sorrindo. A garçonete entrega a Chris várias folhas de papel toalha e se desculpa mais uma vez para depois ir em bora.

— Você se incomoda se eu abrir a camisa para secar melhor? – Pergunta pela primeira vez um pouco sem graça, parece até meio rosado, creio que ficou com vergonha por causa da situação.

— Claro que não, eu sou médica não me incomodo com situações comuns. Ver corpos é mais comum do que você imagina! – Digo com humor e beberico a minha bebida que está ótima como sempre. Ele sorri agora mais tranquilo, talvez ele seja mais tímido do que parece ou só não queria que eu pensasse mal dele tirar a camisa assim de cara, mal me conhecendo. Chris pega algumas folha de papel toalha e seca primeiro o lado de fora da camisa, mas então abre os botões e começa a secar dentro, porém quando ele amaça os papéis molhados na mesa e a camisa fica aberta mostrando seu peito forte e o inicio de sua barriga definida, não é isso que acaba mais chamando minha atenção e sim a grande mancha rosada, em formato de meio coração que ele tem bem em cima do peito onde fica localizado o coração real. Fico boquiaberta, arregalo os olhos e me curvo sobre a mesa para tentar ver melhor, para não achar que estou vendo uma miragem ou coisa louca da minha cabeça. – O que é isso??! – Minha voz sai um pouco exaltada, ele me olha confuso e pergunta.

— O que? – Parece realmente não saber do que eu falo.

— É alguma piada ou brincadeira de mal gosto? Alguém te contratou para fazer uma pegadinha comigo? Olha eu não gosto dessas coisas! Eu realmente não gosto! – Disparo a falar com total desagrado, até mesmo um pouco exaltada. Chris me encara perdido.

— Eu não estou compreendendo o que você está falando! – Diz um pouco alterado também.

— Dessa mancha! Dessa droga de sinal que você tem bem no meio do peito, ou para você não parece familiar?! – Prossigo irritada e retiro a luva e estendo mostrando para ele, que arqueia as sobrancelhas e parece finalmente entender ao que me refiro.

— Ah isso é... – Ele começa a falar mas o interrompo jogando as luvas dele para cima dele que as pega quase quando vão cair no chão, enquanto me levanto da cadeira.

— Não quero saber, seja lá que espécie de brincadeira de retardados seja essa! Aqui está o dinheiro pelo meu chay e... – Dessa vez ele é quem me interrompe.

— Não precisa pagar nada, eu quem te convidei! Eu não estou entendendo o motivo dessa... – Ele tenta falar com exasperação também se levantando, mas prossigo já caminhando para passar ao lado dele para ir em bora.

— Adeus Chris ou seja lá qual for seu verdadeiro nome! Ah e faça o favor de não falar mais comigo caso volte a me ver em algum local público, o que eu realmente espero que não volte a acontecer! – Sou taxativa o olhando nos olhos, ele me olha com tristeza e ao mesmo tempo parece angustiado. Completo minha frase já dando as costas e caminhando.

— Ana por favor me ouça, não é nada disso! – Fala exasperado e eu de costas falo alto já pela distância.

— Esqueça o meu nome! Adeus! – Ando a passos largos para longe dali, mas sinto um misto de sentimentos me abater. A tristeza volta ao meu coração e agora também por ter sentido algo tão bom e surpreendente que durou tão pouco e sinto saudade, mas que não sei pelo que é. Foi tudo tão estranho hoje, ainda mais depois desse doce, confuso e estranho encontro.


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Notas finais do capítulo

Por favor comentem!!!
Estou com muita saudade da interação com vocês!
Sério mesmo :(
Me mandem msgs, recados, presentes hahahaha só quero que vcs apareçam!
Quero voltar logo, até o próximo post
Beijinhuuus ;*



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