Contos 50 Shades of Grey escrita por Mary Kate


Capítulo 1
Conto 1 – Cherry.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amoreees!
Como eu já disse para vocês, tenho muitas estórias na minha cabeça! Porém não tenho tido tempo para desenvolvê-las em fanfics longas, densas e com todo aquele universo e complexidade por trás da estória como eu gosto. Já comecei algumas fanfics onde realmente eu quero desenvolver as coisas completamente porque eu acho que são estórias que merecem isso. Mas para não ficar longe de vocês e como amo escrever! Resolvi fazer pequenos contos com as situações que vira e mexe passam na minha cabeça. Dessa forma se preparem porque poderão ser estórias de qualquer personagem de 50 Tons de Cinza e eu poderei postar sempre que algo legal passar pela minha cabeça!
Serão as fanfics mais diversas, desde estórias doces e mais leves, até estórias bem pesadas ou tristes! Espero que vocês gostem e queiram embarcar comigo nessa! E caso algum conto renda muitos comentários e pedidos ele pode virar uma fanfic completa, só depende do amor de vocês!
Estou muito feliz por começar mais essa nova fase! Sejam bem-vindas ao mundo dos Contos 50 Shades of Grey!
Uma ótima leitura ;*



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Conto de Anastácia e Christian.

POV – Ana.

— Não, é oitocentos dólares e nenhum centavo a menos! – Digo com frieza e rispidez, encarando o homem branco, que aparenta mais de sessenta anos, com poucos cabelos que por sua vez são grisalhos, bêbado a minha frente. Ele caminhou até mim cambaleando, em sua mão uma garrafa de vinho barato já quase vazia, sua roupa uma camisa social surrada e suja, uma calça folgada quase caindo e chinelos. Seus olhos vagando por meu corpo, apesar de que deve estar tão bêbado que mal sabe o que está fazendo.

— Ooooh pirincesa! Deixa deee serrr durona vaaai! Eu tenho xem... cem doletas! Vai diiizer que isso nãuum paga... não paga... neeem uma chupetinnnha?! – Diz vindo meio torto em minha direção, tento me afastar enquanto faço uma careta, mas ele para um bebum até que é rápido e agarra no meu braço.

— Me solta seu verme!!! – Grito e puxo com força sua mão a tirando do meu braço, que droga! Penso comigo, já falei um valor absurdamente maior do que eu cobro justo para ver se ele me deixava em paz e mesmo assim esse nojento não para de me encher o saco. – Sai de perto de mim seu abutre!!! Ou eu vou chamar o Bill para dar um jeito em você! – Digo alto e com raiva, o encarando de braços cruzados. Ele arregala os olhos e entende o recado. Essa área é das garotas do Bill, que tem uma fama de impiedoso e cruel, todos sabem que ele é um cara perigoso, logo qualquer um tem medo. O beberrão então fala uns palavrões desconexos assim como tudo que ele tenta dizer e sai caminhando, depois de alguns passos cai de cara no chão, depois se levanta e volta a andar sem nem perceber que perdeu um dos chinelos. Até que sinto pena, mas não posso fazer nada. Ajudar cada bêbado que já apareceu querendo um programa seria impossível! Além do mais tenho que me preocupar com a minha vida e resolver os meus problemas. Respiro fundo e olho para todo lado, a rua está parada, já é bem tarde e o movimento está muito fraco hoje. Não sei, talvez seja porque é meio de semana. A maioria das garotas que vieram para o calçadão hoje já conseguiram agarrar os poucos clientes que passaram e acabou só restando eu e mais duas colegas, eu acho que hoje meu humor não está atraindo ninguém. Estou com um mau humor terrível desde que acordei hoje no meio da tarde, nem sei porque... só devo ter acordado de ovo virado. - Quer saber... vou comer alguma coisa Tieny! Mais tarde eu volto! – Comunico minha amiga, ela me olha sorrindo e responde.

— Falou garota, traz alguma coisa para mim quando voltar! – Com seu habitual jeito bem-humorado e espontâneo me responde puxando a saia, bem curta de tecido elástico, para baixo já que a mesma insiste em ficar subindo. Ela é negra, tem trinta e quatro anos, um lindo sorriso, é cheinha, tem os seios bem grandes e usa sempre perucas, assim como eu.

— Ok! Vai querer algo também Xante?! – Pergunto a outra amiga, ela é asiática, deve ter mais de um e setenta e cinco de altura, já que é bem mais alta do que eu, está com um vestido branco bem justo e curto e com um casaco de pele falsa marrom, bem peludo por cima. Usa os cabelos naturais pretos, muito lisos e que caem sobre seu bumbum, soltos ao vento.

— Não, valeu! O meu cliente anterior me fez comer um monte de coisas: hambúrguer, batata frita, sorvete, nuggets e até onion rings! Segundo ele tem fetish em ver mulher comendo! Aproveitei para encher a barriga, se bem que agora estou um pouco enjoada... mas valeu a pena! Ele me pagou o dobro! – Fala feliz, mas também passa a mão na barriga reta e faz uma careta pelo tanto que comeu.

— Garota! Se alguém me paga para comer eu nem sei qual seria minha reação! – Tieny fala com os olhos esbugalhados, nós rimos e enquanto isso vemos Drisha se aproximar com a feição abatida.

— O que houve?! – Pergunto a minha amiga que possui a mesma idade que eu, vinte e dois anos, mas ela é nova na profissão, começou há poucas semanas.

— O cara quis fazer anal, mas ele tem o pênis enorme! Tô toda dolorida...ai! – Fala com desânimo e visível cansaço, e só de tocar o bumbum, colocando a mão sobre a saia jeans faz uma careta e uma pequena exclamação de dor.

— Mas eu já te disse para dizer não quando não quiser algo também! – Digo segurando em seus braços e a olhando nos olhos com carinho.

— Eu sei, mas eu percebi que ele era do tipo truculento e não ia dar certo dizer não. – Diz com tristeza e seus olhos ficam cheios de lágrimas. A abraço com carinho, ela retribui. O nome verdadeiro dela é Mia, nos conhecemos a exatamente o mesmo tempo em que ela veio trabalhar aqui, mas nos tornamos amigas inseparáveis. Até a convidei para morar comigo, já que ela estava até sem ter onde passar a noite quando apareceu aqui no calçadão. Todas nós usamos nomes falsos, apelidos, como forma de proteção.

— Shiii... não é fácil! – Ouço a voz de Tieny.

— Amo um pau enorme, mas para anal no começo é complicado mesmo! – Xante também comenta.

— Vá para casa, descanse o resto da noite! – Ao falar isso enquanto nos olhamos e seguramos nas mãos uma da outra, um capanga do Bill sai de dentro da boate, vem em nossa direção e fala com sua grosseria e voz mandona habitual. Ele é muito alto, muito forte, careca e caucasiano.

— Que palhaçada é essa aqui?! Circulando!!! O Bill disse que a meta da semana vai dobrar, então é melhor vocês mexerem essas bundas inúteis! – Ao falar isso, todas o encaramos com espanto. E falamos ao mesmo tempo várias coisas de uma vez.

— Não é justo cara! A gente já trabalha demais! –

— Nós não temos como pagar o dobro essa semana Roul! –

— O que?! Tá de sacanagem comigo!!! -

— Mas isso vai ser impossível! – Digo cruzando os braços. Ele nos olha sombriamente.

— Calem a boca e vão trabalhar vadias! – Cospe as palavras nos encarando com intimidação, nos afastamos uma das outras com as expressões diversas: entre medo, tristeza e raiva. Então ele se vira e entra de volta na Bamboo Bar. Droga! Penso comigo, como vai ser isso agora?! Respiro fundo, um carro se aproxima e é Tieny quem vai até ele, após um pouco de conversa ela entra e vai embora com o motorista. Meu estômago ronca e decido realmente ir fazer o meu lanche, quem sabe andando até a lanchonete tenha mais sorte.

— Meninas estou indo para minha pausa, vão querer algo?! – Digo caminhando, elas somente me encaram e balançam a cabeça em negação. Sigo pela calçada, é uma rua de atividades principalmente noturnas. Há bares, restaurantes mais diversificados, com serviços que geralmente os restaurantes não oferecem, como cabines onde as pessoas podem jantar enquanto assistem outras transando e até mesmo ir participar. Há boates, além da Bamboo Bar tem mais duas casas de shows de mulheres, que é como o Bill gosta que chame, onde garotas fazem estripe tise entre outras coisinhas, então apesar dos olhares direcionados a mim, as pessoas já estão acostumadas à nossa presença. Chego em poucos minutos a Barbecue, entro pela porta de vidro, o ambiente está quase totalmente vazio. Só tem um senhor barbudo e de cabelos longos brancos, sentado em uma mesa próximo a porta. – Oláaa! – Saúdo meu amigo que está no balcão, ele é o dono do estabelecimento que funciona até as três da madrugada. Caminho e me sento em minha mesa de sempre no fundo da lanchonete.

— E aí Cherry?! O que você vai querer hoje? – Tom me pergunta falando alto por nossa distância, olhando para mim. Ele é um cara super legal. Sempre me tratou bem e com respeito, tem olhos castanhos expressivos, é negro, muito alto e usa os cabelos cortados bem curtos, deve ter mais de quarenta anos. Está com uma regata com uma camisa de manga por cima aberta, como sempre. O encaro sorrindo, já nos conhecemos há três anos o tempo que venho fazendo o que faço para ganhar dinheiro.

— Tem torta de amora e sorvete de creme? – Pergunto sobre meu preferido.

— Claro! Saindo uma porção de torta de amora com sorvete no capricho! – Fala bem-humorado já se virando para ir preparar o meu pedido. Respiro fundo e retiro a peruca rosa chanel, depois solto os meus cabelos castanhos que ficam na altura do meu pescoço. Faço uma massagem em meu couro cabeludo e escuto que alguém entra na lanchonete. Olho para trás e vejo um homem muito bem vestido, de terno, gravata e incrivelmente bonito se sentar umas três mesas antes da minha, atrás de mim. – Boa noite senhor! Gostaria do que nessa linda noite? – Tom pergunta, enquanto caminha até mim com meu prato em mãos.

— Só um café. – Fala olhando para o celular. – Aliás, não, prefiro uma água... tem tônica?! – Pergunta e nesse momento olha para cima, seu rosto é perfeito, seu queixo bem desenhado, seus olhos são profundos, seus cabelos são acobreados e cortados baixinho. Ele é calmo, porém tem algo de sério e indecifrável.

— Creio que sim, só um momento. Bom apetite Cherry! – Depois de olhar e responder para o homem, me encara e sorri apontando para meu prato ao colocá-lo na minha frente a mesa.

— Valeu Tom! – Digo o encarando, então me concentro em minha deliciosa refeição. A torta é maravilhosa, o sorvete que é feito pelo meu amigo a completa divinamente bem! Fecho os olhos a saboreando, gemendo um pouco baixinho enquanto degusto com felicidade e prazer. Ao abri-los vejo que o homem me encara pelo espelho a minha frente. Já que a parede toda do final do estabelecimento é espelhada. Fico sem graça, sinto-me corar. Ele permanece me olhando com atenção e uma expressão que não consigo decifrar, seus olhos parecem lerem até meus pensamentos. Então abaixo meu rosto e me concentro em meu prato. Logo eu que estou acostumada com os homens e nunca me afeto pelos mesmos estou me sentindo tão incomodada. Os minutos se passam e Tom já levou a água para o homem, termino minha torta com sorvete e me levanto levando o prato até o balcão, meu amigo está limpando a mesa do senhor barbudo que já foi embora. Vou até o banheiro e lá recoloco minha peruca rosa, retoco o gloss clarinho em meus lábios, mas meus olhos com lápis preto os delineando em baixo não precisam de retoque. Ajeito meu vestido preto justo, curto e tomara que caia em formato coração e saio do banheiro. Caminho pelo restaurante, passo pela mesa do cara bonitão sem olha-lo e vou para o balcão. Estou mexendo em minha pequena bolsa dependurada em meu ombro, sua alça é cumprida de modo que ela fica ao lado do meu quadril, Tom chama minha atenção.

— Ei Cherry! Não precisa pagar, hoje é por conta da casa. – Fala olhando para mim com carinho.

— Mas Tom! – Digo o encarando um pouco sem graça. – Eu faço questão! – Pego as notas da minha bolsa e coloco a mão sobre o balcão, ele segura minha mão a fechando.

— Não, é sério Cherry! Eu sei que quando você vem antes da meia noite aqui é porque as coisas estão difíceis. Você é cliente VIP merece um brinde de vez em quando! – Fala e pisca com graça para mim. Sorrio um pouco emocionada, mas rapidamente disfarço.

— Tá bom, então até amanhã! – Digo e guardo o dinheiro na bolsa. Ando em direção a saída e ao chegar a porta olho para trás e sorrio para Tom, balanço a cabeça e falo obrigada baixinho. Ele acena e eu saio da Barbecue. Caminho pela rua, resolvo atravessar e caminhar no Park West do outro lado da rua. Quando estou andando um rapaz vem até mim, ele é jovem, bonito, alto, tem os cabelos castanhos lisos caindo sobre o pescoço.

— Oi moça, boa noite! – Diz parando em minha frente.

— Oi! – Digo e sorrio. Ele sorri de volta e passa a mão nos cabelos.

— Você faz programa né?! – Pergunta e eu balanço a cabeça afirmando que sim. – Eu e meus amigos estamos buscando uma garota para passar algumas horas com a gente, o que você acha?! – Ele fala com interesse, me olhando com luxuria dos pés a cabeça.

— Depende de quantos caras são e com quantas garotas seriam? – Pergunto colocando as mãos na cintura.

— Seria só você, nós queremos uma só e somos três. – Fala com tranquilidade. Normalmente eu não aceitaria, nem cogitaria esse tipo de programa, mas como essa semana o Bill quer o dobro do que nos cobra por semana vou ter que aceitar.

— Tenho que ver seus amigos primeiro, esse não é o tipo de programa que eu pego geralmente. Vai sair bem caro para vocês! – Respondo a ele com sinceridade, ele balança a cabeça em afirmação.

— Ok, vem comigo! – Ele diz e me chama com a mão, ao mesmo tempo em que caminha para o lado em que eu já estava indo antes. Andamos um pouco e chegamos num local para estacionar, há vários carros e dois homens brancos vestidos com camisetas com siglas de faculdade estão parados ao lado de um. Um está de boné, o outro tem os cabelos pretos. Os dois também são bonitos, mas me encaram de uma forma mais invasiva do que o que me chamou. – Esses são Stivie e Mike, eu sou o Benny. – Ele os apresenta e si apresenta.

— E aí?! – Digo acenando com a cabeça para cada um. – Vocês estão pensando em fazer o que exatamente? – Eles me encaram, o de boné dá uma risada estranha e esfrega as mãos uma na outra.

— Tudo docinho, queremos serviço completo! – Ele diz com sua voz grossa, mas um pouco aguda.

— Eu não faço DP de nenhum tipo! E esse programa vai custar três mil dólares. – Explico de antemão que não farei dupla penetração e peço um valor alto porque já sei que provavelmente vão querer pechinchar.

— Tá bem carinho em boazuda! Que tal mil e quinhentos?! – Dou risada pela cara de pau do tal Mike de querer que eu diminua o preço pela metade.

— Não obrigada. – Digo e caminho em direção a rua, eu não sou idiota. Esse tipo de cara de república de faculdade é um saco, querem de tudo, demoram de gozar e nunca me fazem chegar nem perto de ter prazer. Ouço eles discutirem lá atrás, então o Benny corre até mim e segura meu braço.

— Ah gata! Não faz isso com a gente... é um sonho nosso! Tudo o que nós temos é dois mil! – Fala com a expressão dengosa. Sorrio e vejo os outros dois se aproximarem.

— Para pagar dois mil para essa vadia tem que ter pelo menos DP na buceta! – O tal Mike fala olhando para os amigos. Sorrio com raiva e respondo.

— Eu não vou fazer, procurem outra! Boa noite! – Ao me ver falar isso ele tenta vir para cima de mim, os outros dois o seguram, eu caminho rápido para longe, eles ficam se embolando e gritando, o Mike briga com os outros enquanto eles tentam acalma-lo. Ele acaba escapando, ouço seus passos correndo até mim que não tenho tempo de correr, logo sinto sua mão puxar meu cotovelo e ao me virar dá um murro em meu rosto, caio no chão sentindo minha têmpora latejar. Os amigos dele rapidamente chegam e o seguram, antes que ele faça algo mais contra mim. Coloco a mão em meu olho sentindo doer bastante, os encaro com fúria. Mas então ouço alguém vir correndo de trás de mim e gritando com uma voz grave e imponente.

— Ei!!! Deixem ela em paz, vou chamar a policia seus filhos da puta!!! – Os três olham com espanto e saem correndo para o carro deles, rapidamente estão cantando pneus indo rua a fora.

— Ah! Que inferno! Seus imbecis, filhos da puta!!! Merda!!! – Grito ainda sentada no chão, estou com tanta raiva. Esses sim merecem uma lição do Bill! Deixa que apareçam de novo por aqui, o que eu acho muito difícil que aconteça. Então vejo o dono da voz potente ficar de frente para mim, para minha surpresa é o cara gato da lanchonete. O olho com os olhos arregalados de surpresa. Ele estende a mão para mim.

— Deixe-me te ajudar a levantar! – Fala me olhando com uma expressão que não sei decifrar. Não seguro em sua mão e me levanto sozinha.

— Obrigada, mas eu não preciso da sua ajuda! Sei me cuidar sozinha! – Digo e bato as mãos no bumbum limpando, me viro e começo a caminhar.

— Tem certeza?! Não foi isso que pareceu agora! – Ele fala com desdém. Me viro para o mesmo que me encara, sorrio com deboche, depois o respondo com seriedade.

— Nunca precisei de você, nem ao menos te conheço! Se manca cara! – Ele caminha até mim e para em minha frente.

— Tudo bem... então que tal um programa?! – Me pergunta sua expressão séria e vazia.

— O que?! Você quer um programa? – Digo incrédula, ele afirma balançando a cabeça sem mudar de expressão ou postura. – Por que? – Pergunto sem entender, para que um homem tão bonito e aparentemente rico vai querer isso?! Deve ter todas as mulheres do mundo aos pés dele, a hora que quiser, ele com certeza não precisa.

— Porque sim, não sabia que teria que preencher uma ficha antes. Eu pago dez mil dólares para você passar a noite inteira comigo. – Ele fala com sua postura inatingível. Mas eu acho isso muito estranho, abro minha boca em um O de incredulidade, mas depois me recomponho rapidamente e franzo as sobrancelhas.

— É muito, você tem tudo isso?! – Pergunto mais para provoca-lo, já que ele exala dinheiro, luxo e poder. Ele coloca as mãos no bolso e fica ainda mais empertigado.

— Eu posso pagar muito mais! Está achando pouco?! Eu dobro. – Fala sério, então começo a achar que ele deve estar de brincadeira comigo ou é algum maluco, já que é dinheiro demais, não que ele não tenha. Mas deve gostar de fazer coisas estranhas demais.

— Não sei não, olha eu não faço bizarrices! – Já comunico e ele faz uma breve expressão de bom humor.

— Que bom! Eu não sou adepto de bizarrices! Vamos ou não?! – Ele diz e depois pergunta com seriedade. Penso alguns segundos, mas como vou recusar tanto dinheiro, isso vai resolver a minha vida!

— Ok! – Digo simplesmente.

— Por aqui. – Ele fala e começa a andar, me viro e vou atrás dele. Em alguns passos estamos entrando no seu carro do outro lado da rua, onde o motorista o aguarda já com a porta aberta.

...***...

Uau! Penso comigo, mas sem demonstrar expressões. Olho todo o quarto do hotel luxuosíssimo em que estamos. Já que é o melhor hotel da cidade, ainda por cima estamos na suíte presidencial. Caramba quanto luxo! Caminho pela sala de estar, é como um apartamento dos sonhos, é incrível, lindo, enorme, com móveis estonteantes. Acabamos de chegar e eu só consigo pensar que ele provavelmente é o cliente mais rico que já tive! Ou pelo menos um que queira gastar com a garota de programa com quem ele está. Já estive com alguns milionários, mas são sempre excêntricos, gostam de algumas coisas estranhas e apesar dos hotéis ou iates de luxo, com certeza esse é o lugar mais ostentoso em que já pisei.

— Gosta do lugar? – Ouço a voz grave me perguntar. Olho para trás ele está no bar servindo um whisky para ele.

— Sim, bonito. – Digo dando de ombros, não sou do tipo de expressar muita coisa, nem de demonstrar minhas reais emoções ou sentimentos.

— Quer uma bebida? – Pergunta colocando uma pedra de gelo na bebida dele.

— Eu não bebo em serviço, a menos que seja alguma fantasia ou desejo seu. – Explano de forma um pouco mais sensual e coloco minha pequena bolsa sobre o sofá.

— Não é o caso, mas o que acha de um vinho?! Tenho um excelente Chateau Blanc aqui! – Fala me olhando com a expressão um pouco menos séria do que antes.

— Certo. – Aceito e me sento no sofá ao lado de onde coloquei a minha bolsa. Ele serve a minha taça de vinho, caminha até mim, entrega-me a bebida, depois se senta em uma poltrona ao lado do sofá em que estou. Coloca o copo na mesinha ao lado e começa a afrouxar a gravata. Bebo meu vinho em dois goles, é delicioso, refrescante e com certeza a coisa mais cara que já bebi. Mas estou acostumada ao álcool e não sinto nenhuma diferença em meu estado físico ou mental. Coloco a taça vazia no chão e já estou indo em direção a ele, que me encara jogando o paletó para longe de onde estamos. Olho para ele de forma sensual, ando vagarosamente e ao chegar bem em frente a suas pernas me agacho, seguro em seus joelhos e mordo os lábios olhando em seus olhos. – Como gosta de ser chamado? – Pergunto alisando seu joelho e suas coxas. Ele me encara com seriedade, parece me analisar, depois retira minhas mãos de suas coxas e se levanta bruscamente. Acabo caindo sentada no chão. – O que foi?! – Pergunto um pouco confusa, sabia que esse cara tinha algo de estranho, querendo me pagar tanto assim, vai ver quer que eu o coma com uma cinta-caralho, ninguém merece! Um homem tão bonito... e eu achando que era minha noite de sorte.

— Nada! Mas eu gosto de ter o comando, então vá para o banheiro e tome um banho. Coloque o roupão e vá para o quarto! Ah, sem essa peruca! Também passe ao redor do seu olho uma pomada que vai encontrar em cima da pia para pancadas e hematomas. – Dita as ordens de costas para mim, sem nem olhar para trás, depois caminha sem olhar para mim indo até a mesinha e pegando seu copo com whisky, vira o restante da bebida de uma só vez e caminha para sair da sala indo para outro cômodo da enorme suíte. Me sinto ofendida, afinal ele acha que estou suja?! Que sou alguma porca?! Mas não posso brigar, esse dinheiro é muito importante para mim! Além do mais não ligo muito para nada mesmo, não sinto que a essa altura da vida ainda possa ter sentimentos, muito menos por um homem! Não vou me sujeitar a nada do que eu não queira, mas um banho já faz parte de qualquer jeito do cronograma antes do programa.

— Como quiser! – Ao falar já me encaminho para o quarto, que fica depois de uma porta dupla. O lugar também é lindo, é como estar em um cômodo de capa de revista dessas chiques de mansões de celebridades, a cama enorme em dossel fica bem no centro, vou para uma grande porta a direita após subir um degrau e adentro o banheiro mais lindo que já vi. – Uau! Eu poderia morar nesse banheiro! – Digo depois de fechar a porta e ir mais adiante no espaço todo em mármore branco com tons em bege e dourado. – E eu acho que ninguém nem ia perceber! – Completo meu pensamento – Era só me esconder cada vez que viessem limpar... – Dou risada e vou para frente da pia, o espelho recobre toda a parede, o ambiente é tão iluminado e claro que me vejo de forma que eu nunca vi antes. Até me estranho um pouco, olho bem para mim, me encarando no espelho como a outra pessoa. – Então essa é você! Prazer Cherry! – Digo olhando para mim, pálida como a lua, magra com as saboneteiras bem a mostra, um vestido colado ao corpo, justo e já surrado. Minha peruca rosa, já está menos pigmentada e meus olhos estão com o lápis preto borrado, estou quase um panda e nem fazia ideia. E para completar um roxo forte bem na lateral do olho esquerdo, em forma de meia lua como se abraçasse o formato do meu olho. – Babacas de merda! Se aparecerem de novo vou fazer questão de os entregar para o Bill! – Digo encaminhando meus dedos para tocar no local. – Ai! – Exclamo ao sentir doer quando toco, minhas unhas são bem curtas, faço questão de as manter assim, é mais prático e fácil de cuidar, principalmente quando não se sabe o que um cliente pode pedir. Então retiro a peruca e o vestido, por baixo estou com um conjunto de calcinha e sutiã confortável, mas um pouco sensual com renda, é bacaninha apesar de um pouco velho, é roxo e no momento orna com meu olho. Os retiro também e decido aproveitar o banho ao máximo. Entro no box que daria para fazer uma festa com várias pessoas de tão grande e ligo o chuveiro que cai água como uma cachoeira. Estou cada vez mais tentada em morar nesse banheiro! Dou risada do meu pensamento e acaba entrando água no meu nariz, me angustia, a sensação é terrível. Logo espirro duas vezes e tudo melhora. Molho os cabelos e os lavo com um xampu de grife que tem dentro do box, passo condicionador e tomo banho com um delicioso sabonete liquido com cheiro de lavanda. Acabo minha ducha e já me sinto uma nova mulher, poderia conquistar o mundo nesse momento! Saio do box e depois de me secar e vestir um roupão macio como as nuvens no céu, seco meus cabelos com secador. Os penteio no final e ficaram macios e sedosos como nunca. Da forma como os sequei ficaram um pouco revoltos, meio ondulados, gostei bastante, mas jamais usaria assim para sair com algum cliente, com os clientes eu sou a Cherry! Cada noite uma peruca e com cada homem uma personagem. Então procuro na pia pela pomada que ele mencionou e a encontro logo mais a frente na bancada. Acho estranho, para que esse tipo de pomada para hematomas sempre a mão?! E percebo que já foi usada, já que a bisnaga se encontra pela metade. Desenrosco a tampa, pego um pouquinho e passo ao redor do meu olho, fecho a pomada e a coloco sobre a pia novamente. Se esse bonitão misterioso for algum doido, uso meu spray de pimenta nele e ainda o entrego para o Bill. Respiro fundo e saio do banheiro. Ao passar pela porta o vejo sentado numa poltrona em frente a uma parede que fica bem distante da saída do banheiro, mas posicionada de frente para a mesma. Assim nossos olhos se encaram de cara, ele sorri sem mostrar os dentes me olhando de cima a baixo. Está vestido em um roupão como eu, dou alguns passos até ficar em frente aos pés da cama e nesse momento ele se levanta, agora me dou mais conta de que ele é bem mais alto do que eu. Já que minhas sandálias de salto quinze ficaram junto as minhas roupas no banheiro. Ao parar na minha frente ele encara o meu rosto, e levanta a mão devagar, meu coração se acelera e eu nem sei o porquê. Seus dedos acariciam minhas bochechas e depois sobem delicadamente até o machucado, ele alisa o lugar com as pontas dos dedos. Me reteso e ele fala.

— Calma, tem que esfregar a pomada até que seja absorvida pelo corpo! Assim o efeito é mais rápido. Você não esfregou. – Deixo que ele continue esfregando com leveza, mesmo que me cause um pouco de dor, afinal já que é necessário... e não posso ficar trabalhando com um roxo no rosto, logo no rosto! O bonitão fixa seus olhos nos meus enquanto faz o processo, percebo que eles são de um verde acinzentado, é como os olhos de um lobo, uma fera selvagem. – Pronto. – Ele fala com a voz serena e para de esfregar as pontas dos dedos na minha pele, percebo nesse momento que tinha prendido a respiração e volto a respirar. Desvio meu olhar rapidamente e me afasto dele, vou para longe e ao ficar virada de frente para ele abro meu roupão e o deixo cair rápido aos meus pés. Ele respira fundo me olhando com desejo posso ler seus olhos, apesar de sua expressão ser a mesma o tempo todo. Ele parece um homem pouco expressivo, sempre sério, mas ao mesmo tempo gentil.

— E então, como quer ser chamado?! – Pergunto passando as mãos por meus seios, descendo por minhas costelas, minha barriga chapada, graças aos meus exercícios e meio que a pouca alimentação também, e subo pelo mesmo percurso de volta. Ele sorri pela primeira vez, chega a ser um risinho, meio safado, meio sínico, meio difícil de entender, já que ele aperta os olhos me encarando e coloca o indicador e o polegar apertando o lábio inferior.

— Grey, me chame de Grey! – Diz já vindo em minha direção rapidamente, me pegando no colo e levando até a cama, me joga nela e abre o próprio roupão em pé, o deixando cair no chão ao lado do móvel. Ele está nu e claro olho para seu corpo rapidamente, ele é ainda mais lindo sem roupa. Seu peito é forte e definido, sua barriga definida em gominhos, que formam um tanquinho tão perfeito que poderia lavar roupa nele, seu quadril másculo, suas coxas são grossas e definidas, seus braços são grandes e musculosos. E o principal tem um pau lindo, longo por volta dos dezenove centímetros, grosso, um pouco mais que a maioria, e uma linda glande rosada que acompanha com perfeição o corpo do membro. Fico admirada, paus assim são raros! Os chamamos inclusive de pau troféu. Mas agora preciso saber se ele sabe usar bem o presente perfeito que ele tem no meio das pernas. Não posso deixar de perceber que ele tem muitas tatuagens, no corpo quase todo, mas que com roupas sociais ou de frio, no caso como ele estava usando a primeira opção, dá para esconder perfeitamente. Então ele se deita rapidamente sobre mim, uma mão vai para o meu rosto e sua boca vai indo em direção a minha, mas o alerto rapidamente.

— Eu não beijo! – Digo já colocando uma mão na frente dos lábios dele. Ele franze as sobrancelhas me encarando com seriedade. – É sério, beijos não fazem parte do programa. Esse tipo de toque faz as coisas parecerem românticas e não é o caso! – Explico com naturalidade, a mesma que aplico todas as noites para falar a mesma frase. Ele faz uma pequena expressão facial, como se desse de ombros, não ligando. Então abaixa o rosto indo para o meu pescoço. Lambe devagar e sinto um pouco de arrepio, é gostoso e decido me deixar levar. Quero sentir prazer essa noite! Grey então desce as lambidas, sugando um pouco e lambendo levemente até chegar nos meus seios. Ele segura cada um com uma mão e intercala lambidas, mordidas e sugadas entre os dois. Isso me leva ao delírio, tenho muita sensibilidade nos seios, tanta que posso ter orgasmos só através deles. Ele chupa com mais força e sinto uma contração no meu baixo ventre, o prazer aumenta cada segundo mais, ele continua ao ouvir um gemido saltar dos meus lábios, e então morde mais forte ao perceber que me contorço embaixo dele. Nesse momento ele massageias meus seios com as mãos ao mesmo tempo em que investe mais forte e rápido com a boca e eu gozo, um orgasmo forte e que me faz tremer levemente, enquanto gemo baixinho. Ele dá risada, como se estivesse satisfeito e me vira rapidamente me colocando de quatro. Vou mencionar a camisinha, mas o vejo pegar uma de cima do criado mudo. Ele é rápido em vesti-la e logo o sinto se posicionar atrás de mim, então ele me penetra de uma só vez. Duro e forte, vai até o fundo, o sinto completo dentro de mim, não posso negar o prazer, gemo apertando o travesseiro em que meu rosto está em cima. Ele também geme.

— Porra você é apertada! Que delícia! – Fala e dá um tapa em minha bunda, então se move devagar, lentamente sai de mim e entra de novo. Abro a boca gemendo contra o travesseiro, ele geme rouco mais uma vez. Então aumenta a velocidade gradualmente até que nossos corpos se chocam com rapidez e destreza, ele aperta as mãos grandes e firmes em meu quadril, enquanto eu aperto o travesseiro e os lençóis gemendo alto. Quando estou sentindo que estou prestes a ter outro orgasmo ele para, me puxa e quando dou por mim já estou em pé com as mãos espalmadas na parede, com a bunda empinada para cima, com uma de suas mãos segurando em meu pescoço pela frente e outra em meu quadril. – Posso te apertar? – Pergunta com a voz ofegante em meu ouvido, sinto que ele entra em mim vagarosamente.

— Sim. – Dou permissão e já sinto a mão em meu pescoço segurar com mais força. Eu gosto, gosto de sexo mais bruto e pesado, gosto de tapas e afins, me excita muito. Algum tempo passa e suas investidas se tornam mais rápidas e sua mão que estava em meu pescoço passa a segurar meu cabelo como um rabo de cabalo firme. Gememos alto e logo estou o ordenhando com um orgasmo maravilhoso, que me deixa até de pernas bambas. Sinto que ele fica mais rígido, a mão do meu quadril aperta meu seio esquerdo, apalpa e massageia, depois volta para o meu quadril. Então ele puxa meu cabelo com mais força e sua respiração fica entrecortada, sinto que ele goza, pela diferença da camisinha dentro em seu membro dentro de mim. Ele geme um pouco mais alto e puxa o ar, depois para de se mexer. Sai de dentro de mim rapidamente, ouço seus passos e olho para trás. Reparo então que em suas costelas em direção as costas há alguns roxos enormes que parecem estar começando a sumir. Procuro me desligar do que vi, afinal não é da minha conta, apesar da curiosidade que me intriga. Ele caminha até o criado mudo e logo volta. Me viro e ele ainda ereto já está com um novo preservativo vestido. Me puxa pelos braços, beija meu pescoço, lambe e morde de leve. Então se senta na cama e me direciona para que me sente em seu membro, ainda tão duro como antes. Me posiciono sobre ele, depois seguro seu pau com uma mão o conduzindo para dentro de mim, me sento olhando para seus olhos, ele segura meu rosto com as duas mãos e me observa. Abro a boca levemente gemendo baixinho, ele não tira a atenção do meu rosto. Ouço um gemido sair da sua garganta então se inclina e suga os meus seios, morde um pouco os mamilos e já sinto que posso ter outro orgasmo. Nesse momento ele rapidamente me deita na cama e abre minhas pernas que ficam dobradas por causa da posição anterior. E assim ele me penetra de novo, com força e agilidade. Logo ele passa a espalmar as mãos na cabeceira da cama e me penetra com mais força e rapidez.

— Quero que goze falando meu nome! Olhe para mim Cherry! – Dita as ordens me encarando, fico um pouco espantada, pois não falei meu nome para ele. Mas lembro que ele deve ter ouvido lá na lanchonete. Gemo e direciono as minhas mãos para os meus seios, os aperto e massageio, as contrações vão se tornando mais fortes, chegando mais perto e suas estocadas são firmes e vigorosas. Abro minha boca gemendo mais alto e ele também geme sem tirar os olhos de mim. Sinto que meu orgasmo mais se apoderar de mim, quando contrai meu corpo com força e grito.

— Grey!!! – Ele me encara com luxuria e investe mais algumas vezes, quando seu orgasmo chega ele enterra seu rosto em meu pescoço segurando uma mão em meu pescoço e outra em meu quadril com força. Estoca com mais força e ofega rápido. Depois relaxa completamente e se joga deitado ao meu lado. Respiro fundo e mordo a parte de dentro dos meus lábios, pensando como valeu a pena. Fazia tempo que não era tão bem comida! Então ao sentir que meu corpo está forte outra vez me levanto da cama, ele me encara, vejo que a segunda camisinha cheia já está no chão.

— Aonde você vai?! – Pergunta com seriedade.

— Vou me arrumar para ir embora. – Digo normalmente. Ele se senta na cama e me olha com a mesma expressão de antes, séria e vaga difícil de entender.

— Eu disse que pagaria pela noite inteira! – Fala pausadamente, como se quisesse me recordar.

— Sim eu sei, mas já passam das quatro horas da manhã. Achei que já tivéssemos finalizado por hoje! – Explico.

— Você não aguenta mais é isso?! – Pergunta levantando as sobrancelhas com um pouco de deboche. Faço um pequeno som ram, sem abrir a boca e vou indo devagar até parar em sua frente.

— Você não sabe o quanto eu aguento! Isso aqui para mim não foi nem o prato principal! – Digo séria e com altivez. Ele parece gostar, então se levanta e me pega no colo, me levando com as pernas cruzadas em seu quadril para encostar de costas na parede com força.

...***...

Olho para a enorme janela de vidro e vejo o dia já claro, Grey está deitado em cima das minhas costas, pela primeira vez começo a sentir sono. Olho para o relógio no criado mudo e já são mais de seis e meia da manhã. Fizemos sexo nas mais diversas posições em todos os móveis do quarto. Esse foi meu sexto orgasmo e eu preciso muito comer e dormir. Ele se levanta das minhas costas e ouço a sua voz rouca perguntar.

— Então Cherry qual o seu nome verdadeiro? – Respiro fundo pensando que isso não é da conta dele, sinto um cheiro familiar e viro o rosto. Ele está sentado na cama, encostado a cabeceira com um cigarro de maconha nos lábios. Me levanto da cama e respondo indo para o banheiro.

— É Cherry! – Entro no cômodo e tranco a porta. Tomo outro banho como o da noite, só que mais rápido, seco os cabelos e coloco minha peruca. Constato que o roxo realmente está bem melhor então passo mais da pomada milagrosa, esfrego como aprendi com ele que é o correto e logo estou completamente vestida, igual a como cheguei. Saio do banheiro e ele não está no quarto, vou então para a sala de estar, pego minha bolsa de cima do sofá e o vejo vir de outro cômodo, já vestido com uma camisa branca, terno e grava cinzas. Caminha com sua postura altiva, elegante, ereta e com um envelope amarelo e volumoso em uma mão. Para a alguns passos de mim, nos olhamos nos olhos.

— Aqui está seu pagamento, como combinamos. Mas te dou um bônus, bem generoso, se me falar seu verdadeiro nome! – Fala me olhando seriamente. Sorrio e estico a mão para pegar o envelope, ele me entrega eu analiso para ver se realmente o valor está correto, depois o guardo em minha bolsa. O olho nos olhos e respondo com minha naturalidade.

— Não é da sua conta Grey! Meu nome é Cherry. – Sorrio e vou em direção a porta, ouço um leve riso e sua voz grave e tranquila como antes.

— Espere, meu motorista vai acompanha-la. – Olho para trás e ele parado no mesmo lugar só se vira de frente para mim.

— Não precisa, eu sou bem grandinha! Já sei me cuidar sozinha! Adeus Grey. – Respondo e pisco para ele, ele não muda sua expressão de sempre, séria, mas serena e ao mesmo tempo parece me analisar. Então abro a porta e saio para o corredor. Um homem parado a porta, engravatado e que me parece o mesmo que dirigia o carro do Grey ontem me segue, paro e me viro olhando para ele. – Não preciso de baba! Já avisei ao seu chefe! – O comunico que parece pensar se prossegue ou se volta. – Pode ir de volta para ele! – Digo já me virando. – Não vem atrás de mim! – Falo alto enquanto caminho, logo chego a porta do elevador. Solicito e olho para trás o homem sumiu, as portas da caixa de metal se abrem, adentro rapidamente e penso como foi prazerosa e recompensadora essa noite.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Responderei aos coments ;)
E até o próximo conto!
Bjinhuuus ;*



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