Diante da Ruína escrita por Eterno Ronin


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Historia curta grossa e ruim.



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                O mundo está acabando e um garoto e uma garota aproveitam sua última refeição em meio ao caos.

                O céu sobre suas cabeças foi tingido de carmesim. Incontáveis meteoritos daquilo que um dia foi a lua caem sobre a superfície criando crateras. Era uma visão linda, como mil estrelas cadentes riscando o horizonte de uma só vez. A cidade estava completamente devastada. Os inúmeros corpos empilhados fediam. A população humana fora massacrada por criaturas de origem desconhecida. Armas biológicas, demônios, aliens, não importava o que eram. Aqueles monstros sedentos por sangue de aparência horrenda caçavam e matava qualquer coisa que se movia.

                Cientes do inevitável, dois jovens ao invés de entregarem-se ao desespero dividiam o lanche que um deles havia trago pela manhã, antes de tudo aquilo começa. Era um simples sanduíche acompanhado por um suco de laranja, mas já que seria a última refeição de ambos esse se tornou o cardápio mais especial do mundo inteiro.

                Sentados no chão cada um degustava metade do sanduíche. Não perguntara o nome um do outro, afinal, que diferença isso faria naquele momento? Apenas comiam em silencio, contemplando o fim de tudo. Gigantes de aparência humanoide e muito bizarros podiam ser visto a quilômetros de distância. Seus corpos robustos eram cobertos por grossas capas ósseas, possuíam dentes pontiagudos e tortos e não tinham bochechas. Nuvens de insetos gigantes moviam-se ligeiras devastando o que encontravam pela frente. Nem mesmo estatuas ou edifícios restariam. Cada traço de nossa existência seria varrido da história. Inexplicavelmente (tal como tudo ali) os dois jovens sentiam que o próprio universo estava se desfazendo.

                ─ Hey, você tem algum arrependimento? ─ perguntou a garota.

                ─ Certamente sim, só não consigo lembrar de nenhum ─ respondeu o garoto.

                ─ Nada mais importa agora.

                Duas mãos gigantes, negras e com garras abriam uma fenda na terra, de lá saiam serpentes, vermes e criaturas tão repulsiva que a simples visão causava náuseas.

                Os jovens ergueram os seus copos plásticos com suco de laranja e fizeram um brinde. O céu se tornava um misto de cores únicas, indescritíveis e até então inexistentes. Enlouquecidas todas as monstruosidades pela face da terra se contorciam enlouquecidamente como em uma macabra dança.

                O garoto e a garota olharam um para o outro e sorriram. Seus sorriso transmitiam mais do que mil palavras. Quando o próprio tempo e espaço estava prestes a findar-se disseram:

“Estou feliz em ter te conhecido.”


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