catch up with the sun (but it's sinking) escrita por houdini


Capítulo 3
III: espectros solares de ponta-cabeça aos seus pés.


Notas iniciais do capítulo

Olá, como vai? Esse é o último capítulo da coletânea. ♥ Eu realmente me diverti bastante escrevendo tudo isso, çlsakdçaskldsa, e senti que realmente valeu a pena passar essa história a limpo. Quem teria imaginado.

Prompt: Casamento. Boa leitura!



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c o r r e r a t r á s d o s o l — III

É durante a hora do chá que Jonathan bate na porta de seu quarto e o chama para ir ao jardim da mansão. Uma surpresa atitude, de certa forma, uma vez que Dio pensou que ele ficaria ocupado aquele dia inteiro.

Não há real razão para recusá-lo — não outra que ele sendo Jonathan — então Dio o segue em direção ao lugar destinado. Uma vez lá, ele se senta em uma cadeira, observando o outro se espelhar em seu movimento.

É óbvio que há algo suspeito sobre aquele encontro; ou senão Jonathan não estaria tão nervoso quanto aparenta estar no presente momento.

“Então,” Dio começa assim que Jonathan coloca um pouco de chá para ambos, “O que você quer?”

Jonathan engole em seco. “É suficiente dizer que eu quero sua companhia...?”

Olhando-o da cabeça aos pés, Dio segura a xícara de chá que lhe é oferecida. Por pouco, ele não ri. “Não.”

Embora ele aprecie o clima e o chá obviamente não feito por Jonathan, ir direto ao ponto é a única coisa que passa pela sua cabeça no momento. Não é como se perder tempo ali, ainda mais com ele, fosse de seu agrado, afinal.

“Ah, que situação... você não pode me dar um tempo?”

Dio coloca a xícara sobre o pires logo após sentir o gosto do chá lhe invadir a boca, com impaciência. “Foi você me chamou até aqui. Só fala logo.”

Fazê-lo se irritar provavelmente não é a intenção de Jonathan, mas aquela indecisão toda, como consequência, o faz.

“Hã... m-muito bem, então.” Jonathan respira fundo, procurando se acalmar. “Dio, você...”

Jonathan segura sua mão — a mesma a qual Dio supostamente usaria para pegar a xícara na mesa de novo — e o contempla com aqueles olhos azuis difíceis de serem evitados. Uma insolência tamanha. Aquilo quase o faz se levantar do banco em que está sentado, contudo...

“Dio, você se casaria comigo?”

Cada sílaba, tão bem pronunciada, inesperadamente faz parecer que o mundo parou por um instante eterno. E, preso naquele segundo, tudo o que Dio consegue fazer é observar Jonathan pegar uma caixinha de dentro do bolso do seu casaco e oferecê-lo o que está dentro dela — o mais dourado de todos os anéis dourados que ele já viu.

Não é sua cabeça lhe pregando peças, ou uma brincadeira. Tudo é real. Tudo acontece. Tudo coexiste.

Levaria uma vida inteira para Dio entender o porquê.

“...Dio? Tudo bem?” Jonathan o chama, preocupado.

Dio não o responde, mas pega a caixinha de suas mãos com exasperação ao passar a analisar aquela... proposta. Aceitar significaria passar o resto de seus dias com Jonathan. Seria cravar uma sentença. Para sempre.

É difícil dizer se está preparado para algo daquele tipo. Entretanto, não é de seu feitio ser relutante. Por isso, com um singular sorriso de escárnio, Dio volta a prestar atenção em Jonathan. “Então, você quer se casar comigo?”

“Sim,” Jonathan confirma, resoluto, mas com o rosto vermelho de vergonha. “E quero saber sua resposta... quando você tiver uma.”

No fim, ele realmente diz isso. Realmente diz que ele, Dio, não tem uma resposta. Como ele se atreve a chegar àquela conclusão?

“Espere, Jojo. Não se precipite.”

“Então, você...?” Jonathan pergunta, com um fio de esperança na voz.

“É tolice sua pensar que eu diria sim.” Dio gira a caixa, agora fechada, entre os dedos. “Mas não é uma surpresa. Você é um tolo, afinal.”

“O que? Por que você está me insultando do... nada.”

Jonathan para de falar quando nota que, apesar das palavras ríspidas de Dio, o anel que comprou anteriormente agora veste o dedo anelar do outro de maneira magnânima.

“Você parece patético, Jojo.” Dio ri.

“Mas, mas...” Jonathan procura ler sua expressão facial, sem chegar à resposta alguma. Ainda assim, com um suspiro aliviado, comenta, “Fico feliz que tenha servido.”

Dio comentaria alguma coisa se as palavras de Jonathan não o fizessem sentir um arrepio correr por debaixo de sua pele.

“Dio, hoje é nosso aniversário de casamento!” Jonathan grita com animação.

Giorno pisca os olhos, a curiosidade logo o tomando. Ele observa Dio sem dizer uma palavra, esperando silenciosamente um pronunciamento dele ao cortar a carne do prato.

Isso de novo não, Dio pensa, procurando ignorar aquele ocorrido. Logo ele percebe que é quase impossível fazer isso quando dois pares de olhos o miram com uma insistência admiravelmente irritante.

“Ah, isso.” Ele diz ao bebericar um pouco do vinho em sua taça. “É claro que me lembro. O dia que comemoramos o momento mais patético da sua vida, não é, Jojo?”

“Ei, não fale assim!” Jonathan replica. “Fora que foi você que aceitou, lembra? Ou se esqueceu disso?”

Dio para por um segundo. Uma vez que observa de soslaio Giorno segurar uma risada, daquela vez, admitiria para si mesmo que Jojo ganhou.

“Quero saber mais dos detalhes, se não se importam.” É a única coisa que Giorno diz ao olhar para seus pais com expectativas de descobrir mais sobre o tal dia.

No final das contas, o assunto se torna uma vergonha para ambos mais tarde.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!



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