Zeros e Uns escrita por Creeper


Capítulo 5
Capítulo 4: Coração partido e números quebrados


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo! Velho, eu tô só o título desse capítulo, meu Deus... Não aguento mais isso não kkkk
Enfim, olá, xuxuzinhos!
Espero que gostem e tenham uma boa leitura sz!



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12hrs56 de 3 de agosto

 

— Você fez o que?! – André questionou surpreso.

— Já repeti várias vezes. – fiquei brincando com a alavanca da cadeira, a abaixando e a levantando.

— Lucas! – mamãe gritou e pude ouvir seus passos apressados vindo em direção ao nosso quarto. – Por que você atirou um...

— Fui impulsivo, desculpa. – a interrompi, não estava nem um pouco a fim de escutar perguntas ou sermões.

Mamãe respirou fundo e balançou a cabeça com desaprovação.


       – Filho... O que eu faço contigo? – deu um sorriso fraco. – Entendo que você só queira se defender, mas... – tremeu os lábios. Ela ficou em silêncio durante um tempinho. – Se eu receber mais uma ligação do colégio, diga adeus ao seu computador.

Cerrei os dentes e contive a vontade de rebater. Naquele momento eu não cheguei nem a pensar em Quod Creature, mas sim no andamento de meu jogo. Eu não podia viver sem um computador, era a minha maior forma de trabalho para tudo!

— Mãe! – levantei-me, porém, congelei no lugar ao observar seus olhos marejados.

Talvez fosse a TPM ou talvez fosse só decepção mesmo. Não deveria ser agradável para a mamãe receber reclamações todos os dias. Nada de bom vinha do telefone de casa e pelo visto, de mim também não.

— Tudo bem... – suspirei derrotado. – Vou me esforçar. – falei com incerteza.

— Obrigada. – ela disse. – Eu e Marta estamos voltando para o trabalho, não se esqueçam de limpar tudo depois de almoçar. – afastou-se.

— Droga, só porque eu estava louco para jogar mais coisas no Matheus! – André resmungou.

Dei uma risada abafada e revirei os olhos.

— Não sei como aquele cara tá sempre disposto a nos importunar sendo que ele não consegue nem se manter de pé de tanto sono. – comentei.

Quanto ao desmaio dele no meio do corredor, eu apenas tive de ajudar uma inspetora a carregá-lo à enfermaria e não vi mais a cara dele até a hora da saída.

— Ele é um saco. – André jogou-se em sua cama.

— Já sei, vamos viver em um mundo sem Matheus a partir de agora! – sugeri. – Fingimos que ele não existe e nossa vida já melhora alguns porcentos.

— Quem é Matheus? – ele brincou.

— Esse é o espírito. – ri.

 

xXx

 

Passei o resto do dia tentando planejar meu jogo enquanto André ficava resmungando sobre a Paulinha.

— Chama logo ela para sair. – murmurei sem interesse enquanto passava o elástico vermelho pelas tarraxas no mural improvisado.

— T-Tá louco?! – nem precisei olhar para trás para saber que ele estava corado.

Recuei alguns passos para contemplar o resultado de minhas pesquisas e... Tava uma merda. Havia ligado o elástico vermelho em tarraxas aleatórias para mesclar as informações como naquelas séries policiais, na minha cabeça havia ficado legal.

— Como dói meu coração... – André disse com a voz abafada, provavelmente estava com o rosto afundado em um travesseiro.

— Cara, eu estou tentando me concentrar aqui. – bufei e arranquei o elástico de uma só vez.

O pior de tudo era que eu não sabia de nada! Não sabia que história usar, qual seria o formato ou qual sequer seria o intuito do jogo! Eu estava atirando no escuro.

“Objetivar sem um plano só o torna um sonhador. E sonhadores não são muito convincentes.”, um personagem do mangá que André gostava, disse uma vez.

Eu me sentia perdido e só piorava o fato de eu ficar me pressionando o tempo inteiro. Pensando assim, eu não havia superado minha fase dos 15 anos. Parecia que minha cabeça ia explodir!

Agarrei o mural improvisado e o escondi atrás do guarda-roupa.

— Ah, meu Deus, eu não creio que estou evitando um mural. – afundei o rosto nas mãos.

Deus, ou tu me leva agora ou me interna, sem condições de continuar assim.

— Você é meio doidinho, né, Lucas? – André brincou.

Eu precisava distrair a cabeça com alguma coisa ou ia ficar maluco.

— André, é hoje que tu perde o cabaço bucal. – falei a primeira coisa que me veio à mente.

— QUE?! – ele gritou e levantou-se automaticamente.

— Vamos na casa da Paulinha. – penteei meus cabelos molhados de suor para trás.

Foi difícil arrastar o André até a rua debaixo, mas no fim ele acabou cedendo. Até que era bom respirar fora de casa, mesmo que minhas narinas ardessem com o ar abafado.

— Eu tô nervoso! – ele balançou as mãos suadas.  – E se ela me rejeitar?!

— O máximo que pode acontecer é um “não”. – fui chutando as pedrinhas que encontrava pelo caminho.

— Um “não”, um coração partido e uma dor incessante! – André pulou na minha frente.

— Céus, que dramático. – dei uma risada abafada e segui caminho.

— Você já se declarou alguma vez, por acaso? – ele questionou. – Tipo, você não tem cara de quem é especialista nesse assunto... Afinal, por que eu estou deixando você me levar para a casa dela?! – arregalou os olhos.

— Porque eu não aguento mais ouvir seus murmúrios irritantes e preciso me distrair. – dei de ombros.

— Sabe, você deveria pensar em chamar alguém para te ajudar com esse jogo, alguém para dividir o estresse. Eu não, claro. Isso é coisa de nerd. – André tentou equilibrar-se no meio-fio.

Falou o garoto que dormia com a colcha do Naruto.

— Eu não tenho ninguém além de você, Paulinha e nossas mães. – eu disse. – E nenhuma dessas opções está interessada em passar noites em claro para me ajudar.

Ou seja, voltamos a estaca zero. “Zero,”... Não o respondi na noite anterior, mas isso não tinha relevância.

Chegamos em frente ao portão branco desbotado que rodeava a casa azul de Paulinha e sua vó. Havia um jardim malcuidado com flores murchas, plantas secas e pedaços de azulejo velho. Lá era fresco, então costumávamos ficar ali para jogar conversa fora.

Batemos palmas e escutamos a voz distante de nossa amiga gritando um “Já vai!”.

Olhei ao redor, observando as crianças brincando na rua e alguns adultos carregando sacolas ou passeando com cachorros. Morávamos em uma vizinhança calma, não havia nada de suspeito. Bem, o que eu esperava encontrar? Caras encapuzados carregando aparelhos futurísticos me observando? Porque era bem assim que eu imaginava os criadores de Quod Creature.

— Ah, oi, garotos! – Paula apareceu acompanhada de outra garota, as mãos dadas uma a outra.

Ambas estavam sujas de tinta cor-de-rosa e Paulinha tinha seus cabelos pintados e bagunçados sobre uma toalha manchada.

— Essa é a Denise, ela veio me ajudar a retocar a cor de meu cabelo. – Paula disse ao notar que eu e meu irmão ficamos em silêncio. – E ela é minha... – deu um sorrisinho tímido.

A tinta rosa dava um contraste na pele escura de Denise, seus dreadlocks caíram por seu rosto quando ela acenou com a cabeça para nós dois.

Desviei meu olhar para o meu irmão, o qual estava inteiramente vermelho, com as bochechas infladas, olhos arregalados e punhos cerrados.

— Namorada. – Paulinha pigarreou. – Pretendia apresentá-la a vocês no meu aniversário. – riu sem jeito e abriu o portão.

Eu senti uma pontada dolorida no estômago e uma sensação de culpa me engoliu abruptamente. Sabia que aquela frase havia acertado André como um tiro. De bazuca.

— O que vieram fazer aqui? – ela prendeu seus cabelos rosados em um coque.

— N-Nós... – minha voz saiu como um sussurro.

E antes que eu pudesse impedir, André saiu correndo sem dizer nada. Cerrei os dentes e bati com a mão na testa. Eu havia dito a ele que o máximo que podia acontecer era um “não”, mas isso foi bem pior!

— Desculpe, nos falamos no colégio. – falei brevemente e corri pela mesma direção que meu irmão.

Com meu jeito nada atlético e corpo cansado, cheguei em casa alguns minutos depois de André. Ele havia deixado a porta aberta e estava jogado no sofá, os braços cobrindo o rosto.

Hesitei e engoli em seco antes de falar. Fechei a porta e sentei-me no outro sofá, retirando meus tênis lentamente.

Certo, André tinha razão: eu não era especialista naquele assunto. Não sabia nada sobre paixões, relacionamentos ou foras. Droga.

— Ei, cara... – disse baixinho. – Ah, foi mal... – suspirei.

— Eu me senti tão ridículo por pensar que podia dar certo. – André murmurou. – E agora tá doendo. – grunhiu. – Tá doendo muito.

— Você tá chorando? – perguntei receoso.

— N-Não! – ele murmurou, a voz anasalada.

Levantei-me e fui até a cozinha, procurei por uma panela no armário, os alumínios encostando-se produziam um barulho alto. Coloquei a panela no fogão e comecei a pegar os ingredientes: manteiga, achocolatado em pó e leite condensado.

— O que está fazendo? – André encostou-se na parede de braços cruzados e uma expressão abatida. É, ele estava chorando.

— Algo para melhorar o seu humor. – respondi preparando a mistura.

Marta havia me contado que quando André estava mal, ela fazia brigadeiro e escutava ele desabafar. Nos quatro anos em que moramos juntos, isso sempre funcionou.

 

xXx

 

15hrs31

 

— Eu gostava muito dela... – André choramingou.

 

15hrs45

 

— Acho que nunca mais vou gostar de alguém. – colocou uma colher de brigadeiro na boca.

 

16hrs06

 

— Mas tem as garotas do Quod Creature, elas gostaram das minhas cantadas! – balançou a colher lambuzada.

 

16hrs20

 

— Só que nenhuma delas deve ter cabelo rosa e cheirar a lavanda! – ele afundou o rosto em uma almofada.

 

16hrs53

 

— Será que eu sou muito chato para ela? – perguntou indignado. – Ou muito feio?!

 

17hrs00

 

— Algum dia alguém vai me amar?! – raspou o brigadeiro queimado nos cantos da panela.

— Claro, você é demais. – bocejei. Meu corpo estava todo dormente e dolorido depois de tanto tempo sentado na mesma posição com a cabeça de André sobre minhas pernas. – Eu te amo, cara. – acariciei seus cabelos.

— Isso foi muito gay, Lucas. – André fez uma careta. – Igual a você. – brincou.

Revirei os olhos e dei um tapa em sua testa. Não que André soubesse de alguma coisa, não mesmo.

— Continua com o seu desabafo, ainda temos quatro horas até Quod Creature começar. – desviei o olhar.

— Não quero jogar hoje, estou na bad. – ele fez biquinho.

— A gente vai precisar de muito cuspe para colar esse coraçãozinho! – comecei a mordiscar minhas unhas. – Ei... Me desculpa de novo... – resmunguei.

— Não foi sua culpa. – André cruzou os braços. – Bom, mais ou menos, porque você me arrastou para lá. Mas eu também sou culpado por não ter tomado uma atitude antes... E... Seria pior ficar sabendo mais tarde quando minhas expectativas estariam maiores. – sussurrou chateado.

Um sorriso brilhou em meus lábios e eu abracei a cabeça daquele bobão apaixonado.

— Isso foi tão maduro, André! Agora sim, você agiu como um verdadeiro jogador de Quod Creature! – afaguei freneticamente seus cabelos avermelhados.

— O que tem a ver?! – notei um rubor em suas bochechas. Ele corava com facilidade e a cor de sua pele não ajudava a disfarçar.

— Você é muito inteligente, estou até orgulhoso. – empurrei sua cabeça delicadamente para que pudesse ficar de pé. Senti todas as minhas juntas estalarem, me fazendo cerrar os dentes.

— Para com isso, idiota. – André bufou e desviou o olhar.

 

xXx

 

Naquele dia, o tema das perguntas na primeira, segunda e quarta rodada eram acontecimentos passados, mas não algo de milhões de anos atrás e sim na faixa de dez anos.

O quebra-cabeça tinha 90 peças, confesso que demorei bastante tempo para resolvê-lo e meus olhos estavam cansados.

Por fim, a última rodada, aquela de questão aberta, nos pegou de surpresa.

 

O que é o amor?

 

— Como assim? – a voz de André saiu rouca.

Afastei-me da tela, perplexo. Era paranoia minha pensar que aquela pergunta havia sido feita especialmente para André. Sim, era paranoia. Não havia ninguém nos observando na rua e o jogo foi programado há muito tempo, né?

Fixei meu olhar na webcam coberta pela luva velha, meu coração começou a acelerar e minha respiração tornou-se irregular.

— Que merda é essa, Lucas?! – André perguntou com a voz esganiçada.

— Foi só uma coincidência. – balbuciei.

Espalhar um terror só o torna mais real. Eu não precisava de dois adolescentes apavorados naquela altura do campeonato. Eu só precisava perder propositalmente e convencer André a perder também, então estaríamos livres.

Comecei a digitar respostas aleatórias que faziam o computador vibrar e avisos laranjas aparecerem. O último aviso era vermelho, o único que eu parei para ler.

 

Haverá consequências para aqueles que perderem.

Principalmente aos que fizerem de propósito.

 

Fechei os olhos com força, meu estômago embrulhou-se e o suor frio escorreu por minha face. Uma sensação ruim percorreu todo o meu corpo, me deixando com vontade de esquecer tudo o que estava acontecendo e desligar.

Eu fiquei com medo de verdade. Desde o início eu soube que aquele jogo não era bom e mesmo assim continuei. Burro, burro, burro!

Meu coração estava quase saltando do peito de tão palpitante, coloquei a mão cerrada sobre ele e engoli em seco.

— Lucas?

O toque de André em meu ombro me trouxe de volta à realidade em um susto.

— Parece que viu um fantasma... – ele murmurou e direcionou seu olhar para a tela antes que eu pudesse cobri-la.

Meu irmão ficou em silêncio durante um tempinho, seus olhos estavam arregalados e suas íris tremiam. Ele colocou a mão em frente a boca e curvou-se um pouco, tinha vontade de vomitar sempre que sentia pavor.

— R-Responde. – ele murmurou e engoliu em seco.

 

Era a minha última tentativa, entretanto, eu não conseguia pensar em uma resposta grandiosa. Meus dedos trêmulos pressionaram as teclas com pesar ao digitar: “Um sentimento que pode machucar e aquecer corações. Um sentimento manipulador.

Afinal, era isso que havia acontecido horas atrás.

Suspirei aliviado (e um pouco preocupado) quando minha pontuação surgiu na tela e eu recebi o aviso de que fui aprovado.

— Cara, o que vamos fazer? – questionei, a voz saindo como um fio. – Eu disse que isso era doente. – uma de minhas pernas balançava freneticamente com o nervosismo.

— O que vamos fazer é não perder o jogo. – ele disse baixinho. – E, olha... Eles não podem fazer nada conosco, não é? – abriu um sorriso nervoso e mentiroso. – Vamos levar na esportiva, eles só não querem perder mentes brilhantes à toa. – virou-se de costas para mim.

Conhecendo André do jeito que ele era, sabia que ele estava mais assustado do que eu e costumava se envolver em uma bolha de positividade, onde tudo era cor-de-rosa e acabava em um final feliz. Ele adorava mentir para si mesmo para escapar da realidade. Era um pouco triste, se parasse para pensar.

Contudo, em algo eu acreditava que ele estava certo... Os criadores de Quod Creature não podiam fazer nada contra nós. Devíamos estar a quilômetros de distância deles e mesmo que eles soubessem quem éramos, não passávamos de pequenos grãos de areia no deserto.

Para desencargo de consciência, André cobriu a câmera frontal de seu notebook com uma fita adesiva e eu tratei de fechar bem a janela. Será que estávamos condenados a viver com medo?

 

01hrs55 de 4 de agosto

 

Passou algum tempo, bebemos chá de camomila feito por mamãe para acalmar os nervos e voltamos à frente das telas.

— O que está fazendo? – quebrei o silêncio que havia se instalado entre nós desde o susto.

— Tentando me distrair, conversando com minhas novas amigas. – André deu um sorriso de canto. – Tipo, se a gente esquecer toda essa parada sinistra de observação, até que tem uma galera bem gente boa no chat, você deveria tentar. – deu de ombros.

— Você está melhor? Sabe, em relação a tudo. – indaguei preocupado.

— Meu coração não vai se curar da noite para o dia, mas acho que estou conseguindo aguentar. – ele jogou seu corpo para trás, afundando-se no colchão. – E... Quanto a tensão do jogo, comentei com algumas garotas e elas disseram que também estão assim. Acho que é normal se sentir incomodado no início. De qualquer jeito, nós não vamos morrer.

Não sei se foi o efeito da camomila ou o sorriso mais leve de André, mas me senti bem melhor. Se eu estava com o meu irmão, estava tudo bem, não é? Eu iria perder mais parafusos se continuasse insistindo naquela paranoia irreal.

Passeei meus olhos pela tela sem graça, eu havia caído três lugares no ranking. Enquanto esperava o sono me consumir para que eu pudesse me jogar em um canto aleatório da casa sabe-se lá como, cliquei no chat de “Zero,”, meu único “amigo” no Quod Creature. O círculo verde ao lado de seu nome indicava que ele estava online.

Havia mais uma mensagem dele, enviada na noite anterior, um pouco depois de eu ter desligado o computador.

 

Zero,: Quem sou eu? Quem você acha que eu sou?

 

Certo, além de solitário, ele era doidão ou só alguém perdido em filosofia. Apostava na primeira opção. Fiquei mais aliviado ao lembrar de que ele tinha a minha idade (e de que não podia mentir sobre ela), não corria o risco de ele ser um pedófilo maníaco solitário doidão.

Digitei com leveza e simplicidade.

 

Sem Saída: Você é “Zero,”.

 

Zero,: É um nome irônico, na verdade.

 

Sem Saída: Hum?

 

Zero,: Zeros e uns. Linguagem binária. É como se zeros e uns fossem dois padrões opostos. Como homens e mulheres, brancos e negros, heterossexuais e homossexuais etc. Mas entre esses zeros e uns, existem uma infinidade de números, assim como entre homens e mulheres existem os gêneros fluídos, entre brancos e negros existem os pardos, entre heterossexuais e homossexuais existem os bissexuais e por aí vai.

 

Zero,: Eu estou entre zeros e uns, sou algum número “quebrado”. Por isso a vírgula.

 

E eu achando que era só um erro de digitação. O maluco era quase um gênio!

 

Sem Saída: É um raciocínio interessante. Também me sinto assim, mas estou mais para um número “perdido”. Afinal, nessa infinidade, não há como encontrar todos.

 

Zero,: Perdido, “Sem Saída”... Você é algum tipo de suicida ou algo assim?

 

Confesso que sua pergunta me pegou de surpresa. Ter pensado em se matar o torna um suicida? Isso é meio confuso.

 

Sem Saída: Não... Meu irmão achou o apelido descolado, mas não tem tanto significado quanto o seu.

 

Zero,: Jogo bizarro, né?

 

Sem Saída: Totalmente.

 

Zero, está offline.

 

 

Fiquei um tempo encarando a tela, me perguntando o que havia acabado de acontecer e aonde “Zero,” teria ido. Ele tinha um papo maluco e estranho, mas não era de todo ruim.

Cansado e todo quebrado, desliguei o computador e torci para acordar apenas de manhã em um lugar não tão esquisito.

 


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Notas finais do capítulo

E então, curtiram ♥? Comentem o que acharam, eu ficaria muuuuito feliz, ajudem essa alma depressiva a sorrir, minha gente!
Até o próximo capítulo!
Bjjjs.
—Creeper.