Tu mirada - Lm escrita por Débora Silva


Capítulo 8
☆ Capítulo oito ☆


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores ♥



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— O que lembrou? De sua família? Você vai embora e me deixar? - falou nervoso segurando a mão dela.

Maria tocou o rosto dele e sentiu que ele tremia e o abraçou antes de contar o que era importante.

— Maria, eu... - ele nem sabia o que dizer.

— Eu, não vou a lugar nenhum! - o soltou e o olhou nos olhos. - Mas você precisa saber que eu tenho um marido!

Aquelas palavras foram como um tiro em seu coração e ele ofegou se afastando dela, sentou melhor na cama sentindo o coração disparar e Maria esperou por suas palavras, sabia que estavam mais envolvidos agora com o beijo do que nunca. Sabia que o dia que "encontrasse" sua memória e fosse embora, ele sentiria como um louco a sua falta e ela a dele, mas naquele momento ela não queria pensar em nada negativo apenas queria viver naquele mundo que parecia tão dela e dele que apenas esperou que ele reagisse.

"Um marido" era o que soava em sua mente enquanto a olhava sem saber o que dizer, ela era de outro? Claro que era ou não estaria grávida, queria se socar com aquela revelação que já era tão esperada e ele não sabia. Levantou bufando e passou as mãos no cabelo como se estivesse sendo traído, mas não tinha traição ou tinha? Sua cabeça dava voltas e voltas naquele momento e ela ficou de pé e foi a ele o pegando pela mão e o fazendo sentar novamente.

— Estevão, eu não te quero assim! - tocou seu rosto carinhosa. - O que vem a minha cabeça é que ele não era uma boa pessoa e por isso eu estava sozinha... - falou o que sentia seu coração.

— Eu beijei uma mulher casada? - estava sentindo tantas coisas que foi o primeiro que conseguiu dizer.

— Eu também te beijei... - foi simples. - Acho melhor a gente dormir. - se afastou dele. - Foram muitas coisas para um dia só!

Ele apenas assentiu porque não sabia o que dizer e foi para sua cama e deitou de costas para ela depois de dar um "boa noite". Maria suspirou e se arrumou melhor na cama tocando sua barriga e fechou os olhos para dormir e Estevão demorou em dormir pensando nada com nada e a noite se foi... Assim como alguns dias que no começo foi bem estranho para ambos já que Estevão se manteve longe e conversava apenas o essencial isso quando não saia bem cedo e chegava bem tarde para não encontrar com ela acordada.

Mas Maria sempre estava acordada e preocupada com ele e o cobrou por ficar tanto tempo fora de casa e aos poucos eles foram se entendendo e o riso foi ficando mais fácil novamente e ele se acostumou com a ideia que ela era casada, mas não se aproximou mais mesmo sentindo a necessidade de sentir seus lábios. Maria aos poucos foi lembrando-se de seu passado, mas era tudo muito vago e ela não entendia muita coisa e também não falava com ele para não preocupar já que eram coisa de sua juventude.

Já na cidade Geraldo sorria sempre largo com o filho que estava a caminho e Fabíola tinha a chance de ser uma dama da sociedade como sempre quis ser e deixou de ser a secretaria para viver junto a ele num apartamento porque a casa era de Maria e ficaria vazia até o dia de sua volta para o acerto de contas.

(...)

QUINZE DIAS DEPOIS...

Estevão chegou com um grande sorriso em casa, era por volta das duas da tarde e ela se assustou por vê-lo ali àquela hora, mas ao ver que ele sorria deixou o corpo relaxar, ele foi a ela e ajoelhou na frente do pequeno sofá e beijou a barriga dela e o bebê chutou como sempre. Ele se sentia pai daquele bebê e a olhou segurando em sua mão.

— O que aconteceu? - ela falou ainda deitada.

— Vamos passear? - tinha um sorriso que podia matar ela de amor. - Você está bem? - a ajudou a sentar a barriga já pesava bastante e não saber quanto tempo levava de gestação complicava um pouco.

— Estou bem! - sorriu. - Vamos passear onde? - ficou de pé com ele a laçando pela cintura como se dançasse e ela sorriu com o jeito dele. - O que aconteceu?

Ele gargalhou e a girou em seus braços e ela sorriu entrando na dança com ele que ficou tão próximo mesmo com a barriga atrapalhando.

— Você é linda! - ele falou sem conseguir se conter e ela sorriu com as bochechas ficando coradas. - Eu queria te beijar... - falou num sussurro próximo a bochecha dela que fechou os olhos esperando aquele beijo.

Maria nada falou apenas virou o rosto encontrando seus lábios e um beijo calmo foi trocado entre eles que dançavam a melodia do amor que nascia entre eles e era tão maravilhoso aquele sentimento que ela deixou seus braços o envolver e o beijo ficou ainda mais intenso com eles envolvendo as línguas com ainda mais amor. Ele grunhiu em seus braços apertando sua cintura e a soltou ou iria muito alem daquele beijo.

— Meu Deus... - ele falou com um sorriso. - Troca de roupa ou eu não respondo por mim... - estava sendo verdadeiro naquele momento e ela sorriu sentindo seu corpo todo responder a ele.

Ela o olhou nos olhos e o tocou no rosto era tão lindo e perfeito que ela não conseguia nem falar e apenas se afastou indo para o quarto, vestiu um vestido florido uma sandália e saiu com os cabelos já arrumados e ele sorriu dando a mão a ela que segurou e os dois saíram depois que ele trancou a porta.

— Aonde vamos? - caminhava ao lado dele de mãos dadas como se fosse um casal.

Ele sorriu e a olhou.

— Vamos ao parque comer algodão doce, maça do amor e muitos doces! - estava empolgado tinha conseguido mais dinheiro que o normal naquela manhã por ter ajudado um homem e ali estava pronto para passar uma tarde maravilhosa com ela que já era o seu amor.

— Hummmm... - ela falou com os olhos brilhando sentindo água na boca. - Eu quero muito!

Ele beijou a mão dela e caminharam por uns vinte minutos até que chegaram ao parque e ele deixou que ela escolhesse o que queria comer e ela escolheu algodão e eles foram sentar. Estevão fez brincadeira e ela riu muito, comprou um cachorro quente para ela que estava com fome e ficaram ali conversando por longos minutos até que ele avistou Cornélio.

Estevão levantou rapidamente e ela o encarou e ele deu a mão a ela e do bolso tirou todo o dinheiro e deu na mão dela para que guardasse e ela sentiu o corpo tremer de medo, mas no olhar dele percebeu que tinha problemas e guardou o dinheiro rapidamente no pequeno bolso do vestido e caminharam para ir, mas Cornélio não permitiu que eles fossem muito longe e os encurralou.

O medo estava estampado no rosto de Maria que queria entender o que se passava ali e quem eram aqueles homens que estavam todos com pedaços de pau na mão, Estevão gelou de medo não por ele, mas sim por ela e pelo bebê, temeu pelos dois e ao olhar nos olhos dela percebeu todo seu medo e a segurou melhor em seus braços e olhou para Cornélio.

— Estevão... - ela apertou a mão dele com medo.

— Veja só quem está aqui... - ele falou sorrindo. - Que delicia, Estevão... - falou olhando Maria que se agarrou nele.

— Nos deixe em paz! - ele falou serio o fazendo rir. - Ela está grávida! - falou com medo.

— Achou que poderia entregar um de meus homens e ficar por isso mesmo? - puxou Maria que quase caiu com o modo rude dele. - Vai aprender a lição!

Estevão não entendeu nada naquele momento e apenas sentiu o primeiro soco e ouviu o grito de Maria ecoar...


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