Tu mirada - Lm escrita por Débora Silva


Capítulo 21
☆ Capítulo vinte e dois ☆


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores ♥



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— Você mente e eu não vou ficar aqui para ver como você desfruta novamente de seu casamento e filho!!! - pegou a bolsa. - Eu vou cuidar da minha filha sozinha!!!

— Não faça isso!!! - a puxou. - Você não vai sumir com minha filha, antes eu mato você!!

Fabíola arregalou os olhos com a maldade que viu em seus olhos, ele estava mesmo disposto a tudo para não perder seus filhos... Que Geraldo era capaz de tudo ela sabia, mas ameaçar como ele estava fazendo naquele momento a fez gelar e ela tocou sua barriga com profundo medo. Maria estava de volta a poucos minutos e ele já tinha mudado totalmente com ela e ela não iria ficar ali para sentir sua fúria quando tudo desse errado com ela e pensando assim ela disse de um modo sutil para que ele não entendesse errado ou a machucasse.

— Eu somente vou para o meu apartamento!!!

— Você vai ficar aqui!!! - ainda a segurava pelo braço. - Aqui!!

— Acha mesmo que vou ficar aqui junto com sua esposa? Eu não vou suportar-te ver correndo atrás dela e eu preciso ficar tranquila até que nossa filha nasça!!! - puxou o braço. - Eu não vou sumir, apenas irei para o meu apartamento e você sabe perfeitamente o caminho!!!

— Se tentar alguma coisa você sabe que não vai sobreviver para contar historia né?

Era a segunda vez em uma pequena conversa que ele a ameaçava e ela sentiu um temor tão grande que o único que poderia dizer naquele momento era que não iria contrariá-lo, Fabíola o amava mais não admitiria ser machucada por ele ou que sua filha sofresse algo por conta da loucura que era ter Maria de volta em sua vida. Geraldo a encarava e estava certo de suas palavras porque não iria perder mais nada naquela vida mesmo sabendo que Maria já não era mais dele, mas ele tinha seu filho por perto e era isso o que importava para ele e se Fabíola pensava que iria "roubar" sua menina como Maria tinha feito com seu filho ela estava muito enganada. 

— Preste atenção em como está falando comigo!!! - encheu os olhos de lágrimas. - Está me ameaçando somente porque eu não quero ficar aqui para te ver correr atrás de Maria, eu não sou mulher de ser ameaçada por quem quer que seja e você não será o primeiro a fazer isso!! - respirou fundo para não chorar precisava ser forte. - Não me ameace porque eu vou direto à policia e você não terá nem chance!! - caminhou para a porta e ele ficou ali a olhando.

— Você está avisada!!! 

— Boa noite Geraldo!!!! - falou e se foi dali o mais rápido que pode.

Geraldo a olhou ir e depois olhou para o andar de cima ele queria subir, mas achou melhor esperar e foi direto para o escritório e ali se trancou...

(...)

LONGE DALI...

Estevão chegou em casa com o maior dos sorrisos, era sempre assim que ele gostava de chegar em casa, mas ao chamar por seu amor e não ouvir resposta ele sentiu algo de ruim no peito, caminhou para o quarto e não a encontrou ali e seu coração se desesperou como tinha se desesperado no trabalho mais cedo sem saber o porquê daquela sensação. Ele saiu de casa e foi até a casa do lado para ver se ela estava ali e logo ligou para seus amigos e eles negaram que ela estivesse em sua casa, ele olhou o celular e voltou para dentro de casa em busca de um bilhete ou qualquer coisa que pudesse dizer a ele onde ela estaria, mas nada encontrou e quando voltou a sala deu de cara com Cornélio.

— Perdeu algo? - foi sarcástico com as mãos no bolso.

— O que fez seu maldito? - o coração estava disparado. - Onde está Maria?

Cornélio riu do desespero que via em seu olhar, era assim que queria ver o irmão e não mediria esforços para prejudicá-lo ainda mais depois da tarde que tinha passado ao lado de sua mãe, ou melhor, depois de ter apanhado e sido expulso por ela do hospital. Estevão sabia que o irmão o odiava mais não pensou que ele pudesse chegar tão longe e ter feito mal a Maria e a seu filho e pensando assim disse:

— O que fez com Maria e meu filho? - tornou a perguntar em um tom mais alto.

— Ele nem era seu  filho!!!

Não precisou de mais nenhuma palavra para que ele avançasse em seu irmão e o socasse na cara, Estevão estava cansado daquela disputa com ele, uma disputa que só acontecia em sua cabeça e que ele não fazia parte, socou por todos os anos em que foi vitima dele sem que pudesse se defender e Cornélio até sentou se defender dando alguns socos nele, mas Estevão estava tão transtornado com aquela rivalidade doentia dele que só parou quando um soco o acertou tão forte que ele caiu desmaiado no chão. Estevão bufava com as mãos machucadas e o peito subia e descia com desespero, ele abaixou e o virou buscando o celular dele e o pegou, desbloqueou já que não tinha senha e buscou por algo que o ajudasse e ali encontrou a conversa dele com o maldito marido de Maria. 

Estevão estava com tanto ódio que o pegou pelos braços e o arrastou para o lado de fora, era noite e quase não tinha movimento na rua e ele o levou para um ponto estratégico, voltou pegou uma corta e foi até ele novamente, arrancou sua roupa o deixando apenas de cueca e o amarrou no posto. Ele teria seu castigo e mesmo sabendo que ele iria querer se vingar, ele não se importava mais e apenas queria que ele sentisse o gosto de seu próprio veneno, saiu dali e voltou para sua casa, tinha uma missão pela frente e iria voltar para casa somente quando encontrasse o seu amor porque Geraldo podia ter ganhado uma batalha mais a guerra seria ele a vencer!!

(...)

DOIS MESES DEPOIS...

Maria viveu os piores meses de sua vida, Geraldo estava sempre em cima dela e não permitia que ela saísse de casa e para castigá-lo quase não permitia que pegasse o filho o que o deixava cada vez mais nervoso, mas era o que merecia por não aceitar o divorcio e muito menos permitir que ela saísse de casa. Fabíola estava preste a dar a luz e sempre que precisava o chamava para ajudar, ela não tinha escolha e mesmo que não o chamasse ali estava ele em sua porta para se certificar que ela não tinha fugido, Maria naqueles meses só conseguia pensar em seu amor e em como ele estaria sofrendo todo aquele tempo sem noticia dela e estranho que ele não tivesse vindo atrás.

Sempre perguntava a Geraldo se ele tinha feito algo a ele e ele sempre negava e exigia que ela não falasse mais nele e ela se calava com medo de que algo pudesse lhe acontecer já que ele ficava transtornado a ponto de quebrar as coisas e seu pequeno chorar desesperadamente pelos seus surtos. Heitor estava preste há completar três meses e era a coisa mais lindo do mundo, ela sempre tirava fotos dele com uma câmera que tinha achado no escritório para que quando conseguisse sair dali pudesse mostrar a seu amor.

Naquela tarde Maria o colocou sobre o balcão em sua cadeirinha e ele sorria para ela que conversava com ele, ela estava com uma louca vontade de cozinhar e começou a pegar as coisas enquanto conversava com ele, iria fazer algo simples somente para ela e nem percebeu que estava sendo observada, abaixou pegou duas panelas e logo começou a picar os ingredientes para fazer um arroz e um feijão do jeito que Estevão gostava. Ela estava completamente distraída entre os ingredientes e o filho, ouviu que alguém a chamava na sala e o deixou ali para ir ver de quem se tratava e nesse momento a pessoa que a vigiava se fez presente e foi até o bebê.

— Oi meu filho!!! - falou com o mais lindo dos sorrisos e tocou seus pezinhos que estavam com o sapatinho que ele tinha lhe dado. - Aguenta firme que papai logo vai vir buscar vocês!!! - ouviu que Maria voltava e o encheu de beijos e ele soltou uma risada alta. 

Maria ouviu o riso do filho e veio rápido para ver se tinha alguém com ele e estranhou o vazio daquela cozinha e estranhou mais ainda o chamado na sala e não ter ninguém. 

— Do que está rindo em? - o beijou e aquele cheiro que sentiu no filho era inconfundível. - Estevão... - chamou buscando por ele ali e saiu de dentro da casa com o coração acelerado, seria coisa de sua imaginação ou ele estaria por perto? Seu coração se encheu de esperança e ao longe ele sorriu por saber que ela sabia ou sentia que ele estava por perto... 


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