Tu mirada - Lm escrita por Débora Silva


Capítulo 19
☆ Capítulo dezenove ☆


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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Cornélio saiu de dentro do hospital vermelho e tão furioso que o primeiro que fez foi pegar seu telefone e discar um numero que guardava a muito tempo e ali de cabeça quente ele não pensou no que poderia destruir apenas o fez quando ouviu a voz do outro lado da linha.

— Quanto vale a localização de sua amada esposa Maria?! - era a hora de sua vingança.

— Quem está falando? - Geraldo falou de imediato. - Que brincadeira é essa?

Cornélio riu e olhou para os lados e começou a caminhar para seu carro.

— O homem que pode te devolver sua mulher!!! - entrou no carro. - Vai-me dizer quanto está disposto a pagar por essa informação?

Geraldo que estava sentado levantou de imediato saindo de trás de sua mesa e começou a andar no escritório.

— O que me garante que isso é verdade? - confrontou.

Cornélio sorriu e mexeu no telefone enviando uma foto para ele.

— Da uma olhadinha no seu celular!!! - estava disposto a tudo para destruir seu irmão.

Geraldo olhou o celular e lá estava uma foto de Maria sorridente com sua enorme barriga, ele se tremeu por completo era a primeira vez que tinha notícias dela de verdade, as outras ele sempre dava em nada ou ela já tinha partido e o deixado com a cara de idiota. Ele voltou com o telefone no ouvido e disse:

— Quanto quer? - deixou o valor em aberto.

— Assim que se fala. - dirigia enquanto falava. - Quero 1 milhão de dólares e não pense que sou idiota, tenho gente minha te vigiando e se chamar a polícia eu acabo com ela e com seu lindo filho que acabou de nascer!!!

— Ela está com você? - falou afoito.

— Com certeza!!! - sorriu diabólico. - Tem três dias para me arrumar o dinheiro. Até mais. - e sem mais desligou.

Geraldo ainda gritou na linha para que ele não desligadas mais foi em vão, passou as mãos no cabelo e quase jogou o telefone longe, mas desistiu no último segundo. Ele afrouxou a gravata e se perguntou como conseguiria aquele dinheiro entres dias, respirou fundo e foi se sentar por um momento e logo pegou o telefone para falar com seus contatos e advogados para conseguir o dinheiro. Não iria desistir nunca de encontrar Maria e tinha certeza que dessa vez era certo que a veria novamente e ela não iria mais fugir...

(...)

NOITE...

Maria estava na cozinha e preparava o jantar, Estevão estava demorando demais para voltar e ela sentiu fome e sabia que ele iria chegar faminto também. Ela sabia que tinha que manter repouso mais sua fome falou mais alto e ali estava em preparando algo simples para os dois enquanto o pequeno Heitor dormia.

A porta se abriu e ela sorriu ao ver seu amor entrar, ele fechou a porta e a olhou, caminhou até ela de imediato.

— O que está fazendo? - olhou as panelas. - Você deveria estar na cama.

Ela sorriu e o enlaçou pelo pescoço cheia de amor e o beijou na boca, ele a segurou com cuidado nos braços e beijou ainda mais intenso seu amor e quando o ar faltou ele a soltou e sorriu.

— Não vai me passar a perna assim. - cheirou o pescoço dela.

— Amor, eu estava com fome e sei que você também!!! - sorriu linda.

— Mas era só ter me esperado que eu fazia!!! - sorriu cheio de amor. - Eu vim o mais rápido possível porque sabia que você iria ficar com fome.

Ela sorriu e o beijou com mais amor ainda e puderam ouvir os ruídos de Heitor vindo do quarto.

— Ele estava quieto até agora!!! - falou rindo.

— Eu tenho que competir então por atenção? - ele falou brincando.

— No caso eu tenho porque você da mais atenção a ele que a mim!!! - falou cheia de ciúmes. - Só quer saber daquele pacotinho.

Ele soltou uma gargalhada e a beijou com mais amor e a soltou ouvindo o choro do filho.

— Amor, desculpa, mas ele reconhece o papai quando chega!!! - a soltou e foi para o quarto.

Maria riu e voltou a panela e desligou uma delas, pegou dois pratos e colocou sobre a mesa junto aos talheres e pegou o suco na geladeira. Era algo simples de comer mais bem cheiroso e ele veio do quarto com o bebê nos braços chupando os dedinhos.

— Amor, ele vai querer comer antes da gente. - o cheirou e ele reclamou. - É papai, filho... - falou rindo e ela veio até eles e o pegou nos braços.

Maria sentou no pequeno sofá e abaixou a alça da camisola e deu o seio ao pequeno que sugou com força a fazendo fechar os olhos e respirar fundo. Estevão sentou ao lado dela e beijou o ombro dela passando sua força para ela que sorriu deitando a cabeça no ombro dele.

— Meu seio ta doendo... - falou com dor. - Ele puxa muito forte.

Ele acariciou os cabelos dela beijando e sorriu para o filho que estava com os olhos abertos sugando com vontade o seio.

— Ele sabe o que é bom... - falou risonho.

Ela riu e virou o rosto beijando seus lábios e logo ficou admirando aquele pequeno pedacinho de amor. Quando Heitor terminou de mamar ela o colocou na cama e voltou para a cozinha e sentou com ele que já tinha servido os pratos e ela pediu que ele contasse como foi no hospital e ele contou tudo a ela sem deixar nenhum detalhe.

— Eu quero que você tome cuidado quando eu sair pra trabalhar. - falou assim que terminou de contar a ela.

— Eu sei que ele é perigoso e não vou me arriscar. - tomou um pouco de suco. - Ele pode dizer a meu ex-marido onde estou e não é disso que precisamos... - parou de falar e pensou um pouco antes de dizer.

— Eu acabo com ele... - disse sério.

Maria segurou a mão dele e disse com medo de como ele poderia receber.

— E se eu for até ele e pedir o divórcio? - era algo que ela queria fazer desde que se lembrou. - Não íamos mais viver com medo.

Ele negou no mesmo momento sentindo medo de perder ela e o filho, não queria perder os dois e sabia que Geraldo depois daquele tempo todo de ela sumida não iria simplesmente aceitar o divórcio e deixá-la viver aquele amor.

— Não quero isso, não quero perder vocês dois!!! - sentiu o corpo tremer.

— Mas assim será mais fácil de resolver as coisas... - respirou fundo. - Vai ser melhor que ele me achar aqui!!!

Maria mesmo que não soubesse já previa a tragédia dos próximos dias, ele respirou fundo e a puxou para ele e a fez sentar em seu colo, a abraçou forte e ela o retribuiu acariciando seus cabelos.

— Você acha que é a melhor saída? - falou depois de um longo silêncio.

— Acho que se não for assim ele vai nos achar primeiro... - o abraçou mais forte e sentiu medo pela primeira vez desde que começou aquela conversa.

— Eu não gosto muito dessa ideia, mas se vai nos livrar dele... - a olhou nos olhos. - Eu estou com você, mas vamos esperar pelo menos nosso filho fazer um mês?

Ela assentiu e o beijou mais uma vez e eles voltaram a comer enquanto falavam da mãe dele, deixando de lado aquele assunto por um momento e o dia se foi...

(...)

TRÊS DIAS DEPOIS...

Geraldo fez tudo como combinado com Cornélio e depois de receber o dinheiro ele recebeu o endereço de onde ela estava e se encaminhou diretamente para lá. Maria estava sozinha em casa já que era dia de Estevão trabalhar e ao ouvir a porta se assustou, mas achou ser uma das vizinhas que prometeu ir ver o bebê e ela se encaminhou para a porta e abriu.

Seus olhos ficaram arregalados ao vê-lo ali e paralisou. Ele estava sério e ficou a encará-la sem conseguir também dizer nada naquele momento...


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