Tu mirada - Lm escrita por Débora Silva
Notas iniciais do capítulo
vamos desenhar um pouco mais essa historia ♥
— Você é a minha paz e eu não quero te perder nunca!!! - demonstrou seu medo mais uma vez.
— E você não vai. - sorriu. - Eu sou sua e foi aqui em tu mirada que eu encontrei tudo que eu precisava. - falava acariciando seu rosto. - Vamos lutar contra tudo e contra todos.
Estevão sorriu e deu mais uns quantos beijo em sua boca e voltou a abraçá-la e pela primeira vez não sentiu segurança em suas palavras. Era como se já sentisse que tudo iria desmoronar assim como o pai tinha dito...
(...)
NA CASA DOS SAN ROMAN...
Evandro entrou em casa cuspindo fogo não podia acreditar que depois de todo aquele tempo o filho se quer tinha permitido uma conversa tranquila, mas também como conseguiria algo ameaçando a família dele? Não conseguiria nada daquele modo, já não conseguia antes imagina agora que ele tinha uma mulher e uma criança em casa. Ele gritou para um de seus empregados que veio prontamente e disse:
— Me traga os documentos daquela mulher!!! - o homem prontamente saiu e uma outra empregada apareceu. - O que quer? - foi rude.
— Ela acordou... - falou com receio do que poderia acontecer.
— Como? - gritou.
— Os remédios não chegaram senhor...
Evandro foi de imediato a ela e a segurou pelos braços com força a fazendo se tremer por completo.
— Senhor, era pra ter chegado ontem, mas não chegou... - os olhos se encheram de lágrimas.
Cornélio que entrava pela porta os viu e não entendeu nada.
— O que está acontecendo aqui? - perguntou logo.
— Suma daqui Cornélio!!! - ele gritou não querendo que o filho soubesse que a mãe tinha despertado.
— Por que está segurando-a assim? - se aproximou mais.
Quando Evandro foi para responder um barulho de um dos cômodos chamou a atenção de todos e Cornélio correu identificando o barulho de onde vinha e quando chegou ao quarto viu sua mãe no chão.
— Mamãe... - ele correu e a pegou nos braços.
— Meu filho... - ela o abraçou forte. - Não permita que ele chegue perto de mim... - falou com medo ao ver o marido.
— Mamãe, calma!!! - a colocou na cama novamente. - Que bom que a senhora acordou. - falou sorrindo.
Daniela o olhou e respirou fundo sem conter o choro, chorou em completo desespero e apertou sua mão. Evandro foi para se aproximar e ela gritou com as forças que tinha.
— Não se aproxima de mim!!! - o peito subiu e desceu com rapidez. - Maldito infeliz.
Cornélio olhou o pai e rapidamente ficou de pé o impedindo de se aproximar, sabia que tinha algo de errado mais ao ver sua mãe daquele modo teve certeza.
— Ela disse pra não se aproximar. - o peito como quase nunca fazia.
— Saia de minha frente ou...
— Saia daqui!!! - Daniela gritou novamente e tentou se levantar.
Evandro a olhou e deu um passo para trás sabendo que tudo que tinha feito até ali iria por água abaixo com sua mulher acordada, olhou a enfermeira e ela entendeu aquele olhar e sem pensar duas vezes saiu dali correndo para seu quarto e arrumou tudo que pode e dali sumiu. Evandro também se retirou e Cornélio olhou sua mãe com um sorriso no rosto, foi a ela e a abraçou beijando muito. Daniela chorou mais agarrada a seu filho e o acarinhou nos cabelos.
— Meu amor... - se afastou tocando seu rosto. - Como você está mudado.
— Eu pensei que nunca mais te veria assim mamãe. - falou com os olhos cheios de lágrimas. - Você chegou assim depois de um acidente de carro e os médicos disseram que a senhora não iria acordar mais.
Daniela arregalou os olhos com aquelas palavras, tinha sim sofrido um acidente mais estava completamente lúcida no hospital e o ultimo que se lembrava era de tudo ter ficado preto. Naquele momento ela sentiu medo de perguntar a quanto tempo estava naquela cama, sentiu medo de tudo que tinha perdido da vida por culpa de um marido que não aceitava que ela tinha pedido o divorcio, passou a mão no rosto sobre as lágrimas e depois de um silencio perguntou.
— Quanto tempo eu estou aqui nessa cama? - soluçou.
— Quatro anos... - segurava uma das mãos dela.
Daniela se desesperou e chorou ainda mais e ele se preocupou e tentou segurá-la, mas ela foi perdendo o ar e logo desfaleceu em seus braços, Cornélio gritou por ela mais ela estava mole e ele apenas a pegou nos braços e saiu correndo do quarto dando de cara com o pai. Evandro entrou na frente dele para impedir que os dois se fossem e ele com o corpo da mãe me seus braços o empurrou e saiu porta a fora.
— Você não pode tirá-la daqui!!! - gritou da porta.
— Você é um maldito!!! - Cornélio gritou entrando no carro e seu motorista saiu cantando pneu.
— Infernoooo!!! - Evandro gritou e voltou para dentro de casa, estava perdido e se seu castelo não ficaria de pé o de ninguém mais ficaria...
Quando Cornélio chegou com a mãe no hospital, ela foi levada e ele ficou ali com o coração na mão, olhou seu motorista e pediu que ele fosse avisar Estevão mesmo que não gostasse tanto assim do irmão ele iria querer saber que a mãe estava acordada, o homem se foi e ele sentou para esperar noticias de sua mãe. Uma hora se foi e o medico veio para conversar com ele e o que ele sabia contou ao medico.
— Vamos precisar deixá-la em observação e se puder nos dizer à medicação que ela tomava, vamos poder entrar com uma nova medicação para que o remédio saia de seu organismo.
— Depois que eu vê-la eu vou até minha casa e trago o remédio. - falou com um pouco mais de calma.
— Eu vou levá-lo até ela.
Ele assentiu e os dois foram ao quarto em que ela estava Cornélio foi ouvindo as coisas que o médico tinha a dizer e ao chegar a porta o homem o deixou e ele entrou no quarto e sorriu de leve para sua mãezinha, se aproximou e ela segurou a mão dele estava tão sentida por tudo que tinha ouvido e perdido naquele tempo que nem sabia por onde começar a perguntar, mas foi pelo mais fácil.
— Estevão cadê? - as mãos tremiam.
— Eu já pedi para avisá-lo. - falou com calma. - Mamãe, a senhora precisa saber que foi eu quem suspendeu sua medicação... - era tão difícil revelar o que pensava.
— Por quê? - queria entender e ao mesmo queria agradecer pelo que tinha feito.
— Porque eu estava cansado de te ver naquela cama como um vegetal e eu tirei... - nem conseguiu terminar.
— Pra que eu morresse?! - completou.
Ele abaixou os olhos por um momento e apenas assentiu envergonhado, ela levou a mão ao rosto dele o fazendo olhá-la nos olhos.
— Me perdoe... - ele falou com os olhos cheios de lágrimas como um menino acuado.
— Você não podia saber o que aconteceria. - negou com a cabeça. - A culpa é do seu pai!!!
Ele ia falar, mas a porta se abriu e Estevão os olhos tinha o coração acelerado e nem pensou duas vezes apenas foi a sua mãe quase que correndo e a abraçou forte sentindo que a parte mais importante de seu coração se juntava novamente...
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