Tu mirada - Lm escrita por Débora Silva


Capítulo 16
☆ Capítulo dezesseis ☆


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura meus amores ♥



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— Desculpe meu filho. - beijou a mãozinha dele que voltou a mamar com força. - Vamos resolver tudo isso que nos preocupa, mas não agora. - Maria o olhou. - Agora é o momento dele e vamos apenas aproveitar!!!

— Eu te amo!!! - tocou o rosto dele secando suas lágrimas.

— Eu te amo muito mais!!! - beijou a mão dela e nada mais precisou ser dito e eles ficaram ali apenas curtindo o pequeno Heitor...

(...)

TRÊS DIAS DEPOIS...

Estevão estava tão orgulhoso do filho que ao chegar em casa quase não o deixava na cama ou quieto, estava sempre o olhando e o cheirando. Maria sorria feito boba para os dois e queria que o conto de fadas deles durasse para todo o sempre, mas ela sabia que não seria assim, sentia que muita coisa ainda viria para por a prova aquele amor tão puro e criado no dia a dia.

— Assim ele vai se acostumar mal e depois eu que vou me ferrar pra ficar com ele o tempo todo no colo. - falou com calma e rindo dele com o filho.

Estevão sorriu e deu de ombro pra ela e continuou com o bebê em seus braços, sorria sozinho e abobado com tanta beleza em um serzinho tão pequeno. Maria negou com a cabeça não obtendo respostas dele e deitou melhor na cama, estava cansada e não tinha dormido no hospital com medo de que alguém aparecesse mesmo com Estevão a seu lado.

Ela os olhou por mais uma vez e suspirou, sabia que ele cuidaria bem do filho e já que ele não queria papo por ficar babando no pequeno, ela se cobriu e ficou a observar os dois e não demorou nada a pegar no sono. Estevão depois de um tempo a olhou e sorriu era seu amor, a sua vida e a queria bem e descansada, olhou o filho mais uma vez que abriu os olhos e bocejou o encarando.

— Você é a melhor coisa que aconteceu em minha vida, eu não sei se teria coragem ou força de vontade pra seguir a vida se não fosse você e sua mãe. - sorriu para os olhinhos dele preso-nos dele. - Vocês são a minha mirada e nos olhos de vocês sempre vou encontrar o caminho pra seguir. - falou todo lindo e olhou Maria. - Você e eu seremos sempre os homens da vida dela e você tem que me prometer que quando papai não estiver você não vai permitir que nenhum "lambe sal" chegue perto dela. - começou a rir.

Heitor parecia entender o que ele estava dizendo e soltou um rosnado para ele se mexendo incomodado o que fez com que Estevão começasse a rir ainda mais dele.

— Isso aí meu filho. - o cheirou e ficou ali por um longo tempo conversando com ele.

Quando deu a hora do mama, ele chamou por Maria que apenas tirou o seio e deu a ele voltando a cochilar, estava mesmo cansada e ele a beijou na boca sendo retribuído mesmo com ela adormecida. Ele os deixou e foi a cozinha fazer algo para que eles pudessem comer e logo ele ouviu a porta, caminhou até ela e a abriu.

— O que faz aqui? - sua reação foi de imediata. - Vá embora. - ameaçou a fechar a porta, mas não conseguiu.

— Não seja malcriado!!! - a voz grossa soou.

Estevão rosnou de uma forma que sua garganta ardeu, mas não soltou a porta ou ele entraria e não era o que ele queria. Anos sem se ver e agora parecia que sua família estava mesmo querendo sua atenção, mas ele não queria nada deles e seria assim para sempre. Evandro o encarava da porta e a segurava para que ele não fechasse em sua cara e respirava forte.

Anos sem ver o filho de perto ou se quer trocar umas palavras com ele mesmo que fosse para brigar, anos em que Estevão abriu mão de sua família pra seguir um caminho distinto ao que ele tinha determinado para ele. Estevão era diferente de Cornélio que tinha a maldade no sangue e mesmo que tentasse manipular o filho para seguir seus ensinamentos ele não conseguiu porque Estevão era e sempre seria bom e por esse motivo ele se "retirou" daquela família.

— Deixe seu pai entrar!! - falou depois de um enlouquecedor silêncio.

— O que quer aqui? - falou com impaciência e não soltou a porta.

— Eu quero falar com meu filho. - foi firme. - Eu tenho esse direito.

— Você perdeu esse direito a muito tempo!! - foi mais firme ainda. - Vá embora, eu não tenho nada para falar com você e muito menos te quero perto da minha família.

Evandro sentiu seu corpo ficar rígido e deu um soco na porta sentia a pouca paciência que tinha ir embora, era sempre assim quando contrariado e sem medo do que poderia causa em seu filho ele disse:

— Uma família que não é sua, uma família que mais cedo ou mais tarde vai se quebrar porque essa mulher tem dono e esse dono vai chegar e pisar nesse seu castelo de areia e acabar com você. - trincou os dentes. - Se uma vez foi parar na sarjeta por orgulho, agora você vira um mendigo porque amor fere e mata tão pior que uma bala. - apontou o dedo para ele soltando a porta. - Eu sei tudo da vida dela Estevão e eu mesmo posso acabar com seu conto de fadas!!!

Estevão naquele momento perdeu o juízo e se ele tinha pavio curto ele tinha menos ainda paciência para as ameaças que sempre recebia de seu próprio sangue. Abriu mais a porta e avançou o segurando pela camisa, o girou em um único movimento o fazendo bater as costas na parede e com ódio disse:

— Ouse se meter com o que é meu e eu mato vocês!!! - o rosto estava vermelho de raiva. - Você é um maldito velho que não serve nem para cuidar de sua própria família, a destruiu e agora quer cantar de rei aqui? - sorriu com sarcasmo. - Na minha casa você não manda, na minha vida pior ainda e se você ameaçando a minha família acha que vai conseguir que eu me aproxime de você, está enganado porque assim eu sinto ainda mais nojo de carregar o sangue de vocês!!! - o soltou. - Suma daqui Evandro e não volte. - caminhou para dentro e bateu a porta.

Evandro respirou pesado e se recompôs sendo olhado por Cornélio que se aproximou com um sorriso cínico para ele.

— Falhou. - começou a rir. - Seu filho preferido sempre vai te odiar e acho bom começar a se contentar com quem mais se parece com você!!! - falou certo de suas palavras. - Ele nunca mais será seu filho. - e sem mais saiu dali assobiando.

Evandro olhou para aquela porta e passou as mãos no cabelo.

— Isso é o que veremos. - e sem mais saiu dali bufando de o ódio.

Estevão estava todo se tremendo e ainda segurava a porta com raiva, odiava aqueles encontros e queria que eles ficassem sempre longe, mas parecia que com a chegada de Maria tudo estava e todos estavam querendo sua presença, mas ele não os queria e não os teria por perto. Maria que tinha acordado com o barulho foi a ele e o abraçou por trás beijando suas costas.

Ele suspirou e deixou o corpo menos rígido ao sentir o calor dela junto a seu corpo e a cabeça deitada em suas costas, ela não disse nada apenas queria que ele se acalmasse e assim ficaram por longos minutos até que ele virou. Maria tocou em seu rosto e o trouxe para um beijo que foi calmo e intenso ao mesmo tempo, ele a segurou sem apertar e desfrutou de sua paz que era estar com ela.

Maria o segurou em seus braços e deixou que ele sentisse apoio e se acalmasse, não queria e não gostava de vê-lo tenso daquela maneira e estar ali em seus braços ela sabia que o deixa mais calmo. Quando o beijo terminou ele a abraçou e beijou seu ombro sentindo seu cheiro com calma já com o coração mesmo furioso e ela o acariciou nas costas quase que na ponta dos pés para alcançá-lo.

— Já está mais calmo? - falou toda carinhosa e ele a soltou olhando em seus olhos.

— Você é a minha paz e eu não quero te perder nunca!!! - demonstrou seu medo mais uma vez.

— E você não vai. - sorriu. - Eu sou sua e foi aqui em tu mirada que eu encontrei tudo que eu precisava. - falava acariciando seu rosto. - Vamos lutar contra tudo e contra todos.

Estevão sorriu e deu mais uns quantos beijo em sua boca e voltou a abraçá-la e pela primeira vez não sentiu segurança em suas palavras. Era como se já sentisse que tudo iria desmoronar assim como o pai tinha dito...


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