Tu mirada - Lm escrita por Débora Silva


Capítulo 10
☆ Capítulo dez ☆


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura meus amores ♥



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Estevão pode sentir seu coração disparar com as palavras dela e não mais pensou ou respondeu, apenas a beijou na boca mostrando a ela o tamanho de seu amor e seu orgulho por ela. O beijo era calmo e quando ganhou uma intensidade maior ele gemeu de dor a fazendo soltar-se dele de imediato e ofegou o olhando nos olhos.

— Você precisa ir ao médico! - se colocou de pé para pegar a bolsa e irem, mas ele a segurou e a fez sentar novamente dizendo a frase que mudaria tudo a partir dali.

— Te amo... - falou tão naturalmente que até ele se surpreendeu.

Maria o olhou de imediato e sentiu o corpo todo estremecer, ele estava mesmo dizendo que a amava, mas como retribuir um sentimento que ela não sabia se era certo? Como poderia dizer a ele que também o amava quando nem ela sabia quem era ao certo. O olhava com sentimentos encontrados e ele levantou sentindo dor por todos os lados, mas se aproximou dela tocando seu rosto.

Era a hora de dizer a verdade, era a hora de mostrar a ela seus sentimentos, mas também sabia que ela não estava pronta para assumir os seus. Estevão não estava ali para pressionar Maria e sim mostrar a ela o que sentia, esperou que ela falasse algo, mas ela apenas o olhou.

— Eu sei que é muito cedo para me retribuir, mas é o que eu sinto e seus beijos me dizem que sente o mesmo por mim! - acariciava seu rosto com cuidado.

Maria sabia que era certo o que ele dizia e podia sentir em seu interior que nunca tinha sentido algo parecido como sentia por ele, mas era hora de recuar um pouco porque não o queria machucado em seus sentimentos.

— Vamos ao hospital! - tocou a mão dele. - Você precisa ser avaliado! - o segurou melhor.

Estevão deixou que ela fugisse naquele momento e os dois saíram de casa e foram para o hospital mais próximo. Foram três horas para ele ser atendido e logo medicado, Maria achou um absurdo que ele ficasse ali por tanto tempo sem atendimento e ele explicou a ela que era sempre assim e que de onde ela vinha de certo que nunca passaria por isso e ela se negou a acreditar que eles vivessem daquele modo.

No meio da noite eles já estavam em casa e ela o ajudou em tudo e ele logo pegou no sono e ela ficou ali ainda por alguns minutos o observando e logo foi para um banho rápido e deitou para descansar deixando que aquele dia se fosse...

(...)

E O TEMPO SE FOI...

Maria se adaptava cada vez mais aquela rotina de mulher simples, ia se lembrando aos poucos de seu passado, mas eram sempre memórias antigas nada que a fizesse lembrar de seu casamento ou algo do tipo, ela parecia não querer se lembrar e seu cérebro a entendia e reprimia aquelas memórias. A barriga crescia lindamente e Estevão estava cada vez mais apaixonado por ela e o bebê, eles trocavam beijos e nada mais.

Ele buscava um emprego descente e enquanto não o conseguia ia para as ruas para não deixar faltar nada para eles e ela cuidava da casa. Estevão conseguiu que uma medica amiga dele a revisasse sempre já que estava perto de ganhar o bebê, faltava apenas um mês e meio para a chegada do pequeno Heitor e isso os deixava ainda mais ansiosos.

Cornélio seguia rodeando Estevão e agora que sabia de Maria estava sempre por perto querendo saber mais daquela mulher, mas ela era uma incógnita para ele o deixando assim ainda mais curioso para descobrir mais sobre ela. Estevão estava sempre em alerta com ele e não desgrudava o olho de Maria mesmo longe. Geraldo seguia atrás de Maria, mas parecia que ela tinha sido engolida pela terra o que o deixava cada vez mais enlouquecido mais ainda conseguia viver ao lado de Fabíola e o bebê que crescia em sua barriga dia a dia, mas ele sabia que o seu outro filho estava preste a nascer.

Naquela tarde, Maria estava deitada no sofá, pensava na vida e em como seria quando o bebê chegasse, não tinha quase nada para ele e seu dinheiro estava quase acabando, ela estava poupando porque sabia que um dia teria que fugir dali e abandonar aquela vida, suspirou porque não queria magoar Estevão, mas sentia que sua vida era um turbilhão e ele não merecia uma mulher como ela. Ele não merecia uma mulher que tivesse um passado tão complicado e ainda por cima era casada e um dia toda sua historia voltaria a sua mente e ela não suportaria.

A porta se abriu e Estevão entrou com um lindo sorriso e ao vê-la ali tão perdida em seus pensamentos a admirou por longos segundos, era a sua vida ali resumida e ele se aproximou ajoelhando a seu lado e ela se assustou, mas logo sorriu para o sorriso dele. Estevão tirou de seu bolso uma pequena caixinha e naquele momento palavras não se faziam necessárias.

Ela pegou a pequena caixa e ali deitada mesmo ela abriu encontrando um par de sapatinhos azul.

— Estevão... - ela falou com os olhos brilhando. - É tão lindo! - o pequeno sapatinho era simples mais para ela isso não importava o que importava era o modo como estava sendo entregue a ela e o sentimento de carinho que somente bastava.

— Eu o vi e quis para nosso pequeno! - tocou a barriga dela e logo se aproximou beijando o bebê que se moveu rapidamente a fazendo respirar com dificuldade. - Ei campeão não machuca a mamãe! - ele riu e o bebê mexeu mais ainda.

Estevão riu e ela junto a ele, ele a ajudou a sentar e continuo de joelhos em sua frente com os olhos brilhando, estava vestido com um terno e não negava que tinha uma grande notícia para ela que sorriu ainda mais sentindo o coração acelerado. Estevão era tão diferente de todos os outros homens que em suas lembranças passaram que ela o queria para sempre em seus braços.

— Você é a luz dos meus dias... - ele começou a falar e segurou em sua mão. - Quando eu te salvei aquele dia, não pensei que minha vida fosse mudar assim tão drasticamente! - ela sorriu junto a ele. - Você me trouxe vida novamente e me fez sorrir e hoje eu posso dizer que tudo que fez por mim deu resultado e eu arrumei um emprego! - falou com um grande sorriso e lindo.

Maria abriu e fechou a boca com surpresa, mas seus olhos brilharam com vida e ela o puxou para ela e o agarrou em um abraço apertando do modo como dava e ele a agarrou sorrindo sentindo que o coração dela batia tão rápido quando o seu e que ali era o melhor modo de comemorar aquele avanço em sua vida.

Maria era a luz, Maria era a sua mirada em direção a um futuro que ele já não queria mais nem se quer pensava, mas com ela ele queria ser melhor, queria ser um homem que pudesse cuidar de sua "família" e agora tinha a chance. Maria se afastou com um lindo sorriso e o segurou pelo rosto toda carinhosa e disse:

— Eu estou tão orgulhosa de você, Estevão! - sorriu mais deixando uma lágrima escapar de seu olho.

Estevão sorriu e secou sua lágrima com um beijo e depois outro e outro até que voltou seus olhos aos dela.

— É por você, meu amor, é por você e porque eu te amo! - e nada precisou ser mais dito por que o beijo que ambos queriam não se demorou a dar.

Maria o envolveu com os braços e ele fez o mesmo com as mãos em sua cintura, era amor, era muito amor entre eles e ele não aguentou somente sentir seus lábios e a as mãos desceram para duas pernas que ele apertou sentindo o quanto eram macias. O corpo de Estevão pegou fogo assim como o dele que parou o beijo e o encarou com o peito subindo e descendo.

— Maria, eu... - nem sabia o que dizer, ou melhor, não sabia nem como dizer que queria fazer amor com ela.

Maria tocou os lábios dele acariciando com calma e disse o que seu coração queria.

— Eu quero fazer amor com você, Estevão San Roman...

Era a frase mais esperada por ele e por qualquer homem quando ama uma mulher...


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