Garcia e Morgan foram sequestrados. Esse era um dos piores cenários que a equipe BAU poderiam enfrentar agora. A jovem analista técnica e o agente de pele escura desaparecidos.

Separados eram os melhores, juntos eram excepcionais. Pen poderia invadir qualquer coisa e Morgan era ótimo com uma arma.

Hotch e Rossi procuravam junto com a agência pelo cativeiro dos dois até notarem algo na vitimologia que eles estudavam sobre os dois sequestradores.

— Eles matam em casas de praia por toda a costa dos EUA. – Reid ofereceu. – Pegando a última cena de crime em Tampa, isso nos leva para qual lugar?

— New Orleans? – Rossi perguntou. – É New Orleans.

— Peguem suas coisas. – Hotch gritou. – Decolamos em dez.

Não havia tempo a perder agora. Se ele mantivesse o padrão, Morgan e Garcia estariam mortos daqui há dois dias.

Morgan acordou com a cabeça latejando. Ele e sua Baby Girl estavam no meio de uma noite de cinema quando foram sequestrados. Derek nunca se sentiu tão impotente quanto ver o amor de sua vida com uma arma na cabeça.

Ele largou a arma porque ele não viveria se Pen morresse na sua frente. Ela foi drogada e ele também.

Pen ainda parecia drogada quando ele acordou e ele se perguntou se ela recebeu uma dose maior que ele.

— Agente Morgan que prazer. – Uma voz diabólica soou no pequeno quarto. – Pena sua garota não ter acordado.

— Deixe-a em paz. – Derek gritou. – Me mate, me machuque. Eu não ligo, contanto que ela fique de fora.

— Vocês dois estão no cardápio de hoje. – O unsub se aproximou de Pen. – Eu vejo o que você nela. Tão sensual, tão linda e cheirosa.

— Não toque nela. – Derek gritou com tudo o que podia. – Saia dela.

O unsub olhou com um pouco de nojo para Derek e o forçou para cima. Deixando a sala e Penelope nela, ele o forçou para uma escada.

Morgan sentiu o empurrão e rolou pelas escadas, desmaiando em resposta a dor. Ele se forçou a ficar acordado, mas tudo foi demais.

O assassino pegou Pen com a ajuda de um homem que vestia roupas simples. A casa era de um casal que estava em Barcelona para as festas.

Indo para a piscina, ele amarrou as mãos de Penelope com algemas e a preparou.

Hotch, Rossi e Reid saíram da SUV mal estacionada. Eles não tinham tempo para detalhes.

— Albert Erwin. FBI. – Hotch gritou. – Solte ela.

— Claro agente. – Ele fez sinal para o cumplice. – Com prazer.

Soltando Garcia dentro da piscina, ele ouviu o unsub pegar uma arma e sem hesitar, atirou no homem que caiu morto no chão.

Hotch e Rossi correram para dentro da piscina a fim de salvar Garcia, enquanto Reid correu para a escada, em ajuda a Derek.

— Puxe ela, Rossi. – Hotch pediu. – Vamos Garcia. Você não pode nos deixar.

Emily e JJ entraram no momento que Pen era retirada da piscina.

— Deite-a ali. – Rossi pediu. – Eu não encontro um pulso.

— Alguém ligue para os bombeiros! – Hotch gritou. – Vá para Reid.

JJ acenou e foi. Ele encontrou o amigo, tentando pedir uma ambulância. Não, eles não chegaram aqui para perder dois amigos que se amavam e amavam todos.

Duas ambulâncias pararam e os enfermeiros correram em socorro ao casal. A equipe do NCIS de New Orleans foi alertada e Pride e Lasalle chegaram, brandindo seus distintivos.

Pride correu para Penelope e parou. Ele a conhecia de algum lugar. Ele se tocou quando viu a marca de nascença em seu pulso. Ele e a mãe dela eram amigos antes de ela morrer.

— Posso ajudar em algo? – Pride se ajoelhou. – Como ela está?

— Não sabemos. – Hotch começou a chorar. – Eu não posso perder Garcia. Nenhum de nós pode.

— Hotch. – Emily chegou e o abraçou. – Derek está muito machucado.

— Eles são fortes. – Hotch a apertou em seus braços. – Eles vão sair disso.

Mas a situação era complicada. Morgan parecia mal também e Penelope precisou de ressuscitação.

— Pen. – Derek gemeu. – Penelope...

— O que dizemos a ele? – Reid perguntou, na beira da cama de Derek. – O que contamos?

— A verdade. – JJ respondeu. – Morgan?

— JJ? – Derek praticamente tentou pular da cama. – Onde eu estou?

— No hospital. – JJ respondeu. – Uma semana.

— Penelope? – Derek perguntou alarmado. – Quão ruim?

— Ela ainda não voltou. – JJ sentiu o peso das palavras. – Ela entrou em coma.

— Coma? – Derek olhou com medo. – E o que houve comigo?

— Você deslocou a coluna na queda. – JJ estava com medo de perguntar. – O que você está sentindo?

— Eu sinto meus pés. – Derek começou a chorar. – Quem está com ela?

— Agente Pride e Lasalle da NCIS de New Orleans. – Reid respondeu. – Vocês ainda estão em New Orleans.

— Posso ver ela? – Derek quase implorou. – Por favor?

JJ foi conversar com um médico esperando que Derek pudesse ver sua namorada.

Pride não conseguiu sair de perto de Penelope. Ele e a mãe de Garcia tiveram uma amizade pouco mais de dez anos antes de ela morrer. Ele se lembrava da garotinha loira que corria ao seu redor e lhe chamava de tio.

— Ela é importante para você, não é King? – Lasalle perguntou. – Você parece com o pai dela.

— Eu a conheci dez anos antes de Barbara morrer. – Pride viu o olhar de Lasalle. – Barbara era a mãe dela. Ela morreu em um acidente de carro. Penny ficou muito sozinha depois daquilo. Seus irmãos a deixaram. Ela está com o FBI por anos agora.

— Parece que se tornou uma boa garota. –Lasalle olhou para a menina deitada. – Acha que ela vai sair dessa?

— Ela precisa. – Derek falou, entrando em uma cadeira de rodas. – Oh, Baby Girl.

— Derek. – Pride apertou a mão de Morgan. – Agente Pride. NCIS de New Orleans.

  - Prazer. – Derek chegou mais perto de Pen. – Alguma notícia do médico?

— Eles dizem que ela ficou embaixo de água demais. – Pride se sentou. – Mas os sinais vitais dela estão bons.

— Então, esperanças podem ser consideradas? – Derek suspirou. – Você tem que voltar, menina. Eu não consigo viver sem seu sorriso.

De repente era como uma cena em câmera lenta. A frequência cardíaca de Penelope aumentou e os médicos começaram a entrar. Todos foram para a recepção.

— Eu tenho boas notícias. – O médico sorriu. – A senhorita Garcia está acordada. Testamos e ela se lembra de tudo até o momento que foi atingida.

Derek entrou e ficou ao lado dela. Pride e Lasalle ficaram felizes em ver o casal se reconectando.

Todos sorriram ao ver como ambos estavam melhorando com o passar dos dias. Derek e Penelope precisaram de dois meses para voltarem a caminhar, mas com determinação, eles finalmente voltaram a andar.