Faziam três meses desde a morte de Phil. E três meses desde que ele vinha escondendo a verdade de Pen.

A verdade? Que ele escondeu o interesse de Phil por ela. Que ele negou na cara dela que Phil perguntara sobre ela. E isso parecia certo.

Ele sabia que a verdade não demoraria uma vez que Lisa convidou Garcia para tomar um copo de vinho com ela e apenas conversar. Isso não iria prestar.

Penelope chegou em um de seus vestidos de verão, com um salto mais baixo dessa vez. Cumprimento a namorada de Luke, ela cumprimentou Roxy e Lou e por último ele.

O dia começou horrível, com um cano rompido na BAU. Todos ficaram em casa e Lisa teve a idéia, ou melhor o teste.

— Penelope. – Lisa fez uma cara falsa. – Obrigado por vir.

— De modo algum. – Pen respondeu. – Eu queria vir há algum tempo e ver Lou e Roxy.

— Sim. – Lisa estava com os nervos aflorados. – Desde que Phil morreu, Lou fica conosco.

— Já fazem três meses. – Pen sorriu triste e entrou. – Eu acho que se formos tocar nisso, eu tenho que ter vinho.

— Luke. – Lisa beijou seu namorado. – Pegue uma garrafa para nós três.

— Claro. – Luke foi e voltou com um tinto. – Achei um que é seu favorito, Pen.

Lisa soltou um bufo alto e pegou as taças. Isso não iria dar certo. Servindo o vinho de Pen, ela atirou na morte da analista.

Meia hora depois, cada um tinha três taças em seus sistemas e para Luke andava muito bem.

— Sabe. – Lisa virou-se para Penelope. – Phil te adorava, Garcia.

— Eu sei. – Pen a olhou. – Eu era uma amiga para ele.

— Ele queria namorar com você. – Lisa soltou a bomba. – Quando ele veio aqui, ele pediu a Luke se você estava namorando alguém.

Pen congelou com a informação e Luke engasgou. Ele largou a taça na mesa e trocou olhares com a namorada. Bom, ex agora.

— Você disse que ele não perguntou sobre mim. – Penelope se levantou da mesa. – Você, de todas as pessoas.

— Por favor Garcia. – Luke tentou fazer ela se sentar. – Podemos falar sobre isso depois.

— Eu vou para casa! – Ela tirou a mão dele de seu ombro. – Não! Eu não quero te ver por um mês!

Ela pegou a bolsa e suas chaves e saiu correndo. Lisa apenas começou a rir da cena. Esse realmente era o melhor dia de sua vida.

— Você. – Luke a viu parar de rir. – Como você pode fazer isso?

— Eu pensei que ela sabia. – Lisa limpou uma lágrima de riso. – Mas por deus, Luke, você nem disse a ela.

— Se ela se machucar. – Luke pegou suas próprias chaves. – A culpa será sua! E não esteja aqui quando eu voltar.

Luke correu atrás de Penelope. O conjunto onde ele morava ficava a uma rua do estacionamento onde ela deixou seu carro.

— De todas as coisas estúpidas. – Ela saiu do prédio de Luke. – Como ele ousa....

Ela olhou para frente, apenas segundos antes de ser atropelada por um carro e ser jogada na calçada.

— Penelope!! – Luke gritou quando viu seu corpo cair. – Não!

Ele correu por sua vida, pela vida dela. Chegando ao seu lado, uma multidão se reuniu.

— Alguém ligue para a emergência! – Luke gritou. – Não morra Penelope. Deus, eu não posso te perder.

Lisa olhou para a janela diretamente para Penelope caída. Ela se sentiu mal por isso agora. Ela era uma médica de emergência e mesmo que ela não suportasse a garota, era seu dever ajudar.

— Deixe-me ajudar você. – Lisa se aproximou. – Eu sei que o que fiz foi errado e que você me odeia, mas me deixe cuidar dela.

Luke se afastou, com as mãos cheias de sangue de Garcia em sua mão.

— Ela parece viva. – Lisa mediu os batimentos. – Precisamos da ambulância agora.

— Pen. – Luke tocou seu rosto. – Me desculpe.

— Luke. – Lisa o chamou. – Eu preciso que você segure esse ferimento aqui para evitar de ela sangrar. Eu vou ajudar ela e me desculpe.

— Eu fui o responsável. – Luke segurou o ferimento dela. – Por favor fique boa.

Lisa olhou para o ex namorado. Ela se sentiu mal como tudo acabou saindo do controle.

Meia hora depois de Penelope ser estabilizada e levada ao hospital, toda a equipe BAU estava na pequena emergência do hospital, nervosos e em pânico. Luke estava sentado longe de todos, em seus próprios pensamentos.

— Cafeína? – Matt lhe deu um copo de café. – Acho que todos já gastamos uma pequena fortuna.

— Obrigado. – Luke suspirou. – Eu não sei o que eu fiz. Acho que isso é minha culpa.

— Se você está falando em mentir para Penelope e deixar sua ex dar com a língua nos dentes, então sim. – Matt suspirou. – O motorista está preso.

— O que? – Luke não entendeu a mudança. – Por que?

— Bem, ele atropelou Garcia. – Matt tinha uma ira no olhou. – E Emily conseguiu arrancar dele que ele fez de propósito. Ele estava em um mau dia e ela a viu atravessando, então ele acelerou.

— Isso está me deixando doente. – Luke afastou o café. – Alguma novidade?

— Acho que vamos saber agora. – Matt apontou para os médicos. – Gente.

Emily e Rossi entraram na frente e esperaram.

— A senhorita Garcia está estável. – Ele viu toda a equipe relaxar. – Poderia ter sido pior se não tivesse um atendimento de alguém que sabia o que estava fazendo.

— Infelizmente, ela vai precisar de tempo. – O outro continuou. – Ambas as pernas foram quebradas e um dos braços também. E ela não pode viajar ou digitar.

— Isso vai matar Garcie. – JJ suspirou. – É o que faz dela a nossa deusa de tudo.

— Eu diria que uma vez que seus dedos curam, ela pode voltar a digitar. – O médico um falou. – As pernas, ela vai precisar de fisioterapia e poderá andar em uma cadeira de rodas.

Luke sentiu suas pernas bambas. Ele queria ver Pen, mas deveria procurar Lisa e agradecer sua ajuda.

— Eu e Dave vamos ver Penelope primeiro. – Emily assumiu. – Apenas dois podem ir por vez, e eu acho que Rossi está nervoso demais para esperar.

— Depois, eu e Spence podemos ir? – JJ perguntou. – Por favor?

— Se Reid quiser assim. – Emily viu o gênio acenar positivamente. – Não vamos demorar.

Reid sentou-se e absorveu as informações. Ele lembrou quando ela levou o tiro e depois que ele mesmo levou um na perna e no pescoço. Ele iria tirar uma licença e ajudar Penelope a se recuperar.

Luke caminhou até a sala de emergência e viu Lisa sentada em silêncio.

— Eu preciso te agradecer. – Luke foi direto. – Em parte a culpa foi sua, mas a maior parte dela foi minha por ser um idiota e ter escondido.

— Está tudo bem, Luke. – Lisa o abraçou. – Eu sempre soube que seria logo e você e ela realmente são bons juntos. Cuide dela.

Ele saiu em direção ao quarto dela. Dane-se a regra de dois visitantes. Ele olhou Rossi e Emily interagindo com ela e o olhar que ela deu em sua direção.

Luke entrou, meio se sentindo culpado e meio idiota por achar que ela parecia linda ali, com todos os curativos.

— Quer que eu fique, Pen? – Emily cruzou o olhou para Luke. – Ou quer que eu chute a bunda dele antes de sair?

— Não, tudo bem. – Ela parecia dolorida. – Eu preciso falar com Alvez.

— Cuide bem dela, Luke. – Emily disse com voz de chefe. – Você a machuca ainda mais, eu te machuco.

— Serei bom. – Ele se defendeu. – Posso sentar?

— Claro. – Pen o olhou, com um olho ainda machucado. – Veio contemplar o estrago que eu mesma me fiz?

— Não. – Ele confessou. – Vim dizer que a culpa disso tudo é minha. Pela mentira que eu te contei.

— Ele morreu achando que eu não era boa para ele. – Pen chorou com dor. – E você nunca me disse.

— Sobre isso. – Ele a beijou na bochecha. – Eu não queria que você e ele namorassem. Eu quero você para mim. Lisa e eu terminamos. Eu posso ser seu.

— Você vai ser honesto de agora em diante? – Ela o olhou. – Ótimo. – Ela sorriu. – Porque mesmo que eu gostaria de ser independente, eu não posso.

— Isso você deixar para mim. – Luke a beijou. – Eu vou te cuidar até que você esteja livre para fazer amor.

— Quieto. – Pen riu. – Estou numa cama de hospital.

Quando ela saiu do hospital, Luke e Reid a levaram para casa. Reid não saia do lado de Penelope.

Luke sabia que o jovem agente tinha medo de perder Penelope tanto quanto ele mesmo tinha.

No fim, tudo deu certo.