Oneshots Criminal Minds Parte 2 escrita por Any Sciuto


Capítulo 38
O cupido Jack Hotchner




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Jack, sempre que visitava a BAU, adorava passear com Penelope. Enquanto Hotch precisava fazer os relatórios pendentes, Garcia tomava conta dele. E Jack sempre via os olhares entre sua tia P, como chamava e Tio Derek.

Ele sabia que ela namorava um cara nada a ver, a quem ele chamava de Lynch e que ele dava a ele olhares duvidosos. E ele via que Derek sentia ciúmes de Penelope. Colocando na cabeça que ele iria juntar seus dois tios favoritos.

Com Haley sendo morta por Foyet há quase dois anos, Hotch encontrou em Garcia uma amiga disposta a ficar algumas horas com Jack e lhe ensinar algo sobre computadores.

— Papai. – Jack o chamou em uma tarde. – Podemos fazer tio Derek e tia P ficarem juntos?

Hotchner o olhou chocado. O súbito interesse do filho em juntar seus dois agentes, coisa que ele poderia ter feito há anos, o fez ficar perplexo. 

— Por que você quer juntar eles, Jack? – Hotch perguntou. – Ela está namorando Lynch.

Ok, Hotch também odiava o homem tanto qualquer um da equipe. Ele não era gentil e nem um pouco bom com Penelope.  

— Ora papai. – Jack fingiu estar chateado. – Eu ouvi você e tio Dave conversando sobre ele.

— Jack. – Hotch estava orgulhoso de seu filho. – Qual o seu plano?

— Venha aqui papai. – Jack tirou uma cartolina da mochila. – Eu contei aos meus colegas sobre tia Pen e Tio Derek e nós nos bolamos um plano.

— Sorvete no parque, brinquedos e trancar os dois na sala? – Hotch estava espantado. – Com quem você aprendeu isso?

— Com você e a senhorita Emily. – Jack deu um olhar para Hotch. – Vamos papai, você e ela se olham com amor, do mesmo jeito que a Tia P e o tio Derek.

Hotch apenas sorriu. Percebendo que era assim mesmo, ele resolveu ajudar alguém a ter um final feliz.

No dia seguinte, Hotch e Jack recrutaram Emily e JJ para ajudar no plano. Reid estava relutante no início, não porque não achava o mesmo, mas se desse errado, Derek poderia ficar zangados com todos e não era isso que ele queria.

Felizmente, tanto ele quanto Rossi resolveram se juntar. A notícia do fim do namoro de Pen e Lynch também ajudou. Kevin havia sido pego com alguém na cama e Penelope resolveu acabar.

— Tia P. – Jack entrou na sala dela e a abraçou. – Sinto muito por seu namorado. Ele não era bom para você de qualquer jeito.

Penelope sorriu. Deixe para o filho de seu chefe lhe dizer o que você queria ouvir.

— Seu pai disse que você queria sorvete. – Ela mudou de assunto. – Quer ir agora?

— Podemos trazer tio Derek? – Ele pediu. – Acho que ele pode querer sorvete também.

Penelope sorriu e deixou Jack lhe puxar. Derek aceitou na hora. Uma oportunidade para cuidar de Jack e de sua menina juntos. E de quebra, evitar relatórios chatos.

Chegando no parque, Jack correu até os brinquedos, enquanto Derek comprava sorvete e Penelope cuidava dele.

— Obrigado, Hot Stuff. – Penelope deu um sorriso triste. – Exatamente o que eu gosto.

— De nada, Baby Girl. – Ele beijou sua testa. – Se quiser conversar, eu estou aqui.

Eles passaram uma tarde todo no parque com Jack brincando. Derek segurava a mão de Pen e em um momento, ela foi brincar de pegar com Jack. Ele sempre achou que ela seria ótima com crianças.

Suas crianças. Uma mistura perfeita de ambos.

Na hora de ir para a BAU outra vez, a próxima fase do plano significava que Hotch precisasse achar um jeito de Derek trabalhar com Penelope e os trancar por dentro. Não havia como desbloquear por dentro.

— Ei doçura. – Derek chegou perto dela. – Hotch me mandou analisar alguns casos com você aqui.

— Sente-se, cupcake. – Pen puxou uma cadeira. – Boss disse a mesma coisa.

De repente a porta foi trancada com ”uma rajada de vento” que era apenas Hotch e a sala parecia ter trancado.

— Os telefones estão mudos. – Pen constatou. – E a internet acabou de cair.

— Que droga. – Derek viu Pen em pânico. – Ei, alguém virá quando sentirem nossa falta.

— E o que fazemos até lá? – Pen se sentou. – Conversamos?

— Sim. – Derek a puxou para o chão com ele.  – Me fale sobre Lynch. Eu não vou julgar.

— Ele dormiu com Sandy. – Pen falou. – E disse a todos no departamento de informática.

— O que você precisa, menina? – Derek a fez deitar a cabeça nos seus ombros. – Diga a mim e eu farei.

— Me beije. – Penelope disse, corajosamente. – Eu só preciso de um beijo para saber porque eu não consigo achar meu termino com Lynch tão ruim.

Assim que ela terminou de falar, Derek subiu o queijo dela até a sua e tomou seus lábios em um beijo profundo.

Quando o ar se tornou necessário, Derek suspirou quando seus lábios se separaram. Ele sempre quis beijar Penelope e achou que agora era seu lugar seguro.

— Deus, Penelope. – Ele precisava de outro beijo. – Seus lábios são viciantes.

— Os seus também. – Ela se inclinou. – Posso?

Ele a puxou para ele e a beijou tão profundamente. Ela era como uma droga que ele estava viciado.

Ouvindo a porta sendo destrancada, eles nem se importaram. Eles continuaram a se beijar até ouvir Rossi limpar a garganta.

— Vocês dois parecem bem. – Ele deu um sorriso. – Eu tirei o palito menor para vir e destrancar vocês.

— Sim. – Pen corou. – O vento a bateu e ela trancou.

— Certo. – Rossi sabia a verdade. – E quanto aos telefones?

— Sem sinal. – Derek parecia que tinha sido pego no pote de biscoitos. – A internet caiu.

— Isso foi há duas horas atrás. – Rossi jogou as mãos ao alto. – Por que não fizeram barulho para virmos salvar?

— Porque estávamos... hum, conversando? – Pen corou ainda mais. – Sobre coisas particulares.

— Da próxima vez. – Ele fingiu aborrecimento. - Usem o armário de faxina. Vocês dois podem conversar em casa, não aqui.

Depois que Rossi saiu, Derek e Pen começaram a rir. Derek a puxou para ele e a beijou ainda mais.

— Minha casa ou a sua? – Derek perguntou. – Se bem que se eu quiser um bom dia, é melhor estarmos na minha casa.

— Oh, Hot Stuff. – Ela riu. – Tem certeza que aguentaria um bom dia?

— Sem sombra de dúvidas. – Derek a girou. – Se me mostrar todos os dias do nosso casamento, eu serei feliz.

Jack entrou na sala de Pen e a abraçou. Olhando para Derek sorrindo apaixonado para Garcia, ele sabia que seu pequeno plano havia funcionado.

— Tia P. – ele a chamou. – Você pode me ajudar?

— Sim querido. – Ela se abaixou até o garotinho. – O que você precisa?

— Vocês dois me ajudam a juntar meu pai e a senhorita Emily? – Jack tinha esperanças. – Acho que como vocês se uniram, eu deveria ser o cupido deles também.

— Certo querido. – Pen sorriu para Derek e depois Jack. – Está dentro, Derek?

— Claro, Baby Girl. – Derek a puxou com Jack no colo. – Vamos juntar Emily e Hotch.

Eles sentaram em um espaço vazio e começaram a bolar um plano para trazer Hotch e Prentiss juntos.  


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