Oneshots Criminal Minds Parte 2 escrita por Any Sciuto


Capítulo 36
I'm Not Going To Leave You.




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Emily saiu com pressa de sua nova sala na agência. Algo não estava bem. Indo até a sala de Garcia, ela inseriu o código e abriu a porta. O lugar estava às escuras e nem sinal da técnica naquela manhã.

Era seu primeiro dia oficialmente como chefe de sessão e ela teria que lidar com o sumiço de sua amiga.

— Algum de vocês viu Garcia? – Emily perguntou a Reid e Luke. – Fui até a sala dela e ela não está lá.

— Mas Garcia é geralmente uma das primeiras a chegar. – Reid explicou. – Ela sempre chega cedo.

— A sala dela está toda escura. – Emily viu Luke suspirar. – Olha, eu não posso dizer com certeza, mas se ela não visse ela ligaria para gente. Algo de errado está acontecendo.

— Certo. – Reid tirou a arma e distintivo da gaveta. – Luke e eu podemos checar o apartamento dela. Eu tenho uma chave.

— Vou mandar Rossi e JJ para o centro de aconselhamento dela. – Emily viu Reid estremecer. – O que?

— Garcia deixou o centro de aconselhamento depois do sequestro de Monica no passado. – Reid explicou. – Não sabemos o que ela faz nas folgas, porque ela nunca está em casa.

— Há quanto tempo ela vem ”sumindo” nas folgas? – Emily não entendia. – E como ninguém descobriu?

— Pode não ser nada. – Spencer respondeu. – Pode ser que ela frequente outro centro de aconselhamento.

— Vão para o apartamento dela e me liguem. – Emily suspirou. – Vou chamar Rossi e Tara e montamos uma estratégia.

Luke e Spencer saíram. Passando pelo estacionamento o velho carro de Garcia estava estacionado na vaga que não era reservada a ela. Examinando o carro, Reid notou a bolsa azul que ela adorava, assim como todos os celulares que ela usava.

— Acho que isso não é um bom sinal. – Luke falou. – O carro está aqui desde ontem, como ninguém notou?

— Não sei. – Reid discou para Emily. – Mas eu não tenho um bom pressentimento.

— Reid, o que achou? – Emily vi Rossi olhar. – Espera, vou te colocar no alto falante.

— O carro da Garcia está aqui no estacionamento. – Reid começou. – Mas não na vaga que ela colocaria o carro.

— Por que alguém mudaria o carro de lugar? – Emily não entendeu. – Isso significa que ela foi sequestrada no FBI?

— Eu acho que o sequestrador é um agente. – Luke começou. -  Só assim para saber que Pen carregava vários telefones e estacionaria o carro dela em outra vaga. Ele também conheceria a rotina, o passado, tudo sobre ela.

— Chequem o apartamento mesmo assim. – Emily ordenou. – E me liguem. Levem reforço.

Desligando o telefone, Emily olhou para Rossi. O agente mais velho não disse uma palavra durante todo o tempo.

— Fale Dave. – Emily pediu. – O que está pensando?

— O caso Sam Russel. – Rossi viu a confusão de Emily. – Você não estava aqui. Garcia precisou revisitar seu passado de hacker. Ela se encontrou com o ex dela, Shane.

— E você acha que ele está de volta? – Emily não entendia.

— Eu acho que Peter Lewis sequestrou Shane e o fez raptar Garcia. – Rossi viu Emily se sentar. – E trazer ela para ele. As habilidades que ela tem, ele poderia conseguir invadir a proteção a testemunhas.

— Penelope nunca cooperaria com ele. – Emily se preocupou. – A menos que ela a drogue.

— Com licença. – Anderson bateu. – Esse pacote chegou para você.

— Obrigado Anderson. – Emily pegou o pacote. – Ele foi checado para digitais?

— Sim senhora. – Anderson sabia sobre o sequestro de Garcia. – Veio sem digitais além das do entregador.

Por um momento, Emily hesitou, mas abriu o pacote. Colocando o DVD que veio, eles esperaram. A imagem de uma Garcia amordaçada apareceu na tela e pegou Rossi de surpresa.

Olá agente Prentiss. – Peter Lewis apareceu na tela. – Tenho alguém especial comigo hoje. Sua bela técnica, Penelope.

— Não. – JJ gemeu quando entrou e viu a amiga amordaçada. – Garcie.

Ela está um pouco fora de sintonia agora.  – Ele tocou o cabelo dela. – Mas prometo trazer ela a salvo quando sua equipe a encontrar.

Penelope fechou os olhos e pelo resto do vídeo, permaneceu imóvel.

Devo dizer que mesmo sob drogas pesadas ela não me ajudou em nada.  – Peter beijou a bochecha dela. - Vocês podem ter ela de volta agora, mas o que eu tirei dela, vocês não podem ter de volta.

— Como assim? – Emily não entendeu. – Eu juro, se ele a violentou, eu mesma vou arrancar o pênis dele.

— "Mas o que eu tirei dela, vocês não podem ter de volta.". – Spencer falou entrando. – Não acho que ela tenha sido violentada. Acho que ele tirou alguma informação pessoal dela.

— Ela vai se lembrar? – Luke estava preocupado. – Ou simplesmente vai apagar da memória?

— Temos um endereço. – Rossi gritou. – Um lugar abandonado.

A equipe correu para o elevador. Emily liderava o caminho. A descida foi quieta o suficiente.

— Eu não sei quanto a vocês, mas eu estou cansada de perder para esse safado, cara de fuinha. – Emily estava determinada. – Ele não vai tirar mais ninguém. Não comigo no comando, está claro?

— Sim. – Luke suspirou. – Está sim.

Ele não queria contar sobre o encontro que ele e Penelope tiveram semanas atrás e que desde então, eles estavam namorando escondido. E se esse fosse o que ele havia tirado dela, ele contaria a Emily, ao diretor e até ao vento, porque desde que ele chegou, ele estava atraído por Garcia.

Penelope estava viajando depois de tantas drogas que Peter havia lhe dado. Ela, mesmo em um estado alterado podia muito bem lembrar de todas as coisas antes de chegar aqui. Shane a sequestrando no estacionamento da B.A.U junto de um dos agentes da divisão de crimes cibernéticos e depois ver Shane sair pela porta da frente ainda vivo.

Ela podia lembrar as coisas que Peter pedira a ela e se recusara a fazer. Ele queria a localização de Hotch e Jack e ela havia lutado o suficiente para não fazer isso e trair sua equipe.

E de como ele arrancou o segredo de seu namoro com Luke. Amarrada a uma cadeira giratória com uma arma apontada para si mesma, ela tentou não se mover demais.

Seu olhar abriu quando um barulho de porta abrindo foi ouvido e ela percebeu que a equipe estava finalmente aqui.

 Peter Lewis havia fugido, infelizmente a deixando com uma arma. Ela tentou pensar em algo para não virar a cabeça e meio que deu certo.

— Garcia! – A voz de Luke soou. – Não se mexa, ok? Não se mexa.

— A arma está diretamente apontada para ela, Luke! – Rossi estava na sala. – Reid, qual a probabilidade de ela sair viva caso haja um tiro na cabeça?

— Nulas. – Reid respirou fundo. – Encontre um jeito de parar a bala, por favor.

— Ok. – Emily observou. – Encontre algo que dê uma luz.

— E se isso falhar? – Luke perguntou.  – Pen, não se mexa por favor, não se mexa.

Reid abriu a caixa de fusível e suspirou.

— Não são fusíveis. – Ele pegou um. – São balas de escopetas.

Rossi olhava para o gatinho sendo pressionado a cada vez que ela tentava se libertar.

— Pen, não. – Luke estava implorando agora. – Não Pen, fique parada. Fique parada!

Ele se colocou entre a arma e Penelope.

— A arma não estava carregada. – Spencer correu. – Foi uma distração.

— Ai meu deus! – Emily olhou para cima. – Tirem ela daqui!

Luke cortou as cordas e puxou Penelope para um lugar seguro.

— Isso vai atrasar o gatilho. – Spencer gritou. – Apenas alguns segundos!

— Corram! – Emily se protegeu.

Luke cobriu Penelope com seu próprio corpo quando dezenas de pregos começaram a cair do teto. Os gritos de medo da analista foram o que fizeram Luke a beijar, não se importando com quem os visse.

Quando acabou, Luke não notou JJ e Emily olhando para os dois, ainda de lábios colados.

— Vocês dois estão bem? – Emily interrompeu o momento. – Ou precisam de alguma privacidade?

— Desculpa Emily. – Penelope estava ainda chocada. – Eu.... Não sei o que dizer.

— Pois eu sei. – Emily cruzou os braços. – Finalmente vocês se uniram. Desde que eu cheguei aqui eu vi os olhares entre vocês. 

— Foi isso que ele tirou de você? – Spencer perguntou. – Acho que ele estava errado.

— Venha P. – Luke a levantou. – Vamos levar você para ser checada.

Rossi e os outros trocaram olhares festivos entre si.

Depois que Penelope foi checada e liberada, Luke a levou para sua casa. Ela estava cansada demais para qualquer atividade naquela noite, então ele a assistiu dormindo, tão tranquila e serena.

Ele sabia que ela teria pesadelos logo que passasse todo a sensação de segurança. Peter Lewis ainda estava solto. E ele tentaria de novo.


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