Era o primeiro natal com Lisa. Luke não estava muito feliz, no entanto. A conversa sobre Penelope ter encontrado alguém que a fazia feliz o deixou com raiva. Seria a primeira festa com Lisa como seu par.

É, com certeza, não havia nada de espetacular nisso. Sua namorada estava com um vestido preto cheio de bolinhas, um colar simples. Ele estava com um copo de espumante. Olhando para a porta, ele sentiu seu sangue ferver.

Acompanhada de um homem latino, musculoso e com uma barba, completamente parecido com ele, Ele viu Penelope em seu vestido vermelho, com pelinhos falsos brancos nas mangas. Um chapéu de papai Noel nos cachos loiros.

— Você busca algo para mim? – Penelope sussurrou no ouvido de seu namorado. – Eu vou encontrar um lugar para sentar.

— Não vou demorar. – Torres a beijou. – Eu prometi estar com você hoje e é exatamente onde vou estar.

Ela sorriu para ele e então seu olhar encontrou o de Luke. Desviando o olhar, ela foi para uma das mesas dispostas na sala.

Luke sentiu seu coração quebrar. Ele conhecia o homem que Penelope estava namorando.

Nick pegou duas taças de champanhe e foi em direção a Penelope. Nas quatro semanas que eles se conheceram, eles eram apenas amigos. Foi idéia dele sugerir a Luke que eles namoravam.

Não era nenhum trabalho. Ele estava começando a se apaixonar por Penelope. O jeito doce como ela falava, os sentimentos que ela tinha pelo colega e o jeito como ele a encontrou chorando no restaurante onde ele e Gibbs estavam.

Gibbs a levou para a casa dele, já que ela tinha tomado vinho demais. O agente mais velho sentiu suas entranhas se juntarem. Ele mal havia conhecido Garcia, mas sentia uma vontade de proteger a garota. Então quando ela contou sobre o encontro que a abandonou o homem pelo qual ela era apaixonada, Nick fez a sugestão.

Ele a levou para tomar sorvete, caminhar no parque e ele lentamente sabia que o dia que ela fosse embora, ele ficaria sozinho.

— O que acha que está fazendo? – Luke parou Torres no meio do caminho. – Como pode brincar com Penelope desse jeito?

— Eu não sou você, Alvez. – Torres respondeu. – Quatro anos para fazer algo e agora está com essa moça aí. Eu não estou jogando aqui.

— Deixe Penelope em paz. – Ele pegou Torres pelo colarinho. – Ela não é nenhuma de suas conquistas.

— Luke! – Penelope gritou. – Solte ele agora!

Luke relutante soltou, mas em vez de ir até Lisa, ele agarrou a mão de Penelope e a puxou para fora da sala.

— Ei! Luke! Me solte! – Ela tentou em vão. – Eu quero voltar para a festa!

— Vamos ter uma conversa. – Ele disse ríspido. – A sós.

Quando a porta do elevador se abriu, Luke puxou Penelope para ele. Assim que a porta fechou, ele tirou suas algemas e as colocou em Penelope.

— Não há como você simplesmente fugir agora. – Ele tinha uma carranca muito mais do que profunda. – Nós vamos para um lugar longe do FBI.

— Eu vou arruinar seu limite de crédito! – Penelope protestou. – Tire as malditas algemas.

— Não. – Ele a empurrou para o SUV. – Agora silencio.

Todos olharam para Lisa e torres na festa. Luke havia levado Garcia e eles sabiam que ela não corria perigo. O problema é que Torres não sabia que era assim também.

Luke dirigiu até um parque 24 hrs. Desligando o carro, esperando a respiração baixar e Penelope se acalmar, eles ficaram calados, em frente ao lago.

— Se está querendo uma desculpa, ela não virá. – Ela estava chateada. – Sua cena de ciúmes só me envergonhou.

— Me deixe falar agora. – Luke se virou contra ela. – Eu só quero entender por que Nick Torres?

— De todas as pessoas, você ainda me faz essas perguntas? – Ela estava irritada. – Retire as algemas e eu te digo o porquê.

— É por que eu fui com Lisa? – Luke ignorou o pedido dela. – É porque eu precisei dela antes que a minha vontade de você me superasse?

— Não estou com ciúmes de sua namoradinha. – Penelope estava chateada. – Eu só quero ser feliz.

Luke se sentiu mal ouvindo as palavras em alto e bom som.

— Você está com alguém e eu estava sozinha. – Ela continuou. – Todos seguiram em frente e eu ainda estou sozinha.

— Ele te faz feliz? – Luke precisava saber. – Ele te fazer rir?

— Ele é só um amigo. – Penelope começou a chorar. – Retire as algemas, eu quero ir embora.

Luke abriu as algemas e ela abriu a porta. Ela saiu caminhando pelo parque, tremendo de frio. Seu casaco estava na festa e parecia querer nevar.

Luke ficou ouvindo as palavras de Penelope, congelado. Retirando o cinto, ele abriu a porta e correu em busca dela.

Esse era um lugar perigoso a noite e ele conscientemente a deixou sozinha nele.

Ele mandou uma mensagem para Torres, esperando que ele os encontrasse. Penelope desapareceu no parque e Luke sentiu uma pontada de arrependimento.

Torres chegou vinte minutos depois. Ainda nenhum sinal de Penelope. Luke andava de um lado para o outro, buscando algum sinal.

Rossi e Matt estavam com ele.

— Algum sinal dela? – Matt foi o primeiro a perguntar. – Droga, Luke. Você sabe como esse lugar é perigoso.

— Já verificou nas matas? – Rossi pediu. – Matt e Luke vão para um lado. Eu e Torres vamos para outro. Emily, JJ, Reid e Lewis estão vindo.

— Onde ela poderia ter ido em tão pouco tempo? – Matt olhou em volta. – Vamos Luke, a culpa não é sua.

— Eu a deixei sozinha aqui. – Luke suspirou. – Por que eu fiz isso?

— Ei! – Rossi gritou. – Aqui! Ela está aqui!

— Penelope. – Torres checou um pulso. – Oh deus, o que você fez?

— Precisamos aquecer ela. – Rossi colocou seu casaco. – O pulso dela está fraco.

— Acho que ela caiu aqui. – Torres deu um olhar mortal para Luke. – Matt, me ajude aqui.

Penelope foi para o colo de Rossi e ele a tirou da área com mato. Ela estava machucada o suficiente.

Luke não perdeu mais tempo. Tomando Penelope nos braços, ele a levou para o SUV. Ajeitando o cinto o melhor que ele podia, pediu a Torres para dirigir.

Todos estavam reunidos na emergência do hospital, esperando notícias de Torres, o único autorizado. Luke abaixou a cabeça quando um irritado Gibbs conseguiu acesso.

Passadas meia hora, Luke viu um médico vir até eles. Contando que Penelope ficaria bem, que ela teve sorte em ter apenas um tornozelo quebrado, ele deixou Luke passar.

— Ei. – Ele sorriu para ela. – Eu sinto muito por isso.

— Tudo bem. – Ela fez pouco. – Só não quero que fique nenhum mal-entendido entre a gente.

— Eu terminei com Lisa. – Ele falou. – Porque eu te amo. Não ela. Você.

— Então como ficamos agora? – Ela perguntou. – Seguimos em frente?

— Sim. – Ele pegou seus lábios em um beijo atrevido. – Juntos.

Eles dividiram o beijo naquela noite. Era perto da meia noite, do natal.

Luke fez desse beijo seu presente de natal. Lisa, pegou todas as coisas de sua casa e foi embora. Prometendo se vingar.