Oneshots Criminal Minds Parte 2 escrita por Any Sciuto


Capítulo 17
Far Away




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Pegando uma respiração profunda, Penelope se olhou outra vez no espelho.

Ela tinha prometido ser forte quando Luke trouxesse Lisa para a agência, mas ela começou a chorar logo que viu o casal chegar na agência. Ela correu e se trancou no banheiro.

Encostada a porta do banheiro, ela deslizou e colocou a cabeça entre as pernas, tentando preservar o pouco de dignidade que ela ainda tinha. Doía nela que Luke estivesse pensando em se casar com Lisa e a trouxesse para conhecer a equipe.

Rossi conhecia o olhar de um coração partido quando via um. O olhar de Penelope e sua fuga lhe deram o resto que ele precisava saber.

A analista técnica estava apaixonada pelo agente latino e agora, ela se sentia machucada. Ele se desculpou e foi a procura da jovem. Ela mal tinha começado a se curar de seu recente sequestro e tudo isso estava fazendo mal a ela.

Ele a encontrou no banheiro e sem modéstia ele entrou e apenas se sentou ao lado dela, não forçando uma confissão que mais tarde viria. Ela parecia ainda mais derrotada.

De fato, nos últimos anos, Penelope ocupou o lugar de filha ao lado de Joy. A loira não tinha seus pais vivos e seus irmãos eram uns bastardos completos. Ele apenas estendeu o braço e esperou que ela aceitasse.

Penelope sabia que sempre poderia contar com Rossi para conselhos de pai. Foi assim logo após a saída de Hotch da equipe e duas semanas depois que ela falou com seu irmão.

Ela sempre viu um pai no agente mais velho. Ele sempre a protegia, e era certo que depois que ela levou o tiro, tudo mudou na dinâmica.

— Eu vou estar sempre aqui, Penelope. – Rossi garantiu a ela. – Vai doer no começo, mas vai ficar melhor.

— E por que eu o amo tão forte que machuca? – Penelope sentiu novas lágrimas. – Eu o quero tanto, mas tanto que até dói.

Ele não sabia o que responder. A dor era evidente e isso não estava fazendo bem a ela. Se levantando e a ajudando a fazer o mesmo, Rossi decidiu levar Penelope para alguma distração.

Luke observava a falta da única pessoa que ele amava. Lisa insistira tanto em conhecer a equipe que ele nem sequer imaginou que iria machucar Penelope.

Acompanhando Lisa até na casa dela, ele parou o carro e eles ficaram em silêncio.  

— Eu quero terminar. – Luke quebrou o silêncio. – Tudo o que aconteceu há dois meses, foi decisivo para isso.

— Eu sempre achei que esse momento iria chegar. – Lisa tirou o anel. – Nem vou dizer que estou surpresa.

— Sinto muito. – Luke a olhou. – Eu sei que provavelmente já te disseram muito, mas não é você, sou eu. Eu estou apaixonado por alguém e se eu não puder fazer algo rápido, ela vai acabar em um lugar escuro.

— Sabe Luke. – Lisa o olhou nos olhos, do lado de fora do carro. – Apenas vá a Penelope e conte o que sente. Tire-a do lugar escuro antes que seja tarde.

Ela bateu a porta e foi embora. Luke sabia onde ela estaria. Em um parque com Rossi.

O perfilador mais velho disse a Luke seus planos de distrair ela. Ele o ameaçou fisicamente se machucasse Garcia de novo. E ele não poderia culpa-lo. Penelope era o que todos do time tinham em comum.

Ela era a luz na escuridão do time. Ele não sabia o porquê, porém a cada milha que ele se aproximava do parque, seu coração batia forte, parecendo que iria explodir.

Pela primeira ele precisou parar no meio de algum ponto da rua e sem modéstia ou vergonha ele gritou alto, para quem quisesse ouvir ele.

— Eu te amo, Penelope Garcia! – Ele se sentia melhor e mais energizado ao voltar para o carro.

Palmas eram a confirmação que ele precisava e ele acelerou tudo até o parque.

Com certeza, ela estava lá quando ele chegou. Sentada em um banco, conversando com Rossi, tão quebrada, por sua causa.

Ela olhou para Luke diretamente. Como se seus olhos fossem imãs fortes, a puxando para ele. Em um minuto ela estava sentada no banco e no próximo ela estava correndo para Luke, sob o olhar paternal de Rossi.

Era como se Nickelback tocasse no ar. Ele estendeu seus braços se atraíram e ele a pegou e girou no ar.

Os outros frequentadores do parque olhavam a cena. Alguns suspiravam de paixão vendo o novo casal se unindo.

Luke colocou seus lábios nos de Garcia e ela apertou seus braços em sua cintura. Por dois minutos inteiros, todo o resto parou. Lágrimas escorriam de Penelope. Eram lágrimas de felicidade. Assim como as de Luke e seus olhos cheios de desejos.

— Eu te amo. – Eles disseram juntos.

Suas bocas se encontraram de novo. Eles pareciam dois drogados, em busca de saciar o vício que um simples primeiro deixou em ambos.

— Eu acho que eles se amam. – Uma mulher comentou, vendo a cena. – O jeito como ele a toca, como ele a beija.

— O amor é possível a todos. – A amiga comentou. – E vejo que ele a ama com tanta intensidade.

Rossi bateu uma foto do casal e mandou para Emily e todos os outros agentes.

JJ sorria de orelha a orelha enquanto Spencer sabia que agora Penelope encontrara o homem certo.

Simmons sabia que ele e Lisa haviam terminado. Luke mandou uma mensagem a ele logo que eles terminaram.

Tara mandou a foto para revelação. Com o pedido de duas cópias.

JJ encaminhou a foto para Morgan e recebeu uma carinha apaixonada de volta.

Derek olhou para a foto de Penelope e Luke e sorriu. Depois de Kevin e Sam, sua Baby Girl merecia alguém que a amasse tão forte como ela amaria de volta.

Ela sempre seria sua menina, porque ele a protegia como uma irmã. Mas ele sabia que ela seria eternamente feliz com Luke.

Rossi nunca desviou o olhar. Quando Luke soltou os lábios de Penelope em busca de ar, eles riram.

— Foi maravilhoso. – Penelope suspirou. – Eu te amo, Luke Alvez.

— E eu te amo mais, Penelope Garcia. – Ele a abraçou forte. – Mal posso esperar para fazer amor contigo.

— Devagar gatão. – Ela brincou. – Ainda temos coisas para conversar.

— Podemos conversar na minha cama. – Ele precisava dela agora. – Ou no sofá da sala, com um filme romântico.

Ela assentiu com um sorriso nos lábios. Rossi se aproximou e abraçou Penelope. Ele sempre sabia o que fazer.

— Cuide bem dela, Luke. – Rossi estava autoritário. – Você a machuca, eu machuco você.

— Sim senhor. – Luke concordou. – Vou tratar Garcia como a rainha que ela é.

Aquelas palavras causaram um frisson bom em Penelope. Ela estava sem esperança e agora, ele estava com ela. Haveria muito tempo para compensar o tempo perdido.

Nada rolou de fato naquela noite, além de um filme romântico na TV e beijos. Muitos. Eles concordaram ir devagar. Tudo era bom, mas eles deveriam se lembrar que ainda trabalhavam para o governo e limitar caricias para sua casa.

Eles fariam funcionar, no entanto. Ela nunca quis que ele deixasse a agência. Penelope não era daquelas que pediriam uma escolha acima de seu emprego.

E tudo foi perfeito para o dois. Ele a ajudou a se recuperar do trauma do sequestro e ela o ajudou com os pesadelos que ele ainda tinha. E tudo isso com amor.


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