Faziam quase cinco semanas desde o sequestro de Penelope e Spencer e as coisas não pareciam nada boas.

Penelope se tornou mais retraída e isolada. Todos notaram. Spencer tentou um diálogo direto, mas Penelope não quis se abrir e ele suspirou.

JJ tentou, até mesmo Simmons pediu a Kristy para ajudar Penelope com isso, mas Penelope estava começando a evitar reuniões.

O olhar de Emily e Rossi para Alvez disse tudo. O agente ficou para trás e decidiu que ele a forcaria a desabafar, mesmo que para isso, ele recebesse um tapa na cara.

— Luke, eu quero que você fique com Garcia e trabalhe no perfil. – Emily deu ao agente um olhar. – Estaremos a um telefonema de distância.

— Está bem. – Luke ficou grato. – Eu ligo.

— Faça ela se abrir. – Emily disse a ele antes de sair. – E por favor, resolvam esse amor que vocês têm um pelo outro.

Luke sabia agora que sua chefe sabia o que estava acontecendo.

Pegando os perfis terminados, ele se dirigiu a sala de Garcia e parou quando ele ouviu ela chorando. Flashes do dia em que ela voltou de uma visita a Spencer vieram em sua memória.

Entrando, ele a viu chorando sozinha na frente do computador, uma foto de gato que obviamente não ajudava.

— Você está bem? – Ele fechou a porta atrás dele. – Eu ouvi você chorando.

— Estou bem. – Ela foi meia ríspida. – Algo que você precisa Alvez?

— Eu preciso que você fale comigo. – Ele girou a cadeira para ele. – Penelope, se abra comigo.

— Eu não sei o que dizer. – Ela confessou e começou a chorar ainda mais.

— Eu sei que meu conhecimento sobre sequestros é terrível, mas eu preciso te ajudar. – Ele viu o olhar que ela lhe deu em troca. – Eu não sei porque, mas você, Penelope Grace Garcia é a mulher mais durona e doce que eu já tive o prazer de trabalhar.

— Eu me sinto sozinha. – Penelope confessou. – Eu estraguei tudo com Carlos e ele não quer ouvir sobre mim.

— Em primeiro lugar, você não estragou nada. – Ele ergueu seu queixo gentilmente. – Você resolveu seguir em frente, ser adulta. Jesse pode ter errado e tirado seus pais, mas a Penelope que toda a equipe ama como sempre fez uma coisa boa.

— Mas Carlos me odeia agora. – Ela tentou não chorar.

— Bem, ele não sabe a irmã maravilhosa que ele está perdendo sendo um bebe chorão. – Luke beijou sua bochecha. – Em segundo lugar, você não teve culpa de perder o suspeito. Assim como você não tem culpa de ter sido levada por Meadows.

— Mas... – Penelope tentou interver.

— Sem "Mas" Penelope. – Luke sorriu. – Meadows te sequestrou e a Spencer porque tudo o que ela tem no coração é ódio. Não importava que o dito marido dela era um polígamo.

— Spencer me fez fugir. – Penelope confessou. – Ele não me deixou ir no lugar dele.

— Ele sabia que você conseguiria chegar. – Luke puxou uma cadeira e se sentou. – Fazendo isso, você o salvou. Você e ele são mais fortes.

— Você sempre sabe o que dizer. – Ela confessou. – Eu sinto muito por te chamar de novato.

— Quer algo de engraçado? – Ele a viu olhar para ele. – Eu nunca me importei em ser chamado de novato. Vindo dos seus lábios, é um verdadeiro elogio.

— Luke. – Ela suspirou. – Eu estou apaixonada por você. E me desculpe se não for reciproco, mas...

Ela não chegou a terminar porque Luke se levantou e a puxou para cima gentilmente a beijando depois. Suas bocas se encontraram pela primeira desde de que ele chegou ao FBI.

Luke havia terminado com Lisa. Ela era apenas a segunda melhor, mas Penelope Garcia sempre foi a primeira.

— Eu preciso de você agora. – Luke sussurrou durante o beijo. – Nunca pare de me beijar Penelope.

— Hmmm.... – Era a única coisa que Penelope conseguia dizer.

Gentilmente a tirando do alcance de qualquer câmera que pudesse existir, Ele a encostou na parede a prendendo e voltando a beijar sua boca. Seus lábios, seu corpo. Era a droga que ele precisava.

— O que vamos dizer a eles? – Penelope perguntou no intervalo de um beijo.

— Que eu finalmente vesti as calças de adulto e te conquistei. – Luke beijou seu pescoço. – Ou que você me conquistou, porque Penelope, eu não minto quando digo que seus peitos, são maravilhosos.

— Você me ama pelos meus peitos? – Penelope se sentia poderosa. – Ou há algo que você gosta mais?

— Sim. – Ele colocou a mão sobre o coração dela. – O seu coração cheio de gatinhos e flores. Seus lábios de vermelho paixão, seus olhos.

— Você não acha que eu sou... – Luke a interrompeu com um beijo.

— Nem ouse dizer que você é gorda Penelope. – Luke a impediu de falar as palavras. – Perfeita. Você é absolutamente linda desse jeito. Eu não quero que você mude.  Aqueles que dizem que você é nada menos que uma deusa, merecem a morte.

Luke passou o resto do caso ajudando Penelope a buscar por coisas em comum entre as vítimas. Eles iam para casa juntos. Eles fizeram amor pela primeira vez. Luke acordou com Penelope dormindo e nua ao seu lado, iluminada pelos raios da lua.

Ela era linda. Abrindo a gaveta, ele pegou a caixinha secreta. Era um anel de diamante perfeito para Penelope. Único do jeito dela. Ele não daria a ela agora. Luke estava planejando pedir ela no primeiro mês de namoro.

Quando a equipe voltou, eles ficaram muito felizes por Penelope estar melhor. E ainda mais felizes por Penelope estar com Luke.

— Reid, posso falar com você? – Luke puxou o amigo de lado. – Eu queria te pedir um favor.

— Luke, da última vez que alguém pediu ajuda de um colega da BAU para pedir Penelope em casamento acabou errado. – Reid viu Luke suspirar. – Mas por outro lado, Kevin Lynch era alguém imaturo, inconsequente e nenhum de nós gostava dele. E você pareceu passar pelo crivo de Derek quando ele esteve aqui.

— Certo. – Luke coçou a parte de trás da cabeça. – Então, o que você sugere?

— Penelope ama espetáculos de teatro. – Reid começou. – Ela até mesmo encenou uma peça tempos atrás.

— Pedir ela em casamento durante uma peça de teatro é meio sem graça? – Luke viu os olhos de Reid se iluminarem. – O que?

— Meu deus Luke, se você pedir Penelope em casamento todos deveríamos estar lá. – Spencer abriu o notebook. – Penelope me ensinou o básico sobre notebooks.

Eles entraram no site do teatro e viram que estava passando uma peça de uma atriz muito boa.

Eles compraram o ingresso e Reid recrutou o resto do pessoal em segredo. Luke realmente não era Kevin idiota Lynch nesse quesito e Luke sabia das condições.

No dia marcado, a equipe e Penelope se reuniram no teatro. Luke manteve seus olhos na peça, esperando o sinal para começar.

— Eu vou ao banheiro. – Luke beijou Pen. – Eu volto quando você menos esperar.

Penelope por um motivo sentiu seu coração explodir. Luke colocou o terno e pegou o anel e as rosas. Ele iria fazer isso. Por sua garota ele faria de tudo.

— Muito bem. Essa noite nós temos algo diferente. – A atriz começou. – Chegou até meus ouvidos que havia um homem apaixonado por sua garota que queria fazer uma surpresa.

Penelope sentiu seu coração aumentar ainda mais. Cadê Luke?

— Por favor recebam com toda a alegria o agente do FBI. – Ela olhou diretamente para Penelope. – Luke Alvez. Penelope Garcia, essa surpresa é para você.

Lágrimas silenciosas caíam de Penelope. Luke fez isso para ela. E em uma transmissão ao vivo para o Youtube.

— Há quase quatro anos eu conheci Penelope. – Luke se aproximou no palco. – Nós nos encontramos em um elevador e ela me esnobou. Eu nem queria ficar na equipe naquele tempo. Mas aí então, essa linda mulher fez eu mudar de ideia.

Luke estendeu a mão para Penelope e a ajudou na escadinha.

— Eu te amo. Mais do que tudo nessa vida. – Luke deu as rosas para Penelope e se ajoelhou na frente dela, a caixinha do anel aberta. – Penelope Grace Garcia, aceita ser minha esposa para o resto da minha vida?

— Eu seria louca de não aceitar. – Penelope chorava silenciosamente. – Sim Luke! Milhares e milhões de vezes sim!

Houve aplausos de pé. Houve Emily e JJ chorando de alegria. Houve Rossi finalmente tendo a felicidade de eles serem um casal. E houve chuva de corações na transmissão.

Mas acima de tudo, houve Luke chorando feliz por finalmente ter pego a única mulher de sua vida em seus braços, sua cama e mais importante do que tudo, em sua vida e coração.

Eles se amavam de jeitos e maneiras que nem quatro livros completos poderiam contar. E isso era o que importava.