Investigar casos do passado eram uma coisa complicada. E ele sabia disso. Pessoas que ele investigou, pessoas que ele se importava estavam em perigo. Mas não tanto quanto ela.

Penelope era um alvo. E ele sabia disso. Ainda assim, ele achou que ela estava a salvo de todo o perigo.

Garcia saiu com o carro e foi em direção a sua casa. A equipe ainda estava na cena mais recente e ela precisava muito de roupas novas. Abrindo a porta de seu apartamento, ela sentiu algo diferente.

Virando-se, ela mal teve tempo de registrar quando foi segurada e uma agulha entrou em seu pescoço largando o sedativo. Ela perdeu a batalha, seus braços ficaram moles e ela fechou s olhos, sucumbindo a qualquer droga que foi dada.

Ela foi amarrada a cadeira e ele esperou. Tirando o celular dela, ele fez a ligação de uma vida.

Luke estava na cena mais recente com Matt e seu coração pareceu pesar mais do que uma tonelada. Ele sentiu o celular vibrar e viu o nome de Penelope.

— Garcia, bem a tempo. – Ele ouviu o silêncio. – Penelope?

— Eu sinto muito, mas Penelope não pode falar agora. – Ele traçou a boca dela. – Mas agora você vai ouvir com atenção.

— Por favor, não a machuque. – Luke ficou com raiva. – Ela não tem nada a ver com isso.

— Eu discordo, Luke. – Grant zombou. – Quando chegar aqui, ela vai estar no lugar dela e você não poderá fazer nada.

O celular foi desconectado e Luke não podia perder Penelope. Ele largou um dos telefones, a cena do crime e ignorou os gritos de Simmons para parar. Ele não podia perder Penelope para esse homem. Não agora.

Grant deu duas facadas em Penelope, dando a Luke uma chance de salvar ela. Ele queria que Luke sofresse lentamente. Penelope foi jogada ao chão e deu duas facadas longe o suficiente.

Saindo pela porta, ele a deixou la no chão mesmo, ainda com o efeito do sedativo.

— Eu não sei o que está havendo. – Matt seguiu Luke de uma distância segura. – Mas Penelope não está atendendo e eu acho que tem a ver com ela.

— Eu mando paramédicos? – Emily perguntou.

— Possivelmente. – Matt viu Luke correr para o prédio. – Com certeza.

Era o prédio de Penelope e ele sabia porque veio aqui uma vez com Kristy.

Luke chutou a porta e acendeu a luz. Ela estava deitada em uma poça de seu próprio sangue, como um anjo de morte. Ele tirou o celular e a arma em direção a porta ao ouvir barulho.

— Tudo bem, Alvez. –Matt correu. – O que aconteceu?

— Ele a machucou, Simmons. - Luke tentou conter o sangramento. – Me dê a toalha.

Matt ajudou a pressionar as feridas dela. A ambulância chegou rápido e ela foi levada com urgência para o hospital, porém Luke não foi com eles. Ele mandou Matt prometendo ir assim que arrumasse tudo.

Porém, ao invés de ir para o hospital, Luke fez uma curva e foi em direção ao ping do telefone de Jeremy Grant e o seguiu.

Emily e Dave foram para Luke antes que ele fizesse algo de errado. Matt recebeu a notícia que Penelope ficaria bem e se recuperaria. JJ chorou ao ver a amiga, felizmente fora de perigo.

Tara estava com eles. Ela ficou feliz por Penelope estar bem.

Luke virou o carro nas docas onde ele encontrou Jeremy tentando fugir. Ele matou seus amigos e tentou matar a mulher que ele amava.

— Pare aí mesmo! – Luke o encurralou. – Você sabe que eu não vou deixar você escapar com isso.

— Eu sinto que sua namoradinha se salvou. – Jeremy riu. – O único jeito que você pode me impedir de matar ela na próxima vez é me matando.

— Ao contrário de você, eu não mato sem motivos. – Luke o jogou no chão, mirando a arma de volta nele. – Eu poderia te matar aqui e seria justificável. Mas eu quero ver você pagar.

— Luke! – Emily gritou. – Não atire nele.

— Ele quase matou Penelope! – Luke gritou.

— Ela não iria querer você atrás das grades. – Rossi o lembrou. – Você precisa pensar nela.

— Eu estou pensando nela! – Luke gritou, apoiando as duas mãos na arma. – Eu preciso que ele pague.

— Tara me avisou que Penelope está fora de perigo. – Emily o fez olhar para ela. – Eu vou colocar ele na cadeia.

Rossi algemou Jeremy e o levantou, jogando-o contra um contêiner.

— Eu vou te trancar pelo o que você fez com uma das pessoas mais doces desse mundo. – Rossi tinha sangue nos olhos. – Você merece morrer.

— Eu vou ser deportado. – Jeremy riu.

— Não você não vai. – Rossi cortou o barato dele. – Eu mesmo vou me certificar que você pague.

— Eu não consigo entender, Luke. – Emily suspirou. – Estou suspendendo você do trabalho de campo. Vá para o hospital. Estou rebaixando você temporariamente para agente especial. Seu status de supervisor está suspenso. Me de seu distintivo e sua arma.

Luke passou de boa vontade. Não havia outro lugar que ele queria estar agora. Eles foram ao hospital, diretamente para o quarto de Penelope. Felizmente tudo o que ela tinha era um cano de oxigênio e estava dormindo.

— O médico disse que as facadas foram superficiais. – JJ falou. – Ela vai precisar de uma semana no hospital, mas fisicamente vai ficar bem. Psicologicamente, vai precisar de tempo.

Penelope acordou e viu Luke ao seu lado a olhando com expectativa.

— Luke... – Penelope gemeu. – O que aconteceu?

— Você foi esfaqueada pelo nosso suspeito. – Ele largou a revista. – Ele está preso. E foi minha culpa.

— Por que? – Ela sabia que ele tinha algo a ver, mas não se importava. – Você não sabia que ele viria para mim ou que ele mataria toda aquela gente.

— Mas você ainda se machucou. – Luke suspirou. – Eu quase o matei por causa de você estar nesse quarto.

— E então eu nunca mais poderia te dizer o quanto eu sinto por você. – Ela suspirou. - Você veio e me salvou de uma morte, é isso que eu vou sempre lembrar.

— Eu morreria se você morresse. – Luke se sentou na cama de Pen. – Eu tenho sentido amor por você de um jeito que eu nunca consegui por outra pessoa.

Penelope sentiu sua frequência cardíaca subir e Luke tentou fazer ela relaxar.

— Eu também te amo, Luke. – Ela confessou. – Tanto que eu nunca soube que era possível.

Ele olhou para ela e no segundo seguinte, seus lábios se encontraram pela primeira vez. Emily e Spencer entraram e se depararam com a cena.

Os dias seguintes foram gastos com Luke cuidando de Pen como ela merecia. Ela ficou uma semana internada e nesse tempo, Luke não a deixou um dia se quer.

Eles começaram a namorar também. Luke se sentia tão bem. E Penelope não podia reclamar.