Penelope subiu os degraus da escada que levava diretamente a BAU, pronta para tentar fazer a equipe ir ao encontro de Spencer.

Quando ela chegou e passou pelas portas da unidade, ela viu JJ a olhar.

— Oh meu deus. – JJ correu para ela, junto com os outros. – Você está machucada?

— Willcrest Virginia. – Ela repetia como uma prisioneira de guerra. – É há 18 minutos, um armazém, vocês precisam correr. Reid está sangrando, ouvi um tiro.

JJ passou Pen para Luke que estava mais do feliz em ficar com a amiga e amor. Seu relacionamento com Lisa havia acabado e encontrar com ela pareceu uma geleira.

— Está tudo bem. – Ele a fez se sentar. – Você quer algo? Água? Café?

— Eu quero Reid. – Ela tinha lágrimas nos olhos. – Por que ele me fez correr?

— Ele não queria que você se machucasse. – Luke sabia que ela precisava de um amigo agora, não um namorado. – Certo, você ainda tem roupas aqui? Essas roupas são provas agora.

— Eu não sei. – Ela se levantou, mas suas pernas pareciam geleia.

No segundo que ela foi cair, Luke a segurou firmemente e ela começou a chorar em seus braços. Ela era emocional e nada daquilo que ele sabia sobre sequestros poderia ajudar.

— Está tudo bem, Penelope. – Ele a fez colocar a cabeça em seu ombro. – Se você precisa chorar agora, você chora.

Então uma corrente de lágrimas caiu e ela começou a chorar a sério por Reid e pela experiência que ela acabara de passar.

Manobrando com cuidado, Luke a fez se sentar, apesar de não querer solta-la ainda. Ele abriu sua gaveta e lhe deu um dos comprimidos para dor que ele tinha.

Ele notou a contusão em seu ombro e ele desejou comer a cabeça de quem a machucou.

— Aqui. – Ele lhe deu um copo de água. – Vai ajudar.

Ela ficou com ambos nas mãos, tentando entender porque ele era tão atencioso, mesmo que ela o tratasse mal. Ela tentou lembrar de uma vez em que chamou Luke de Novato e ele odiou, mas percebeu que ele nunca odiou o apelido.

— Obrigado. – As lágrimas por uma vez acabadas. – É muito gentil de sua parte.

— De nada. – Ele a olhava com uma cara de animado. – Roupas? Você tem alguma aqui?

— Tenho sim. – Suas bochechas coraram. – Estão na minha sala.

— Eu busco. – Luke deu um toque em seu nariz. – Eu não vou demorar e estou com o celular.

— O meu está no meu carro. – Ela suspirou. – Luke!

Ele se virou e voltou correndo para ela.

— O que? – Ele se ajoelhou na frente dela. – O que está havendo?

— Obrigada. – Ela o olhou. – Por ficar comigo e por me aturar.

— Eu queria fazer isso. – Ele ergueu o queixo dela. – Lembra de quando Spencer estava preso? Eu lhe disse que sempre que você estivesse chorando poderia contar comigo.

— Eu só achei... – Ela o olhou. – Só achei que você estava brincando.

— Com você Penelope, nunca é brincadeira. – Ele lhe deu um beijo na bochecha. – Eu vou trazer as roupas e eu vou trazer café. Vamos ter uma conversa.

—Okay... – Ela falou, ainda querendo ter a mão dele presa a seu rosto.

Então, algo clicou nela. Ela estava apaixonada por ele. Não do jeito que era com Morgan. Não do jeito estranho que era com Kevin.

Parecia que ela precisava contar a ele que era louca por ele, mas seu coração ainda estava em reforma desde o dia que Luke entrou e agora, parecia que ela havia acabado.

Luke pegou a bolsa dela embaixo da mesa e notou uma foto de ambos junto ao gatinho anti stress. Ele viu como ela tinha aquele momento em particular deles dois.

O sentimento o atingiu como um trem desgovernado e então ele se sentou. Ela também sentia o mesmo que ele por ela. Ele pegou a foto e sorriu.

Saindo no Bullpen, ele deu a ela as roupas. A equipe estava quase lá agora. Pelo bem da mulher sentada na cadeira dele ele agiria profissionalmente agora.

— Eu peguei essa muda de roupas no seu escritório. – Ele sorriu. – E eu vi a foto.

— Você a viu? – Penelope parecia aliviada. – Bem, você deve me achar uma mulher boba.

— Na verdade, eu te acho uma mulher maravilhosa, mas boba, você não é querida. – Ele a fez olhar para ele. – Porque se você sente o que eu sinto, então somos dois bobos.

— Agora não é hora para isso. – Ela se levantou e saiu.

Luke sabia bem o que ela estava fazendo. Mas com a situação de Reid ele entenderia.

Depois que ela voltou, Luke não conseguia suprimir um suspiro em como ela estava linda simples.

Então ele se sentou ao lado dela enquanto buscavam uma pista de Spencer.

Quando eles deixaram a sede, Penelope e Luke trocaram olhares e ele percebeu que ela não queria ficar sozinha, mas ficaria por enquanto.

Ela queria Spencer de volta. Sentia falta do amigo.

Logo depois de resgatarem Reid, Luke ligou para ela. Todos perceberam o que estava acontecendo, incluindo um Reid muito protetor.

Se sentando ao lado de Luke, Reid o olhou.

— Eu quero que você e Garcia sejam muito felizes. – Reid começou. – Você e ela se amam e deveriam deixar os sentimentos colidirem.

— Mas e se ela não me amar? – Luke ainda estava com medo.

— Luke. – Reid o viu olhar. – Quando estávamos no carro, indo para o esconderijo eu a vi sussurrando seu nome. Ela não percebeu que eu vi, mas eu vi. Ela te ama. E você a ama.

— Eu vou dizer a ela. – Luke suspirou. – E talvez preparar meu coração para uma rejeição.

Chegando ao BAU, o elevador havia sido limpo, as manchas de sangue haviam sumido, mas Luke pode ter tido uma visão de Penelope naquele momento.

Foram as horas mais horríveis de sua vida. Descobrir que a mulher que ele amava fora sequestrada com outro agente.

Uma mulher que nunca estava no campo. Reid se recusou a contar o que acontecera no carro. Ele também não queria realmente saber.

Então, quando o elevador abriu, ela estava lá, meia em choque, meia feliz. Ela correu para Reid e ele entendeu. Mas ainda queria que ela o abraçasse antes.

— Eu acho que agora todos nós estamos juntos. – Emily abraçou Penelope. – Eu estou feliz que os dois estejam bem.

— Também acho. – Luke falou e colocou as mãos em seus ombros. – E acho que eu precise pegar Penelope emprestada por alguns minutos.

Todos concordaram silenciosamente que ele deveria quando ele levou.

— Espero que ele conte a ela que a ama. – Emily falou. – Ou eu mesma tranco os dois em um armário.

— Aposto que métodos de persuasão seriam eficazes. – Spencer deu um pequeno sorriso. – E eu acho que tenho uma concussão.  

— Certo, Spence. – JJ o puxou. – Você e Pen precisam ser checados depois.

Luke puxou Penelope com cuidado para a sala de descanso e quando ela se virou, Luke juntou suas mãos e a beijou. As mãos dela se soltaram e ela ao invés de se afastar, se aproximou mais, afundando em um beijo.

— Eu acho que tenho que agradecer Meadows. – Luke sussurrou. – Ela te levar só me fez perceber que eu te amo. E parece que o sentimento é mutuo.

— Então para onde vamos agora? – Ela perguntou a Luke, um pouco confusa.

— Primeiro, vamos levar você para um check up. – Ele beijou seus lábios. – Depois, eu vou te levar para minha casa e fazer você saber que se tiver um pesadelo, eu vou te consolar.

— É um bom plano. – Ela sorriu.

Ninguém sabia o que o destino reservava, mas havia algo que ambos sabiam. Eles estavam juntos agora e nada poderia separar eles.