Oneshots Criminal Minds Parte 2 escrita por Any Sciuto


Capítulo 117
Life can be sweet.




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Reid finalmente fechou o livro de memórias de Maeve e o entregou aos pais dela. Era apenas uma compensação do que ambos perderam juntos, mas ele manteve o livro em sua bolsa.

Entrando no trabalho naquela manhã, Reid viu uma garota que era muito jovem para qualquer coisa a não ser uma agente federal. Ela carregava uma arma, mas os fones cor de rosa em seu celular davam a aparência de ser uma menina feliz.

E ele reparou que ela não tinha aliança, mesmo não a conhecendo. Ela poderia ter um namorado, mas a risada fofa e contida que ela deu em uma foto de gato o fez suspirar.

— Oi. – Ele finalmente teve coragem de falar com ela.

Se virando e tirando um dos headfones de sua orelha, sem brinco, ela o olhou de cima a baixo.

— Olá. – Ela retribuiu seu cumprimento. – Você é Spencer Reid, certo?

— Sim. – Reid agora foi fisgado pela linda jovem. – Você me conhece?

— Dos artigos de Jornais. – Ela tirou a mão de sua pasta e a estendeu. – Meu nome é Any, sou uma nova agente. Quero dizer, estagiaria de Penelope.

— Você é agente de campo e analista? – Reid foi completamente atraído pela linda morena. – Quando começa?

— Bem, digamos que enquanto eu não estiver liberada para ir a campo. – Any riu para Reid. – Eu vou ficar entre as teclas de computador e alguns assuntos provisórios.

Any sorriu quando a porta do elevador abriu e ela saiu.

— A gente se vê por aí, Dr Reid. – Ela piscou e recolocou o fone de ouvido.

Reid sabia que algo o atraia naquela garota e ele sabia que as regras da fraternidade já estavam no limite depois do casamento de Derek e Penelope.

Strauss havia ficado vermelha pelo o que ela considerava uma violação e quase demitiu ambos. Por sorte, Rossi havia usado a influência do diretor para evitar uma terceira guerra mundial dentro do FBI.

Ele subiu até a BAU e começou mais um dia de trabalho normal.

— Reunião pessoal. – Hotch chamou todos. – Inclusive você Penelope Morgan.

Eles se olharam com medo quando Strauss entrou seguida de uma jovem que Reid sabia muito bem quem era.

Quando todos se sentaram, Reid olhou a jovem, muito mais contida pela presença da chefe Strauss e seu sorriso quase inexistente.

— Eu gostaria de apresentar a vocês a agente Any. – Strauss começou. – Ela vai trabalhar aqui por alguns meses até a formação na academia do FBI.

Todos viram o olhar da agente se mudar para um de medo. Ela já estava intimidando os novatos, quem dirá os antigos.

— Certo, agente Morgan. – Strauss olhou com desdém. – Eu gostaria que você conseguisse uma mesa para ela e o material de apoio vai chegar em alguns dias.

— Eu sinceramente agradeço. – Foi a única coisa que Any poderia dizer.

Saindo da sala de mesa de reuniões, Any olhou para o espaço a sua frente. Ela se virou quando sentiu uma presença ao seu lado.

— Ela já foi pior. – Reid falou e deu um de seus sorrisos. – Você vai precisar de um mentor.

— Você está se oferecendo? – Any deu uma risadinha. – Eu adoraria isso.

Reid estremeceu quando a menina falou baixinho no seu ouvido. Maeve lentamente indo embora e sendo uma lembrança doce.

Se passou uma semana e Spencer assumiu a tutoria da nova agente. Toda a vez que eles não estavam novos casos, Reid a levaria para jantar e contar um de seus muitos fatos aleatórios.

Eles estavam em um restaurante jantando. Reid sabia que algo incomodava Any de um jeito que ele nunca poderia prever.

— O que está acontecendo? – Reid pegou o garfo dela. – Você não parece feliz.

— Desculpe, mas é que algo está acontecendo. – Ela suspirou e olhou para Reid.

— Eu posso te ajudar com qualquer coisa. – Reid ofereceu e a viu como um cervo nos faróis. – Any?

— Me desculpe, não posso. – Any largou o garfo, pegou a bolsa e saiu do restaurante correndo.

Mesmo sendo um profiler, Reid não conseguia ver que a garota estava atraída por ele e isso, lentamente a matava. Quando ele finalmente entendeu, ele jogou algumas notas na mesa e correu atrás dela.

Uma chuva intensa estava caindo do lado de fora e Any sabia que era apenas uma questão de ficar doente no dia seguinte.

Ela parou quando precisou de ar e desabou em choro.

— Você deveria falar comigo. – Reid a alcançou. – Deveríamos conversar.

— Como pessoas normais? – Ela suspirou sozinha. – Eu não posso me enganar com você, Spencer. Que droga, eu estou apaixonada por você desde o primeiro dia em que eu pus meus olhos em você.

Um silêncio caiu sobre os dois e apenas o som da chuva era ouvido naquela rua.

— Eu não deveria ter contado. – Ela gritou e saiu em direção ao prédio de apartamentos. – Eu vou entregar minha transferência amanhã.

Reid ficou sem reação alguma. Ele não poderia dizer eu te amo, mesmo que ele a amasse mais que a si mesmo.

Ela deu a ele alguns anos de experiência em troca e também lhe deu algo que nenhuma outra mulher havia lhe dado além de Maeve: seu coração.

Suspirando, ele sentiu os relâmpagos e viu seu vulto correndo para o prédio, derrotada.

Ele respirou fundo e decidiu o que faria. Ele correu atrás dela até que ela se virou e parou.

— Spencer. – Ela estava em choque. – O que...?

— Silêncio. – Ele a beijou quase como se tivesse fome dela. – Eu também te amo, só não sei o que eu preciso fazer.

— Me beije. – Ela sussurrou para ele. – Me beije do seu jeito. Sem medos, sem perfeição. Apenas seu beijo.

Reid colocou a mão em sua bochecha e chegou mais perto dela. Eles ainda estavam na chuva e Spencer estava pouco ligando.

Seus lábios se encontraram pela primeira vez e Reid puxou Any para mais perto, precisando dela cada segundo mais. Suas mãos foram para a cintura dela e Reid se perdeu em um primeiro beijo delicioso com alguém que era tão apaixonada por ele quanto ele mesmo era.

— Deveríamos sair da chuva. – Ela sussurrou. – Ou nos dois vamos ficar doente.

— Parece interessante. – Reid a pegou nos braços. – Apesar de que eu poderia te ter aqui mesmo.

— Eu tenho algo a confessar. – Any corou, embora a escuridão da rua não permitisse Spencer ver. – Eu sou virgem.

— Eu serei gentil. – Ele a beijou. – Não há nada que se preocupar.

Abrindo a porta de seu apartamento, Any sentiu Reid a puxando para seus braços e a levando para o quarto. Cada pedaço de roupa encontrou um lugar no chão do quarto da jovem.

Reid prestou atenção a cada parte de seu corpo naquela noite e ela sentiu que finalmente havia encontrado o homem perfeito.

Ele estava pronto para se mudar com uma mulher que sentia o mesmo por ele.

Quanto a Strauss, bem, ela poderia ir para o inferno. Ele encontraria um homem para ela em algum lugar para resolver seu mau humor.

Penelope e JJ foram as mais animadas com o novo casal. Nem era preciso dizer que ela ficou fixamente na unidade.

E todos estavam felizes pelo novo casal.


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