O fim da tarde chegava a ser pândego em sua normalidade. Como se nada nunca houvesse saído do lugar, a mesma ruela que vencia a pequena ladeira com suas rampas e degraus preguiçosos, as mesmas árvores, os mesmos muros e portões, o mesmo vento teimoso.

Quase se podiam escutar as conversas e brincadeiras descontraídas. Crianças de outrora. Dentre elas, uma morena sardenta de dentes tortos e presilhas coloridas.

Aquela que há muito se foi.

O calor silencioso do final da primavera, porém, trazia o cheiro fresco de maresia e a expectativa de reencontro com tudo o que ficara para trás.