YoI, Yuuri, Victor and My 2nd Birthday Collections escrita por Haruyuki


Capítulo 8
KuroNeko PetHotel - Parte I


Notas iniciais do capítulo

AU de minha fic KuroNeko Hotel, onde Yuuri e Victor são 100% gatos.
Ma-chan = Mari
Yuu-chan = Yuuko
A-chan, Ru-chan e Ro-chan = Axel, Lutz e Loop
Hi-san = Hiroko
To-san = Toshiya



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Yaaawn~ olá pessoal! Sejam bem vindos ao KuroNeko Katsuki PetHotel. Meu nome é Yuuri e eu sou o verdadeiro dono desse estabelecimento.  Ano ne, meu trabalho é deixar tudo aqui em ordem para a satisfação dos clientes e seus pets humanos. Minha lista de afazeres consiste:

 

Não permitir a interrupção das horas de (minha) sonecas;Não permitir bagunça nos (meus) objetos no playground;Não permitir marcação de território no (meu) estabelecimento;Não permitir brigas dentro do (meu) estabelecimento;Não permitir roubo de (meus) brinquedos;Não permitir que critiquem (Meu) Katsudon.

 

Hmm… eu sei que tem mais, mas acabei me esquecendo. E se você viu certas palavras escondidas nessa lista, então você está bêbado ou delirando. Eu sou um gato bastante responsável, entendeu?

Essa moça preguiçosa ao meu lado no balcão  é minha serviçal número um, que se chama Ma-chan. Eu não gosto muito dela por causa do cheiro forte causado por aquele estranho palito que ela coloca nos lábios. Eu tentei fazer ela parar mas ela pensou que eu queria brincar com a coisa de papel que ela carrega no bolso contendo mais palitos.

...

“Yuuri, você quer leite?” Escuto e olho para ela, que coloca uma tigela com leite na mesa…

Leite?! Nyaaa! Eu amo leite!!! Ma-chan, eu adoro você!

*Uma tijela de leite depois*

Nyaa!! Que delícia!

“Boa tarde, Mari-san, Yuu-kun!” Uma moça chamada Yuu-san, que trabalha na arena de gelo da esquina, se aproxima de nós com suas 3 filhas.

“E aí, Yuuko?” Ma-chan diz, completamente entediada.

“Você tem vagas para esta tarde?” Yuu-san pergunta, e eu passo a brincar com A-chan, Ru-chan e Ro-chan*, que adoram tirar fotos minhas.

“É claro que temos.” Mari-chan diz, erguendo a sobrancelha para ela.

“É que alguns patinadores virão fazer um show no nosso ringue e decidiram trazer seus pets também.” Yuuko-san explica, excitada. “Serão dois cachorros e três gatos e 1 hamster.”

“Quanto tempo?” Mari-chan pergunta, com uma risada se formando no rosto.

“Uma semana.” Yuu-san responde, e então ela se aproxima de mim. “Escuta só, Yuu-kun. Sabe aquele gato que você gosta de ver na televisão quando as garotas te mostram vídeos de patinação artística?”

Eu olho para ela, inclinando o rosto e balançando meu rabo peludo.

“Pois é. Victor e uns amigos dele virão passar uns dias aqui. Legal, não é?”

Vi-ki-to-ru? Ela quer dizer… Vicchan? O gato de pêlo claro como a neve que eu sempre vejo na tv com as trigêmeas? Ele vai vir para cá?

“Meeeeeeeow!” Eu faço, me colocando de pé, sério.

Ok. Eu vou cuidar de Vicchan.

Salto da bancada para o chão e me espreguiço, indo até o playground e olhando em volta para ver se está tudo em ordem. Vejo minha bola preferida no chão e me aproximo dela rapidamente, usando minhas patas dianteiras e meu focinho para brincar com ela.

*Uma brincadeira depois*

Ergo minhas orelhas ao escutar minha música favorita - Neko-san de Suga Shikao— e paro de brincar. Saio do playground e volto até o balcão onde Ma-chan continua sentada, pulo e me deito perto de onde vem a música, balançando minha cauda e fechando meus olhos.

“Você gosta mesmo dessa música, não é?” Escuto e sinto os dedos de Ma-chan me acariciar atrás da minha orelha, o que me faz ronronar de alegria.

Nyaaaa! Isso é tão bom.

Yuu-san aparece, trazendo consigo outras pessoas e conversando em uma língua estranha. Imediatamente me coloco de pé e vou para detrás do balcão, olhando para aquelas pessoas com desconfiança.

Quem são elas? Por que Yuu-san as trouxe para cá?

Observo Ma-chan, Hi-san e To-san também conversando com eles e abaixo minha cabeça, chateado por não ter mais a atenção de alguém.

“Olá.” Escuto e levanto meu rosto, vendo uma estranha  caixa feita de barras de metal, e um pequeno ser me olhando com o rosto inclinado enquanto come uma espécie de semente. “Meu nome é Phichit e eu sou um hamster. Prazer em conhecê-lo.”

“Yuuri.” Digo, me aproximando dele lentamente.

“O quê?!” Escuto e olho para o lado, onde um filhote de gato de pelagem amarelada começa a silvar na minha direção. “Eu sou Yuri. Não pode haver outro Yuri por aqui. Eu não aceito isso.”

Dou dois passos para me aproximar dele, mas eu paro ao ver uma pata dele se erguer, com as garras dele amostra.

“Mude seu nome, Gato-Porco.” Ele ordena, e eu me assusto com isso.

“Ah, Yuri. Algum problema?” Uma outra voz diz, e finalmente percebo que mais um gato se aproxima, subindo no balcão por conta própria e olha para mim. “Oh?”

“Nyaaaaaa? É Vicchan!”

Oh não...

Volto para o meu esconderijo, embaraçado por ter sido visto por ele e pelo que eu disse. Oh, ele é tão bonito e a pelagem dele parece ser muito macia. Sinto que ele continua olhando para mim, e sinto um arrepio ao escutar ele rindo.

“Fu fu. Qual é o problema, Kotenok (bebê gato)?”

“Cala a boca, Gato Velho. Eu não aceito que haja um outro Yuri por aqui. Ele precisa mudar de nome urgentemente.” O filhote diz, furioso.

Eu olho para os dois atentamente, principalmente o filhote.

Como ele ousa chamar Vicchan de Gato Velho?

“Yuri, não seja tolo. Que eu saiba nós somos os hóspedes e aqui é a casa dele.” Me assusto ao escutar isso, pois não.esperava que ele soubesse disso. “Então seguindo essa lógica, você é quem teria de mudar de nome durante nossa estadia.”

Oh? Além de ser bonito, ele é esperto.

“Nem fudendo…” O filhote começa a dizer, mas se cala quando decido que já escutei o suficiente.

“Ei.” Digo, subindo em cima de um dos meus lugares favoritos, o que me dá.uma certa altura diante deles. “Eu sou o verdadeiro dono deste local e por isso, tenho autoridade em dizer que se você continuar com a boca imunda, eu posso fazer meus servos humanos não te aceitarem por aqui.”

“Você está mentindo.” O filhote diz, ficando com o rosto rubro.

“O nome desse estabelecimento é KuroNeko PetHotel. Kuro neko em japonês significa gato preto, e eu sou o único gato preto por aqui. “ Digo, orgulhoso de mim mesmo.

“Isso é baboseira…” O filhote começa, mas é interrompido por Vicchan e Phichit.

“Que legal!” Ambos exclamam, me deixando com vergonha.

~x~

No primeiro dia deles, optei por deixar eles descansarem depois de mostrar os locais mais importantes, como o playground, o quarto de soneca e o banheiro. Também os apresentei a Hi-san e To-san, que cuidam da limpeza e da cozinha do PetHotel.

“Cozinha?” O gato chamado Chris pergunta, com um olhar de travessura.

“Isso mesmo.” Digo, afirmando com a cabeça. “Apesar de termos ração, To-san serve diariamente comida balanceada que ele mesmo prepara. Eu principalmente adoro quando ele serve Katsudon.”

“Katsu-o quê?”

“Katsudon. Tem porco, arroz e é uma delícia.” Eu digo, já ficando com água na boca.

“Olha só. O gato-porco gosta de comer porco.” O filhote, que Mari-san decidiu apelidar de Yurio para não causar confusão comigo, comenta e eu abaixo a cabeça, triste.

“Yurio.” Vicchan diz, se aproximando dele e usando uma das patas para bagunçar sua pelagem. “Peça desculpas.”

“Está tudo bem, Vicchan.” Digo, e me afasto deles, sem perceber que o gato de pelagem branca me olha seriamente.

Como é de se esperar, Toshiya-san serviu a todos Katsudon. Com um sorriso no rosto, fico a observar os pets devorando a comida. Apesar do cheiro delicioso, eu decido não comer minha parte e me esconder no alto do armário que fica atrás do balcão de entrada..

~x~

“Yuuri?”

Victor para de comer e olha para a humana de nome Mari, que olha em volta com a testa franzida.

“Qual é o problema, Mari?” Hiroko-san pergunta, se aproximando dela.

“Yuuri não quis comer Katsudon.” Ela responde, preocupada. “E eu não estou encontrando ele.”

“Você acha que…”

Victor se levanta, olhando para as duas mulheres humanas seriamente. Ele havia percebido que Yuuri passou o resto do dia triste depois do comentário de Yuri, mas nunca pensou que resultaria em algo assim. Aproveitando a desatenção dos humanos, ele pega pedaços de porco na boca antes de sair pela porta aberta e vai andando pelo corredor enquanto olha de um lado para o outro, curioso. Ele se vê de volta à entrada do hotel, onde havia encontrado o gato preto super fofo horas atrás.

Ele escuta miados abafados vindo do alto e imediatamente encontra Yuuri no topo de uma estante, deitado com as patas cobrindo o rosto, choramingando. Victor, sentindo algo estranho ao ver isso, percebe que quer entender melhor aquele outro felino.

“Yuuri.” Ele mia, depois de depositar o porco no chão e assustando o gato preto, que o olha com surpresa.

“Vicchan?” Yuuri diz, se erguendo.

“Hm? Você me chamou com esse nome antes.” Victor diz, inclinando o rosto. “Parece muito com meu apelido.”

“Me desculpe. Eu vou parar de te chamar assim.” Yuuri diz, notando o porco que está no chão.

“Você pode continuar a me chamar assim. Eu até gosto de ser chamado assim, se for só por você.” Victor ronrona, para a sua própria surpresa.

“Vicchan.” Yuuri sussurra, timidamente.

Victor imediatamente pega o porco e sobe até onde ele está. Ele se aproxima de Yuuri, e se deita ao lado dele, usando o focinho para empurrar a comida para perto do gato preto.

“Você não comeu nada. Então trouxe isso para você.” Victor diz, se sentindo estranhamente tímido.

“Obrigado.”

Victor observa Yuuri beliscar a carne, e comer o porco com gosto. Algo peculiar para quem não quis comer um prato de comida. De fato, quando Yuuri termina de comer, sua barriga ronca alto. O gato preto imediatamente fica embaraçado, pedindo desculpas.

“Por que você não comeu?” Victor pergunta, o lambendo para limpar parte da boca que estava suja de óleo.

“Oh.” Yuuri diz, surpreso.

“Você não precisa…” Victor começa mas é interrompido por Yuuri, que o lambe no rosto.

“Sim, eu não preciso revelar para você. Mas eu quero.” Yuuri ronrona, se aconchegando em Victor. “Eu na verdade não sou o gato desta família. Eu nasci de uma gata que pertencia a uma outra família, mas fui abandonado quando ainda filhote. Criticado por ter nascido e por tudo o que fazia, deixado sem comida e água, sozinho. Por isso fiquei tão chateado com o que ele me disse. Quem me encontrou naquela época foi Yuu-san, e ela me trouxe para cá.”

Oh, Yuuri…

“Eu tenho muito medo de ficar sozinho de novo. De ficar preso naquela caixa, no calor, na chuva e no escuro. Eu sei que parece ser algo estúpido, e que eu sou um gato fraco…”

“Não, você não é fraco e não tem nada de estúpido nisso.” Victor o interrompe. “Mesmo que eu tenha a minha fama por causa do meu dono, eu entendo muito bem o que é ser deixado sozinho por ele. Eu odeio, mas não posso fazer nada.”

“Vicchan, eu…” Yuuri começa a dizer mas é interrompido por Mari, que o chama carregando a tigela de comida dele

Quando a barriga dele ronca, ele não vê outra alternativa se não miar para Mari, que se assusta ao ver Victor ao lado dele. Yuuri pega um pedaço de porco com a boca e o coloca perto de Victor, que o olha com surpresa.

“Aceite isso como meu agradecimento pelo pedaço de antes.” Yuuri diz, sorrindo.

E Victor imediatamente percebe que adora ver Yuuri sorrindo...


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