Enquanto dirigia para casa, Raquel observava o pôr-do-sol pelo vidro do carro, com a cupidez de alcançá-lo. Levava o desenho, enrolado, no banco de trás, com cuidado, já que havia perdido o canudo que o preservaria. Passando pela praia, caminho que sempre seguia, percebeu algo diferente: um grupo de pescadores lançando uma rede ao mar. Raquel estranhou; tal visão deveria ser comum, mas não lembrava de já ter encontrado homens fazendo isso naquela locação específica, era justo o que ela precisava. Estacionou o carro e aproximou-se dos personagens, negociando a rede pelo seu desenho arquitetônico, que logo hipnotizou os pescadores.