— Queria muito ser um avestruz pra esconder a cabeça debaixo da terra agora — confessou, enrubescido.

Para Roberto não permanecer desconfortável, Diogo passou o resto da noite fazendo brincadeiras menos impróprias.

No fim da agradável noite que tiveram, um silêncio incômodo: novamente nenhum deles queria ir embora.

Não haviam conversado sobre como prosseguiriam com aquela relação, mas parecia haver um acordo inconsciente para não apressarem nada.

Chegando ao ponto de ônibus, Diogo colocou o braço sobre os ombros de Roberto e perguntou, com seu tom estentor:

— Você acha muito cedo pra eu te pedir um beijo, Roberto?

Não era outra brincadeira.