Oclusiva escrita por S Q, WSU


Capítulo 12
Cena pós-créditos e Agradecimentos




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no Havaí..

 

O Sol brilhava no céu. Nem muito quente nem muito frio. A brisa calma relaxava quem a sentisse naquele fim de tarde. Na beira da Praia do Desertos, sob as areias, em cima de uma esteira repousava um casal de namorados. Eles descansavam tranquilos enquanto se bronzeavam na área vazia. Um deles, de óculos escuros e tomando água de coco, pegou o celular. O outro foi massagear seus pés carinhosamente.

Acabava de chegar uma reportagem pelo aplicativo de notícias:

 

Empresas

 

Acordo entre acionistas divide MutaGenic após onda de escândalos.

O empresário Pierre Calbuch e o cientista Yuri Ling, último CEO da empresa, assinaram os contratos de venda e sucessão esta tarde.

 

O maior laboratório científico da América do Sul, a MutaGenic, conhecida por seus notórios trabalhos de aperfeiçoamento da tabela periódica, cooperação espacial com a Nasa e pelos últimos escândalos de cobaias humanas não autorizadas, acaba de sofrer uma das maiores mudanças desde sua fundação. Segundo nota da instituição, a operação “surge em momento de grande abalo e enfraquecimento de confiabilidade. Espera - se que com duas gestões, se torne possível recuperar o antigo padrão da organização.”

O capital será dividido em 75% para a coordenação nova e apenas 25% ficará sob poder do cientista.

Muta e Genic

Segundo alguns funcionários, o que se pretende é criar dois laboratórios menores, derivados do original. Numa brincadeira com os radicais do nome, Pierre é o novo responsável pela Genic, e Yuri, pela Muta. O acordo não parece ter sido muito amigável visto que os acionistas minoritários estavam bem contrariados e houveram até agressões morais por redes sociais. Ao que parece, a repartição não foi devidamente consultada e votada entre os demais envolvidos. Romário de Souza, negociante e atual acionista, envolvido num dos primeiros rumores éticos a vazarem na imprensa sobre os laboratórios, estava presente no terceiro cartório de Corsário, local onde foram firmadas as transações. Ele não fez declarações aos jornais nem mencionou o habeas corpus recente da filha meliante.

 

O homem apaga a tela do celular e ri. Ri de gargalhar; um sorrisão enorme que ia de uma ponta a outra do rosto mostrando os dentes recém-clareados. O parceiro olhou de lado. Já conhecia o amado bem o bastante para conhecer o tipo de humor dele.

— Ai, ai. Como é bom ver o circo pegando fogo. Ainda mais quando fui eu mesmo que pus o combustível na bagaça. Acho que é a primeira vez que sinto pena de estar foragido. Eu queria estar vendo eles brigando de perto. — falou com falsa tristeza. Aí observou a paisagem ao seu redor, o namorado se recostando para ouví-lo. — Não, mentira. Estou melhor agora mesmo. — voltou a rir — Meu legado tendo seus frutos e eu aqui vivendo como um rei. Que se matem!

E assim, Anthony vira-se para o lado e beija Jubileu calmamente. Entre suspiros, faz seu último comentário sobre seus ex-subordinados funcionários:

— Estavam achando que me ferrei? Otários…

Seu amante se levantou brevemente. Observando algumas placas metálicas de última geração que cobriam seu corpo, falou fazendo movimentos graciosos:

— Se isso é estar na pior… porra, eu não quero tá bem.

 

 


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Notas finais do capítulo

AGRADECIMENTOS

Á Deus sobre todas as coisas. Ao meu irmão, José Vitor, hiper-entusiasta desta história (e de quaaase tudo que eu faço), que fez questão de me ajudar dando algumas ideias de divulgação. Aos meus antigos colegas de escola, Gabriel e Mocelo, pela ajuda com o teor mais “vilanesco” que Oclusiva precisava. Agradeço Rodrigo também nesse aspecto. À Matheus Rodrigues pelas críticas construtivas e todo o feedback. À todo mundo do WSU que me me aceitou para compartilhar esta fic dentro do universo. Em especial: Victor Veiga por ter sido minha porta de entrada no grupo, acreditando de verdade no meu projeto desde o início, além de ter finalizado as betagens mandando ótimas reações enquanto lia (e relia); Maurício Cunha por ter criado Corsário e pela disposição inicial em betar a história da “intrusa”, com dicas de escrita e enredo que ajudaram bastante na qualidade da trama; Christopher Aguiar por me liberar a MutaGenic, reagindo super bem às minhas ideias loucas para o laboratório e por ajudar na continuidade da história e em algumas referências visuais; Adone Cabral pela ajuda com a parte de artes conceituais; Gabriel Souza por ter emprestado o Jonas e pelos comentários; Isah por todo o entusiasmo desde antes da primeira postagem; Graziela Gomes pela ideia da filha de Ling.

Mas de modo geral, agradeço à minha vida, com todos os problemas que ela tem. De uma forma ou de outra, foram as experiências mais desafiadoras o combustível principal para a ideia inicial dos plots de Oclusiva. Muita coisa foi se aperfeiçoando conforme escrevia, inclusive com os lindos comentários dos leitores ♥ (fica aki um abraço especial à Marceline Octos que comentou todos os capítulos durante a postagem e perdeu a prima, Isabela. Que ela esteja brilhando no céu mais que luzes neon). Sem vocês não faria sentido nenhum compartilhar essa história. E entre as várias mensagens que gostaria de deixar com essa história nem um pouco fofa, eu sei, é que a vida não é um mar de rosas. Algumas vezes, a gente vai precisar enfrentar os problemas de frente. Quando isso acontecer, pegue tudo aquilo que você tem de especial, por mais que possa ser tido como estranho e use a seu favor. Nem que seja só para acreditar que você consegue dar a volta por cima. Não precisa se desesperar e tentar resolver de qualquer forma. Todos nós temos o que precisamos conosco. Tudo bem, eu sei que é beeeem difícil algumas horas, mas tentar é o que importa. Nunca estará “tudo bem” mas Don’t Stop Believing.





OCLUSIVA RETORNARÁ EM:

FRENTE JOVEM



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