Another Tower escrita por Miss Angela


Capítulo 1
Falha na Adaptação


Notas iniciais do capítulo

História dedicada a Anna.

Oi, gente! Essa é minha primeira fic sobre TMJ. Não estou acompanhando as edições mais recentes, por isso, se os personagens ficarem meio OOC, me perdoem.
Boa leitura!



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Ser princesa é uma droga, principalmente se você for capturada.
       Claro, o rapto de princesas é algo normal, na minha infância a notícia de jovens da realeza sendo sequestradas era tão comum quanto as guerras e as pragas. Seja sequestrada, fique presa por uma semana, se apaixone por um príncipe/cavalheiro, seja salva e BUM! Felizes para sempre!

Nunca imaginei que isso aconteceria comigo, afinal, eu, mesmo quando criança, tinha força suficiente de derrotar o mais forte dos guerreiros. Era esperado que eu me protegesse mas, aparentemente, garotinhas com sete anos e força anormal tem apenas uma fraqueza: flores. Lá fui eu, como a idiota que sou, pegar uma rosa de um estranho mal encarado e com uma risada maléfica.

E aqui estou eu, oito anos depois, em uma torre no meio do nada, esperando meu príncipe chegar. Quer dizer, ele já chegou só que estava... Meio atrapalhado. O coitado veio à pé, sem corda (provavelmente ouviu a história da Rapunzel mais vezes que deveria) e sem ajuda. Mesmo que o nervosismo dele o fizesse tlocar letlas, conversamos por horas, sobre como ele estava disfarçado para por ir a vila vizinha e se livrar dos deveres de príncipe um pouco, sobre sua vida e minha (mais a dele do que a minha) e foi embora com a promessa de que iria me salvar.

Aquilo me encheu de esperança.

Mais aí me vi sozinha novamente e me desanimei.

Eu não conhecia meu príncipe, Príncipe Cebola, muito bem mas pelo que conversamos ele era gentil, inteligente quando se tratava de novas tecnologias, um pouco arrogante, mas uma boa pessoa e, se eu esperei por oito anos, acho que posso esperar mais um pouco.

Meu sequestrador mal passa tempo na torre, ele é um ogro horrível, mais forte que eu na época, frustrado com a falta de resposta dos meus pais ele me largou aqui. Eu já tentei fugir várias e vária vezes e, toda vez, as consequências foram terríveis.

Duvido que meus dedos voltem a posição correta...

Tenho vontade de lamentar minha terrível sorte mais um pouco quando escuto algo: passos de animais. Mal posso acreditar! Ele voltou! Meu príncipe, meu Príncipe Cebola, chegou e... Ok, não era ele, mas, wow, esse garoto também não era nada feio.

Os cabelos negros como o breu e grossas sobrancelhas da mesma cor, sua pele não era tão pálida quanto a do Príncipe Cebola, o que quer dizer que ele não é da nobreza. As roupas pretas mesmo com o sol e calor que tá fazendo esses dias.

Por algum motivo não parecia impressionado com a imensa torre no meio do nada. Simplesmente acariciou o burrinho (que deve ter feito o som de passos que escutei) e encarou a torre... E encarou, e encarou, e encarou...

— Hey! - grito, perdendo a paciência com a falta de interesse dele. - Você não vai tentar subir aqui?! - o garoto levanta a cabeça preguiçosamente até a janela em que eu estava apoiada e acenou uma negativa antes de voltar a encarar algum ponto da torre desinteressadamente.

Como ele se atreve?!

— Hey! - grito novamente. - Eu sou uma princesa e estou em uma torre no meio do nada, não vai tentar me salvar?

— Você é uma princesa? - ele pergunta, uma sobrancelha se arqueando.

— Sim!

— Agora mesmo que não quero te salvar! - arfei, incrédula com seu descaso.

Idiota.

— Tudo bem! Eu não queria ser salva por um mal-educado, mesmo. - meu orgulho me domina e me força a dizer essa frase super madura.

— Você não quer que eu te salve? - suas sobrancelhas arqueiam tanto que, na distância, parecem se juntar ao cabelo.

— Não!

— Pois agora sim quero te salvar! - a frase me faz arregalar os olhos. Ótimo, eu chamei a atenção de um louco.

Começando a ficar ansiosa, volto para minha prisão torcendo para que aquele garoto fosse embora. Tudo o que eu menos precisava era outro problema. Respiro fundo e tento me acalmar. "Ele não se importou com você antes, Mônica, não é agora que ele vai—".

— Ciao. - o garoto diz casualmente, entrando pela janela.

— AHHHH!!! - grito de susto e tenho certeza que estourei os tímpanos de todas as criaturas em um raio de um quilômetro.

Ele coloca as mão nos ouvidos, tentando amenizar a dor, e consigo o analisar melhor e... Ele é bem mais que um "nada feio". Os olhos também são negros, o nariz é ligeiramente arrebitado, as roupas gastas. Os cabelos pareciam querem desafiar a gravidade.

Tenho certeza que meu Príncipe Cebola é tão bonito quanto ele.

Meu coração acelera apenas olhando para seu rosto e minhas bochechas esquentam. Estranho, não tenho medo dele, por qual motivo eu teria essa reação? Pode ser vergonha, mas a vergonha que aquele ogro me faz sentir não se compara com essa sensação gentil de borboletas no meu estômago.

— Você tá cansada? Tá meio acabadinha. - ele diz, matando todas as borboletas.

— Argh! Por que subiu? Eu disse que não queria você aqui.

— Eu sei, por isso subi. - murmura distraído e começa a explorar o lugar.

— Bom. - se ele vai ficar aqui por um tempo melhor tornar isso agradável. - Eu sou a princesa Mônica. - ele não responde. - E você? - nada. - Olha, eu já disse que não precisava vir aqui, não quero companhia, principalmente a sua! Tudo o que fez foi criar uma situação desconfortável. Não foi gentil em momento nenhum e eu não tolero esse tipo de comportamento-.

— Você me perguntou se eu iria te salvar... A quanto tempo está aqui, princesa?

...

Não quero responder, então finjo que a barra do meu vestido é mais interessante. Por que responder? Meu príncipe vai me salvar de qualquer forma, não preciso que esse... que ele me ajude em nada. Foi um erro tentar uma aproximação.

Levanto minha cabeça para dizer que deve ir embora quando vejo: pena. Minha raiva acende, que ele acha que eu sou? Uma criancinha perdida? Pois está muito enganado! Eu aguentei essa prisão sem a pena de ninguém, não é agora que vou precisar.

— Vá embora! Não te quero aqui! - o empurro em direção a janela e, mesmo que consiga fazer ele sair do lugar, continua me encarando da mesma forma. Dá uma risada amarga passando as mãos pelo cabelos.

— Eu vou te ajudar. - contradiz com firmeza.

— Não preciso da sua ajuda! Meu príncipe já veio, disse que vai voltar pra me salvar! Não quero a ajuda de um zé-ninguém como você! - aponto em sua cara, pareço histérica e é como me sinto.

— Então eu não vou te tirar daqui, mas vou te fazer companhia enquanto seu príncipe não chega. - sua calma e certeza contrastam diretamente comigo.

Ele olha em volta, franzindo o nariz para a precariedade do lugar, e volta a me encarar, dessa vez com uma promessa, uma promessa que não fui capaz de enxergar nos olhos do meu príncipe, ele voltaria.

— Se vamos passar tanto tempo juntos você deveria saber meu nome, né? - anda em direção a janela com um sorriso de canto. - Me chame de Do Contra. - e vai embora. 


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Notas finais do capítulo

Sinta-se a vontade para deixar seu comentário. Até o próximo capítulo!



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