Angel with a shotgun escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Pandemônio


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/CsxqVKsDasQ-Nina lutando.



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P.O.V. Hope.

Minha prima louca me trouxe para uma boate chamada Pandemônio.

Até que foi divertido. As luzes do globo estroboscópico que refletiam no globo espelhado, a música eletrônica tocando.

—Eu vou pegar uns drinks.

—Vou querer um Martini.

—Eu também.

P.O.V. Jace.

Eu gosto de vir aqui. Porque me lembra da primeira vez em que nos esbarramos.

Então, eu ouço a voz dela bem ao meu lado e quando me viro... lá está.

Usando um vestido rosa. Ela pede dois martinis e usa algum tipo de controle mental no barmen.

—Clary?

—Ah, desculpe acho que você se enganou de pessoa. Eu não te conheço de algum lugar?

—Talvez duma outra vida.

—Tudo bem.

Ela saiu carregando as bebidas e foi de encontro á uma outra garota.

P.O.V. Magnus.

O que elas estão fazendo aqui?! Se os shadowhunters descobrem isso vai iniciar uma guerra.

Mas, não posso expulsá-las. Um isso vai deixar os Originais com raiva e dois vai chamar muita atenção.

P.O.V. Nina.

Eu sinto que já vi ele antes e ele me chamou de Clary. Foi estranho.

Então, eu vejo um cara entrar na boate. Ele tinha um arco e flecha.

O rapaz loiro veio.

—Com licença, qual é o seu nome?

—Nina! E o seu?

—Jace.

—Muito prazer.

—O que foi?

—Como é que deixam um cara entrar armado aqui dentro? Ele tem um arco e flecha e ninguém nota?

—Você consegue vê-lo?

—É claro! Eu não sou cega, eu tenho olhos!

P.O.V. Alec Lightwood.

Então, membros do Ciclo invadem a boate. Eles começam a atacar as pessoas e é aquela correria.

—Hope! Hope!

Então, ela para. Pula da pista para a área V.I.P. onde membros do Ciclo estavam apontando lâminas serafim para a garota que veio com ela.

Ela tem super velocidade, mas não tem runas. Facilmente começa a quebrar os pescoços dos shadowhunters e a arrancar os seus corações.

Um deles atravessa a lâmina serafim no peito dela, mas ela não morre. Simplesmente arranca a lâmina do próprio peito e usa-a para decepar as cabeças dos que sobraram.

—Clarissa Morgenstern.

Diz um deles pouco antes dela cortar-lhe a cabeça.

—Vamos, temos que dar o fora daqui.

Ela agarra na mão da menina e as duas pulam e saem correndo.

—O que aconteceu?

—Eu a vi. Eu vi a Clary.

—Jace...

—Ela não é a Clary, Jace.

Disse o Magnus.

—Nina. Ela se apresentou como Nina. E se ela sobreviveu? E perdeu a memória e...

—Jace, a Clary morreu. Façam um favor a si mesmos e fiquem longe dela. Ela é encrenca.

—Mais encrenca que a Clary?

—Você acha engraçado Alexander? Onde acha que ela aprendeu a arrancar corações e quebrar pescoços?

Disse o Magnus num tom de voz alterado. Magnus não era de se alterar facilmente.

—O que ela é?

—Aparentemente, algo inédito.

—A lâmina serafim respondeu a ela.

—É. Respondeu.

—Como ela tem supervelocidade se não tem runas?

—Eles são o segredo mais bem guardado do submundo.

—Eles? Eles quem?

—É melhor encerrarmos por hoje.

Diz o Magnus mudando estrategicamente de assunto. Sem que ele percebesse segui-o até o Jade Wolf.

E ouvi toda a sua conversa com Luke.

P.O.V. Luke.

O Magnus disse que precisávamos conversar disse que era urgente.

—O que é tão urgente?

—Os Originais estão na cidade.

—Isso vai ser uma droga.

—Hope e Nina foram á minha boate ontem. Jace e Alexander ás viram.

—E dai?

Ele me mostrou uma foto.

—Lembra-lhe alguém?

—Clary.

—Não é a Clary. É a Nina. Nikolina Mikaelson. Alexander não para de me fazer perguntas.

—Você não pode contar nada Magnus. Pelo bem dele e pelo bem do submundo. A última coisa que queremos é arrumar briga com a Família Original. Eles não podem morrer, mas nós podemos.

—E tem mais. Nina viu Alexander mesmo ele estando encantado e uma lâmina serafim respondeu á ela.

—O que?

—Acho que sei o porque.

—Porque?

—A mãe de Nina me devolveu a minha magia, mas em troca eu tive que ajudá-la a ter um filho vivo. Uma poção me forneceu a resposta. Ela precisava de um Original, mas ela estava desesperada para não perder esse outro bebê e a mulher tem contatos poderosos.

—Que tipo de contatos?

—Contatos celestiais.

—Anjos?

—Sim.

—Acha que ela se alimentou de um anjo?

—É bastante provável. Para a menina ter a visão e conseguir manusear uma lâmina serafim.

—Mas, então, o que ela é? Um pai Original, uma mãe híbrida e sangue de anjo.

—Eu não sei Lucian.

—Valha me Deus! Se os Originais estão na cidade é melhor ficar fora do caminho deles.

P.O.V. Jace.

Eu usei uma das roupas preferidas da Clary para rastrear a Nina e funcionou. O que significa que há alguma conexão entre elas.

—Mãe! Hope e eu estamos indo ao shopping.

—Tudo bem. Só, tenham cuidado está bem?

—Sempre.

Á luz do dia pude notar as diferenças entre Clary e Nina. Nina usava brincos de argola, maquiagem, uma blusa azul claro de babados que descia como uma cascata, um blazer preto, uma saia curta também preta e sandálias gladiadoras com um salto alto e fino da mesma cor.

Elas entraram num Lamborgini cor de rosa e foram parar no Manhattan Mall.

Nina entrou na loja da Victória Secret e gastou uma nota em cremes, perfumes, lingerie e loções. Então, elas compraram roupas só de marca.

Gucci, Versasche, Givanchy, Cavalera, Hugo Boss.

Notei que ela gostava de rosa, babados, renda e brilho. Então, ela começou a comprar sapatos.

Jimmy Choo, Alexander McQueen, Miu Miu, Christian Louboutin, Gucci, Manolo Blahnik.

Ela não parecia se importar em pagar três mil dólares num único par de sapatos. Deve ter gastado mais de dez milhões de dólares numa tarde no shopping.

Notei que Nina gostava de salto alto, brilho.  A prima era mais básica.

O estilo de Nina era totalmente diferente do de Clary. O jeito de andar.

Quando Nina andava parecia uma modelo de passarela. Ativei a minha runa de audição e pude ouvir o que elas conversavam.

—Os meus sonhos estão ficando piores, mais nítidos.

—E o que você vê nos seus sonhos?

—Tentáculos horrorosos saindo do rosto de uma mulher e aquelas espadas brilhantes. As mesmas dos caras da boate.

—Eu ein.

—Eu sei. Ai, preciso de uma manicure urgente e talvez de um dia no spa para me ajudar a processar toda essa loucura.

—Obrigado. Por ter me ajudado.

—Eu sou sua prima. Família é pra isso mesmo. Pra tirar uma bruxa superpoderosa e diabólica de dentro do corpo e transformar ela em pedacinhos.

—Ainda não acredito que você a matou.

—Mas, matei. Eu a destruí e eu nem sei como.

—O que importa é que ela morreu desta vez de vez.

—Até que enfim né?

—É.

—Vamos, eu quero ir na loja da Sephora e na da Svarovski.

Elas compraram cosméticos e jóias. Sejam quem forem esses tais Originais, eles devem ser cheios da grana.

Nina era a personificação de uma adolescente mimada, fútil e consumista. Mas, apesar disso eu posso ver a semelhança entre ela e a Clary, não apenas física.

Quando os membros do Ciclo pegaram a prima dela, ela lutou com coragem e uma fúria inigualáveis. Como a Clary ela parece estar disposta a fazer qualquer coisa por aqueles que ama.

—O que foi?

—O cara lá na boate. Ele me chamou de Clary.

—Vai ver ele te confundiu com outra pessoa.

—Eu sei, mas... eu tive essa sensação de dejavú, senti como se eu conhecesse ele de algum lugar e como se aquela situação já tivesse acontecido. Foi estranho.

—Parece assustador.

—Só estranho.

—Agora que eu não vou mais morrer, acho que isso merece uma comemoração.

—Aposto que as nossas mães já planejaram alguma coisa.

—Vamos precisar de vestidos para o baile anual no Castelo de São Marcus.

—Ai, aqueles bailes são um porre. É mais legal ir a um velório.

—Credo Nina!

—O velório da tia Cami foi mais interessante que um daqueles bailes entediantes.

—Como ela era?

—Ela parecia muito com a sua mãe, Caroline fisicamente. Loira, olhos verdes.

—A minha mãe tem olho azul.

—Eu sei. Ela foi nossa babá.

—Não é estranho nós duas sermos primogênitas dentro da mesma família?

—A nossa família leva o quesito estranho a um novo patamar. Você é primogênita pelo lado da vovó Esther e eu pelo lado do vovô Mikael.

—E você é primogênita pelos dois lados da família. Do seu pai e da sua mãe.

—Você também.

—Vamos comer alguma coisa? Estou morrendo de fome.

—Leu meus pensamentos.

Elas foram até a praça de alimentação.

—Caramba! Tantas opções.

—Qualquer coisa é melhor do que a comida da tia Rebekah.

Nina riu.

—Concordo.

Hope comeu macarronada e Nina comeu sushi. Ela comeu uma barca inteirinha sozinha.

—Ai eu não aguento mais. Quer?

—Demorou. A minha fome é insaciável.

E ela ainda comeu o que sobrou do macarrão da prima.

—Eu queria poder comer tanto quanto você sem engordar.

—Mesmo se você ficar gordinha, ainda vai ser a minha prima favorita.

—Sou sua única prima.

—Por isso mesmo.

Elas riram.

—Vamos pra casa. Já está ficando escuro.

Elas estavam enfiando as sacolas no porta malas do carro quando um cara com uma arma as ameaça.

—Passem as sacolas!

—Eu acho que não.

Nina dobrou a mão do assaltante quebrando-lhe os ossos e fazendo-o acidentalmente disparar a arma e estourar os próprios miolos.

—Vamos.

Elas entraram no carro e Nikolina saiu dirigindo a toda.

Super velocidade e super força sem possuir nenhuma runa? Isso é com certeza algo inédito.

Comecei a fazer uma lista com as habilidades de Nina que eu havia visto.

1-Super velocidade.

2-Super força.

3-Controle mental.

Só havia um tipo de submundano que possuía essas habilidades.

—Vampiros. Amanhã assim que o sol se por eu vou falar com o Rafael. Ele deve saber quem é essa tal Família Original.

Pelo o que eu entendi eles são um tipo de realeza ou algo assim. Uma família importante no submundo.


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