The Sinners escrita por Bird


Capítulo 3
Soberba de Chase




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A semana seguinte foi uma completa monotonia, exceto por Jason, que andava pegando no meu pé mais que o normal. Eu entendia seu desespero, o ano estava correndo para acabar e precisávamos colocar em dia alguns assuntos pendentes na empresa. Mesmo assim, ele não parecia notar que há dois meses perdi meu pai e há uma semana terminei um namoro de quase sete anos.

Isso me estressava é claro, mas Luke tentava manter a paz entre nós, abordando outros assuntos, como os preparativos para o baile e o delicioso jantar de ação de graças de Sally que eu os convidei.

— Devia convidar a loirinha também para o jantar, conquista ela pela barriga. — Luke comentou, estando a poucos metros de Annabeth, quando fomos ao café.

— Bem, se não falar mais baixo, acho que nem vou precisar de fato chamá-la. — Pensei sobre o assunto. — Não... Estranho demais chamar alguém que nem conhece para um jantar.

— Peça que Thalia a chame, então. — Ele insistiu.

— Você parece interessado tanto quanto eu. — Murmurei, de saco cheio desse assunto.

Os olhos azuis límpidos de Luke reviraram.

— Você sabe que sua prima é meu único interesse. — Ele respondeu, levando sua xícara aos lábios. — Só estou cansado de ver você deprimido pelos corredores, quem sabe conhecer pessoas novas o ajudaria.

Não voltei a falar mais nada, deixando o assunto finalmente morrer.

Após terminarmos e pagarmos tudo, voltamos para a empresa, onde terminei de adiantar todos os trabalhos que consegui. Levantei da cadeira, finalmente espreguiçando-me e observando o sol de pôr, atrás das nuvens pesadas, pelas janelas de meu escritório, que cobriam minha sala com sua vista do chão ao teto.

Esperei a impressora terminar de registrar todo meu trabalho em relatórios diários e chamei a secretária para entregá-los a Jason, mas nem sinal dela. Estava apressado demais para esperar por ela, então eu mesmo subi os andares pelo elevador até a cobertura, onde ficava o escritório do Grace.

Ao adentrar a sala, sem bater, avistei duas cabeças loiras de costas para mim. Havia Jason, com seu terno risca de giz, parecido demais com os ternos que eu vira Zeus usar, e do seu lado uma mulher com cabelos loiros em cascatas por suas costas, e quando abri as portas, vi seus olhos, cinzas como o céu em San Francisco.

— Desculpe se atrapalhei... — Me adiantei

— Não atrapalhou. — Jason respondeu. — Annabeth estava à procura de uma boa advocacia, mas posso receber seus relatórios antes de ouvir o caso dela.

Adentrei a sala, que tinha a extensão de quase todo o andar, bem decorada e ampla. Rapidamente, vasculhei em minha mente onde Annabeth poderia ter descoberto que Jason fez direito, mas logo lembrei que Thalia poderia ter feito essa ponte.

Tive grande curiosidade sobre os problemas judiciais da loira, mas apenas sentei-me ao lado dela, nas cadeiras que ficam de frente para a mesa de Jason.

Ele passou os olhos pelos papéis que entreguei a ele, mas logo foi interrompido por uma voz doce, que identifiquei pela sua secretária, saindo do telefone próximo.

— Senhor Grace, sua presença está sendo solicitada por um cliente no setor 6. — Jason pensou um pouco antes de responder.

— Já estou descendo Rachel, obrigado. — Ele levantou-se. — Perdão, mas preciso verificar isso, volto logo.

Deixando-nos sozinhos, ele se foi e me vi sozinho e completamente tímido na presença da loira de olhar tempestuoso.

— Então... Seu nome é Percy, certo? — Sua voz chamou minha atenção.

— Sim. — Respondi, encarando seus olhos. — Percy Jackson. E você é Annabeth.

— Melhor amiga de sua prima. — Ela sorriu. — Estranho não termos nos conhecido antes.

— É um prazer finalmente conhece-la. — Sorri também e olhei para os papéis em sua mão. — Sabe, fiz algumas cadeiras em direito, se importa se eu der uma olhada?

Suas mãos apertaram em torno das páginas, amassando.

— Eu... Eu acho que é melhor não. — Ela abaixou a cabeça, desviando o olhar do meu. — É algo para pessoas que concluíram o curso, me desculpe, é complicado...

Não disse mais nada, mas me perguntei se ela sabia o que suas doces palavras significavam. Parecia que eu não era tão bom quanto Jason. Como se eu fosse uma criança tentando resolver um problema matemático universitário.

Deixei o ego ferido de lado, aguardando que Jason desse baixa em meus relatórios quando ele chegou e me levantando em seguida.

— Boa noite para vocês, com licença 


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