Geração Problema escrita por Bia


Capítulo 2
Capitulo 2. Os novos Weasley




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A toca costumava ser o refugio da maioria deles. Não tinha primo que não achasse a comida da Vó Molly a melhor do mundo. Ou as historias sobre trouxas do vovô Arthur as mais divertidas de se ouvir.

— Vovó. Gritaram os dois meninos idênticos, entrando correndo na cozinha.

— Há ,vocês chegaram! Comemorou a Avó, sentindo a alegria de ter os netos presentes na Toca.

— Sim. Mas cá entre nós Hugo quer saber se vai ter bolo de abobora? Pergunto Louis com seus olhos brilhando em expectativa.

—É claro que vai! É a sobremesa que vocês mais gostam não é? Lucca e Louis confirmaram com a cabeça, fazendo seus fios ruivos balançarem. Em seguida saíram correndo pela porta que entraram. Molly suspirou, recordando os próprios filhos gêmeos, os quais os netos lembravam tanto.

Os gêmeos de Fred puxaram tudo que podiam do pai e de seu irmão gêmeo, mesmo se preocupando com o talento especial para confusão dos netos. Molly se divertia assistindo seu filho passando pelas mesmas coisas as quais ela e Arthur passavam, ao tentar colocar limites nos netos. A nora quase sempre parecia cansada, pois ela que tem que dar limites a três dos mais agitados Weasley da historia, Fred, Louis e Lucca.

Porem este ano eram outros netos que a preocupavam. As filhas de Gui estariam pela primeira, juntas na Toca.  Molly temia o que podia acontecer, durante todos os anos até este, as filhas de Gui sempre seguiam a fio a regra de que cada ano, uma delas vinham passar o fim de semana com os avós.

Molly adorava as duas, e sempre lhe doeu assistir como elas se tratavam. As irmãs Gui Weasley destilavam um ódio mortal para com a outra.

Mesmo sendo duro de admitir a culpa de tudo fora do seu filho mais velho. Que traiu a esposa e teve uma filha fora do casamento.  Mas isto não fazia de Dominique menos membro da família do que Victoria, mas a filha de Fleur parece sempre determinada a fazer a irmã se sentir uma intrusa.

—Vó, esta tudo bem? Ela sentiu a mão leve e ao mesmo tempo segura, tocar seu ombro. Virou-se para encontrar os grandes olhos castanhos que combinavam belissimamente com a pele escura de Anthony.

Anthony era um dos filhos gêmeos que Jorge teve com uma antiga amiga da escola, Angelina Jonhson, atual Angelina Jonhson Weasley.

Ele e a irmã Roxanne formam a dupla de negros mais bonitos que Hogwarts já virá. Anthony era duas vezes mais alto que a avó e ainda assim transmitia uma inocência encantadora no semblante. O mesmo se dava com Roxanne, que tinha cabelos lisos e negros, que contrastavam direto com seus olhos verdes. Os dois estavam prestes a começar o ultimo ano juntamente com os primos Hugo, filho único de Carlinhos e o mais velhos dos três filhos de Gina, sua caçula.

 Alias, a filha e seus crianças ainda não haviam chego. Ela sempre ficava na expectativa, achando que aqueles netos, que eram os mais diferentes de toda a família, não passariam o tradicional final de semana na Toca junto com eles. Molly sabia que o quanto os netos gostavam de estar ali, o mesmo ou mais que os outros. Mas seu pensamento sempre a deixava ansiosa até que estes netos colocassem seus pés na Toca. E para a tua total felicidade, impecavelmente eles apareciam, anos após anos.

Saindo de seus pensamentos, notou que Anthony aguardava silenciosamente, algo tão incomum nos Weasley, por suas palavras.

— Olá ,crianças. Já chegaram. Que bom! Anthony e Roxanne sempre achavam divertido quando a avó os chamava assim.

— O que ouve? Perguntou a menina jogando os cabelos negros para trás.

— A senhora parece preocupada. Disse o irmão, avaliando a avó.

— E estou. Com suas primas. Respondeu olhando com ternura para os netos na sua frente.

— As filhas do tio Gui? Roxanne, jamais iria falar para a avó, mas ela dividia desta mesma preocupação.

— Sim, fico com medo do que pode acontecer com as duas juntas aqui. Não sei se a Toca aguentaria este furacão.  Suas primas herdaram o gênio Weasley completo. E já existe entre elas uma fogueira que nem mesmo precisa de feitiços para permanecer queimando.

— Olha,vó, não se preocupe. Elas não se mataram nos cinco anos que estudaram no mesmo lugar. Não vai ser na entrada do sexto e bem aqui que elas vão fazer. Disse Anthony firmente.

— E caso elas tentem algo contra a outra, fique tranquilo, nós seguramos. Roxanne afirmou, com um sorriso sapeca brilhando nos lábios, fazendo mais uma vez sua avó lembrar-se dos filhos gêmeos e mais arteiros.

— Mas espero que nenhuma delas pense em trazer a mãe. Acho mais fácil ter uma briga feia se a francesa e japa se encontrarem, do que com as nossas primas. Completou Anthony, sorrindo.

 Quase que imediatamente Victoria se fez presente no ambiente, sempre com sua postura de dama francesa. A filha de Gui Weasley e Fleur Delacour sempre fora muito bonita e os anos só faziam acentuar sua beleza incomum.

Mas Vic, como é chamada pela família, não é das mais simpáticas o que a torna pouco acessível a muitas pessoas. Mesmo com seu temperamento difícil Vic sempre fora uma das primas mais querida dos Weasley. A menina tinha um jeito único de lidar com as peculiaridades de cada primo. Do jeito mais simples e arteiro dos gêmeos de Fred. Ao complicado gênios dos filhos de Gina.

Antes mesmo que Vic, tivesse tempo de cumprimentar os primos e a avó, Dominique entrou pela porta, a menina mesmo demostrando felicidade, teve um leve estremecer ao olhar para a irmã.

— Olá, vovó, Thony, Ro e Victoria. A avó sentiu mais uma pontada de tristeza ai notar o quão carregada de rancor a voz de Dominique estava ao cumprimentar sua irmã.

— E ai Mini! Como foi a viajem este ano? Anthony, sentindo uma leve tensão no ar, decidiu logo distrair uma das primas. Mini foi um apelido criado por ele, que se adequa ao nome da prima e ainda lembro sua pequena estatura, herdada diretamente de sua mãe.

— Como todas as viagens junto da Dona Cho Chang. Cansativas e intermináveis, contra uma alegria e determinação que só minha mãe sente ao se aventurar por ai. Contou Dominique, entre suspiros.

Por sorte ou sapiência do seu filho, apenas as meninas apareceram para o fim de semana. E as coisas seguiam bem, a não ser pela falta de Gina e suas crianças. Mas Molly já havia sido informada que eles chegariam depois do jantar, pois hoje sua avó paterna estava de aniversario.

Em qualquer outra família o clima estaria pesado durante o jantar, com os olhares que Victoria e Dominique trocavam a mesa, que hoje especialmente tinha sido posta no jardim. Deixando assim espaço suficiente para toda a família e ainda que se algo mais grave viesse a acontecer o espaço abundante serviria muito bem para controlar a situação, sem grandes perdas. Mas com Bella e os gêmeos de Fred aprontavam o tempo todo, ficava difícil se importar com elas.

 Assim que o jantar terminou, Hugo buscou seus dois violões, entregando um delas ao seu primo Anthony. A musica era um dos passatempos prediletos daquela geração. Influencia da mãe dos Potter, cantora famosa há algumas décadas. Os meninos tinham até uma banda independente, inclusive algumas vezes fazem pequenas apresentações.

A certa altura Js se levantou para pegar sua gaita que deixara na sala. Mas antes que pudesse voltar foi surpreendido por um par de olhos puxados que ele conhecia muito bem.

— Não vai falar direito comigo? Perguntou ela se enlaçando em seu pescoço.

O que mais gostava de Dominique era exatamente o jeito decidido que ela possuía, mas ele tinha que concordar que naquele momento era bem inconveniente.

— Aqui não,Mini! Ele tentou ser gentil ao tirar as mãos dela de sua nuca. Mas ela continuava com o corpo bem próximo ao seu.

— Por que não? Estão todos lá fora, Js. Ela fez biquinho ao falar

— Sim, a sua família está lá fora. Além do mais sua irmã pode entrar a qualquer minuto. Ele a lembrou

— Eu quero que aquela loira aguada se dane! Era engraçada a carga de emoção que Dominique colocava nas próprias palavras, nada comum vindo de uma descendente de orientais.

 Mas Js sabia que muito mais do que ser filha de Cho Chang, a primeira namorada de seu pai, de olhos puxados demais para ser uma ocidental, mas com um leve arredondado que lhe acusava a mistura de sangue. Puxara muito mais ao gênio impulsivo dos Weasley, do que a calma e ponderação comum aos ancestrais de sua mãe. Tanto que fora classificada na Grifinória e não na Corvinal como Victoria.

 A classificação entre as casas era o terceiro maior motivo predileto de briga entre as duas. O primeiro, obviamente era o fato de terem o mesmo pai, a mesma idade e mães diferentes. E o segundo... bom o segundo era  James Sirius Parkinson Potter.  Deixou de divagar sobre a personalidade da garota assim que sentiu os lábios dela roçando na sua face.

— Mini! Voltou a censurar sem muita convicção, logo se deixou beijar, pouco se importando com as possíveis intromissões.

Ele já devia estar acostumado a ter seus beijos interrompidos por um objeto não identificado passando rente a sua cabeça, mas tinha que admitir que reconhecer uma das facas de cozinha da Senhora Weasley pregada na parede atrás dele e Dominique, lhe fez passar a dar mais atenção a essa possibilidade no futuro.

— Larga ele...sua...sua... vaca oriental. Victoria estava vermelha de raiva. O interessante de se relacionar com duas irmãs que se odeiam é que a culpa nunca é sua.

— Dobre a língua para falar de mim, seu projeto de francês mal acabado. Chegava a ser ridículo ver elas naquele estado. A sempre tão fria Victoria e a extremamente justa Dominique, duelando por ele. E o pior é que Js tinha total consciência de que a briga não era e nem nunca seria por sua causa.

—Meninas. Vamos parar por aqui. Estamos na casa dos seus avós e... Disse se posicionando estrategicamente no meio delas

— Meus avós. Esta é a cada dos meus avós, não dela! Gritou à loira.

— São meus avós também, cretina.

— Não, não são. Você é uma bastarda, ridícula, que acha que é gente!

— E que o cara que você gosta prefere beijar.

— Ora sua! Ela voou na direção de Dominique, sem se importar com a mão de Js que tentava segura-la. O problema é que Dominique por sua vez não ficou parada onde estava. E ele já estava tendo muito dificuldade de manter Victoria no lugar. Por sorte alguém segurou Mini antes que ela chegasse perto dos cabelos da irmã.

— O que diabos está acontecendo aqui? Perguntou a voz firme do mais velho dos Malfoy, que acabara de aparatar na sala.

— Graças a Merlin você chegou Malfoy. Ovacionou JS – Me ajuda a segurar essas duas, anda!

— É o que estou fazendo, Potter. Chiou o loiro - Pare de espernear, Mini!

— Me larga, é hoje que arranco cada fio de cabelo dessa vaca oxigenada.

Na sequência a chaminé foi ativada e por ela passou uma garota loira, com olhos azuis e um menino de mesma descrição.  A menina observou a cena e com uma negativa de cabeça falou:

— Brigando por causa do Potter de novo.  Sua voz é arrastada e debochada, herança direta do seu pai.

— Mas essa vaca oriental... Sem deixar a prima de descendência francesa terminar, Charlotte decretou:

— Vocês duas são patéticas! Francamente!

— Ei, meu beijo vale uma briga, rainha do gelo. Js se defendeu, a filha do meio de Gina Weasley e Draco Malfoy apenas o encarou.

As palavras da prima surtiram feito nas irmãs raivosas. As meninas Gui Weasley pararam de tentar bater na outra e se puseram a arrumar os cabelos e roupas que estavam totalmente desgrenhados.

— Tem razão prima! Não vou me misturar com a ralé. Disse a Corvinal prendendo seus longos fios loiros em um coque. Assim que terminou virou as costas e saiu em direção a cozinha.

— Eu vou te mostrar quem é ralé. Cretina,vaca. Me solta. Mas rapaz que a segurava não fez menção nenhuma de solta-la.

— Chega, Mini, ela já entendeu o recado,ok. Agora para com isso, minha mãe está prestes a chegar. Dá um tempo!

Foi ele terminar a frase para Gina aparatar na sala também.

— Olá crianças. Chegaram todos bem? Os jovens presentes mexeram a cabeça positivamente. Mas observando sua sobrinha nos braços do seu filho, uma faca cravada na parece. Gina, entendeu que talvez a ideia de seu irmão de trazer suas duas filhas esteja começando a dar errado. – O que houve aqui? Decidiu perguntar, para que caso precisasse de uma atitude, ela fosse tomada logo.

— Nada tia! Só o de sempre, eu detesto a minha irmã e ela me odeia. Sinto pelo inconveniente. Acho melhor eu ir embora! Sorriu amargamente, jogando a franja cortada em camadas, que lhe cobria os olhos pra trás.

— Você não vai a lugar nenhum, Mini. Os demais ocupantes da sala viraram para encarar o cabelo molhado e ruivo de Rose Jean ou simplesmente Rose. Uma garota de 16 anos que divide o posto de melhor amiga de Js, com o filho de Remus Lupin. –Você tem o mesmo direito que Victoria de estar aqui, e ela precisa entender isso de uma vez por todas.

Lucifer, olhou para ela como quem diz “è muito fácil falar”, mas Rose não se importou.

— Sua prima tem razão, venha. Disse Gina puxando a garota junto de si. - E vocês venham falar com seus avós. Disse aos filhos.

Os três Malfoy seguiram a mãe e a prima, enquanto Rose ficou encarando Js com seu olhar questionador.

— Que? O garoto perguntou com uma das sobrancelhas arreada.- Eu não tive nada a ver com isso.

—DU-VI-DO.


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